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Em Miami, brasileiros gastam mais com compras que com hospedagem | Chamam a atenção no caso do Brasil os gastos em Miami: o turista brasileiro investe mais em compras do que em hospedagem. Em 2013, turistas brasileiros deixaram na cidade quase US$ 1,7 bilhão. Em números de 2013, os viajantes do Brasil gastaram em hospedagem US$ 332 milhões (alta de 19,7% em relação a 2012); já em alimentação as despesas totalizaram US$ 472,5 milhões (aumento de 28,1%); em suas compras, os brasileiros deixaram em Miami US$ 497,7 milhões (29,6% mais que em 2012). No total, compreendidos também os gastos com transporte e entretenimento, as despesas dos brasileiros cresceram 12,6%. Em média, em 2013, cada brasileiro gastou US$ 285,32 ao dia em suas viagens, número que se manteve praticamente estável com relação ao ano anterior –US$ 284,32. Resta saber se as compras continuaram em alta com a alta do dólar e a Receita prometendo fiscalizar o conteúdo das bagagens com mais rigor. | 2015-01-01 | mercado | null | http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569284-em-miami-brasileiros-gastam-mais-com-compras-que-com-hospedagem.shtml |
Novos governadores devem frear investimento | Pressionada pela paralisia econômica do país e pelos ajustes anunciados na administração federal, a nova safra de governadores enfrentará o risco de interrupção da trajetória de expansão dos investimentos observada nos últimos oito anos. Como de hábito, investimentos, que englobam obras de infraestrutura e compras de equipamentos, são vítimas preferenciais em momentos de cortes de despesas. Nos Estados, o impacto tende a ser especialmente agudo nessas situações. Estudo elaborado pela consultoria Macroplan mostra que os governos estaduais têm se tornado cada vez mais dependentes de dinheiro emprestado –em geral, pela União– para investir. Em valores corrigidos pela inflação, esses gastos saltaram de R$ 41,2 bilhões, em 2006, para R$ 67,7 bilhões em 2013, o que representa elevação de 64% no período. Ainda não totalizados, os números de 2014 devem ser maiores, como é tradição em anos eleitorais. No período analisado pelo trabalho da consultoria, a parcela dos desembolsos bancada por financiamentos tomados pelos Estados aumentou de 10,9% para 48,4% –praticamente a metade. Dito de outra maneira, os Estados dispõem de menos recursos próprios para as obras públicas, e a alta dos investimentos tem sido sustentada pelo crédito federal, que agora tende a escassear. Essa tendência foi radicalizada a partir de 2012, quando a freada do crescimento econômico do país encerrou a era de alta acelerada da receita tributária em todos os níveis de governo. Entre várias tentativas de reverter o quadro de estagnação econômica, o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) lançou naquele ano um programa do BNDES, banco oficial de fomento, destinado especificamente a financiar investimentos estaduais e do Distrito Federal. Além disso, o governo federal se tornou mais generoso e flexível na concessão dos necessários avais para a tomada de empréstimos em organismos internacionais, além de permitir o afrouxamento das metas de controle de gastos dos Estados. As operações do BNDES, porém, devem ser moderadas daqui para a frente, conforme a orientação manifestada pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Nos últimos anos, o banco de fomento precisou de injeções de recursos por meio da venda de títulos da dívida federal, cuja expansão terá de ser contida neste mandato que se inicia. ORÇAMENTO ENGESSADO Os orçamentos estaduais são ainda mais engessados que o da União. A maior parcela das verbas está comprometida com a folha de salários –principalmente nas áreas de educação, saúde e segurança pública– e o pagamento de dívidas. Como suas finanças são frágeis, os Estados têm pouco acesso ao crédito bancário privado. Assim, os recursos para grandes obras e compras são minguados, mesmo entre os mais ricos. EXPANSÃO EM SP Em São Paulo, por exemplo, a expansão dos investimentos iniciada na gestão do tucano José Serra (2007-2010) foi bancada por receitas extraordinárias, como a da venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil. No atual mandato do também tucano Geraldo Alckmin, reeleito para seu quarto mandado, o governo paulista aderiu ao aumento dos financiamentos tomados, que passaram de R$ 1,3 bilhão, em 2011, para R$ 4,6 bilhões no ano passado. Nesse período, os investimentos do Estado subiram de R$ 10,9 bilhões para R$ 13,3 bilhões. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569392-novos-governadores-devem-frear-investimento.shtml |
2015 testará populismo | Governos ditos populistas passaram garbosamente, em 2014, pelos desafios eleitorais a que foram submetidos na Bolívia, Brasil e Uruguai. Mas é este 2015 que vai, efetivamente, testar nas urnas a saúde do populismo. Atenção, não uso a palavra "populismo" (ou derivados) com conotação pejorativa ou negativa, ao contrário da maioria. Populismo pode, de fato, ser deletério, quando trata de distribuir riquezas que não foram criadas nem o serão. Mas pode ser benéfico quando cuida de atender demandas populares secularmente postergadas na América Latina. O problema maior do populismo, do meu ponto de vista, é que ele tem sido incapaz de promover mudanças estruturais que pudessem levar a um crescimento sustentado e a um desenvolvimento sustentável e socialmente mais justo. É exemplar, a esse respeito, o caso da Venezuela. O populismo chavista conseguiu reduzir a pobreza de 51,7% no ano 2000 a 29% em 2012, último ano em que há estatísticas comparáveis, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Deu a uma massa de venezuelanos, pela primeira vez, a sensação de que eram cidadãos e não marginais. Parabéns. Mas o modelo está esgotado. A Venezuela de Nicolás Maduro é uma ruína econômica sem contemplações. A inflação (63,6% nos 12 meses até novembro) é recorde no hemisfério Sul; a economia retrocedeu 2,3% no terceiro trimestre, na terceira queda trimestral consecutiva; o dólar oficial vale 6,30 pesos, mas o paralelo é 228 vezes mais caro. Falta quase tudo no comércio, a ponto de levar uma empresa citada no livro Guinness a fechar temporariamente suas portas. Trata-se da sorveteria Coromoto, da cidade de Mérida, que, há 30 anos, vende 863 sabores, o que a alçou ao Guinness. Motivo do fechamento: falta leite.Alguma surpresa com o fato de que 85,7% digam que o país está no rumo errado, conforme recente pesquisa do instituto Datanálisis? O desgastado presidente Maduro já avisou que, logo no início do ano, vai corrigir o sistema cambial, que muitos analistas consideram o pai de todos os males econômicos do país. A mudança cambial tende a ser a última carta que Maduro jogará para tentar vencer a eleição de 2015 (para o Legislativo). Resta ver se o presidente se renderá ao livre jogo de mercado ou se dobrará a aposta nos controles, por continuar acreditando que a situação crítica é produto de guerra econômica movida pela oposição. Se preferir a segunda hipótese, Maduro terá de aumentar também a aposta no já intenso cerceamento da oposição, de maneira a evitar o que é natural em situações econômicas adversas (a derrota do governo de turno). Ou, posto de outra forma, as eleições venezuelanas –que, no chavismo, foram razoavelmente livres, mas não justas– perderiam ambas as características, e a Venezuela deixaria de ser uma democracia. O governo Dilma Rousseff, ele próprio um populismo em crise de identidade, continuaria calado ante essa violação das regras do jogo? Feliz 2015. | 2015-01-01 | colunas | clovisrossi | http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2015/01/1569405-2015-testara-populismo.shtml |
Prefeitura de Ribeirão Preto diz que tenta solução para problemas | A Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) informou, em nota, que tem trabalhado para resolver os problemas da cidade. Em relação às vagas de creches, a Secretaria da Educação informou que nos últimos seis anos foram entregues 22 unidades escolares, sendo 18 de educação infantil. Disse ainda que o número de vagas no período aumentou de 40 mil para 50 mil, e que trabalha pela abertura de mais escolas. Sobre as obras no calçadão, o governo informou que a previsão de entrega é para o primeiro semestre de 2015. O atraso nas obras foi justificado por "problemas nas galerias de água e esgoto" e também pelas chuvas, além de pedidos da associação comercial para interrupção das obras em finais de ano. Já a Secretaria da Saúde informou que instaurou 14 sindicâncias no primeiro semestre deste ano para apurar denúncias e que vai construir mais três UPAs (unidades de pronto-atendimento). Já o Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto) informou que o número de atendimentos por problemas caiu em 2014 na comparação com o ano anterior (de janeiro a agosto). "Foram 5.259 pedidos de serviços e providências, contra 2.792 neste ano", diz em nota. A autarquia informou ainda que vai investir R$ 70 milhões na captação, reservação e distribuição de água em Ribeirão nos próximos anos. "Serão construídos novos poços, reservatórios, estações elevatórias, implantação e substituição de redes, além de instalação de macromedidores para controle de perdas", diz a prefeitura. Sobre a PPP do lixo, a prefeitura informou que aguarda decisão da Justiça para dar prosseguimento ao edital de licitação, após as suspeitas de irregularidades. (jap) | 2015-01-01 | cotidiano | ribeiraopreto | http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2015/01/1569210-prefeitura-de-ribeirao-preto-diz-que-tenta-solucao-para-problemas.shtml |
25% dos municípios brasileiros fecharam vagas formais em 2014 | Cerca de um quarto dos municípios brasileiros cortou postos de trabalho formais ao longo de 2014. São 1.350 cidades onde, até novembro, havia menos vagas do que o registrado no ano anterior. Há ainda 206 municípios nos quais nada aconteceu: passados 11 meses, o saldo de postos de trabalho é o mesmo de 2013. O total de cidades em que o mercado de trabalho piorou ou ficou estagnado já supera o de 2013, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A chance de recuperação até o fim do ano é pequena, já que em dezembro tradicionalmente há redução no número de empregos com carteira assinada no país. Na topo da lista das cidades que mais desempregaram está Ipojuca, município de 80 mil habitantes localizado a 50 quilômetros do Recife. Lá, o término de obras do porto de Suape fez com que mais de 18 mil postos de trabalho fossem extintos até novembro. Outras cidades sofrem o efeito do desaquecimento da economia. Em 2014, espera-se crescimento zero, e a indústria automotiva tem sido uma das mais prejudicadas. A situação já afeta o mercado de trabalho de municípios paulistas como São Bernardo do Campo e Diadema. Em São Bernardo, que abriga Ford, Volks e Mercedes-Benz, 99% das 4.553 vagas perdidas vieram da indústria de transformação. O mesmo acontece na vizinha Diadema, onde mais da metade dos trabalhadores está no setor industrial. A perda de postos só não foi maior porque a construção civil abriu vagas ao longo do ano. COPA E ELEIÇÕES Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o baque veio do setor imobiliário. As demissões promovidas por empresas de engenharia e por imobiliárias fizeram com que a cidade ficasse na quarta posição da lista. "Tanto a Copa quanto as eleições atrapalharam. São eventos que esfriam a procura por imóveis", afirmou a prefeitura por meio de nota. Como em anos anteriores, o saldo positivo de criação de vagas em 2014 foi puxado pelas capitais. O fôlego das maiores cidades do país, contudo, já foi maior. A taxa de desemprego nas principais metrópoles ficou em 4,8% em novembro, segundo o IBGE. É um dos menores patamares já registrados, mas os dados sinalizam que a situação pode mudar. Todas as regiões metropolitanas tiveram aumento na taxa de desemprego naquele mês, na série com ajuste sazonal (considerando as influências típicas de cada período). Isso ocorreu, em grande parte, porque o número de pessoas em idade ativa (15 anos ou mais) dispostas a trabalhar subiu, mas nem todas conseguiram achar vagas. Nos últimos anos, o número de pessoas que não estavam buscando trabalho ajudou a reduzir a taxa de desemprego. Aos poucos, elas começam a tentar voltar ao mercado, mas o ritmo de contratação está menor. Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil deve fechar 2014 com 700 mil novos empregos com carteira assinada, o resultado mais baixo da última década. | 2015-01-01 | mercado | null | http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569289-25-dos-municipios-brasileiros-fecharam-vagas-formais-em-2014.shtml |
Conheça dez rituais tradicionais de passagem de ano ao redor do mundo | Bater panelas nas janelas, quebrar pratos em frente à casa dos outros, queimar bonecos gigantes, sair pelas ruas disparando pistolas cheias de água. Rituais para celebrar o Ano-Novo mundo afora podem ser bem diferentes do nosso tradicional pular sete ondinhas no mar, vestir branco e comer uvas e lentilhas na ceia. A data da virada também não acontece sempre em 1º de janeiro. "O Brasil segue o calendário juliano, ou católico, como boa parte do Ocidente, mas outros países, como Israel e China, contam os anos de forma diferente da nossa", diz a teóloga Lidice Meyer, professora de ciência da religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Embora pareçam exóticas para algumas pessoas, as tradições de passagem de ano de outros povos representam sempre esperança por um ciclo renovado e positivo, explica Denise Gimenez Ramos, professora de psicologia clínica da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo. "Somos movidos a símbolos, que indicam nossas metas desejadas. A humanidade tem medo do futuro, por isso é importante projetar um [futuro] que seja bom", diz Denise. Conheça abaixo rituais de Réveillon tradicionais em dez países. * DRAGÕES DE PANO Embora seja mais conhecida como Ano-Novo Chinês, a data é festejada também em outros países do Oriente que seguem o calendário lunissolar, baseado nos movimentos da Lua e do Sol. Ela costuma ocorrer entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro. Na China, a população acende lanternas para atrair boa sorte, troca envelopes vermelhos recheados de dinheiro com os familiares e dança pelas ruas com enormes dragões feitos de pano -o animal é considerado símbolo de poder, benevolência, dignidade e vigilância. DEPOIS DA VASSOURA, UÍSQUE O Hogmanay, ou Ano-Novo na Escócia, é uma festa secular. Do século 17 até boa parte do 21, o país viveu a Reforma Protestante e não pôde celebrar o Natal, uma tradição católica. Assim, a população passou a "descontar" a vontade de festejar no Réveillon, que começa em 30 de dezembro e dura três dias. É comum passar o dia 31 limpando a casa, para afastar energias negativas. Após a meia-noite, o povo se reúne para cantar uma música do poeta conterrâneo Robert Burns e presenteia os vizinhos com biscoitos ou pão. Ah, e eles brindam com uísque, não champanhe, é claro. MERGULHO A BAIXO DE ZERO Os holandeses acendem imensas "fogueiras da alegria" para celebrar o Réveillon, queimando árvores de Natal e estrados de madeira. Nas cidades à beira-mar, mergulhos organizados acontecem ao meio-dia de 1º de janeiro, sob temperaturas em torno de 0°C. Patrocinadores distribuem chapéus na cor laranja e sopa de ervilha bem quente aos menos, digamos, resistentes às águas geladas. Tudo para começar o novo ano com a alma e o corpo "zerados" -ou, como admitem alguns, para curar a ressaca da festa da virada. FOGUEIRA DE BONECOS Para se livrar de lembranças ruins do ano que termina, na noite de 31 de dezembro os equatorianos queimam bonecos feitos com jornais e roupas velhas, palha e papel machê. Eles são chamados de "monigotes" ou "años viejos", e existem em diversos tamanhos, do natural ao gigante. Há versões com as feições de personagens de desenho animado, políticos, celebridades... CHUMBO DERRETIDO Na Áustria, a primeira hora do dia 1º de janeiro é o momento de jogar chumbo derretido dentro de um copo d'água. Quando esfria, o metal forma figuras, que simbolizam como será o próximo ano para a pessoa. Uma bola representa sorte; uma âncora indica que será preciso contar com a ajuda dos outros. Muitos austríacos guardam os desenhos como amuletos -existe a crença de que eles vão colaborar para os pedidos feitos na virada se tornarem realidade. DOCE COMO MEL Celebrado em setembro, com datas variáveis, o Ano-Novo dos judeus é conhecido como Rosh Hashaná. O período de festejos vai do pôr do sol do dia anterior até o anoitecer do dia posterior. Banquetes servidos em família são o centro da comemoração, e o judeus costumam fazer um pedido antes de comer cada alimento. Não podem faltar à mesa maçãs e chalá, tradicional pão trançado, que são mergulhados em mel. Esse ritual simboliza a esperança de ter um ano doce pela frente. PANELAÇO Em Portugal, é costume comemorar o Ano-Novo batendo tampas de panela nas janelas ou pelas ruas. Acredita-se que esse ritual, mais frequente no sul do país, espanta o que aconteceu de ruim nos 12 meses anteriores. Outras tradições comuns entre os lusitanos são pular três vezes com o pé direito e uma taça de champanhe na mão e dançar em volta de uma árvore. MALA NO ROLÊ Os mexicanos cultivam um série de simpatias para atrair boa sorte no Ano-Novo. Para afastar más vibrações, varrem toda a sujeira para fora de suas casas e escrevem coisas negativas em um papel, queimando-o na virada. Em busca de prosperidade, usam a melhor louça na ceia e acendem luzes e velas. Quem deseja viajar muito no próximo ano costuma ainda levar sua mala para dar uma volta no quarteirão. GUERRINHA DE ÁGUA Celebrado entre 13 e 15 de abril, o Ano-Novo na Tailândia também é conhecido como Festival das Águas. As imagens de Buda são lavadas, seja dentro de casa ou nos templos, e o povo sai às ruas com pistolas de brinquedo, molhando quem aparece pela frente. Para os tailandeses, a água simboliza boa sorte, e molhar os outros representa o desejo de que tenham um ano positivo. Outro costume nesta época é libertar animais, como pássaros engaiolados e peixes que vivem em cativeiros. FESTA DOS CACOS Durante as primeiras horas de 1º de janeiro, a tradição na Dinamarca é quebrar pratos na porta das casas de amigos e familiares. O ritual significa lealdade, e quanto mais cacos uma pessoa reúne, mais querida ela é considerada. Antes da ação solidária pelas redondezas, entretanto, os dinamarqueses gostam de subir em uma cadeira e pular, para atrair boa sorte. | 2015-01-01 | turismo | null | http://www1.folha.uol.com.br/turismo/2015/01/1568229-conheca-dez-rituais-tradicionais-de-passagem-de-ano-ao-redor-do-mundo.shtml |
Indicação de ministro foi tramada na prisão | SÃO PAULO - O segundo mandato de Dilma começa hoje com um fato bastante inusitado, mesmo para um país que coleciona episódios surpreendentes como o Brasil. Após a posse, a presidente assinará a nomeação de um ministro cuja indicação foi tramada meses atrás, ainda na campanha, numa penitenciária. Novo titular dos Transportes, pasta com um orçamento na casa dos R$ 20 bilhões, Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), o Carlinhos, chega ao cargo por vontade do mensaleiro Valdemar Costa Neto, o Boy, que até pouco tempo atrás dormia no Centro de Progressão Penitenciária de Brasília –em novembro, o ex-deputado ganhou o direito de cumprir em casa o resto de sua pena. Descontente com a atuação de César Borges, então ministro, Valdemar pressionou a presidente, por meio de sua bancada na Câmara, a trocá-lo por Carlinhos ou pelo deputado Edson Giroto (PR-MS). Como Dilma recusou, ele articulou a divulgação de um manifesto público do partido pedindo o "Volta, Lula". O texto dizia que "o momento de crise reivindica (...) o brilho de Lula no comando da nação". Dilma não apenas continuou a bater o pé como passou a chamar Borges publicamente de o "melhor ministro dos Transportes". O PR, então, começou a negociar o apoio à candidatura de Aécio. No dia 24 de junho, Carlinhos declarou que Borges não representava o partido, do qual é secretário-geral. Dilma capitulou e, no dia seguinte, demitiu "o melhor ministro", com o compromisso de nomear no segundo mandato o apadrinhado de Valdemar. O novo ministro, que entrou na política pelo malufismo e se diz "temperamental" ("Não é fácil trabalhar comigo"), já defendeu o nepotismo ("Contrataria meus três filhos se eles não estivessem bem empregados"). Carlinhos costuma citar as lições que aprendeu com o avô: "Ele sempre dizia: 'A oportunidade é careca, a gente tem de agarrar com as duas mãos [senão escorrega]'". Dilma que se cuide. | 2015-01-01 | colunas | rogeriogentile | http://www1.folha.uol.com.br/colunas/rogeriogentile/2015/01/1569222-indicacao-de-ministro-foi-tramada-na-prisao.shtml |
Metrô de Londres vai ficar mais barato para turistas neste ano | Londres, que tem um dos sistemas de transporte público mais eficientes –mas também mais caros– do mundo, prepara mudanças de tarifas para este ano, que devem beneficiar os turistas. O cartão Oyster para um número ilimitado de viagens em um dia, um dos mais usados por visitantes, vai baixar de £ 8,40 (R$ 35) para £ 6,40 (R$ 27); o preço unitário da passagem será de £ 4,80 (R$ 20). O "bilhete único" de uma semana, por outro lado, vai ficar mais caro: de £ 31,40 (R$ 130) vai passar a £ 32,10 (R$ 133), tornando-o vantajoso só para quem ficar ao menos cinco dias na cidade (sempre para as zonas 1 e 2). Outra novidade será a volta dos bilhetes diários (com direito a viagens ilimitadas) para ônibus e "trams". Eles custarão £ 5 (R$ 21). | 2015-01-01 | turismo | null | http://www1.folha.uol.com.br/turismo/2015/01/1569165-metro-de-londres-vai-ficar-mais-barato-para-turistas-neste-ano.shtml |
Alckmin usará novo mandato como vitrine para tentar disputar Planalto | Os aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB) são diretos ao apontar o que acreditam que será o diferencial de seu novo mandato: o tucano tomará decisões administrativas abandonando definitivamente a ideia de se projetar apenas em São Paulo. Ainda que a precaução recomende discrição, não há dúvidas entre seus auxiliares e assessores que ele se prepara para disputar o Palácio do Planalto em 2018 e pretende transformar o governo estadual em uma vitrine eleitoral para o resto do país. "O governador nunca esteve tão focado na disputa presidencial como agora. Ele sabe que é sua última chance", avalia um aliado paulista. Na montagem de seu novo secretariado –mais de 70% da equipe foi trocada–, o governador deixou claro que quer "governar para fora". O tucano planeja entregar obras estruturantes que possam servir de referência para outros Estados. Ele quer ainda consolidar a expansão do Metrô e do Rodoanel e embalar as mudanças em uma espécie de "pacote social". Em novembro, em conversas reservadas, deu exemplo de como pretende apresentar seus resultados. "Levar o metrô para o bairro de Jardim Ângela [zona sul da capital paulista] é, sim, benefício e inclusão social. É dar tempo e qualidade de vida para as pessoas", afirmou. Ainda que tenha frustrado as próprias expectativas de promover redução significativa no tamanho da máquina pública, o tucano buscou aliar nomes técnicos a políticos em sua nova equipe. Para a atual área mais crítica da administração, Recursos Hídricos, escalou um acadêmico respeitado entre especialistas, mesmo critério que adotou para nomear a titular do Meio Ambiente. A "tropa de choque" política contará com quatro integrantes e cada um deles terá funções bem definidas. Alexandre de Moraes, escolhido para a Segurança Pública, é o principal articulador do governador no meio jurídico. Consultor informal do tucano nos últimos quatro anos, ele terá a função de fazer a ponte com o Ministério Público, Tribunal de Justiça, juízes federais e até o STF (Supremo Tribunal Federal). Com perfil mais dinâmico que o de seu antecessor, Moraes deve servir de "anteparo" para as rusgas entre a Secretaria de Segurança e o Ministério da Justiça, comandado por José Eduardo Cardozo, ministro petista que figura sempre na lista de pré-candidatos ao governo paulista. Ao responsável pela Secretaria de Governo, Saulo de Castro, considerado de estilo linha-dura, caberá cobrar secretários pelo andamento de obras. Nome de confiança do tucano, monitorará o desempenho de todas as áreas. Na costura política, o principal articulador será Edson Aparecido, da Casa Civil. Ele tende a ser o "rosto" público do governo para temas impopulares, já que aliados querem evitar a superexposição do tucano a partir de agora. Para o fortalecimento do governador no PSDB, Alckmin vai contar com o novo secretário de Logística e Transportes, Duarte Nogueira, presidente estadual do partido. O dirigente da sigla é aliado de Alckmin, mas tem boa relação com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), único nome que desponta como adversário interno na disputa pela candidatura tucana à Presidência em 2018. Os tucanos não apostam em um clima beligerante no PSDB nos próximos anos. Para eles, Alckmin não irá se indispor publicamente com Aécio nem com a presidente Dilma Rousseff (PT). Ele deve investir numa relação amistosa com a petista porque sabe que precisará dela para assegurar recursos para investimentos. As parcerias serão indispensáveis em um cenário de possível queda na arrecadação em 2015. "O Alckmin é mais mineiro no jeito de ser do que o próprio Aécio. Ele será discreto. Vai pelas beiradas", resume um antigo assessor do tucano. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569393-alckmin-usara-novo-mandato-como-vitrine-para-tentar-disputar-planalto.shtml |
Atrasos nas obras do calçadão geram perdas aos comerciantes | Após três anos da apresentação do projeto de revitalização do calçadão do centro de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), em agosto de 2011, a prefeita Dárcy Vera (PSD) ainda não conseguiu concluir a obra. A direção da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) diz que, por causa dos atrasos, a queda no movimento do comércio chegou a 40% em alguns estabelecimentos. De acordo com a instituição, o prazo para entrega era dezembro de 2012. Por causa disso, os comerciantes precisaram se readequar a realidade dos últimos anos, dividindo o espaço com os trabalhadores da obra. Apesar disso, eles dizem acreditar que a revitalização "será fundamental para tornar o centro mais atrativo." Na saúde, o ano foi marcado por mortes suspeitas, como a da estudante Gabriela Zafra, 16, que morreu vítima de meningite em maio. A família dela diz ter passado por cinco atendimentos em três unidades, sem que a doença tenha sido diagnosticada. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) informou que investiga quatro mortes. O líder da oposição na Câmara, Marcos Papa (sem partido), diz que os problemas são resultado "da incompetência da administração e de falta de planejamento". Já o presidente da Câmara, Walter Gomes (PR), disse que o "serviço público não é igual ao privado". Ele afirmou ainda que a atual administração faz um "bom trabalho" em Ribeirão Preto, apesar dos problemas enumerados. Já com relação à falta de água, até grupos nas redes sociais foram criados para reunir as reclamações. Rodrigues Gallo, supervisor de um clube de futebol da região, criou uma das páginas. "Com a publicação de várias reclamações, o número de participantes foi aumentando e, hoje, a página serve para postar reclamações e, ao mesmo tempo, denunciar vazamentos." Apesar dos usuários relatarem dificuldades, a Prefeitura de Ribeirão informou que a falta de água nos bairros é pontual. | 2015-01-01 | cotidiano | ribeiraopreto | http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2015/01/1569216-atrasos-nas-obras-do-calcadao-geram-perdas-aos-comerciantes.shtml |
Feliz ano velho | BRASÍLIA - O que esperar de um governo novo que já nasce velho? A pergunta ronda toda reeleição, mas promete ser ainda mais implacável com Dilma Rousseff. A presidente começa hoje o segundo mandato em clima de ressaca, com a economia estagnada e sua base política enredada no escândalo da Petrobras. Nem os áulicos mais otimistas conseguem prever tempos melhores em 2015. Há quatro anos, Dilma subiu a rampa do Planalto embalada por uma votação consagradora. O país crescia em ritmo chinês e fazia história ao escolher a primeira mulher para governá-lo. Agora a presidente não é mais novidade, e a vitória apertada nas urnas indica que seus créditos podem se esgotar rápido. Ao discursar em sua segunda posse, em 1999, Fernando Henrique Cardoso afirmou que não havia sido eleito para ser o "gerente da crise". A ficção do real forte se desfez em apenas duas semanas, e o tucano foi perseguido pela impopularidade até entregar a faixa a Lula. E Dilma, o que dirá hoje? Ressuscitará o "pacto contra a corrupção", depois de convidar o filho de Jader Barbalho para a Esplanada? Prometerá a reforma política, embora não tenha força nem para evitar que um desafeto assuma a presidência da Câmara? Acenará com a retomada do crescimento, enquanto sua equipe prepara novos cortes para fechar o rombo nas contas públicas? O Ano-Novo virá repleto de armadilhas, do reajuste nas tarifas de ônibus, que pode reacender a chama dos protestos de rua, à denúncia dos políticos envolvidos no petrolão. Além de enfrentar as tormentas, a presidente terá que manter o apoio dos 51,6% que votaram nela. Para quem acreditou na promessa de "governo novo e ideias novas", nada poderia ser mais frustrante que o ministério que toma posse hoje. A decepção tende a se agravar quando a turma der razão à máxima do Barão de Itararé: "De onde menos se espera, daí é que não sai nada". | 2015-01-01 | colunas | bernardomellofranco | http://www1.folha.uol.com.br/colunas/bernardomellofranco/2015/01/1569223-feliz-ano-velho.shtml |
Redes estrangeiras de hotéis econômicos ampliam presença no país | A estrutura hoteleira do país, que tem ganhado corpo com grandes eventos como a Copa do Mundo (realizada no ano passado) e a Olimpíada de 2016, vai ganhar neste ano o reforço de grandes redes estrangeiras de bandeiras econômicas -geralmente voltadas para turistas de negócios. No final de dezembro, a Red Roof, que tem cerca de 400 unidades nos Estados Unidos, anunciou uma parceria com o grupo Nobile, de Brasília, para a abertura de 35 a 40 hotéis até 2025. O primeiro endereço deve ser inaugurado na capital federal no segundo semestre -o valor das diárias não foi definido, mas, segundo a empresa, seguirá a média do mercado; no hotel da rede em Miami (EUA), elas partem de US$ 131 (R$ 352). Para a abertura das demais unidades, hotéis com a bandeira Nobile (presente em sete Estados) serão reformatados. Ainda de acordo com a empresa, cidades menores, além de capitais, podem receber hotéis Red Roof. Outra rede que inicia em 2015 uma expansão é a americana Wyndham, que já opera duas unidades da bandeira Super 8 em Minas Gerais (em Confins e Santa Luzia), com diárias a partir de R$ 138. O primeiro passo são hotéis Super 8 em Caxias do Sul (RS) -previsto para começar a funcionar já no primeiro semestre-, além de Bento Gonçalves (RS), Congonhas e Uberlândia (MG). A rede já prevê, em outras cidades chamadas "secundárias", ainda não definidas, outras sete unidades, que envolvem também a bandeira Travelodge, de diárias mais baixas (na faixa de R$ 110). Elas devem ficar nos Estados de SP, RS, SC e MG. Uma terceira marca, a Hyatt, oficializou recentemente os primeiros hotéis de sua bandeira econômica, a Hyatt Place, no Brasil. A unidade de São José do Rio Preto (SP) deve ser a primeira, em 2016, e a expectativa é abrir outras em Sorocaba (SP) e Macaé (RJ) até 2017. Os hotéis Hyatt Place não têm lavanderia, restaurante ou serviço de quarto, mas mantêm móveis das bandeiras de luxo Grand e Park Hyatt. Em Manhattan, em Nova York, uma noite custa a partir de US$ 199 (R$ 534). Além dessas três, a rede Blue Tree pode começar a investir em hotéis de perfil mais barato a partir deste ano. Focada em endereços com quatro ou cinco estrelas, a empresa vai abrir um serviço de franquias que pode envolver hotéis mais baratos. | 2015-01-01 | turismo | null | http://www1.folha.uol.com.br/turismo/2015/01/1568262-redes-estrangeiras-de-hoteis-economicos-ampliam-presenca-no-pais.shtml |
Copa América e Jogos Pan-Americanos são destaques de 2015; veja calendário | Em 2015, ano que antecede a Olimpíada do Rio-2016, os Jogos Pan-Americanos, sediados em Toronto (CAN), serão importantes para avaliar o desempenho dos atletas olímpicos brasileiros. Mas além do evento que acontece de 10 a 26 de julho, o calendário esportivo de 2015 ainda tem a Copa América de futebol, no Chile, o Brasil Open e o Rio Open de tênis, as Copas do Mundo feminina e masculina de vôlei, e dezenas de campeonatos importantes em diversos esportes. Confira as competições e suas respectivas datas: | 2015-01-01 | esporte | null | http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569366-copa-america-e-jogos-pan-americanos-sao-destaques-de-2015-veja-calendario.shtml |
Brasileiros lideram em número de turistas que visitam Miami | "Em 2013, 51% dos turistas que foram a Miami eram brasileiros, nenhuma outra cidade norte-americana pode dizer o mesmo." A constatação é de William D. Talbert 3°, presidente e presidente-executivo há 15 anos do Greater Miami Convention and Visitors Bureau (GMC&VB) –órgão oficial de fomento turístico que engloba Miami Beach, Miami City, Coral Gables e as demais miniprefeituras que formam a Grande Miami, maior aglomerado urbano do sul da Flórida (EUA). Os números totais de visitação relativos a 2014 ainda não estão fechados, mas, a julgar pelas previsões, mesmo com a alta do dólar, essa percentagem deve até crescer, já que, no primeiro semestre, 424.065 brasileiros foram a Miami –aumento de 6% em relação a igual período de 2013, quando a Grande Miami recebeu, no ano, 756 mil turistas vindos do Brasil. Segundo Bill Talbert, que capitaneou recentemente a vinda de uma delegação de representantes do setor de turismo de Miami a São Paulo, em 2013, turistas brasileiros, além de terem sido os mais numerosos, também foram os que mais gastaram. Pela ordem, no primeiro semestre de 2014, os dez principais países que enviaram turistas para esse mercado foram Brasil, Canadá, Argentina, Colômbia, Alemanha, Venezuela, Inglaterra, Bahamas, França e Costa Rica, o que não difere muito do ranking apurado em 2013, quando, ao todo, a Grande Miami recebeu cerca de 3,6 milhões de visitantes estrangeiros. Para efeito de comparação, o Brasil, de acordo com dados do Ministério do Turismo, ao todo recebeu um total de 5,7 milhões de turistas estrangeiros em 2013. E, em 2014, ajudado pelo "efeito Copa do Mundo", esse número deve chegar perto de totalizar a marca de 7 milhões de turistas internacionais, apenas duas vezes mais que a região de Miami. TOP FIVE Segundo Bill Talbert, "o Brasil tem estado entre os cinco primeiros mercados emissivos de turistas para a região de Miami ao longo de uma década. Isso se deve ao crescimento de sua economia e, também, ao crescente volume de negócios e de investimentos brasileiros na Grande Miami." Para o presidente e presidente-executivo do GMC&VB, a conexão entre os brasileiros e Miami deve continuar a crescer em razão dos atrativos do destino. "Desde 2011, o Brasil se tornou o primeiro mercado para nós e, em 2013, os viajantes brasileiros, em média, dormiram 7,8 noites em quartos de hotéis em suas estadas na região." Ainda de acordo com Talbert, em 2013, o aeroporto internacional de Miami recebeu ao todo 40 milhões de passageiros, entre turistas americanos e estrangeiros, o que faz dele a segunda maior porta de entrada dos EUA. Hoje, há 11 voos diretos e diários entre Miami e o Brasil operados pela American Airlines e pela TAM. As cidades servidas por eles são São Paulo –os aeroportos de Guarulhos e de Viracopos (Campinas), este último, da American Airlines, recém-lançado– e também Rio, Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Belém, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre, num total de 112 voos semanais (uma oferta de cerca de 26.797 assentos por semana). O porto de Miami também é considerado um dos mais movimentados e tem sido chamado de "capital dos cruzeiros do mundo", ao embarcar anualmente 4 milhões de passageiros de cruzeiros marítimos. Mas, de acordo com as estatísticas oficiais, apenas 1,2% dos brasileiros que visitaram a Grande Miami em 2013 fizeram a partir de lá viagens de navio. | 2015-01-01 | mercado | null | http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569285-brasileiros-lideram-em-numero-de-turistas-que-visitam-miami.shtml |
Nosso maior manancial é a incompetência, diz consultor | "Acabou o mundo da fantasia", decreta o economista Gesner Oliveira, consultor de recursos hídricos e ex-presidente da Sabesp (2007-2010). Regiões como a Grande São Paulo, diz ele, vão precisar conviver com um cenário duradouro de escassez. A reversão, na visão do especialista, não será feita apenas com obras. Diminuição das perdas na distribuição de água e redução de consumo são ações essenciais para que os paulistas tenham alguma segurança hídrica. Defensor da participação do setor privado no segmento do saneamento básico, ele não vê incongruência em uma empresa de água distribuir lucros para acionistas, como é o caso da Sabesp. "Há um debate internacional sobre a água como um direito universal, o que não seria compatível com a atividade privada. A população de vários países não tem serviços mínimos porque prevalece uma visão extremamente paternalista ou estadista do assunto", diz ele, para quem há um aspecto positivo da crise: ela é pedagógica para gestores e consumidores. Leia a seguir trechos da entrevista de Oliveira, que também é professor do Departamento de Planejamento e Análise Econômica Aplicados à Administração da FGV Folha - Como garantir que as pessoas tenham acesso à água se ela não for vista como direito? Gesner Oliveira - É um serviço básico. Mas, sem investimentos privados, não há serviços necessários. As empresas brasileiras de saneamento que funcionam –Sabesp, Sanepar (PR) e Copasa (MG)– têm participação privada. Esse seria um modelo a ser estendido para o resto do país? Sim. O investimento de ampliação do sistema do Alto Tietê foi feito em dois anos. A Sabesp demoraria quatro anos para fazer essa obra. Hoje não há rodízio, mas existe racionamento? De jeito nenhum. Estamos vivendo uma situação de problemas de falta de água em função de uma opção, que me parece correta, de diminuição da pressão da água. Muita gente reclama da falta de informação. Não dá para avisar quando faltará água por redução de pressão? O esforço de comunicação é sempre útil e qualquer adicional é bem-vindo. Faltou transparência durante a gestão da crise? O padrão de governança da Sabesp é o melhor do Brasil. Mas a crise fez emitir um alerta geral, não só para o governo e para as empresas, mas para todos: não estamos mais no mundo da fantasia. A empresa que cuida do dia a dia do saneamento não poderia ter se preparado melhor? Com risco de ser chapa branca, digo que a Sabesp foi a empresa que fez o maior programa de água de reúso do hemisfério sul. Tem o maior programa de redução de perdas do Brasil e provavelmente da América Latina. A Sabesp não tem uma previsão detalhada sobre a meteorologia dos seus sistemas? Existe um grupo da USP que faz uma previsão voltada para o sistema Cantareira. O que aconteceu neste ano está totalmente fora de qualquer intervalo de previsão. O que está ocorrendo aqui é recorrente em Minas [Gerais], no Nordeste, na Califórnia e na África e exige, de uma maneira geral, outra estratégia. Na Califórnia, o governo escancarou o problema. Aqui, a gravidade da crise não foi exposta por causa das eleições? É difícil se dissociar da questão eleitoral, mas, em um longo prazo, temos que olhar para erros do passado. Desde os anos 1960 fomos negligentes na estratégia de ocupação de São Paulo. Nós deveríamos ter protegido as margens da Guarapiranga e do rio Tietê. Por que foram canalizados tantos córregos? Se você tivesse o rio Pinheiros e o rio Tietê navegáveis, com píeres, você teria muito lucro. Como é possível aproveitar melhor o ciclo da água? Primeiro, produzindo eficientemente. O Brasil perde, em média, 37% da água que produz, seja em perdas físicas, seja em perdas comerciais. Em Macapá, por exemplo, este índice é de 72%. Depois, tratando a água. É muito importante a captação de água de chuvas. É preciso também fazer medição de consumo individualizada. O governador falou que há "gastões" de água e sabe-se que condomínios têm dificuldades em reduzir o uso porque têm hidrômetros coletivos. Por que nunca houve uma política de mudança disso? Porque ninguém se preocupa com isso. Há uma incompetência que é geral, da sociedade. A gente se acostumou a um mito de abundância [de água]. Então, precisa haver um choque cultural. As pessoas precisam se dar conta de que um banho de cinco minutos é algo razoável. O componente ambiental não está demorando muito para entrar no contexto político? Ele é crucial. As empresas não podem atuar como vendedoras de água, mas como companhias de meio ambiente. Mobilizar a população para proteger córregos, defender o reflorestamento, não jogar lixo nos rios. E se não chover acima da média neste verão? Considerado o absurdo desperdício de água, existe um bom espaço para a redução de consumo. A redução de consumo já foi equivalente a um novo sistema. Nós podemos ter mais um sistema sem sacrifício. Os hábitos brasileiros em relação à água ainda são carnavalescos. É mais barato investir em obras ou redução de perdas? Devemos reduzir perdas antes de construir sistemas. Em uma cesta de soluções, daria um peso maior na redução de consumo. Daria grande ênfase também na redução de perdas. Daria muita ênfase ainda na reciclagem de água. Em São Paulo, a redução de perdas envolve diminuição das perdas físicas (redução de vazamentos com equipes especializadas na detecção nas tubulações menores). E reduzir perdas comerciais. Reduzir perdas de 37% para 25% até 2025 no país renderia R$ 30 bilhões (três anos do que é investido em saneamento). Gosto de usar o seguinte bordão: nosso maior manancial é a incompetência. | 2015-01-01 | cotidiano | null | http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569425-nosso-maior-manancial-e-a-incompetencia-diz-consultor.shtml |
Paul Singer: O reconhecimento da economia solidária | Para combater a grave crise de desemprego que assola a França, o governo socialista de François Hollande está apostando, entre outras medidas, no incremento da economia social e solidária (ESS). Desde 2000, o volume de emprego na ESS francesa cresceu 24%, enquanto o aumento de vagas na economia capitalista foi de apenas 4,5%. Em 31 de julho deste ano, o Parlamento francês aprovou uma lei que não apenas reconhece a economia social e solidária, como também cria dispositivos para estimulá-la. Na economia social e solidária, a propriedade das empresas é dos trabalhadores, que criam empregos sem depender imediatamente do crescimento das vendas de bens e serviços, como ocorre nos empreendimentos capitalistas. A economia solidária nasceu há 170 anos com tecelões ingleses desempregados que, no afã de sobreviver, criaram a Cooperativa dos Probos Pioneiros de Rochdale. Desde então, o movimento cooperativista se espalhou pelo mundo. O Brasil tem hoje 1,5 milhão de trabalhadores associados a cooperativas que praticam a autogestão, em todos os Estados da Federação. Apesar da força crescente da economia solidária no Brasil, não existe ainda uma lei que reconheça esse tipo de empreendimento, o que seria muito importante, pois facilitaria o acesso de tais empresas a financiamentos, já que deixaria os investidores melhor informados e mais confiantes nessa modalidade empresarial. A nova lei francesa faz esse reconhecimento legislativo da economia social e solidária, do mesmo modo que Espanha, Portugal, México e Cuba fizeram recentemente. Outro pulo do gato da lei francesa é criar a possibilidade de os trabalhadores assumirem a fábrica ou a empresa em que estão empregados e que esteja à venda ou em risco de ir à falência. A lei torna obrigatório que os empregados sejam informados pelos empregadores a cada triênio sobre as condições jurídicas de uma possível retomada de uma empresa, sobre as suas vantagens, sobre as dificuldades que poderiam ser encontradas e os dispositivos de ajuda. Com essas informações, se os empregadores estiverem cogitando se desfazer da empresa ou encerrar as atividades por algum motivo, os empregados terão a oportunidade de deliberar se desejam formar uma cooperativa para assumir o negócio no lugar dos atuais donos. Em muitos países, empresas de médio tamanho que dão lucro fecham quando seu fundador envelhece, adoece ou se aposenta e os herdeiros têm outras profissões que não pretendem abandonar. O fim das atividades dessas empresas acarreta prejuízos aos trabalhadores –que ficam sem trabalho–, aos clientes, aos fornecedores e aos governos, que deixam de receber os impostos. No Brasil, uma pesquisa recente feita por dez universidades revelou a existência de 67 empresas cooperativas que sucederam a empresas que faliram, foram recuperadas por ex-empregados e estão em pleno funcionamento. Boa parte dessas cooperativas, que empregam cerca de 12 mil trabalhadores, está no ABC paulista. Uma das maiores é a Uniforja, que surgiu em 1997 da iminente falência de uma fábrica metalúrgica de Diadema, e hoje fatura R$ 160 milhões por ano. Com certeza, o Brasil poderia ter muito mais empresas salvas por seus ex-trabalhadores. Uma legislação como a francesa seria importante instrumento nesse sentido. O projeto de lei que cria o Sistema Nacional de Economia Solidária tramita no Congresso desde 2012. Espera-se que a nova legislatura aprove-o e ajude a difundir os princípios do cooperativismo no país. PAUL SINGER, 82, economista, é secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. Foi secretário municipal do Planejamento de São Paulo (gestão Luiza Erundina) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. | 2015-01-01 | opiniao | null | http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/01/1569228-paul-singer-o-reconhecimento-da-economia-solidaria.shtml |
Brasil só vai entrar nos eixos se fizer reformas, diz empresário | Em uma analogia entre a gestão pública e a empresarial, o presidente da Hypermarcas, Claudio Bergamo, acredita que, para entrar nos eixos, o Brasil precisa aprimorar cinco precondições. Ele cita como imprescindíveis a retomada da estabilidade macroeconômica, boa gestão das finanças públicas, desenvolvimento de marcos regulatórios, reformas e infraestrutura social. "Como presidente de empresa, se eu tivesse os melhores preços do mercado e estivesse entregando a pior rentabilidade possível, o mercado iria me penalizar. Como podemos ter uma das maiores cargas tributárias do mundo e ter problema de deficit?" Uma das maiores companhias de bens de consumo e de medicamentos do país, a Hypermarcas comprou 23 empresas nos últimos anos. Leia trechos da entrevista. * Folha - Quais são as reformas prioritárias para o país? Claudio Bergamo - Política, previdenciária, fiscal e trabalhista. Hoje, quando você vai demitir alguém, paga ao redor de um ano de salário, se somar tempo médio de casa de cinco a sete anos. Existem situações de picos e vales que são normais na economia. Você tem que demitir e recontratar. Como faz? Fica mantendo força de trabalho improdutiva porque não quer mandar embora. Custa caro. Pelo momento econômico atual, é hora de demitir no seu grupo? Estamos num setor de bens de tíquete baixo e uso contínuo. Empresas como a nossa têm elasticidade menor com a renda. É a última a se beneficiar, mas é a última a sofrer a baixa do ciclo. Quão perto vocês estão do momento de sofrer a baixa? Se não tivermos mudanças grandes em 2015, vamos sentir mais. Como a gente começa a ver a renda real caindo, tem que olhar a população economicamente ativa e a taxa de desemprego. Quando se vê isso e a inflação não está sendo cuidada, você tem um problema estrutural para o nosso setor. Na prática, estão sentindo o quê? Impacto nas vendas? Dificuldade de reajustar preços? Existem as companhias que sabem lidar com o cenário e as que não sabem. É preciso ter sempre um plano B, C, D, E. Quando se está em baixa, a empresa vencedora é a que tem marcas fortes, negócios líderes, distribuição abrangente, capacidade de gestão e custo baixo. Compramos 23 empresas. Nos últimos três anos, investimos em fábrica, logística, capacitação, renovação de portfólio. Não paramos de investir porque as precondições atrapalham, mas no nosso setor não impedem, pois são itens de uso contínuo. Até quando é sustentável? Quando houve a estabilidade macroeconômica e mais crédito, o consumidor se entusiasmou. Isso foi ótimo, até mais para os setores de duráveis e semiduráveis do que para o nosso. O consumidor sentiu que ficou rico e veio no chamado trade up': todo produto de maior valor agregado era vendido. Ele procurava novidade. Nessa atitude, você não necessariamente está avaliando custo-benefício. Quando começa a apertar o bolso, como agora, vem a incerteza, que tem efeito fulminante na cabeça do consumidor. Até maior que a realidade. Ele pensa: perdi tudo. Cria um desânimo. Ele muda as compras? Começa a fazer escolhas mais inteligentes, que é o que ocorreu nos Estados Unidos. Começa a olhar um produto que é mais pobre em benefício, mas é mais barato. Queremos estar nessa posição: vender ao mesmo preço com mais benefício ou com o mesmo benefício a menor preço. Quando você está nessa equação, tende a ganhar mercado. Como isso ocorre em medicamentos? Quando foi feita a lei dos genéricos, que foi um marco regulatório bem-feito, surgiram grandes empresas nacionais. A maior parte das companhias indianas, chinesas, sul-africanas começou em genéricos e se expandiu para o mercado de patentes. E a Hypermarcas vai entrar nisso quando? Nós já estamos nisso, eu já tenho 30% nisso. Como nós compramos companhias em vários segmentos, já temos o portfólio balanceado. O objetivo de todo mundo é ter um pé em cada canoa. Essa estratégia é para diversificar riscos? É a teoria dos portfólios. Gostamos de estar em vários mercados e nos diferentes níveis de segmento e valor dentro de uma mesma categoria. A multinacional não consegue ter esse jogo de atuar em diferentes categorias. Por exemplo: preservativo. Temos Jontex, Olla e Lovetex, com vários concorrentes em cada um. Isso é característica de empresa nacional. Por que a multinacional não consegue? Porque ela muda muito os executivos. Fazer gestão de marcas em diferentes níveis é complexo. Ela mantém uma marca premium e fica inovando. Tem aquela crença de que tem que ter as marcas globais, as grandes marcas. Falta sensibilidade de mercado? Muitas vezes, ela não entende o mercado emergente. O estrangeiro não consegue ter tanta marca local. Imagine se ele fosse ter isso em todos os países? Se eu estivesse no lugar deles, implantaria isso nos países-chave. A Hypermarcas não pensa em expansão na América Latina? Estamos focados no Brasil. Achamos que tudo o que eu falei de marcos vai ser resolvido porque as forças políticas acabam resolvendo. Não somos uma companhia multinacional. Somos multiestadual. Há 27 países nesse país. Por que vou expandir para a Colômbia se tenho Minas Gerais que fala a nossa língua? Se eu trabalhar bem os 27 mercados brasileiros, o potencial é enorme. Quando entendermos que exploramos tudo e chegou no limite, é a hora de explorar outros países. | 2015-01-01 | mercado | null | http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569287-brasil-so-vai-entrar-nos-eixos-se-fizer-reformas-diz-empresario.shtml |
Ricardo Henriques: A educação e os novos governantes | O Brasil vive um momento importante com o início dos trabalhos dos novos gestores públicos nos Estados e na esfera federal. É, portanto, um período oportuno para dialogar com a sociedade sobre qual nação almejamos construir. O Brasil que queremos não se faz em quatro anos, mas em um processo de longo prazo. Nesse ponto, a educação tem uma dimensão crucial para fomentar um processo de desenvolvimento com qualidade, e o ensino médio, um papel fundamental na efetiva redução de desigualdades e ampliação de oportunidades. Maior desafio aos governantes, o ensino médio tem problemas graves a serem resolvidos, que passam pelo acesso dos jovens até sua permanência e conclusão com sucesso. Vamos aos números: 20% dos meninos e meninas de 15 a 17 anos estão fora da escola e somente 50% deles estão na série esperada para suas idades. Dentre os jovens de 18 e 19 anos que concluíram o ensino fundamental, 47,7% não conseguiram concluir o ensino médio. A evasão é enorme. E esse quadro está diretamente relacionado à baixa qualidade do ensino e à falta de atratividade aos jovens, que se sentem desconectados da escola, do que é ensinado e dos professores. Para enfrentarmos essa situação, quatro elementos-chave deveriam ser prioridade e constar da agenda dos novos líderes que assumirão suas cadeiras a partir desta quinta-feira (1º): a) mudanças no currículo escolar, b) formação dos professores, c) aumento da jornada escolar e d) implementação de uma gestão escolar estratégica. A conjunção desses fatores, hoje inadequados, gera mais desigualdades de resultados e leva grande parte dos nossos jovens a abandonar a sala de aula. O currículo escolar hoje contém excesso de conteúdos enciclopédicos, sem aprofundamento de conceitos, não estimula a capacidade e a prática de pesquisa científica e não proporciona autonomia de escolha dos jovens frente aos seus projetos de vida. Definir uma base nacional comum que oriente o currículo, diminuir o número de disciplinas obrigatórias e oferecer ao aluno opções de matérias pautadas na ciência, tecnologia, comunicação e informação podem promover uma grande transformação no ensino médio. A formação dos professores, totalmente aquém dos desafios da sociedade do conhecimento e da informação e com pouca atenção para a didática, provoca enorme dificuldade para lidar com a complexidade dos desafios da sala de aula. O aumento da jornada escolar, questão quase indiscutível hoje, deve acompanhar a mudança em direção a um ensino que proporcione o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos estudantes. Por último, destaco a gestão escolar que, a partir de um diagnóstico contextualizado de cada ambiente escolar e da definição de metas, pode revolucionar a vida nas escolas e o desempenho dos alunos. É no cotidiano da escola, em cada decisão tomada pelos gestores das diversas esferas, que se concretiza o direito à aprendizagem. Àqueles que assumirão governos a partir desta quinta-feira, seria importante não cair na armadilha do imediatismo dissociando o presente do futuro. Hoje precisamos pensar e projetar a sociedade do amanhã e fazer mudanças estruturais que somente a educação pode gerar, garantindo ensino de qualidade que promova o desenvolvimento das atuais e novas gerações. RICARDO HENRIQUES, 54, economista, é superintendente-executivo do Instituto Unibanco * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. | 2015-01-01 | opiniao | null | http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/01/1569229-ricardo-henriques-a-educacao-e-os-novos-governantes.shtml |
Presidente de fundo de pensão da Caixa escreve sobre reportagem | A propósito da reportagem "Com dívida de R$ 7,9 bi, OAS tenta renegociar com credores" ("Mercado", 19/12), esclarecemos que a diretoria-executiva da Funcef (Fundação dos Economiários Federais), em 20/11/2013, aprovou a participação da fundação na oferta restrita de cotas, limitada a 25%, do fundo de investimento em participações OAS Empreendimentos, com valor máximo de aporte de R$ 500 milhões. A decisão da Funcef seguiu procedimento de análises internas e externas da oportunidade de negócio, com o rigor técnico que sempre norteia as iniciativas da fundação, e apontou para uma rentabilidade acima da meta atuarial para o investimento. CARLOS ALBERTO CASER, presidente da Funcef (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | 2015-01-01 | paineldoleitor | null | http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2015/01/1569242-presidente-de-fundo-de-pensao-da-caixa-escreve-sobre-reportagem.shtml |
São Paulo disputa Dudu e Conca com o Corinthians | Dois dos destaques do último Brasileiro, o meia Dario Conca, do Fluminense, e o atacante Dudu, que defendeu o Grêmio, viraram alvos de disputa entre São Paulo e Corinthians para a temporada. Dudu, que tem contrato com o Dínamo de Kiev (Ucrânia), já havia definido salários com o Corinthians e esperava o acerto do clube ucraniano com o paulista. O clube alvinegro fez oferta de 3,6 milhões de euros (R$ 11,6 milhões), parcelados, por 60% dos direitos do atleta. Ao saber das dificuldades financeiras do Corinthians para viabilizar a operação –o clube ainda procura um investidor–, o São Paulo resolveu fazer uma proposta oficial. Para ficar com 50% dos direitos do atleta, ofertou 3 milhões de euros. Dudu é um sonho antigo no Morumbi. Ao menos desde 2012, quando o técnico Ney Franco foi contratado, o nome do atacante aparece nos bastidores do clube. O São Paulo está conversando diariamente com os representantes do jogador, tentando convencê-los de que o Morumbi é o melhor lugar para ele mostrar seu futebol. A ideia é que Dudu ocupe o lugar de Kaká no time. Apesar de o discurso da comissão técnica e diretoria ser o de que o substituto será Michel Bastos, o clube se movimenta para ter no elenco uma alternativa, já que vai disputar vários campeonatos no ano. Além do mais, se evitar que ele vá para o Corinthians, enfraquece o maior rival, talvez, um adversário direto na fase de grupos da Libertadores. CONCA O Corinthians tenta há dias fechar com Conca, mas não é o único a tentar a contratação do argentino. São Paulo e Flamengo conversam com a Unimed para saber a intenção da ex-parceira do Fluminense, que paga o salário do meia. O Corinthians está mais próximo do presidente da Unimed, Celso Barros, mas esbarra na falta de dinheiro. O Fluminense criticou a iniciativa do Corinthians de procurar a Unimed. "Uma proposta enviada ao ex-patrocinador do clube, com todo respeito, é nula, inválida ou o que você quiser dizer", afirmou o vice-presidente de futebol, Mário Bittencourt, em entrevista à rádio Globo. | 2015-01-01 | esporte | null | http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569363-sao-paulo-disputa-dudu-e-conca-com-o-corinthians.shtml |
Governo gasta R$ 324 mil em flores no primeiro ano da nova gestão de Dilma | A Presidência da República vai gastar R$ 324 mil para contratar um fornecedor de "flores nobres, tropicais e de campo". As plantas, segundo o governo federal, serão usadas na ornamentação de eventos com ministros, com autoridades estrangeiras e com a presidente Dilma Rousseff, que toma posse hoje. Também vão decorar gabinetes e residências oficiais em 2015. O CRAVO E A ROSA Mais de 800 arranjos, com orquídeas, hortênsias, jasmins, tulipas, girassóis, cravos e rosas, estão na lista. A empresa vencedora da licitação terá que fazer a manutenção das plantas e revitalizá-las quando estiverem danificadas ou murchas. VIDA E MORTE O governo prevê ainda a necessidade de 20 buquês para serem entregues em homenagens, como aniversários (ao custo de R$ 146 cada um), três árvores de Natal naturais com 2 m de altura e enfeites (R$ 1.700 cada uma) e 40 coroas fúnebres (preço médio de R$ 641 cada uma), para velórios de autoridades. LULA LÁ O ex-presidente Lula confirmou presença na posse de Dilma. Ele deve ir hoje a Brasília sozinho, sem dona Marisa. Fará um "bate-e-volta", ficando pouco tempo na cidade. VOCÊ JÁ FOI À BAHIA? Os jogadores Neymar e Daniel Alves, do Barcelona, foram convidados para a festa Saravá, em Trancoso, na Bahia. A balada reuniu ainda modelos como Ana Beatriz Barros e Caroline Bittencourt e blogueiras como Lala Rudge e Thássia Naves. O ator Klebber Toledo também esteve no evento, promovido pelas agências Haute e Multicase. Rafaella Beckran, irmã de Neymar, também passou por lá, na segunda (29), assim como o empresário Marcos Campos, que foi à festa com a mulher, a atriz Patricia Barros. ALERTA VERMELHO Após o vendaval que derrubou 434 árvores em SP, a Ame Jardins (associação de moradores da região) mandou carta à Subprefeitura de Pinheiros pedindo mais atenção com plantas em situação de risco. Em duas semanas, seis troncos caíram na área. A entidade baseia a reclamação em um estudo de 2012 com 2.200 árvores dos Jardins segundo o qual uma em cada três tinha pragas. ALERTA 2 "Passados dois anos da entrega do laudo final à Prefeitura, apenas 120 exemplares foram removidos, menos da metade do necessário", diz Fernando José da Costa, presidente da Ame Jardins. ILUSÃO DE ÓTICA Em sua nova peça, Tania Khalill, 37, leva ao pé da letra a máxima de que ser ator é viver outras vidas. * A atriz paulistana encarna cinco personagens, mesmo número de seu colega de cena, André Garolli, em "Dez Encontros", que estreia no próximo dia 9 no Teatro Folha, em Higienópolis. * "Foi um trabalho intenso, porque a gente não queria que ficasse caricato. Para diferenciar os papéis, optamos pela sutileza, o que é mais difícil", diz ela. O espetáculo "sobre desejos, paixões, traições" tem origem em um texto de 1897, mas "é muito atual", acredita Tania. "Pelo menos um dos encontros toca o espectador." PESQUISANDO Ativistas de combate à discriminação comemoravam ontem o anúncio do Ministério da Educação de que vai estudar formas de ampliar a inclusão de negros, indígenas e pessoas com deficiência em programas de mestrado e doutorado da Capes (fundação de fomento à pesquisa). A ONG Educafro, a Secretaria de Igualdade Racial da Presidência da República e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência terão representantes no grupo que vai discutir o tema. PARA TODOS O Theatro Net, aberto em SP em meados de 2014, vai ampliar seu projeto de programação acessível neste ano. O plano é que um fim de semana por mês seja inteiramente dedicado às apresentações com audiodescrição das cenas, legendas eletrônicas e libras (linguagem de sinais). O investimento no programa será de R$ 8 milhões. CURTO-CIRCUITO O Instituto Brincante faz intervenção artística com o frevo como tema. Neste sábado (3), no Sesc Vila Mariana, às 13h30. Livre. Grátis. O programa Recreio nas Férias, da Prefeitura de SP, recebe inscrições. As atividades de lazer para crianças ocorrem entre 12 e 23 de janeiro, em 71 locais. O CCBB São Paulo abre no próximo dia 7 a Mostra de Filmes da Geórgia, com longas marcantes do país asiático. Até 19 de janeiro. O Nave (Núcleo Avançado em Educação), do Oi Futuro, está na nova edição do "Wise Book", publicação com iniciativas educacionais inovadoras no mundo. com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e NICOLAS IORY | 2015-01-01 | colunas | monicabergamo | http://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2015/01/1569243-governo-gasta-r-324-mil-em-flores-no-primeiro-ano-da-nova-gestao-de-dilma.shtml |
Ataques de Marta a Juca surpreendem meio artístico | As críticas da senadora e ex-ministra da Cultura Marta Suplicy (PT-SP) ao retorno de Juca Ferreira ao comando da pasta no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) causaram surpresa no meio artístico e cultural. O estranhamento se dá principalmente porque Marta retomou projetos idealizados durante o período de Juca na pasta no governo Lula, como secretário-executivo de Gilberto Gil entre 2003 e 2008 e ministro entre 2008 e 2010. Anteontem, após o anúncio do novo ministro, Marta escreveu no Facebook que a "população brasileira não faz ideia dos desmandos que este senhor promoveu à frente da Cultura brasileira". Procurado, Juca não quis comentar o ataque de Marta. "Não li, não me interessa, não tenho nada a falar sobre isso", disse à Folha, por telefone. As críticas a Juca surgem geralmente de setores ligados à ex-ministra Ana de Hollanda (2011-12), que rompeu com políticas dele, e de segmentos da indústria cultural contrários a posições defendidas por Juca, como a flexibilização de direitos autorais. "Sobre sua gestão no MinC, anterior à minha, não nego alguns méritos. No entanto, não há como negar que a herança que me deixou foi bastante caótica", afirmou Ana de Hollanda à Folha, nesta quarta. Ela disse ainda que suas críticas ao futuro ministro já tinham sido publicadas anteriormente no Facebook. Ela classifica Juca como "político de personalidade polêmica, extremamente belicista". Para Ana, Juca tem pouca relação ou conhecimento da complexa realidade do mundo da cultura. REPERCUSSÃO A Folha ouviu artistas e empresários do setor cultural sobre as críticas de Marta. Eles se dividem entre apoiadores e críticos à escolha do novo ministro, mas os dois grupos se dizem incapazes de explicar as declarações de Marta. "Juca representa vários grupos de negócios articulados que enxergam no Minc uma oportunidade de negócios e certamente farão altos negócios com subsídios de todos os brasileiros", afirmou o sociólogo e colunista da Folha Demétrio Magnoli. Já Ivana Bentes, professora de comunicação da UFRJ, elogia o novo ministro. "É uma virada simbólica e de reencantamento da política no governo Dilma, que recoloca a cultura no centro do debate." Para os entrevistados pela Folha, as declarações de Marta parecem mais políticas do que propriamente culturais. O descontentamento dela em relação a Juca começou quando ele assumiu a coordenação da área de cultura da campanha de Dilma. Num comício, a ex-ministra escutou pedidos de "Volta, Juca". Marta também tem desavenças com Dilma por ter apoiado a volta de Lula (leia abaixo). Antes das eleições, Marta e Juca eram mais alinhados. No MinC, ela conseguiu articular a aprovação de projetos idealizados por Gil e Juca, que não tiveram força política para levá-los adiante no Congresso. O Vale-Cultura, por exemplo, acabou se tornando bandeira de ambos. O benefício de R$ 50 mensais para gastos com atividades culturais havia sido lançado em 2009 por Juca e só foi aprovado graças a Marta. DILMA E LULA A presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e parte do PT demonstraram contrariedade, nos bastidores, com as críticas públicas da senadora e ex-ministra da Cultura Marta Suplicy à escolha do ex-ministro Juca Ferreira para assumir a pasta. A Folha apurou que Lula não gostou da afirmação de que sua gestão abrigou desmandos na área de cultura. O ex-presidente trabalhava pela permanência de Marta no PT. Agora, segundo pessoas próximas, a tendência é a de que Lula não se esforce para mantê-la no partido. Ao deixar o ministério, Marta criticou a política econômica do governo, o que já havia contrariado Dilma. A então ministra da Cultura também era vista como incentivadora do "volta Lula" em resposta às incertezas sobre a reeleição de Dilma. Após retomar o mandato de senadora, Marta admitiu que pode trocar o PT por outro partido para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016. Integrantes do PT afirmam acreditar que a senadora está tentando ser expulsa do partido ou em busca de um argumento jurídico, como perseguição interna, para trocar de legenda sem risco de perder o mandato no Senado por infidelidade partidária. (FERNANDA REIS, GUILHERME GENESTRETI, JULIANA GRAGNANI, KARLA MONTEIRO, GABRIELA SÁ PESSOA, MATHEUS MAGENTA E ANDRÉIA SADI) | 2015-01-01 | ilustrada | null | http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569332-ataques-de-marta-a-juca-surpreendem-meio-artistico.shtml |
Dilma usa festa da posse para defender ajuste na economia | Dilma Vana Rousseff, 67, assumirá seu segundo mandato como presidente da República nesta quinta-feira (1º) com um discurso em que planeja defender os ajustes iniciados em sua política econômica como necessários para fazer o país voltar a crescer. Primeira mulher a governar o Brasil, reeleita em outubro após a eleição presidencial mais acirrada desde a redemocratização, Dilma será empossada na Câmara e fará seu discurso logo em seguida, por volta das 15h30. Dilma assume seu segundo mandato com a economia estagnada e o discurso que adotou na campanha eleitoral em xeque, por causa das medidas que ela começou a tomar para arrumar as contas do governo, que devem fechar este ano no vermelho. A presidente escolheu um economista de perfil conservador para ser seu próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele tem defendido mudanças para reequilibrar as finanças públicas e conter a expansão dos gastos do governo federal. Na semana passada, Dilma autorizou medidas que restringem o acesso a benefícios sociais como seguro-desemprego e pensão por morte, embora tenha prometido durante a campanha que não mexeria em direitos trabalhistas. Em seu discurso de posse, conforme o rascunho discutido nos últimos dias com seus auxiliares, a presidente deverá apontar como prioridades o combate à inflação, a preservação do emprego e a redução das desigualdades. Dilma também fará acenos aos empresários, mostrando-se aberta ao diálogo e interessada em parcerias, num esforço para se distanciar dos atritos que marcaram sua relação com o meio empresarial no primeiro mandato. Ela pretende convidar a iniciativa privada a investir em projetos de infraestrutura e aproveitar as oportunidades oferecidas por concessões de rodovias, aeroportos, portos e ferrovias controlados pelo governo federal. Depois do fraco desempenho da atividade econômica em 2014, e com a perspectiva de outro ano difícil pela frente, Dilma prometerá menos burocracia, mais previsibilidade para as decisões econômicas e medidas para estimular o setor privado a investir. O discurso da presidente deverá durar cerca de 30 minutos. Após a solenidade na Câmara, ela se dirigirá ao parlatório do Palácio do Planalto e fará uma breve saudação às pessoas presentes na Praça dos Três Poderes. Em seguida, Dilma dará posse ao seu novo ministério, cuja configuração completa foi anunciada nesta quarta-feira (31). CORRUPÇÃO A presidente também pretende falar de corrupção em seu discurso, numa tentativa de oferecer respostas às revelações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um vasto esquema de corrupção na Petrobras. De acordo com o rascunho do seu discurso, a presidente planeja dizer que não tolera malfeitos e vai propor ao Congresso um pacote de medidas de combate à corrupção, como prometeu durante a campanha eleitoral. Com a crise na Petrobras e a economia estagnada, Dilma governará um país em situação diferente da que herdou de seu antecessor e mentor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Em 2010, quando ela foi eleita pela primeira vez, o país cresceu 7,5% e a inflação anual atingiu 5,9%. Em 2014, o ano em que foi reeleita, o crescimento deve ficar em 0,2% e a inflação, perto do teto da meta oficial, de 6,5%. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569387-dilma-usa-festa-da-posse-para-defender-ajuste-na-economia.shtml |
Em 2014 deu tudo errado, por isso deu tudo certo | Faço o mesmo que milhões ao me preparar para a virada do ano. Compro roupa nova, calcinha da cor do meu maior desespero. Deixo mentalmente a vida ruim para trás e visualizo um futuro cheio de motivos para comemorar. Pulo as sete ondas, brindo, passo a noite celebrando um presente novinho em folha. Como se o futuro finalmente tivesse vindo ao meu encontro. Anoto no caderninho todas as minhas resoluções para essa nova chance de ser finalmente feliz - ou menos infeliz. Quero acreditar que a meia-noite terá o poder de transformar meus desejos em realidade. Eu penso, planejo, anoto, me concentro no futuro glorioso que me espera e aguardo que a virada do ano traga a vida que eu pensei, planejei e acho que mereço, claro. Tenho feito isso religiosamente a cada ano que termina, sem falha, sou muito fiel ao caderninho, onde deposito minhas esperanças de ter uma vida, se não melhor, diferente. E mesmo quebrando a cara quase sempre, continuo fazendo a mesma coisa. Não foi diferente de 2013 para 2014, o campeão de planos furados. Eu queria o básico, só aquele feijão com o arroz dos pedidos de ano novo. Ser promovida, ganhar mais dinheiro, emagrecer, ter uma vida mais tranquila. Quem não quer? Deu tudo errado. E por isso deu tudo certo. Levei uma rasteira no meu último emprego, passei a ganhar menos, tive problemas sérios de saúde, engordei 10 quilos. Nessas horas a gente só consegue ver a parte ruim e não percebe que quase sempre os planos se concretizam de uma forma torta. A vida dá respostas atravessadas. E não significa que sejam ruins. Mas nem sempre entendemos. Sofremos porque nos apegamos à nossa listinha feita tão carinhosamente no caderninho. Ela não demora a ficar socada no fundo da bolsa com planos que não cabem em nossa vida, mas que queremos mesmo assim. Fazemos a listinha de resoluções como se fossemos ao supermercado. Acabou a manteiga, o açúcar, o emprego ficou velho, o amor, desgastado. Melhor renovar. Preciso de mais esperança, saúde e felicidade. Não esquecer de comprar uma dose de harmonia. Paz, sim, é bom não esquecer de pedir paz. E paz mundial. O problema é que o calendário vira e os itens podem continuar em falta, as prateleiras vazias. Talvez esse não seja o melhor ano para um amor novo, que seja o momento de aprender a ficar sozinho. Eu queria aquela promoção, e esqueço que há outros caminhos até melhores do que aquele que eu meti na cabeça ser o melhor para mim. E dá-lhe sofrimento. Então, achamos que depois do Carnaval alguma coisa há de ser reposta nas prateleiras do supermercado da vida. Ainda que seja apenas disposição pra mudar de fato algo que não funciona mais, como se uma pilha nova fosse tudo o que faltasse para que esse motor interno pegue no tranco. Os meses passam, as coisas não acontecem, a listinha dos planos fica esquecida na bolsa velha no cabide do quarto. Você nem se lembra mais o que realmente queria, só sabe que está infeliz e não vê a hora desse ano acabar. O ano acabou. Hoje é o primeiro dia de um novo ano. Dessa vez não fiz lista nenhuma. Não fiz pedidos específicos. Tudo que deu certo em minha vida esse ano não foi planejado, mas foi muito melhor do que tudo que eu havia pensado, pedido, desejado. Desisti de achar que existe uma conexão com o além que vai me garantir mais dinheiro, menos quilos, uma casa nova, um filho no mês que vem. Nem por isso deixei de acreditar que a vida pode ser melhor. O que eu cansei foi de esperar o ano acabar para mudar o que gostaria. Passei a repetir sempre como um mantra, a minha prece pessoal. "Vida, me surpreenda. Universo, estou pronta. Estou fazendo a minha parte." Dentro do carro, andando na praia, tomando banho, fazendo compras no supermercado. As coisas começaram a dar certo, enquanto eu achava que estava tudo errado. Então percebi que meu ano novo havia começado muito antes de hoje. Feliz 2015 a todos. Que a vida seja doce. | 2015-01-01 | colunas | marilizpereirajorge | http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marilizpereirajorge/2015/01/1569421-em-2014-deu-tudo-errado-por-isso-deu-tudo-certo.shtml |
Petistas trabalham por nome de procurador eleitoral para o STF | Dirigentes do PT começaram a trabalhar nos bastidores pela indicação do vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, para a vaga aberta com a aposentadoria de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. A ideia é instalar no STF alguém que possa se contrapor ao ministro Gilmar Mendes, que foi indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) paa o Supremo e é visto entre os petistas como um adversário político. O advogado e ex-deputado Sigmaringa Seixas, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e conselheiro da presidente Dilma Rousseff, é um dos aliados de Aragão. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também o apoiam. Há poucas semanas, num jantar organizado pelo ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça César Asfor Rocha em Brasília, Sigmaringa procurou vários membros da cúpula do Judiciário para rebater críticas feitas à proximidade de Aragão com o PT. Gilmar Mendes e Aragão tiveram atritos no passado na Universidade de Brasília, onde os dois estudaram, e no Ministério Público Federal, onde foram colegas. Em dezembro, Aragão foi criticado abertamente por Mendes durante o julgamento das contas de campanha da presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral. Aragão e os advogados do PT tentaram sem sucesso tirar de Mendes a relatoria do processo de prestação de contas. Mendes questionou publicamente Aragão, perguntando se estava defendendo interesses específicos ou como advogado de campanha. A presidente ainda não definiu o substituto de Barbosa. Aragão é o favorito, mas o ministro do Superior Tribunal de Justiça Benedito Gonçalves também está no páreo. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569390-petistas-trabalham-por-nome-de-procurador-eleitoral-para-o-stf.shtml |
Turismo descobriu Miami há cerca de 100 anos | Ao todo, a Grande Miami tem perto de 5,5 milhões de habitantes, a maioria de origem hispânica ou "latina", como é costume se dizer por lá. A área mais propriamente turística junta Miami Downtown e Miami Beach, que são ligadas pela ponte MacArthur, e, também, o elegante bairro de Coral Gables. Hoje a região mais densamente povoada do sul da Flórida, Miami herdou seu nome do termo "maiami", que era como os índios seminoles se referiam aos lagos de água doce dessa localidade originalmente pantanosa. Mas foi só em 1913 que o empresário Carl Fischer usou dragas para criar a praia em Miami Beach e transformando a área em local turístico. Tropical, cosmopolita e algo espalhafatosa, a Grande Miami de nossos dias é também um destino de negócios, tem vida noturna intensa, lojas e hotéis chiques, notadamente nas cercanias de South Beach, que os locais chamam de SoBe. Agora, em dezembro, Miami está promovendo um programa chamado Heritage Month Miami, evento que celebra a diversidade étinico-cultural e que indica desde trilhas para caminhadas até excursões pelos bairros mais históricos. Nos arredores, para quem quer uma alternativa ao frenesi e às compras, existem dois parques nacionais: o Biscayne National e os Everglades. MIAMI TEM HISTÓRIA A área onde a Grande Miami se localiza foi explorada pioneiramente por Ponce de León (c. 1460-1521), aventureiro espanhol que procurou a fonte da juventude ser assassinado pelos índios seminoles. Em 1857, vindos do Texas, oficiais do forte Dallas fundaram um posto do correio dos EUA, mas a cidade cresceu pouco nas suas primeiras décadas de existência. Dominada pelos seminoles até o fim do século 19, a região de Miami só ganharia impulso depois que o comerciante William Brickell conseguiu se aproximar desses índios. E foi só a partir de 1896 que a cidade passou a ter existência oficial, quando 16 empresários (quatro deles tinham origem judaica) ali se estabeleceram. Foi neste ano que Henry Flager, ligado à Standart Oil (que mais tarde virou a Esso), trouxe a ferrovia que conectou Miami ao restante do território dos EUA. Flager também se dedicou ao comércio marítimo entre Miami e Nassau, no Caribe. O turismo propriamente dito se transformou numa vocação da Flórida há 101 anos, quando, em 1913, o já mencionado Carl Fisher criou a praia em Miami Beach e consolidou sua vocação balneária. Na década de 1920, Coral Gables foi loteada por George Merrick e, em 1926, foram edificadas a torre da Liberdade, na então região portuária, e o elegante hotel Biltmore, em Coral Gables, dono da maior piscina com estátuas nos EUA. As duas construções têm como base as formas da torre da Giralda, de Sevilha. A torre da Liberdade, ainda hoje um "landmark", abrigou originalmente a sede do jornal "Miami Daily News", mas ganhou esse nome em 1962, quando virou sede do Comitê dos Refugiados Cubanos, que fugiam do regime de Fideal Castro e somavam, então, meio milhão de pessoas, o que explica em muito a recente origem "latina" de Miami. ERA ART DÉCO Ironicamente, Miami Beach cresceu depois de 1929, com a decadência que se seguiu à quebra da Bolsa de Nova York. Entre as décadas de 1930 e 1950, 800 construções em estilo art déco surgiram nas quadras à beira-mar. A partir dos anos 1960, o local ficou algo decadente e, graças a seu clima quente, se transformou num paraíso de americanos aposentados. O tombamento do bairro art déco abriu caminho para a restauração dos prédios, realizada a partir de 1976 pela Miami Design Preservation League, responsável primeira pela revitalização de Miami Beach e pela transformação da Grande Miami num dos mais pujantes destinos de turismo nos EUA. | 2015-01-01 | mercado | null | http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569217-turismo-descobriu-miami-ha-cerca-de-100-anos.shtml |
Editorial: Energia para 2015 | A condição de engenheiro eletricista pela Universidade Federal do Amazonas não deixa de ser uma credencial para o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) assumir o Ministério de Minas e Energia. No entanto, ele necessitará de muito mais que um diploma para enfrentar a situação delicada que o setor energético enfrentará em 2015. O primeiro motivo para preocupação vem da hidrologia. Embora 2014 deva ter terminado apenas como o nono pior ano de estiagem no registro histórico, a situação nada tem de confortável, sobretudo porque os reservatórios das hidrelétricas sofreram um esvaziamento inédito no período recente. Se as chuvas continuarem abaixo da média, a perspectiva de um racionamento se tornará cada vez mais provável. O diagnóstico sombrio partiu de Mario Veiga, um dos mais respeitados especialistas do setor elétrico brasileiro, em entrevista ao jornal "Valor Econômico", para quem há 20% de chance de concretizar-se o pior cenário. Veiga chama a atenção para o fato de que, em 2013, a pluviosidade foi normal, mas as usinas termelétricas precisaram ser acionadas na maior parte do tempo. Além de encarecer a energia gerada, isso deixa margens muito estreitas para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) fazer a gestão das cargas nos diversos subsistemas. A regulamentação nacional recomenda operar com uma folga (reserva de potência) de 5% entre a demanda e a oferta de energia. Em alguns Estados dos EUA, um nível de 3% faz o preço do megawatt-hora disparar para valores proibitivos, de maneira a desestimular o consumo. Segundo Veiga, no início de 2014, o sistema brasileiro chegou a funcionar com 0,7%. "A culpa não é de são Pedro", disse o analista ao jornal. Sua suspeita, partilhada por outros especialistas, é que existam deficiências nos modelos utilizados para simular o sistema –por exemplo, os programas indicam que os reservatórios contêm mais água do que de fato está armazenada. O resultado da discrepância, claro, é que as represas são esvaziadas mais do que deveriam. Os limites de segurança se estreitam, e as usinas térmicas, que deveriam atuar apenas como recurso de emergência, funcionam a todo o vapor de forma contínua. Outro nó por desatar é a crise financeira que atormenta as distribuidoras de energia. Empréstimos bilionários ainda não taparam os rombos criados pelas manobras tarifárias inábeis do primeiro governo Dilma Rousseff (PT). Eduardo Braga, político desde os 21 anos, precisará sair-se muito melhor que o correligionário e colega Edison Lobão (PMDB-MA) à frente da pasta para que sua gestão escape de colher um racionamento ou um novo apagão. | 2015-01-01 | opiniao | null | http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/01/1569220-editorial-energia-para-2015.shtml |
Feliz Ano Velho | É um clichê, mas continua valendo: os anos passam e pouco muda, salvo o fato de que envelhecemos. Em geral, não acredito nas datas. E daí que é dia 1º de janeiro? É apenas outro dia, mais um, depois de ontem –que por acaso era 31 de dezembro. É por isso que nunca me lembro dos aniversários, nem mesmo dos meus. Quanto ao ano que começa hoje, só sei que haverá uma mudança: durante um mês, ao preencher cheques, tenderei a errar a data. Como sugere o lindo título do livro de Marcelo Rubens Paiva, o ano novo já está velho antes de nascer. Apesar disso, faço votos e tenho propósitos para o ano novo, como todo o mundo. Ou seja, pareço acreditar (e apostar) numa renovação que estaria implícita ou especialmente desejável na mudança de data. Natal, para mim, é uma festa de família restrita, como Páscoa, e já passei o Natal sozinho –gostei. A noite do dia 31 de dezembro, ao contrário, prefiro passá-la em companhia, mesmo que seja a companhia de desconhecidos –numa festa de rua, num bar, numa bagunça qualquer ou (aconteceu comigo uma vez) num trem (à meia-noite, houve festa). Por que será que, na última hora do ano, prefiro estar em companhia? Minha hipótese é que, no balanço final do ano que termina, na hora de contar as dificuldades, os erros e as tragédias, a lista na qual penso é, talvez antes de tudo, a dos impasses da vida coletiva. Certo, vou me lembrar que naquele ano a natureza não foi clemente nem comigo nem com os humanos (tsunamis, incêndios, doenças, seca"¦). Também vou me lembrar de que, no meu pequeno universo íntimo, várias coisas deram errado (sei lá, divorciei, briguei). Mas é na vida coletiva que encontro a maior marca do fracasso. 2014? O surgimento do Estado Islâmico, as decapitações, a intolerância, o ódio contra as mulheres, o racismo, os emigrantes africanos afogados a caminho da Sicília, o separatismo dos russos da Ucrânia, a corrupção endêmica aqui e alhures, os 43 estudantes mexicanos sequestrados e assassinados pelo narcotráfico, as 132 crianças paquistanesas assassinadas pelo Talibã"¦ É isso que me vem, nessa ordem ou em outra. Na reunião de fim de ano, que seja uma festa ou não, talvez eu queira reafirmar que, contra as aparências, é possível conviver. Na rua, num bar, na casa de um amigo, é como se quisesse celebrar a obstinação com a qual continuamos apostando que a vida em sociedade é possível –apostando que a barbárie não é um destino inevitável. Ou que, se tivermos mesmo que ir à barbárie, será nos agarrando em todos os postes que encontraremos no caminho, resistindo à maré. É isso, a festa de fim de ano, para mim, é um jeito de celebrar a possibilidade de conviver. Pode ser assistindo a uma peça ou a um filme, pode ser num pequeno clube de jazz, pode ser na confusão de Times Square ou da Paulista. Pode ser também numa igreja: tanto faz que Deus escute ou não, a reza vai valer por juntar os fiéis na vigília. A minha celebração de Ano-Novo, além de uma festinha com amigos no dia 31, será no dia 3, sábado, a partir das 14 horas. Se alguém estiver em Nova York, que apareça. Na Washington Square (lado sul), há uma igreja, a Judson Memorial Church. A Judson organiza uma leitura em voz alta, do começo ao fim, de "Mal-Estar na Civilização", o texto de Freud de 1929. Entre outros, lerão o texto Elizabeth Rubin (grande repórter de zonas de guerra, esteve no Afeganistão, Chechênia, Paquistão, Iraque, Israel, nos territórios palestinos e por dois anos em Sarajevo, etc.), Simon Critchley (filósofo da ética pós-moderna), Michael Cunningham (o autor de "As Horas") e o rabino Andy Bachman. A ideia é que o livro de Freud, sombrio e sem ilusões, tentando entender as dificuldades insurmontáveis da vida dos humanos em sociedade, talvez seja o texto que mais possa nos ajudar a resistir contra o pior. Não sei se Freud acreditava mesmo que fosse possível uma sociedade em que um superego menos intolerante nos deixasse viver com menos culpa, mais prazer e mais tolerância pelo prazer do vizinho. De qualquer forma, não se trata de concordar com Freud ou discordar dele. O que importa é celebrar, com ele, nossa capacidade, humilde e desesperada, de entender quem somos e talvez de mudar um pouco o rumo de uma história cujo balanço anual não é (nunca) dos melhores. | 2015-01-01 | colunas | contardocalligaris | http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2015/01/1569340-feliz-ano-velho.shtml |
Para leitor, a sensação é a de que foi a oposição ganhou a eleição | Nesta quinta-feira (1º) o novo governo velho da presidente Dilma Rousseff será empossado. Nós, brasileiros, estamos com a sensação de que quem ganhou a eleição foi a oposição, pois tudo que Dilma rechaçou nas propostas de Aécio Neves (PSDB) está sendo implantado em seu governo. Há, porém, uma única ressalva: o seu quadro de ministros é uma decepção. Pobre Brasil! O ano de 2015 já nasce velho. LUCIANA LINS (Campinas, SP) * A partir deste 1º de janeiro, teremos "governo novo, ideias novas", "mais mudanças, mais futuro" e ações para o "Brasil continuar crescendo". Feliz 2015, Brasil, com mais impostos, mais sacrifícios e, provavelmente, com "mais do mesmo" e mais do "eu não sabia de nada". CARLOS GASPAR, comerciante (São Paulo, SP) * A cada ministro que foi indicado pelo governo Dilma, surgiram críticas e comentários que levaram em consideração, por certo, o interesse político e partidário. A presidente e seu núcleo político têm o direito de fazer as escolhas que fizeram e cabe aos mais diferentes segmentos sociais acompanhar o trabalho dessas pessoas. Esse é o desafio maior, o exercício da cidadania, e que não se limita a críticas, mas a cobranças constantes, sempre no interesse público, e não de caráter politico-partidário. URIEL VILLAS BOAS, advogado (Santos, SP) * Já faz algum tempo que o cartunista Benett expressa brilhantemente pelas suas charges na página A2 da Folha o sentimento de uma geração, da qual também acredito fazer parte. Uma geração que não consegue mais se iludir com o discurso raso da pretensa governabilidade. Na edição desta quarta ele se superou ao ilustrar a festa de posse de Dilma. JOSÉ CLÓVIS DE MEDEIROS LIMA (São Paulo, SP) * Depois de ver a formação do ministério de Dilma 2.0, constatamos que os velhos costumes na política brasileira não se alteram rapidamente de ampla e completamente. Continuamos vendo tudo o que já vimos antes, sempre a mesma troca de favores, e quem perde com isso é o Brasil. Ficamos na esperança de uma mudança, mas acabamos nos decepcionando. Feliz 2015! CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | 2015-01-01 | paineldoleitor | null | http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2015/01/1569244-para-leitor-a-sensacao-e-a-de-que-foi-a-oposicao-ganhou-a-eleicao.shtml |
Atacante Giva sai do Santos e acerta com o Coritiba | O atacante de 22 anos já fez exames médicos e acertou verbalmente um acordo com o Coritiba para a temporada 2015. Como o jogador não teve seu contrato renovado pelo Santos, o clube paulista não receberá nada pela transferência. Giva deve assinar contrato com sua nova equipe na segunda (5). | 2015-01-01 | esporte | null | http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569364-atacante-giva-sai-do-santos-e-acerta-com-o-coritiba.shtml |
Dárcy chega ao 7º ano de governo sem resolver problemas antigos | Ana Laura, de 3 anos e 8 meses, nunca frequentou uma creche em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). A mãe dela, Ana Paula Pereira Sabóia, 26, tenta matricular a filha desde que ela nasceu, mas não consegue. Faltam vagas. O problema de Ana Paula, o mesmo de muitas outras mães da cidade, é apenas um dos inúmeros impasses que a prefeita Dárcy Vera (PSD) ainda não conseguiu solucionar desde que começou seu governo, em 2009. Agora, enfrentando uma crise financeira, o município vê o agravamento de problemas antigos e fica cada vez mais dependente do repasse de recursos dos governos estadual e federal. A Folha tentou entrevistar a prefeita Dárcy Vera, porém os pedidos encaminhados não foram atendidos. Diferentemente de outras cidades, como São Paulo, a Secretaria Municipal da Educação diz não ter o número de crianças na fila de espera por vagas em creche. A Promotoria da Infância e Juventude, no entanto, diz que ingressou, até novembro deste ano, com 19 ações civis públicas para obter o direito para 125 crianças. "Continuamos a receber muitos pedidos como o da Ana Paula. E as mães precisam dessas vagas para poder trabalhar", diz a conselheira tutelar de Ribeirão Joana D'Arc Gomes Amorim. Outros problemas perpetuam na gestão da chefe do Executivo ribeirão-pretano. Entre eles estão as obras no calçadão, alvo de críticas dos comerciantes, e os serviços deficitários de saúde. A falta de água também é algo que se arrasta há anos. Apesar de captar do aquífero Guarani, a prefeitura não consegue levar o recurso até a casa dos moradores porque falta investimento. Além disso, praças e parques públicos sofrem com a falta de manutenção e investimentos da prefeitura. LIMPEZA Outro problema histórico é a PPP (parceria público-privada) para serviços de limpeza e coleta do lixo, que não sai do papel no município. Em abril de 2011, a prefeita reuniu imprensa, entidades e funcionários no Palácio Rio Branco, sede da prefeitura, para explicar o novo modelo para gerir os resíduos sólidos da cidade. Porém, até hoje, não há uma definição. O promotor do Meio Ambiente Sebastião Donizete Lopes, que auxiliou o município no tema, diz que o processo poderia ter evoluído de uma forma mais rápida, mas afirmou que a PPP é complexa por ter muitos serviços. "Ribeirão está adiantada nessa questão em relação a outras cidades, mas é possível agilizar a PPP", disse. A prefeitura chegou a lançar o edital da PPP, mas o TCE (Tribunal de Contas do Estado) viu irregularidades e barrou o processo, que depois foi liberado. Agora, a licitação enfrenta problemas porque uma ação civil pública da Promotoria questiona a licitação. De acordo com o Ministério Público, o valor da concorrência –R$ 2,5 bilhões– extrapola o limite imposto por lei, que não permite à cidade licitar serviços que ultrapassem 5% da receita. Enquanto isso, a prefeitura faz licitações "picadas", o que encarece os serviços, segundo especialistas. | 2015-01-01 | cotidiano | ribeiraopreto | http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2015/01/1569206-darcy-chega-ao-7-ano-de-governo-sem-resolver-problemas-antigos.shtml |
'Turismo' estreia no Instagram com dicas de viagem; veja mais destaques | O "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publicas fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para [email protected]. Confira os destaques: 'Turismo' lança página no Instagram O caderno "Turismo" está no Instagram, aplicativo de compartilhamento de fotos. A página trará imagens de destinos, de dicas de passeios ao redor do mundo, de hotéis, de curiosidades e de novidades do setor -publicados ou não na versão impressa do jornal. Acompanhe as publicações na conta@folhaturismo. Os leitores também podem enviar fotos para o e-mail [email protected]. As melhores imagens podem aparecer no perfil do caderno. Siga também a página da editoria no Facebook (facebook.com/folhaturismo ) e o perfil no Twitter (@folha_turismo ). * Bike Tour SP oferece passeio para cadeirante O Bike Tour SP, grupo que promove passeios de bicicleta pela capital paulista, passou a contar com bikes adaptadas para cegos, idosos e cadeirantes. Por enquanto, dos três roteiros oferecidos pela agência, só o da avenida Paulista está disponível para esse grupo. As saídas, de uma hora, são gratuitas (pede-se a doação de 2 kg de alimentos) e ocorrem aos domingos (biketoursp.com.br ). * Hotel Urbano lança aluguel de automóveis A agência de viagens on-line Hotel Urbano lançou um serviço para locação de automóveis, disponível em mais de 26 mil destinos -cerca de 200 cidades no Brasil. O aluguel, feito em grandes empresas, como Localiza, Hertz e Avis, não precisa necessariamente estar atrelado a um pacote de viagens comprado pelo site. Mais informações em aluguel de carros.hotelurbano.com. * #AMINHAFOTO SERRA DOS ÓRGÃOS O leitor Fabiano Silva, 35, clicou montanhista ao fazer a travessia entre Petrópolis e Teresópolis no parque nacional do Rio de Janeiro * COMPRAS Toalhas para depois da piscina ou do mar LISTAS Toalha que vira bolsa com estampa do estilista Alexandre Herchcovitch; 76 cm x 152 cm Quanto R$ 55 Onde Zelo GUARDA-SOL Da Tok&Stok, com fio duplo e antialérgica, com design de Amir Slama; 76 cm x 152 cm Quanto R$ 59,90 Onde Tok&Stok (tokstok.com.br ) TUDO AZUL Da marca Summer, de jacquard, 100% algodão; 86 cm x 163 cm Quanto R$ 79,90 Onde MMartan (mmartan.com.br ) ÁGUA DE COCO Toalha 100% algodão da Teka, aveludada; 75 cm x 140 cm Quanto R$ 26,91 Onde Americanas (americanas.com.br ) * PRESTE ATENÇÃO R$ 90 é o preço do ingresso na bilheteria para o parque aquático Magic City, em Suzano (a 60km da capital paulista); em magiccity.com.br, sai por R$ 80 * AGENDA 9 JANEIRO Tem início o festival de música e cinema na ilha de St. Barths, no Caribe; são duas semanas de concertos, recitais e apresentações de dança ao ar livre com nomes internacionais da música clássica e da Opera Venus, de Nova York, Paris e Milão (st-barths.com ) 5 FEVEREIRO Termina a exposição Casa dos Bonecos Gigantes de Olinda, do artista Sílvio Botelho, conhecido como o pai dessas esculturas; a entrada custa R$ 5 (tel. 81/3429-7575) | 2015-01-01 | turismo | null | http://www1.folha.uol.com.br/turismo/2015/01/1568239-turismo-lanca-pagina-no-instagram-com-dicas-e-fotos-veja-mais-destaques.shtml |
Nos EUA, membro do grupo Panteras Negras está na solitária há 42 anos | Durante 23 horas de seu dia, Albert Woodfox, 67, fica confinado numa cela de 2 metros x 3 metros em uma prisão na Louisiana, nos EUA. Nessas condições, segundo o relator especial sobre tortura da ONU, o detento pode começar a desenvolver distúrbios psicológicos irreversíveis após 15 dias. Mas Woodfox está na solitária há 42 anos. Preso por roubo no fim da década de 1960, Woodfox fundou uma unidade do movimento Panteras Negras, grupo radical de defesa dos negros americanos, na prisão de Angola, na Louisiana. Ele pretendia lutar contra as violações dos direitos humanos que ocorriam na prisão. Em abril de 1972, o guarda penitenciário Brent Miller, 23, foi morto a facadas enquanto fazia a ronda em um dos complexos de Angola. Woodfox e outro Pantera, Herman Wallace, foram acusados da morte e colocados na solitária no mesmo dia –condição em que Woodfox está até hoje, mesmo após transferido para outra prisão em 2010. Em 1973, os dois foram condenados à prisão perpétua. Woodfox e Wallace nunca assumiram a autoria do crime e dizem ter sido perseguidos por causa da militância dentro da prisão. "Em primeiro lugar, nenhum ser humano deve ser mantido em confinamento solitário indefinidamente", afirma Jasmine Heiss, membro da Anistia Internacional, que faz campanha pela libertação de Woodfox. A defesa afirma que a principal testemunha do caso, um homem condenado por estupro chamado Hezakiah Brown, foi subornado pela diretoria da prisão para prestar seu depoimento –ele foi perdoado e libertado mais tarde. Entre os presos que testemunharam contra os Panteras também está um cego que disse em depoimento ter visto Woodfox saindo do local do crime e outro diagnosticado com esquizofrenia. Desde então, a condenação de Woodfox foi revogada por três vezes na Justiça, sob o argumento de que houve discriminação racial nos julgamentos. Em todas as ocasiões, no entanto, o procurador-geral da Lousiana, Buddy Caldwell, recorreu das decisões –ele já se referiu a Woodfox como "o homem mais perigoso do planeta." Em novembro, um tribunal federal de apelações manteve a decisão de soltar Woodfox. Mas, novamente, o Estado recorreu, impedindo, por enquanto, sua libertação. "Nossa posição é a de que já é o bastante. Woodfox já serviu 42 anos em tempos difíceis dentro do confinamento solitário", diz Carine Williams, do escritório de advocacia Squire Patton Boggs, que representa Woodfox. Até mesmo a viúva do guarda assassinado, Teenie Rogers, já declarou que não acredita na culpa dos dois homens condenados. OS TRÊS DE ANGOLA Woodfox, Herman Wallace e um outro preso, Robert King, também membro dos Panteras Negras, ficaram conhecidos como "Os Três de Angola" por terem passado, juntos, mais de um século no confinamento solitário. Wallace foi solto em outubro de 2013, após 42 anos na solitária. Ele morreu três dias depois, vítima de um câncer no fígado. King teve sua condenação revogada em 2001 e foi libertado, após 29 anos. Woodfox sofre de hipertensão, insuficiência renal crônica, diabetes tipo 2 e insônia. "Se a causa é nobre o suficiente, você pode carregar o peso do mundo nas costas. E, então, eles nunca conseguirão me quebrar", afirmou Woodfox em declaração ao documentário "In the Land of the Free", de 2008. | 2015-01-01 | mundo | null | http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569403-nos-eua-membro-do-grupo-panteras-negras-esta-na-solitaria-ha-42-anos.shtml |
Novo chanceler faz parte de grupo ligado a Amorim | O embaixador Mauro Vieira, que se torna nesta quarta-feira o terceiro chanceler do governo Dilma, faz parte do grupo de diplomatas que integraram o círculo mais próximo a Celso Amorim e que assumiram altos postos no Itamaraty nos últimos anos, como o também ex-chanceler Antonio Patriota. Nos últimos dez anos, Vieira, 63, esteve à frente das duas mais importantes embaixadas do Brasil –Washington e Buenos Aires. Em janeiro, ele completaria cinco anos nos EUA, o primeiro a ficar tanto tempo no posto desde Paulo Tarso Flecha de Lima, que deixou Washington em 1999. Como Patriota, o diplomata foi chefe de gabinete de Amorim –Vieira, por duas vezes (1992-1993, 2003- 2004). Também trabalhou com Amorim no Ministério da Ciência e Tecnologia, nos anos 80. De perfil mais discreto, ficou conhecido em Washington por evitar disputas, mesmo as que envolviam interesses brasileiros nos EUA. Vieira, no entanto, tem a confiança da presidente, que não hesitou, por exemplo, em consultá-lo sobre Argentina quando o diplomata já estava nos EUA. Para Matias Spektor, professor da FGV, Vieira "tem experiência no campo político como poucos diplomatas". "É um excelente operador político que conhece Brasília como a palma da mão e tem trânsito junto ao governo e à oposição." | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569388-novo-chanceler-faz-parte-de-grupo-ligado-a-amorim.shtml |
Folha agradece e retribui os votos de boas-festas | A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de dom Bertrand de Orleans e Bragança, trineto de dom Pedro 2º (São Paulo, SP), de Domingos Braga e família (Ribeirão Preto, SP), de Ivaldo Ferreira da Silva Val (Recife, PE) e de Marcia A.S.S. Andrade (São Paulo, SP). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] | 2015-01-01 | paineldoleitor | null | http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2015/01/1569237-folha-agradece-e-retribui-os-votos-de-boas-festas.shtml |
4 x mundo | Uma pergunta para começar o ano de quem tem essa (nossa) curiosidade infinita de sair pelo mundo: quando é que você chega ao fim de uma viagem? Acabo de chegar de uma quarta volta ao mundo —e lamento informar que ainda estou procurando uma resposta. O que é algo bastante positivo. Nos idos de 2004, quando concluí a primeira delas —curiosamente, no mesmo lugar onde termino essa (Lisboa)-, senti um grande vazio. Fusos horários à parte, lembro-me de acordar no meio da noite, na minha casa, em São Paulo, e pensar que tinha chegado a um ponto final. Ou pelo menos a um ponto e vírgula! Considerando que não vai ser minha geração que vai viver o prazer de rápidas viagens intergalácticas, este mundo que habitamos, onde acordamos todos os dias, estabelece nossos limites. Uma vez conquistado, vem a questão "existencial": é só isso? O bom —como descobri quando me recuperei desse "vazio existencialista-geográfico"- é que esse "só" está completamente deslocado nessa inquietação. Semanas depois de ter terminado aquele projeto, logo comecei a pensar em outras voltas ao mundo. Queria fazer uma que mostrasse as diferentes manifestações religiosas pelas várias culturas que criamos. Ou que fizesse registros musicais mostrando nossa diversidade criativa. Inevitavelmente pensei em uma "volta ao mundo pelos sabores das culinárias típicas" —e, preocupado em dar um sentido maior a uma viagem dessas, por que não um roteiro no qual, em cada país, eu me envolvesse num trabalho voluntário? Eventualmente, consegui realizar alguns desses projetos (o que não significa que os outros foram abandonados): em 2008 saí pelo mundo em busca de patrimônios da humanidade da Unesco; em 2010, fiz reportagens nas maiores cidades do mundo, tentando entender seus grandes problemas e as soluções; e, agora, no final de 2014, escolhi a televisão como tema para explorar nossos diferentes olhares sobre nós mesmos. E, como não podia deixar de ser, já estou pensando na próxima volta ao mundo... Mas o que fica de uma vivência forte como essa? Num dos últimos jantares dessa última jornada, em torno de uma indescritível açorda, discutia com meus companheiros de viagem (que têm essa mesma paixão) o quão extraordinária é uma oportunidade como essa —e que, pelo simples fato de que pude desfrutá-la repetidas vezes, corro o risco de banalizar toda a experiência. Mesmo com os notáveis avanços do turismo mundial, para muita gente, o deslocamento de um país para outro é quase uma fantasia. Cruzar mais de uma fronteira, então, é uma conquista extraordinária. Uma volta ao mundo? Uma conquista épica! Como processar isso tudo, então? Colecionando não carimbos no passaporte, mas histórias das pessoas que você encontra no caminho. A galeria dessa última viagem foi especialmente rica. Da guia tailandesa que gostava de fingir nas lojas que visitávamos que éramos um casal ao tradutor coreano que, tarde da noite, justificava sua pressa em nos deixar no hotel dizendo improvavelmente que ainda queria pedalar 40 km de bicicleta para fechar o dia. Da bela atriz portuguesa que escolheu morar em Macau ao jovem ator mexicano que nem desconfia que o diretor vai fazer dele o galã da próxima novela. Do motorista do "tuk tuk" que trazia as marmitas para o set de gravação em Mumbai a um grande produtor na Turquia que enxugava sua segunda garrafa de "raki" enquanto o "crooner" do restaurante entoava baladas. Do animador de auditório em Amsterdã à barista israelense que tinha aprendido a tocar cuíca no Brasil. E mais: vou rir das "roubadas", ampliar as lembranças dos "selfies", recordar de solitários passeios a pé, sentir novamente os sabores que provei e lamentar passagens curtas por cidades que descobri serem mais incríveis do que achei quando as conheci pela primeira vez (Tel Aviv, por exemplo). E vou ter mais uma vez a certeza de que a viagem não chega nunca ao final. E desafio 2015 a me provar o contrário... | 2015-01-01 | colunas | zecacamargo | http://www1.folha.uol.com.br/colunas/zecacamargo//2015/01/1568241-4-x-mundo.shtml |
Sem cumprir promessas em 2014, prefeitura de Ribeirão adia projetos | O governo da prefeita de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) Dárcy Vera (PSD) encerrou 2014 sem cumprir promessas feitas ao longo do ano. Entre elas estavam projetos nas áreas de cultura, saúde, infraestrutura e educação. Em janeiro, Dárcy anunciou que instalaria uma UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) no Jardim Paulo Gomes Romeo. A previsão, era que unidade iniciasse sua operação ainda no primeiro semestre de 2014. No entanto, a UBDS ainda não foi inaugurada. A unidade deve ter 1.000 metros quadrados e foi avaliada em R$ 2,3 milhões. Segundo a prefeitura, a unidade está em fase de acabamento e deve ser inaugurada no início de 2015. Já na área da educação também ficou a promessa da inauguração de um Centro de Educação Infantil do Programa Creche-Escola. A obra foi anunciada pela prefeitura em dezembro de 2013. A previsão inicial era que, já no início de 2015, a unidade atenderia 150 crianças no Parque dos Pinus. De acordo com a prefeitura, apesar do convênio ter sido assinado com o governo estadual ainda 2013, o repasse de verbas para a obra não foi realizado. A Secretaria de Estado da Educação informou que parte do repasse já foi realizado e que aguarda o andamento do processo para dar continuidade ao envio de recursos. Por mais um ano consecutivo, a cultura deixou de publicar o PIC (Programa de Incentivo à Cultura). O edital, que fomenta projetos na área pelo município, foi publicado pela última vez em 2012. De acordo com a prefeitura, mesmo com um plano de adequação de valores, não foi possível publicar o edital neste ano e não há nova previsão para que isso seja feito. Também não foi em 2014 que aconteceu a tão esperada reabertura do parque Maurilio Biagi, fechado desde junho por causa de uma infestação de carrapatos. Atualmente, a prefeitura não tem novo prazo para a reabertura do parque e informou que continua trabalhando para eliminar os parasitas do local. | 2015-01-01 | cotidiano | ribeiraopreto | http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2015/01/1569218-sem-cumprir-promessas-em-2014-prefeitura-de-ribeirao-adia-projetos.shtml |
Dá para pular 2015? | RIO DE JANEIRO - O ano que demorou a começar foi embora debaixo de alta temperatura e pressão. Era um ano cercado expectativas. No final, parecia que nunca ia acabar. Houve a Copa do Mundo. O clima era de pessimismo quando se tratava da organização e de otimismo em relação à seleção brasileira. O fracasso limitou-se ao time em campo. Foi uma invasão de todas as línguas e cores, bonita e emocionante. A Copa em si teve bom futebol e muitos gols. Escancarou os erros brasileiros. A goleada de 7 a 1 imposta pela Alemanha obrigava à modernização de técnicos e dirigentes, mas o que se viu foi o retorno de Dunga. Houve eleição. No ano seguinte às manifestações que pareciam ter oxigenado o país, acreditava-se na reafirmação da democracia e em renovação política. Mas a sétima eleição presidencial desde a redemocratização terminou com invocação da ditadura. E um deprimente novo ministério feito à base do velho loteamento. Em 2014, estourou a investigação da Lava Jato. Depois de décadas de corrupção, poderosas empreiteiras devem ser punidas. O que sairá daí assusta e anima ao mesmo tempo. A Petrobras, tida como orgulho nacional, revelou-se a casa da mãe joana, onde tudo pode desde que respeitadas certas regras de conchavo. Delações expuseram irregularidades comentadas há muito tempo à boca pequena. Paulo Francis tinha razão: as contas no exterior com dinheiro de corrupção não eram miragens. A gigantesca empresa saiu de 2014 menor do que entrou. Se a economia não foi bem, vai ficar muito pior. A sensação térmica de 50 graus no Rio parece sinal do que se avizinha. O governador afia as tesouras para cortar investimentos, a política de segurança tropeça em velhos problemas, as tarifas de transporte viram o ano muito mais altas. O ano que acabou de começar tem tudo para ser mais difícil do que o que passou. Não dá para pular 2015? | 2015-01-01 | colunas | paulacesarinocosta | http://www1.folha.uol.com.br/colunas/paulacesarinocosta/2015/01/1569225-da-para-pular-2015.shtml |
Painel: Lula irá à posse, mas não engoliu perda de espaço no novo mandato | Sorrisos amarelos Lula e a cúpula do PT farão cara de paisagem nas fotos da segunda posse de Dilma Rousseff, hoje, mas o ex-presidente e dirigentes petistas não engoliram o encolhimento da sigla no novo ministério. Para apaziguar os ânimos, ... Leia post completo no blog | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569430-painel-lula-ira-a-posse-mas-nao-engoliu-perda-de-espaco-no-novo-mandato.shtml |
No MA, bens públicos não poderão mais receber nomes de pessoas vivas | Uma das primeiras medidas do novo governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), atacará uma das maiores marcas dos quase 50 anos de poder da família Sarney. Assim que tomar posse, nesta quinta-feira (1º), Dino vai assinar um decreto proibindo que bens públicos do Estado recebam o nome de pessoas vivas. A medida entra em vigor já na sexta (2), quando será publicada no "Diário Oficial". O ex-presidente José Sarney dá nome a escolas, bibliotecas e obras viárias em todo o Maranhão. A mulher dele, os filhos e aliados políticos também batizam instituições de ensino e hospitais, como a Maternidade Marly Sarney, em São Luís. A Folha apurou que o decreto de Dino exige a apresentação de certidão de óbito nas iniciativas para a denominação de locais públicos e diz que o homenageado deve ter "reconhecida idoneidade". A medida não irá retroagir para tirar os nomes dos Sarney dos prédios já batizados, mas eles poderão ser alterados se agentes públicos como secretários estaduais, dirigentes e assessores dos órgãos solicitarem a mudança à Casa Civil. O sobrenome Sarney aparece em mais de 160 escolas no Maranhão. Em alguns municípios, o patriarca chega a batizar mais de uma instituição. É o caso de Bacabal (195 km de São Luís), onde existem a Unidade Escolar Governador Sarney e o Centro de Ensino Presidente José Sarney, além do Centro de Ensino Roseana Sarney. Aliados como os ex-ministros Edison Lobão (e a mulher dele, Nice) e Gastão Vieira, todos vivos, também estão gravados nas fachadas de escolas da capital e do interior. Auxiliares de Flávio Dino dizem não saber a quantidade exata de prédios públicos que homenageiam a família Sarney e seu grupo político. Afirmam que a lista com todas as construções do Estado foi solicitada ao governo Roseana durante a transição, mas não foi entregue. MILITARES INCLUÍDOS O decreto de Dino também proibirá que bens públicos recebam o nome de pessoas que tenham sido responsabilizadas, no relatório final da CNV (Comissão Nacional da Verdade), por violações aos direitos humanos durante o regime militar (1964-1985). A medida, nesse caso, se estende a pessoas mortas e terá efeito retroativo. Com isso, locais batizados com os nomes dos ex-presidentes do Brasil no período, citados no texto da comissão, terão que ser alterados. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569339-no-ma-bens-publicos-nao-poderao-mais-receber-nomes-de-pessoas-vivas.shtml |
Economista assume governo de PE e promete 'modelo Campos de gestão' | Indicado por Eduardo Campos (1965-20014) e impulsionado durante a campanha pela comoção causada pela morte do então presidenciável, o economista Paulo Câmara (PSB) toma posse nesta quinta-feira (1º) como governador de Pernambuco. Será o terceiro governo seguido do partido no Estado, e os nomes do primeiro escalão indicam a continuidade dos dois mandatos de seu padrinho político. Mais da metade dos 22 secretários já ocupou pastas nos governos de Campos. Alguns deles foram remanejados de função, como Antônio Figueira, da Casa Civil, ex-titular da Saúde. Apesar de ter desmembrado algumas pastas e fundido outras, o pessebista manteve o número de secretarias instituído por Campos em uma reforma realizada no final de 2013 –antes eram 28. "O modelo de gestão que Eduardo implantou está reforçado", disse Câmara durante o anúncio do secretariado, no último dia 15. A menção ao ex-governador remete ao tom adotado durante toda sua campanha. Desconhecido do eleitorado, ele tinha apenas 13% das intenções na primeira pesquisa Datafolha, em agosto. Apoiado pelo PT, o petebista Armando Monteiro aparecia com 47% na ocasião. Após a morte de Campos, Câmara investiu na imagem de herdeiro do legado do ex-governador. A viúva, Renata Campos, gravou para seu programa eleitoral, e os filhos dele participaram de comícios. "Não tinha me preparado para governar Pernambuco sem ter Eduardo ao meu lado, e agora vou me preparar", disse ele, na reta final da campanha, dando munição aos rivais, que o acusavam de inexperiência política. Os ataques não surtiram efeito, e ele foi eleito com 68% dos votos, ainda no primeiro turno. ATRITO NA BASE Na montagem do secretariado, Câmara se indispôs com o senador eleito em sua chapa, Fernando Bezerra Coelho (PSB), que reclamou publicamente por não ter sido consultado sobre a estrutura do novo governo. Ele disse ter sido chamado apenas a indicar um quadro técnico para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, mas o governador, depois de acatar inicialmente a sua sugestão, acabou optando por um outro nome. Questionado sobre as reclamações de Bezerra, durante o anúncio do secretariado, Câmara respondeu que quem decide sobre a equipe é ele. No evento, também estabeleceu uma meta de corte de 20% nos gastos com cargos comissionados, para manter a capacidade de investimentos do Estado. Além do enxugamento de despesas, o novo governo terá como desafios promessas de campanha como dobrar o salário dos professores da rede estadual, erguer ao menos uma escola de tempo integral em cada um dos 185 municípios e construir quatro novos hospitais e 20 mil moradias. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569219-economista-assume-governo-de-pe-e-promete-modelo-campos-de-gestao.shtml |
Com Jaques Wagner ministro, Costa inicia 3º ciclo do PT no poder da Bahia | Deputado federal por um mandato e ex-secretário de Estado, Rui Costa (PT), 51, assume o governo da Bahia nesta quinta-feira (1) para o terceiro ciclo seguido do PT à frente do quarto maior colégio eleitoral do país. Amigo de mais de 30 anos de convivência do ex-governador Jaques Wagner (PT), que o indicou para a disputa eleitoral de 2014, o petista inicia o mandato com o desafio de montar um governo com luz própria e não ficar à sombra do padrinho. Para isso, vai começar o governo com mudanças na estrutura administrativa do Estado, com redução de três secretarias e cerca de dois mil cargos comissionados. A cerimônia vai começar às 8h. A equipe, contudo, não terá grandes mudanças em relação a do antecessor. Dos 24 secretários de Rui, 18 já exerceram alguma função no governo Wagner, sendo que nove permanecem em seus postos. Rui Costa terá como missão destravar gargalos não superados pelo antecessor na áreas de segurança pública e saúde. O petista tem como meta reduzir o número de homicídios –que cresceu 68% entre 2006 e 2013, segundo dados do governo– e dar eficiência à gestão da saúde, apontada em pesquisas como principal problema enfrentado pelos baianos. Também terá que trabalhar para garantir equilíbrio financeiro ao Estado, cujo orçamento será de R$ 40 bilhões em 2015. Para fechar as contas em 2014, Jaques Wagner baixou um decreto que interrompeu contratos, proibiu a contratação de funcionários e suspendeu férias dos servidores previstas para novembro e dezembro. O governador também antecipou o pagamento dos royalties do petróleo previsto até 2018 para saldar débitos com a previdência no último ano de gestão. BATALHA POLÍTICA Rui Costa foi eleito para o governo da Bahia no primeiro turno com 54,5% dos votos, superando nas urnas o ex-governador Paulo Souto (DEM). Surpreendente, a vitória teve ingredientes semelhantes aos da disputa de 2006, quando Jaques Wagner também venceu no primeiro turno, encerrando um ciclo de 16 anos de governos ligados ao senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007). Nos próximos quatro anos, o petista Rui Costa fez uma batalha política particular com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), possível adversário na disputa pelo governo baiano em 2018 e neto e principal herdeiro político do carlismo baiano. O novo governador e o prefeito da capital negam publicamente a disputa e afirmam atuar em sintonia. Em 2014, contudo, a prefeitura de Salvador não recebeu nenhum repasse voluntário do governo do Estado, com exceção de patrocínio de eventos como o carnaval. Por outro lado, a município inviabilizou a operação comercial do recém-inaugurado metrô, gerido pelo Estado, ao não criar linhas de ônibus para alimentar o sistema. Para enfrentar a ofensiva da oposição, Costa terá o apoio de Jaques Wagner, que promete empenho para trazer obras e convênios para o Estado. Depois de oito anos no governo, Wagner assume o Ministério da Defesa. Será uma dos integrantes do "núcleo duro" da presidente Dilma Rousseff (PT) neste segundo mandato. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569245-com-jaques-wagner-ministro-costa-inicia-3-ciclo-do-pt-no-poder-da-bahia.shtml |
Após 12 anos de comando tucano em MG, petista assume o poder no Estado | O petista Fernando Pimentel, 63, toma posse como governador de Minas Gerais nesta quinta-feira (1º) após ter desbancado do poder o grupo político do PSDB, que ficou 12 anos no comando do Estado. Será a primeira vez que o PT ocupará o mais alto posto político em Minas, Estado onde os tucanos –liderado pelo senador Aécio Neves– sofreram dupla derrota em outubro. A incursão petista, porém, começa cercada de preocupação com as dificuldades econômicas e financeiras do Estado e com os reflexos que isso poderá ter na construção de uma base política e social sólidas para garantir a governabilidade. A solenidade em BH está agendada para as 9h. Para analistas políticos, a construção dessa base pode até ficar refém do orçamento fiscal, porque durante a campanha eleitoral Pimentel buscou apoio de categorias profissionais e prefeitos mediante promessas com custos financeiros. Aos professores, por exemplo, ele prometeu pagar o piso nacional de salários. Prometeu ainda reestruturar as carreiras na Polícia Civil e regionalizar o atendimento aos municípios, de forma a levar desenvolvimento para todo o Estado. Para o sociólogo Rudá Ricci, do Instituto Cultiva, Pimentel tem "fôlego meio curto" para organizar suas relações com a sociedade. "Principalmente com as organizações corporativas e os municípios, que estão sem dinheiro. Só que, com o fôlego curto, se ele não tiver dinheiro, a conversa acaba em um mês", disse Rudá, cujo instituto busca promover a participação social na gestão pública. No Legislativo, com histórico pragmático, ele não deverá ter problemas. Já o cientista político Malco Camargo, da PUC-MG, diz que, após Pimentel prometer fazer um governo de mudança, passado o pouco tempo de lua de mel, as pessoas vão cobrar a execução de políticas públicas e as promessas de campanha. "Ele [Pimentel] tem propostas ousadas do ponto de vista da gestão que envolve orçamento. Se ele não der respostas a isso em médio prazo, pode perder essa capacidade de ser vitrine [do PT]", disse. Camargo cita o fato de Pimentel passar a ser a principal referência do PT nacional, porque governará o segundo colégio eleitoral e uma das primeiras economias do país. Para o deputado Durval Angelo (PT), negociador do novo governador na Assembleia Legislativa, "um dos fatores da vitória [petista] é que o Estado está quebrado e sucateado nas áreas de saúde, segurança e educação". Os tucanos negam e dizem que a situação financeira de Minas é muito boa. AJUDA FEDERAL Pimentel já declarou que conta com ajuda da sua amiga e presidente Dilma Rousseff para governar. Mas os analistas veem dificuldades neste momento. "Com a crise da Petrobras, a margem de negociação da Dilma, inclusive de manejo do orçamento, diminui. O preço dos deputados está aumentando muito e ela vai ter que aumentar logo as emendas parlamentares. Isso vai esvaziar ainda mais o orçamento", disse Rudá. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569236-apos-12-anos-de-comando-tucano-em-mg-petista-assume-o-poder-no-estado.shtml |
Comunista assume governo e encerra 50 anos de poder dos Sarney no MA | Ao tomar posse como governador do Maranhão, nesta quinta-feira (1º), o ex-juiz federal e ex-deputado Flávio Dino, do PC do B, encerra a hegemonia de quase 50 anos do grupo político liderado pelo senador José Sarney (PMDB-AP). O novo mandatário, no entanto, não receberá a faixa da antecessora Roseana Sarney (PMDB), que renunciou ao cargo no último dia 10, menos de um mês antes de concluir o mandato. A peemedebista alegou "recomendações médicas" para a decisão, que políticos maranhenses atribuíram a um desejo dela de não transmitir o cargo ao adversário. A saída da governadora ocorreu em meio a uma transição já conturbada. A equipe de Dino reclama por não ter recebido informações suficientes sobre a situação financeira do Estado e critica medidas tomadas no final da gestão Roseana que terão impacto no novo governo. Um exemplo dessas ações foi a publicação de um edital que informava que 12 dos 24 coronéis da Polícia Militar deveriam se afastar por até dois anos para curso de aperfeiçoamento fora do Maranhão, em meio a uma crise de segurança pública no Estado. Ataques de criminosos a ônibus e as 79 mortes registradas em 2013 e 2014 dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas foram alguns dos temas que dominaram a campanha eleitoral. Para tentar solucionar os problemas dessas duas áreas, Dino buscou inspiração em outros Estados. Prometeu implantar o programa de segurança Pacto pela Vida, do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), e nomeou para o comando do sistema penitenciário maranhense Murilo Andrade, ex-subsecretário de Administração Prisional de Minas Gerais –Estado governado pelo grupo político do PSDB. A montagem do secretariado refletiu a aliança pragmática que garantiu a vitória de Dino, ainda no primeiro turno, contra o candidato da situação, Lobão Filho (PMDB). Entre os nove partidos que o apoiaram estão justamente o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Marina Silva, além de antigos aliados de Sarney. O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), que rompeu com o senador em 2004, será o secretário de Minas e Energia. O também pessebista Marcelo Tavares, coordenador da campanha e sobrinho de José Reinaldo, assumirá a Casa Civil. Uma de suas primeiras medidas é simbólica contra a hegemonia dos Sarney no Estado: bens públicos não poderão mais receber o nome de pessoas vivas. O ex-presidente José Sarney e sua família dão nomes a bibliotecas e obras viárias em todo o Maranhão. Só em escolas, são 160 com o sobrenome Sarney em todo os Estado. 'COMUNISMO BURGUÊS' A ala petista que contrariou a direção nacional do partido –que estava com Lobão Filho– e apoiou Dino também foi contemplada no secretariado. Ex-presidente da Embratur no governo Dilma, Flávio Dino é o primeiro governador eleito pelo PC do B no país. Na campanha, enfrentou a "acusação", feita pelo PMDB, de que implantaria o comunismo no Estado. Em resposta, prometeu fazer uma "revolução burguesa" e "levar o capitalismo" ao Maranhão. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569226-comunista-assume-governo-e-encerra-50-anos-de-poder-dos-sarney-no-ma.shtml |
Balsa pega fogo durante festa na virada em Copacabana | Uma balsa de onde partiu nesta quinta-feira (1o) parte dos fogos da festa da virada do ano em Copacabana, zona sul do Rio, pegou fogo. De acordo com a organização do evento, a embarcação tinha quatro ocupantes que não ficaram feridos. No momento do show pirotécnico, eles ficam dentro de um contêiner por segurança –os fogos são disparados automaticamente. Navios da Capitania dos Portos se deslocaram para o local, controlaram o incêndio e resgataram os tripulantes. Informações iniciais indicam que o acidente ocorreu na balsa 4 –a quarta de 11 desde o Leme até o Forte de Copacabana– por volta do décimo minuto de show. O espetáculo de fogos foi feito pela empresa Pirotecnia Igual Brasil. Foram 16 minutos de show de fogos de artifício, com trilha sonora montada pelo DJ João Brasil e o Estúdio Sonido, em que foram misturados clássicos remixados da MPB e música orquestrada. Foram usados no total 24 toneladas de fogos de artifício. "O sistema operacional funcionou bem. O operador de balsa tem uma célula de segurança e com um aparato caso algo aconteça. Ele funcionou a contento", disse o secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello. O show pirotécnico deu início oficial às comemorações dos 450 anos do Rio, comemorados em 2015. Nos quatro segundos finais da contagem regressiva para o novo ano, a mensagem "Rio 450" iluminou o céu de Copacabana, num efeito importado da Espanha. Eram esperados para o Réveillon em Copacabana dois milhões de pessoas, sendo 800 mil turistas. A organização ainda não tinha uma estimativa de público exata até a publicação desta nota. Uma chuva fina caía em Copacabana até as 22h45, o que surpreendeu a metereologia e os cariocas. Também ventava forte, o que preocupou alguns. Mas no momento da virada fazia calor. A festa transcorreu com tranquilidade até a publicação desta nota. Houve alguns casos de brigas durante o show de Seu Jorge, após a virada. O cantor interrompeu a apresentação para pedir calma ao público. Até as 24h, a Secretaria de Saúde fez 382 atendimentos nos cinco postos espalhados na orla. A maior parte dos atendimentos foram casos de dor de cabeça, mal estar, cortes e crianças com sintomas de insolação. O público se espalhou pelos quatro quilômetros de extensão de areia, do Posto 6 ao Leme, e nas pistas da Avenida Atlântica, e aproveitou os shows nos três palcos na praia. Outros oito palcos foram espalhados por bairros da capital. | 2015-01-01 | cotidiano | null | http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569426-balsa-pega-fogo-durante-festa-na-virada-em-copacabana.shtml |
Governador do RS inicia 2015 com quebra-cabeça para acomodar aliados | O peemedebista José Ivo Sartori toma posse nesta quinta-feira (1º) como governador do Rio Grande do Sul pressionado pela crise nas contas estaduais e em meio a um quebra-cabeça para acomodar aliados no governo. Antes mesmo de assumir o Estado, integrantes do novo governo fizeram críticas ao legado da gestão do petista Tarso Genro, que perdeu a reeleição no segundo turno. Como medida emergencial para conter gastos, Sartori anunciou a redução do número de secretarias, extinguindo projetos pessoais de Tarso, como a pasta de um "conselho" para debates com organizações da sociedade civil. "Sabíamos que a realidade financeira seria difícil, mas não tanto", disse Sartori ao anunciar o secretariado, em dezembro. A cerimônia de posse em Porto Alegre está prevista para começar às 15h. O Estado é atualmente o mais endividado do país e precisa destinar 13% de suas receitas líquidas à União para quitar antigos débitos. A mudança do indexador da dívida, aprovada no Congresso em novembro, foi festejada pela equipe que sai da administração estadual e pela que assume agora, mas não terá efeitos imediatos. Atualmente, o Rio Grande do Sul gasta mais com aposentados e pensionistas do que com servidores da ativa. O novo governador terá ainda de honrar uma série de reajustes ao funcionalismo já acertados pelo governo petista. Tarso usou recursos de depósitos judiciais para fechar as contas ao longo do mandato. No campo político, Sartori teve durante o período de transição muito trabalho para satisfazer os aliados na distribuição de cargos. Ao apoio de 19 siglas que ele recebeu no segundo turno, houve o acréscimo do PDT, partido que tem a segunda maior bancada na Assembleia e que já ocupou o poder no Estado. MAIORIA NA ASSEMBLEIA Os pedetistas indicaram para a Secretaria da Educação o ex-candidato Vieira da Cunha, que ficou em quarto lugar na eleição. Com o acordo, Sartori garantiu uma maioria confortável na Assembleia -entre os grandes partidos, apenas o PT e o PTB ficarão na oposição. O núcleo do secretariado será formado por dois peemedebistas com perfil de renovação e de bom desempenho nas urnas. Um deles é Giovani Feltes, que assume a Secretaria da Fazenda e quebra a tradição local de a pasta sempre ser comandada por um técnico. Ele se destacou na Assembleia com discursos duros contra o PT. O outro será o secretário da Casa Civil Márcio Biolchi, 35, ligado a uma ala no PMDB próxima ao vice-presidente Michel Temer. Políticos que tinham sido secretários no conturbado governo da tucana Yeda Crusius (2007-2010) também estão de volta ao primeiro escalão, como Pedro Westphalen (PP), nos Transportes. Para a Segurança, Sartori "importou" do Centro-Oeste do país um delegado da Polícia Federal que era secretário do Governo do PMDB em Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini. Este será o quarto governo do PMDB no Estado, o que faz do partido a sigla com mais tempo no poder desde os anos 70, ainda antes da redemocratização (1985). No Rio Grande do Sul, os peemedebistas tradicionalmente se opõem ao PT. Sartori, ex-prefeito de Caxias do Sul, assume o governo após uma surpreendente arrancada na campanha eleitoral. Pouco conhecido do eleitorado à época, ele cresceu nas pesquisas nas vésperas do primeiro turno e venceu Tarso com facilidade na segunda votação. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569200-governador-do-rs-inicia-2015-com-quebra-cabeca-para-acomodar-aliados.shtml |
Apoiado pelos irmãos Gomes, petista toma posse no Ceará | Engenheiro agrônomo e servidor licenciado do Ibama, Camilo Santana (PT), 46, toma posse nesta quinta-feira (1º) como governador do Ceará. Acusado de falta de experiência administrativa durante as eleições, Camilo terá apoio do novo ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), que comandou o Estado nos últimos oito anos, e do irmão, Ciro Gomes, um dos responsáveis pela eleição do petista. Ex-secretário no governo Cid, Camilo obteve 53% dos votos válidos, derrotando o senador Eunício Oliveira (PMDB) em uma disputa acirrada. Ao longo da disputa, os dois candidatos usaram a imagem da presidente Dilma Rousseff, que manteve a neutralidade. Além do Ceará, Bahia e Piauí também serão governados pelo PT. Durante a campanha, Santana contou também com o apoio de 120 prefeituras, de um total de 184 municípios cearenses. Em seu primeiro mandato, Santana terá a segurança pública como um dos principais desafios. O Estado tem o terceiro maior índice de homicídios do país –44,6 mortes por 100 mil habitantes. E, durante a campanha, Cid causou mal-estar ao declarar que a Polícia Militar estaria atuando como "milícia" para prejudicar a campanha petista. Camilo também prometeu aumentar o número de escolas profissionalizantes, adotar um critério para pontuação dos profissionais de saúde, aumentar o efetivo policial e construir dois hospitais públicos. Herdará o Estado com crescimento de 3% do PIB (dados do segundo semestre) e com dívidas a serem pagas a longo prazo. Nos últimos dois anos, o governo Cid pegou emprestado R$ 7 bilhões para custear obras como a construção de delegacias, hospitais e também de um mega-aquário –orçado em R$ 270 milhões. O Ceará também vem enfrentando uma crise de abastecimento de água nos últimos anos. Por causa da estiagem, 96% dos municípios cearenses entraram em estado de emergência em 2014. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569350-apoiado-pelos-irmaos-gomes-petista-toma-posse-no-ceara.shtml |
Veja as mortes e missas publicadas nesta quinta-feira | 7º DIA Cyro Rubens Silveira Godoy - Amanhã (2/1), às 19h30, na paróquia de Santa Tereza, praça Irmã Maria Clara Neumaier, em São José do Rio Pardo (SP). Dora Moraes de Oliveira Carneiro - Amanhã (2/1), às 18h30, na paróquia Nossa Senhora de Lourdes, alameda dos Piratinins, 679, Planalto Paulista. Elza Soares de Vilhena Moraes - Amanhã (2/1), às 19h30, na paróquia São João de Brito, r. Nebraska, 868, Brooklin. Janilson Ferreira Campos - Hoje (1º/1), às 19h, na paróquia de São Pedro, praça Pedro 2º, s/n°, Alecrim, em Natal (RN). * 46º MÊS Fernando Cesar Novaes Galhano - Hoje (1º/1), às 10h, na paróquia Coração Imaculado de Maria (PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes. | 2015-01-01 | cotidiano | null | http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569428-veja-as-mortes-e-missas-publicadas-nesta-quinta-feira.shtml |
Em cenário de crise, tucano Beto Richa assume segundo mandato no Paraná | O tucano Beto Richa tinha tudo para começar seu ano de forma consagradora. Reeleito em primeiro turno para o governo do Paraná, o político jovem e de estilo conciliador tem oposição quase nula e é apontado como promessa do PSDB. Mas toma posse nesta quinta (1º) num cenário de crise financeira, com aumento de impostos e desaprovação popular. Aos 49 anos, esta é a segunda vez que o tucano assume o governo do Paraná. Quatro anos atrás, com a promessa de choque de gestão, implantou metas nas secretarias e disse que "faria mais com menos", mas foram poucos os projetos significativos que saíram do papel. Ao dar aumentos ao funcionalismo, especialmente a professores e policiais, inchou a folha e acabou inviabilizando o orçamento. Por causa dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, ultrapassados nos gastos com pessoal, teve de controlar despesas. Nos últimos dois anos, paralisou obras e atrasou pagamentos. Ao final de 2013, o Estado devia R$ 1 bilhão a fornecedores. Passou todo o ano eleitoral pagando a dívida. A oposição aguardava eufórica pela eleição. Dois nomes fortes se candidataram: o ex-governador Roberto Requião (PMDB) e a senadora Gleisi Hoffmann (PT). Mas, se foi fraco administrativamente, Richa demonstrou força politicamente. Com uma aliança de 17 partidos, o tucano rebateu as críticas de má gestão, assumiu as dificuldades financeiras e falou de "perseguição" por não ter obtido empréstimos do governo federal. No interior, conseguiu o apoio de quase todos os prefeitos, aos quais garantiu verbas para asfalto e outras pequenas obras. Do tipo "teflon", com cara de bom moço, o tucano venceu com 56% dos votos. "Ele não tem nenhum escândalo contra si. É o maior capital político dele", diz o deputado Ademar Traiano (PSDB), líder do governo. AJUSTES NO GOVERNO Ao ser reeleito, Richa declarou que "o melhor estava por vir". No início de dezembro, apresentou uma reforma que enxugou secretarias e aumentou impostos. Subiu o IPVA e o ICMS de dezenas de produtos, de material escolar a medicamentos, e foi alvo de protestos de sindicalistas e até de empresários. "É um freio de arrumação", declarou o tucano na época. Para seus aliados, foi considerado corajoso. Para adversários, incompetente. Os próprios membros do governo admitem que 2015 será mais difícil que o desejado. No Palácio Iguaçu, sede do governo, há mais desânimo que o normal para um governo recém reeleito. "Está complicado. A euforia só virá mais para a frente", diz um aliado. As férias dos servidores foram parceladas. O 13º salário foi pago normalmente. Novas medidas de austeridade podem ser anunciadas em breve, como adiantou o futuro secretário da Fazenda, Mauro Ricardo. Na avaliação de aliados, os próximos quatro anos devem definir se Richa sairá do governo como potencial cacique tucano em esfera nacional ou como uma promessa que morreu na praia. | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569195-em-cenario-de-crise-tucano-beto-richa-assume-segundo-mandato-no-parana.shtml |
Filho supera senador Renan Calheiros e assume nesta quinta governo de AL | O economista Renan Filho (PMDB) assume nesta quinta-feira (1) o governo de Alagoas e "supera" o legado do pai, o senador Renan Calheiros, que nunca se elegeu para comandar o Executivo de seu Estado. Provavelmente sem a presença do pai, a solenidade está marcada para começar às 15h (horário de Brasília), na Assembleia Legislativa. Depois, a posse será realizada no Palácio Museu Floriano Peixoto, em Maceió. Aos 34 anos, será o mais jovem dos 27 governadores desta legislatura. Já foi deputado federal e prefeito de Murici (a 50 km de Maceió) entre 2004 e 2010. Sua chegada ao governo demonstra a força da família Calheiros no Estado, que, na eleição de 2014, voltou a se unir ao senador reeleito Fernando Collor de Melo (PTB). No governo, Renan Filho terá como missão sanear as finanças do Estado e reduzir o fosso que separa Alagoas do restante do país em áreas como educação e segurança. Após dois mandatos no governo alagoano, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) deixa Estado como o penúltimo pior Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do país. Alagoas também é proporcionalmente a campeã em homicídios do país, com um índice anual de 64,6 assassinatos por 100 mil habitantes, segundo o Mapa da Violência. No campo político, Renan Filho terá como desafio gerir os conflitos de uma aliança tão ampla como heterogênea: é formada por 15 partidos, incluindo conservadores do PSC e militantes de esquerda do PT e PC do B. Agenda oficial do presidente do Congresso Nacional diz que Calheiros estará em Brasília durante a posse do filho. CAMPANHA Com o senador Renan Calheiros como o principal articulador da campanha, Renan Filho conquistou o apoio de prefeitos e teve uma arrecadação de R$ 16,8 milhões. Cerca de 40% dos recursos arrecadados vieram de empreiteiras envolvidas na operação Lava-Jato - OAS, Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Odebrecht e Camargo Corrêa. Uma estrutura profissional, aliada a uma forte crítica ao governo tucano de Teotônio Vilela, foi sua principal estratégia de Renan Filho para conquistar votos. Foi eleito com 52% dos votos válidos contra 34% do senador Biu de Lira (PP) e 8% do vereador Júlio Cézar (PSDB). | 2015-01-01 | poder | null | http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569359-filho-supera-senador-renan-calheiros-e-assume-nesta-quinta-governo-de-al.shtml |
Hoje na TV: Tottenham x Chelsea, Campeonato Inglês, Fox Sports | Destaques da programação desta quinta-feira (1º): 10h45 - Stoke City x Manchester United, Inglês, ESPN Brasil 13h - Manchester City x Sunderland, Inglês, ESPN Brasil 13h - Liverpool x Leicester, Inglês, Fox Sports 13h - Southampton x Arsenal, Inglês, Fox Sports 2 13h - West Ham x West Bromwich, Inglês, ESPN 13h - Newcastle x Burnley, Inglês, ESPN + 15h30 - Tottenham x Chelsea, Inglês, Fox Sports 15h45 - Michigan State x Baylor, futebol americano universitário, ESPN + 16h - Washington Capitals x Chicago Blackhawks, hóquei no gelo, ESPN 20h15 - Oregon x Florida State, futebol americano universitário, ESPN 23h50 - Alabama x Ohio State, futebol americano universitário, ESPN | 2015-01-01 | esporte | null | http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569380-hoje-na-tv-tottenham-x-chelsea-campeonato-ingles-fox-sports.shtml |
Kim Jong-un diz estar aberto a se reunir com presidente da Coreia do Sul | O líder norte-coreano, Kim Jong-un, disse nesta quinta-feira em seu discurso de Ano Novo emitido pela televisão estatal KCTV que "não há razão para não manter conversas" com a presidente da vizinha Coreia do Sul, Park Geun-hye, sempre que o clima diplomático seja propício. "Dependendo dos ânimos e das circunstâncias que se criem, não há razão para não manter conversas do mais alto nível", explicou o líder do regime comunista. Kim ressaltou a necessidade de um "grande mudança" nas relações Norte-Sul, e disse que Pyongyang fará "todos os esforços possíveis" para melhorar o diálogo e a cooperação com Seul. O líder norte-coreano também disse que estes encontros de alto nível, assim como negociações de outro tipo, poderão ser retomadas sempre que a Coreia do Sul queira melhorar os laços bilaterais através do diálogo. Esta mesma semana, um comitê para a reunificação do Sul propôs um encontro entre ministros das duas Coreias em Janeiro para aproximar posturas. A Coreia do Sul espera progressos significativos em sua relação com o Norte no recém iniciado 2015, ano no qual se completa o 70º aniversário do fim do domínio colonial (1910-1945) do Japão sobre a península coreana. As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra já que o conflito que as colocou em confronto entre 1950 e 1953 se encerrou com um cessar-fogo em vez de um tratado de paz. | 2015-01-01 | mundo | null | http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569424-kim-jong-un-diz-estar-aberto-a-se-reunir-com-presidente-da-coreia-do-sul.shtml |
Heitor Maia Neto (1928 - 2014) - Pioneiro da arquitetura modernista no Nordeste | O projeto de que Heitor Maia Neto mais se orgulhava não chegou a ganhar vida, mas impulsionou a carreira do recifense, que se tornaria pioneiro da arquitetura modernista no Nordeste. O desenho em questão, que ele fez com menos de 30 anos, ficou em segundo lugar em um concurso internacional para a escolha do Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, no Rio. Ele previa "um balanço [cobertura com apenas um ponto fixo no chão] de 60 metros, como se fosse a mão da pátria protegendo seus filhos", conta o filho Antônio. O primeiro concurso que venceu foi o do projeto da Biblioteca Popular de Casa Amarela, no Recife, em 1951. Heitor ingressou no curso de arquitetura da antiga Escola de Belas Artes de Recife em 1948, em uma turma de apenas quatro alunos. Em seu Estado natal, foi responsável por residências como a casa Torquato Castro e o edifício 13 de Maio, com três pavimentos por apartamento. No final dos anos 1950, ajudou a fundar a graduação de arquitetura e urbanismo da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), que incorporou a da Escola de Belas Artes —que teve seu pai, Heitor Maia Filho, como cofundador. Na mesma década, avistou Zélia da Fonte passeando de conversível e disse a um amigo: "Vou me casar com essa mulher". Hoje com 80 anos, ela é mãe de seus seis filhos. O arquiteto morreu na manhã de segunda-feira (29), aos 86 anos. Portador do mal de Parkinson, teve complicações respiratórias após a retirada de uma úlcera. Além da viúva e dos filhos, deixa nove netos. [email protected] | 2015-01-01 | cotidiano | null | http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569420-heitor-maia-neto-1928---2014---pioneiro-da-arquitetura-modernista-no-nordeste.shtml |
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