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Ministro da Fazenda diz que atenderá promessas afirmadas por Dilma
O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quinta (1º) que o governo vai cumprir os compromissos firmados pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso de posse de aumentar o crescimento do país, gerar mais empregos e melhorar qualidade de vida da população. Depois de acompanhar a posse de Dilma no Congresso, Levy disse que será preciso ter "coragem" para colocar em prática os compromissos da petista. "A gente vai conseguir. Tem que ter a coragem de fazer o que for necessário para a gente conseguir isso", afirmou. Em seu discurso, Dilma não descartou apertar as contas do país para enfrentar a crise econômica, mas disse que isso será feito sem prejudicar a população e com a promessa de oferecer o "máximo" para os brasileiros. A presidente também apontou como prioridades o combate à inflação, a preservação do emprego, principalmente com a manutenção da política de salário mínimo, e a redução das desigualdades. Ela defendeu ainda ajustes nas contas públicas. Questionado se pretende apresentar pacotes de medidas ou mudanças relevantes na política econômica, Levy desconversou. "Não tem anúncio nenhum. Mas foi muito bonita a cerimônia, né?", disse. Levy também não quis comentar as críticas da oposição de que enfrentará dificuldades em sua relação com setores do PT que consideram o ministro mais à "direita" dos pensamentos da sigla. Ao encontrar a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), disse que tem uma "convivência ótima" com a petista no Rio de Janeiro. O ministro confirmou que vai assumir o cargo oficialmente na segunda-feira (5), quando será realizada cerimônia de transmissão de posse do atual ministro Guido Mantega.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569542-ministro-da-fazenda-diz-que-atendera-promessas-afirmadas-por-dilma.shtml
Lituânia entra na zona do euro e bloco passa a ter 19 países-membros
Com a entrada da Lituânia na zona do euro nesta quinta-feira (1º), o bloco europeu, com seus duradouros problemas econômicos, deve enfrentar uma seca de novos membros nos próximos anos. Outros países cotados para integrar o bloco, que agora tem 19 países, devem continuar adiando seus planos, à medida que a independência monetária lhes garante liberdade para tomar medidas para proteger suas economias. A política monetária da Polônia, por exemplo, é um dos motivos apontados para o fato de o país ter sido o único da União Europeia a ter evitado uma recessão desde o início da crise da dívida, em 2009, com a descoberta da falsificação de dados das contas públicas pela Grécia. Em tempos mais auspiciosos, uma das contrapartidas para compartilhar o euro seria poder aumentar o comércio com o bloco. Esse cenário, porém, já não é uma realidade há alguns anos e as previsões para 2015 estão longe de ser otimistas. CRESCIMENTO O FMI estima que o bloco tenha crescido 0,8% no ano passado e que vai ter expansão de 1,3% neste ano, mas a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, já disse que não são pequenas as chances de a região afundar na recessão mais uma vez. O desafio mais claro da zona do euro é a inflação baixa. Há praticamente dois anos o índice de preços fica abaixo da meta de cerca de 2% ao ano, estabelecida pelo BCE (Banco Central Europeu). Em novembro, ficou em 0,3%, resultado igual ao de setembro e menor da história do bloco. Ou seja, a zona do euro está muito próxima de um cenário de deflação -que já é realidade em países como Grécia e Espanha. A deflação representa um risco porque é um sinal de que os consumidores não estão dispostos a gastar. Com os preços em queda, muitos podem adiar suas decisões de compra, esperando um novo recuo, criando um ciclo vicioso que prejudica a recuperação da economia. Para quebrar esse ciclo, espera-se que o BCE anuncie, já neste mês, um inédito programa de compra de títulos das dívidas dos países. DESAFIO GREGO Um outro desafio é o cenário político na Grécia. O governo e o Parlamento local vão ser dissolvidos, e eleições devem ocorrer no dia 25. O cenário assusta a Europa, pois o partido favorito nas pesquisas, a esquerda radical Syriza, é contra o programa de resgate e as medidas de austeridade impostos aos gregos para receber pacote de € 240 bilhões nos últimos anos.
2015-01-01
mercado
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http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569550-lituania-entra-na-zona-do-euro-que-passa-a-ter-19-paises-membros.shtml
Chelsea é goleado pelo Tottenham e divide liderança com Manchester City
Apesar de começar à frente na partida, o Chelsea foi surpreendido pelo Tottenham e foi goleado por 5 a 3 fora de casa. Com o resultado, o Chelsea passou a dividir a liderança do Campeonato Inglês com o Manchester City, que mais cedo venceu o Sunderland por 3 a 2 e empatou em número de pontos (46) e nos critérios de desempate com o time londrino. A partida começou com o enredo mais previsível: pressão ofensiva do Chelsea diante de um Tottenham recuado. Aos 18 minutos, Hazard fez uma bela jogada pela direita, driblou marcadores e bateu cruzado na trave. No rebote, o brasileiro Oscar cruzou e Diego Costa apenas empurrou para o fundo das redes. O Tottenham não se restringiu aos contra-ataques e partiu para cima do rival. Aos 30 min, o atacante Kane, grande destaque da partida, fez jogada individual na intermediária e bateu de fora da área no canto direito de Courtois para empatar. Ainda no primeiro tempo, o Tottenham abriria uma vantagem consistente. Aos 44 min, Rose pegou rebate de bola que Chadli mandou na trave e concluiu com tranquilidade, sem goleiro. Dois minutos depois, Kane foi derrubado dentro da área por Cahill. O juiz marcou pênalti, que foi convertido por Townshend. No segundo tempo, o Tottenham continuou atacando. Logo aos sete minutos, Kane recebeu passe de Chadli, passou pelo marcador e bateu forte para fazer o 4 a 1. Aos 16 min, Hazard ainda descontaria para o Chelsea, após tabela com Fàbregas. Contudo, aos 33 min, Chadli ampliaria a goleada ao receber assistência de Kane. Com o resultado de 5 a 2, o Chelsea perdia a liderança do campeonato para o Manchester City, já que teria um saldo de gols mais negativo que o do concorrente. Mas pouco antes do final do jogo Hazard cruzou rasteiro e o zagueiro Terry, que havia falhado no lance quinto gol adversário, redimiu-se, fez o terceiro do Chelsea e garantiu que o time continuaria na liderança até a próxima rodada. Na 21ª rodada, o Chelsea recebe o Newcastle, enquanto o Tottenham enfrenta o Crystal Palace fora de casa. RESULTADOS DA 20ª RODADA Stoke City 1x1 Man. United Aston Villa 0 x0 Crystal Palace Hull City 2x0 Everton Liverpool 2x2 Leicester Man. City 3x2 Sunderland Newcastle 3x3 Burnley QPR 1x1 Swansea Southampton 2x0 Arsenal West Ham 1x1 West Bromwich Tottenham 5x3 Chelsea
2015-01-01
esporte
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http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569547-chelsea-e-goleado-pelo-tottenham-e-divide-lideranca-com-manchester-city.shtml
Em 2º discurso, Dilma promete 'nova etapa' de mudanças sociais; leia e veja a íntegra
Num curto discurso, de 11 minutos, a presidente Dilma Rousseff prometeu à população brasileira "inaugurar uma nova etapa" de mudanças sociais no Brasil. Ela reconheceu que serão feitos "ajustes na economia", mas disse que as medidas serão tomadas "sem revogar direitos conquistados ou trair nossos compromissos sociais". A fala ocorreu dias depois de o governo federal anunciar cortes em benefícios trabalhistas e previdenciários, como seguro-desemprego, abono salarial e pensão pós-morte. O governo afirma que apenas corrigiu distorções. "Sempre estive e sempre estarei ao lado de vocês e nada, absolutamente nada, ninguém, absolutamente ninguém, vai me afastar desse compromisso. (...) Assumo aqui com vocês, nesta praça, o meu compromisso de inaugurar uma nova etapa nesse processo histórico de mudanças sociais para o Brasil", afirmou no parlatório, ao lado do vice-presidente, Michel Temer. "De pé e com fé, porque nos vamos juntos fazer a reforma política. (...) De pé e com fé, porque vamos continuar o Minha Casa Minha Vida, o Prouni [programa de bolsas para alunos de baixa renda], o Fies [Fundo de Financiamento Estudantil], o Ciência sem Fronteiras", afirmou. Dilma pediu a confiança dos brasileiros, destacando o fato de que, enquanto diversos países viviam uma situação de desemprego e crise econômica, o Brasil manteve seus programas sociais. Agora, ela pediu "apoio e compreensão" dos brasileiros. "Para conseguir avançar é preciso mais do que nunca do apoio e compreensão de vocês. Quero pedir o apoio de todos, de leste a oeste, norte a sul do Brasil. Hoje, depois de 12 anos de governo popular e de grandes transformações, o povo tem o direito de dizer: nenhum direito a menos, nenhum passo atrás." FAIXA PRESIDENCIAL Com um atraso de 40 minutos, a presidente deu início ao pronunciamento à população brasileira, pouco depois de receber do cerimonial do Palácio a faixa presidencial. Enquanto no Congresso Nacional a fala de Dilma tem o objetivo de apontar metas e compromissos do novo mandato, no parlatório o discurso tem um tom de saudação aos brasileiros. O evento foi acompanhado por cerca de 800 convidados no salão nobre do edifício. O local foi dividido em alas de acordo com o perfil dos presentes –governadores, familiares de Dilma e movimentos sociais, por exemplo. A primeira fileira foi chamada de "diamante" por servidores do Palácio –ali estão ministros, o ex-presidente Lula e o senador José Sarney (PMDB-AP). - Leia a íntegra Pronunciamento à nação da Presidenta da República, Dilma Rousseff, no Parlatório Palácio do Planalto, 1º de janeiro de 2015 Queridos brasileiros e brasileiras aqui, nesta praça, Estamos aqui, eu e o vice-presidente, Michel Temer, para cumprimentar vocês. Eu agradeço a vocês terem vindo de todos os cantos do nosso país nessa marcha da esperança para dizerem "sim" ao futuro do Brasil. Agradeço a cada uma companheira e a cada um companheiro. Quero dizer para vocês que eu sinto imensa alegria por ter vencido os desafios e honrado o nome da mulher brasileira, dessa mulher que nós sabemos que são milhões de guerreiras anônimas que dão vida e carinho ao nosso país. Eu represento um projeto de nação que é detentor do mais profundo e duradouro apoio popular de nossa história democrática. Esse projeto que começou no governo do presidente Lula, que continua no meu governo, ele pertence a vocês, a cada um de vocês, ao povo deste país e, mais do que nunca, é para este povo e com este povo que nós vamos governar. Graças aos nossos governos –o meu e o do presidente Lula–, nós temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome. Nós resgatamos 36 milhões de pessoas da extrema pobreza, 22 milhões apenas no meu governo. Nesses períodos, nunca tantos brasileiros ascenderam às classes médias. Nunca tantos brasileiros conquistaram empregos com carteira assinada. Nunca o salário mínimo e os demais salários se valorizaram por tanto tempo e com tanto vigor. Nunca tantos brasileiros se tornaram donos de suas próprias casas. Nunca tantos brasileiros tiveram acesso ao ensino técnico e à universidade. Nunca o Brasil viveu um período tão longo, tão longo sem nenhuma crise institucional. Nunca as instituições foram tão fortalecidas e respeitadas e nunca se apurou e puniu com tanta transparência a corrupção. Em nossos governos cumprimos o compromisso fundamental de oferecer à população até então excluída os direitos básicos que devem ser assegurados a qualquer cidadão deste país: o direito de trabalhar, o direito de alimentar a família, de educar e acreditar em um futuro melhor para os seus filhos. Essa crença é o sonho de qualquer pai ou mãe de família desse país: oferecer aos seus filhos oportunidades melhores do que as suas. Essa é a crença que constrói uma família, este é o desafio que ergue uma nação. Escuto as vozes de vocês, vozes corajosas, a dizerem que estamos aqui todos nós de pé e que todos nós temos fé no Brasil. Nós que estamos aqui e todos os brasileiros acreditamos nessa terra porque nos últimos 12 anos aqui não se discrimina os pobres, não se esquece dos jovens, não se esquece dos negros, não se abandona as mulheres. Não importam as dificuldades, não importam os obstáculos, o povo brasileiro vai vencer e vai construir um Brasil próspero, justo e pleno de oportunidades. Sempre estive e sempre estarei ao lado de vocês e nada, absolutamente nada, ninguém, absolutamente ninguém vai me afastar desse compromisso. Sei que vocês querem mais e melhor. Sei que a palavra mais repetida nessa minha campanha, da qual vocês participaram, foi mudança e o tema mais invocado foi reforma. Assumo aqui com vocês, nesta praça, o meu compromisso de inaugurar uma nova etapa nesse processo histórico de mudanças sociais no Brasil e digo a vocês algo muito importante. Nós vamos fazer sim ajustes na economia mas isso sem revogar direitos conquistados ou trair nossos compromissos sociais. Fui reeleita para continuar mudando o Brasil e para continuar fazendo as mudanças que vocês desejam. E prometo: farei as mudanças. Assumo meu segundo mandato com mais esperança do que assumi o primeiro. Assumo esse mandato com uma certeza: nós estamos juntos com a dignidade, estamos juntos de pé, e com a força da imensa fé que temos no povo desse país. De pé e com fé porque nós vamos juntos fazer a reforma política. De pé e com fé porque o Brasil será a verdadeira pátria educadora e os brasileiros terão acesso a educação de qualidade, da creche à pós graduação. De pé e com a força da fé nesse país, porque vamos mudar a Constituição para permitir que o governo federal assuma a responsabilidade para melhorar a segurança pública. De pé e com a força da fé, porque vamos melhorar a nossa saúde, vamos garantir mais acesso a exames e a consultas com especialistas. De pé e com fé, porque vamos garantir emprego de qualidade, baseado na expansão da economia, na formação profissional e na inovação. De pé e com fé, porque apostamos em cada vez mais empregos e salários valorizados, porque vamos continuar com a política de valorização do salário mínimo. De pé e com fé, porque vamos continuar o Minha Casa, Minha Vida, o Prouni, o Fies, o Ciência sem Fronteiras. Somos capazes de fazer isso porque somos um povo que garantiu emprego e salário quando o mundo desempregava e arrochava. Somos capazes de fazer isso porque, nesses últimos 12 anos, nós mudamos o Brasil. Mas, para conseguir avançar preciso, mais do que nunca, do apoio e da compreensão de vocês. Quero pedir o apoio de todos, de Leste a Oeste, de Norte a Sul do Brasil. Hoje, depois de 12 anos de governo popular e de grandes transformações, o povo brasileiro tem o direito de dizer, como uma orientação para o meu novo mandato: nenhum direito a menos, nenhum passo atrás, só mais direitos e só o caminho à frente. Esse é meu compromisso sagrado perante vocês. Esse é o juramento que faço nessa praça. Viva o Brasil! Viva o povo Brasileiro!
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569545-em-discurso-dilma-promete-nova-etapa-de-mudancas-sociais.shtml
Clã Sarney deixa poder, mas grupo não vai sair de cena
No último dia 18 de dezembro, o senador José Sarney (PMDB-AP) fez seu discurso de despedida do Congresso Nacional diante de um plenário vazio. Uma semana antes, a filha Roseana havia renunciado ao governo do Maranhão para não ter de passar a faixa ao sucessor que tirou seu grupo político do poder. A eleição de Flávio Dino (PC do B), que governará o Estado a partir deste 1º de janeiro, encerra um ciclo de quase 50 anos de comando de aliados de Sarney à frente do Palácio dos Leões e coincide com a saída do patriarca da vida pública. Ele não disputou a reeleição para o Senado e ficará sem mandato a partir de 2015. A posse do novo governo, no entanto, não significa a saída de cena da família. Auxiliares de Dino afirmam que, além de serem donos dos principais veículos de comunicação do Maranhão, os Sarney manterão aliados em instituições importantes. O futuro presidente do Tribunal de Contas do Estado, que também assume neste dia 1º, é um dos cinco conselheiros –de um total de sete– considerados alinhados ao grupo Sarney. Ex-deputado estadual, Jorge Pavão foi secretário de Roseana em gestões passadas antes de chegar à corte, em 2000. O ex-vice da peemedebista Washington Oliveira será o ouvidor do órgão, responsável por julgar as contas do governo. No Tribunal de Justiça, a corregedoria-geral é ocupada pela desembargadora Nelma Sarney, cunhada do ex-presidente. Pelo critério de antiguidade, ela poderá ser eleita para comandar a corte no final de 2017, ainda durante o governo Dino. A desembargadora nega que as relações familiares influenciem sua atuação. "Sempre agi com independência. Seremos parceiros do governador Flávio Dino, meu colega de magistratura [ele é ex-juiz federal], em seu compromisso de atacar os problemas da segurança e do sistema carcerário", diz Nelma. 'MEMÓRIA DA PRESIDÊNCIA' Dino terá que lidar ainda com um órgão do governo do Maranhão comandado diretamente pela família Sarney. A Fundação da Memória Republicana Brasileira, órgão público criado por Roseana para administrar o acervo da antiga Fundação Sarney, que era privada, é dirigida por um conselho curador no qual o ex-presidente tem a prerrogativa de indicar dois de seus nove integrantes. A lei orçamentária do Maranhão prevê que a Secretaria da Educação destine R$ 3 milhões em 2015 para a conservação do acervo de Sarney. O orçamento total da pasta é de R$ 1,8 bilhão. A fundação é presidida por Anna Graziela Costa, que foi chefe da Casa Civil de Roseana até dezembro e tem mandato de seis anos, assim como seus colegas de conselho, que incluem amigos e antigos auxiliares do ex-presidente e da ex-governadora. "Ele [Dino] será o governador, mas o órgão será gerido pelo Sarney", diz Rodrigo Lago, futuro secretário estadual de Transparência e Controle. Auxiliares do novo governador acreditam que, embora a ausência de mandato diminua o poder político de Sarney, ele tentará exercer um "poder paralelo" para dificultar a gestão Dino e retomar o Estado em 2018. Seu grupo político, no entanto, ainda não tem um nome natural para o próximo pleito. Roseana, que havia anunciado em meados de 2014 que não disputaria mais eleições, ainda é apontada como potencial candidata. Um possível obstáculo para o retorno da ex-governadora às urnas é a citação de seu nome nas investigações da Operação Lava Jato –ela nega irregularidades. SOBRENOME Apesar da saída de Roseana e do ex-presidente, o sobrenome Sarney continuará presente nas casas legislativas de São Luís e de Brasília. O deputado federal Sarney Filho (PV) foi reeleito para o nono mandato. Adriano Sarney, filho do parlamentar e neto de Sarney, terá o primeiro mandato como deputado estadual. O grupo de Flávio Dino espera que ele tenha uma atuação discreta, embora acredite que ele se alinhará ao grupo de deputados que fará oposição mais ferrenha ao governo. Também estão previstos embates com o Sistema Mirante de Comunicação, que pertence à família Sarney e inclui a retransmissora local da Rede Globo, rádios e o jornal "O Estado do Maranhão", o maior do Estado. Dino prometeu diminuir os repasses de publicidade oficial aos veículos da Mirante, que considera terem sido privilegiados pelos governos até agora. Sua expectativa é que se tornem porta-vozes da oposição, especialmente a coluna dominical que Sarney assina em "O Estado".
2015-01-01
poder
null
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569552-cla-sarney-deixa-poder-mas-grupo-nao-vai-sair-de-cena.shtml
Piketty segue Bardot, Sartre e Monet e recusa honraria máxima da França
O badalado economista francês Thomas Piketty rejeitou nesta quinta-feira (1º) a mais alta condecoração do seu país, a Legião da Honra. "Eu recuso esse prêmio porque acredito que não é papel do governo decidir quem é honrado", disse Piketty em entrevista à agência de notícias France Presse. Piketty ganhou fama com o livro "O Capital do Século 21", que já vendeu 1 milhão de cópias. Na obra, ele defende que existe no capitalismo uma tendência inerente à concentração de renda. O economista também aproveitou para criticar indiretamente o atual presidente francês, François Hollande. Segundo ele, em vez de conceder prêmios, o governo "deveria se concentrar em retomar o crescimento na França e na Europa". Piketty recusou o prêmio no mesmo dia em que Hollande desistiu de sua proposta de elevar a 75% o Imposto de Renda cobrado dos muito ricos. O economista defende ardorosamente que taxar grandes fortunas é um caminho para reduzir a desigualdade. RECUSAS Outras celebridades já recusaram a Legião da Honra. Entre eles,os filósofos e escritores Jean-Paul Sartre e Albert Camus, o pintor Claude Monet, o músico Hector Berlioz e a atriz Brigitte Bardot. Também receberam a condecoração nesta virada de ano o economista Jean Tirole e o escritor Patrick Modiano –ambos ganharam o Prêmio Nobel em suas áreas em 2014. A Legião da Honra foi estabelecida pelo general Napoleão Bonaparte em 1802.
2015-01-01
mercado
null
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569553-piketty-segue-bardot-sartre-e-monet-e-recusa-honraria-maxima-da-franca.shtml
Novo ministro do Planejamento espera reação rápida da economia após ajuste
O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quinta-feira que espera uma recuperação rápida da economia após o ajuste fiscal que será promovido neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. "É um ano de medidas necessárias", afirmou Barbosa ao ser questionado por jornalistas, no Palácio do Planalto, sobre o que espera deste ano. "Essas medidas vão viabilizar o crescimento mais rápido da economia", defendeu. Barbosa e Joaquim Levy, novo ministro da Fazenda, desde que foram indicados em novembro para os postos, têm se debruçado sobre as contas públicas, para garantir que o governo volte a ter superávit fiscal neste ano. Segundo ele, "passada essa fase inicial de correções aqui e ali" a economia vai "responder como sempre respondeu." "Espero uma recuperação rápida da economia brasileira que sempre mostrou muita capacidade... de adequação às mudanças de contexto econômico tanto nacional quanto internacional", afirmou. Na semana passada, Dilma disse que serão necessárias "medidas drásticas" na economia para retomar o crescimento. Em 2014, a economia brasileira deve ter um crescimento menor que meio por cento, segundo os prognósticos do mercado.
2015-01-01
poder
null
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569535-novo-ministro-do-planejamento-espera-reacao-rapida-da-economia-apos-ajuste.shtml
Taxista é encontrado morto em canavial em Ribeirão Preto
Um taxista de 71 anos foi encontrado morto em um canavial na zona rural de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), na manhã desta quinta-feira (1º). Segundo a Polícia Civil, ele foi encontrado na colônia da Usina Galo Bravo com a garganta cortada e a suspeita da polícia é de que ele tenha sido vítima de um latrocínio –furto seguido de morte. A vítima estava desaparecida desde a noite desta terça-feira (30), quando saiu de casa para trabalhar. Na mesma noite o táxi dele foi encontrado queimado no bairro Ipiranga, na zona norte da cidade. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil e ainda não foram divulgadas informações sobre suspeitos.
2015-01-01
cotidiano
ribeiraopreto
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2015/01/1569538-taxista-e-encontrado-morto-em-canavial-em-ribeirao-preto.shtml
Em discurso, Dilma prioriza educação e defende Petrobras; veja a íntegra
Ao discursar no Congresso Nacional após tomar posse para seu segundo mandato nesta quinta-feira (1º), a presidente Dilma Rousseff (PT) e disse que se empenharia em defender a Petrobras de "predadores internos" e "inimigos externos". Durante o seu discurso de posse na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma anunciou o slogan "Brasil: Pátria Educadora" como o novo lema de seu segundo mandato. Dizendo que ele é "simples, direto e mobilizador", a presidente afirmou que o setor será a "prioridade das prioridades" e deverá convergir esforços de todas as áreas do governo. Dilma discursou por 43 minutos. Leia, a seguir, a íntegra da fala da presidente. - Íntegra do discurso Discurso de Posse Brasília, 1° de janeiro de 2015. Senhoras e Senhores, Volto a esta casa com a alma cheia de alegria, de responsabilidade e de esperança. Sinto alegria por ter vencido desafios e honrado o nome da mulher brasileira. O nome de milhões de guerreiras anônimas que, voltam a ocupar, encarnadas na minha figura, o mais alto posto de nossa grande nação. Encarno outra alma coletiva que amplia ainda mais a minha responsabilidade e a minha esperança. O projeto de nação que é detentor do mais profundo e duradouro apoio popular da nossa história democrática. Este projeto de nação triunfou e permanece, devido aos grandes resultados que conseguiu até agora, e porque o povo entendeu que este é um projeto coletivo de longo prazo. Este projeto pertence ao povo brasileiro e, mais que nunca, é para o povo e com o povo que vamos governar. A partir do extraordinário trabalho iniciado pelo governo do presidente Lula e continuado por nós, temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome. Resgatamos 36 milhões da extrema pobreza, 22 milhões apenas em meu primeiro governo. Nunca tantos brasileiros ascenderam às classes médias. Nunca tantos brasileiros conquistaram tantos empregos com carteira assinada. Nunca o salário mínimo e os demais salários se valorizaram por tanto tempo e com tanto vigor. Nunca tantos brasileiros se tornaram donos de suas próprias casas. Nunca tantos brasileiros tiveram acesso ao ensino técnico e à universidade. Nunca o Brasil viveu um período tão longo sem crises institucionais. Nunca as instituições foram tão fortalecidas e respeitadas, e nunca se apurou e puniu com tanta transparência a corrupção. Em nossos governos, cumprimos o compromisso fundamental de oferecer, a uma população enorme de excluídos, os direitos básicos que devem ser assegurados a qualquer cidadão. O direito de trabalhar, de alimentar a família, de educar e acreditar em um futuro melhor para seus filhos. Isso que era tanto para uma população que tinha tão pouco, tornou-se pouco para uma população que conheceu, enfim, governos que a respeitam e que realmente se esforçam para protegê-la. A população quis que ficássemos porque viu o resultado do nosso trabalho, compreendeu as limitações que o tempo nos impôs e concluiu que poderemos fazer muito mais. O recado que o povo nos mandou não foi só de reconhecimento e confiança, foi também um recado de quem quer mais e melhor. Por isso, a palavra mais repetida na campanha foi mudança, e o tema mais invocado foi reforma. Por isso, eu repito hoje, nesta solenidade de posse: fui reconduzida à Presidência para continuar as grandes mudanças do país e não trairei este chamado. O povo brasileiro quer mudanças, quer avançar, quer mais. É isso que também quero! É isso que vou fazer, com destemor mas com humildade, contando com o apoio desta Casa e com a força do povo. Este ato de posse é, antes de tudo, uma cerimônia de reafirmação e ampliação de compromissos. É a inauguração de uma nova etapa neste processo histórico de mudanças sociais do Brasil. Faço questão, também, de renovar, nesta Casa, meu compromisso de defesa permanente e obstinada da Constituição, das leis, das liberdades individuais, dos direitos democráticos, da mais ampla liberdade de expressão e dos direitos humanos. Queridos brasileiros e queridas brasileiras, Em meu primeiro mandato, o Brasil alcançou um feito histórico: superamos a extrema pobreza. Mas como eu disse - e sei que é expectativa de todos os brasileiros - o fim da miséria é só um começo. Agora, é a hora de prosseguir com o nosso projeto, de perseguir novos objetivos. É hora de melhorar o que está bom, corrigir o que é preciso e fazer o que o povo espera de nós. Sim, neste momento, ao invés de simplesmente garantir o mínimo necessário, temos que lutar para oferecer o máximo possível. Vamos precisar, governo e sociedade de paciência, coragem, persistência, equilíbrio e humildade para vencer os obstáculos. E venceremos O povo brasileiro quer democratizar, cada vez mais a renda, o conhecimento e o poder. O povo brasileiro quer educação, saúde, e segurança de mais qualidade. O povo brasileiro quer ainda mais transparência e mais combate a todos os tipos de crimes, especialmente a corrupção - e quer que o braço da justiça alcance a todos de forma igualitária. Eu não tenho medo de encarar estes desafios, até porque sei que não vou enfrentar esta luta sozinha. Sei que conto com o apoio dos senhores e das senhoras parlamentares, legítimos representantes do povo neste Congresso Nacional. Sei que conto com o apoio do meu querido vice-presidente, Michel Temer, parceiro de todas as horas. Sei que conto com o esforço dos homens e mulheres do Judiciário. Sei que conto com o forte apoio da minha base aliada, de cada liderança partidária de nossa base e com os ministros e ministras que estarão, a partir de hoje, trabalhando ao meu lado pelo Brasil. Sei que conto com o apoio de cada militante do meu partido, o PT, e da militância de cada partido da base aliada, representados aqui pelo mais destacado militante e maior líder popular da nossa história, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sei que conto com o apoio dos movimentos sociais e dos sindicatos; e sei o quanto estou disposta a mobilizar todo povo brasileiro neste esforço para uma nova arrancada do nosso querido Brasil. Assim como provamos que é possível crescer e distribuir renda, vamos provar que se pode fazer ajustes na economia sem revogar direitos conquistados ou trair nossos compromissos sociais. Vamos provar que depois de fazermos políticas sociais que surpreenderam o mundo, é possível corrigir eventuais distorções e torná-las ainda melhores. É inadiável, também, implantarmos práticas políticas mais modernas e éticas e por isso mesmo mais saudáveis. É isso que torna urgente e necessária a reforma política. Uma reforma profunda que é responsabilidade constitucional desta Casa, mas que deve mobilizar toda a sociedade na busca de novos métodos e novos caminhos para nossa vida democrática. Reforma política que estimule o povo brasileiro a retomar seu gosto e sua admiração pela política. Queridas brasileiras e queridos brasileiros, Neste momento solene de posse é importante que eu detalhe algumas ações e atitudes concretas que vão nortear nosso segundo mandato. As mudanças que o país espera para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia. Isso, para mim, não é novidade. Sempre orientei minhas ações pela convicção sobre o valor da estabilidade econômica, a centralidade do controle da inflação, o imperativo da disciplina fiscal e a necessidade de conquistar e merecer a confiança dos trabalhadores e dos empresários. Mesmo em meio a um ambiente internacional de extrema instabilidade e incerteza econômica, o respeito a esses fundamentos econômicos nos permitiu colher resultados positivos. Em todos os anos do meu primeiro mandato, a inflação permaneceu abaixo do teto da meta e assim vai continuar. Na economia, temos com o quê nos preocupar, mas também temos o que comemorar. O Brasil é hoje a 7ª economia do mundo, o 2º maior produtor e exportador agrícola, o 3º maior exportador de minérios, o 5º país que mais atrai investimentos estrangeiros, o 7º em acúmulo de reservas cambiais e o 3º maior usuário de internet. Além disso, a dívida líquida do setor público é hoje menor do que no início do meu mandato. As reservas internacionais estão em patamar histórico, na casa dos 370 bilhões de dólares. Os investimentos estrangeiros diretos atingiram, nos últimos quatro anos, volumes recordes. Mais importante: a taxa de desemprego está nos menores patamares já vivenciados na história de nosso país. Geramos 5 milhões e 800 mil empregos formais em um período em que o mundo submergia em desemprego. Porém queremos avançar ainda mais e precisamos fazer mais e melhor! Por isso, no novo mandato vamos criar, por meio de ação firme e sóbria na economia, um ambiente ainda mais favorável aos negócios, à atividade produtiva, ao investimento, à inovação, à competitividade e ao crescimento sustentável. Combateremos sem tréguas a burocracia. Tudo isso voltado para o que é mais importante e mais prioritário: a manutenção do emprego e a valorização do salário, muito especialmente, a política de valorização do salário mínimo que continuaremos assegurando. Mais que ninguém sei que o Brasil precisa voltar a crescer. Os primeiros passos desta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, um aumento na poupança interna, a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia. Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população, em especial para os mais necessitados. Reafirmo meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários. Temos consciência que a ampliação e a sustentabilidade das políticas sociais exige equidade e correção permanente de distorções e eventuais excessos. Vamos mais uma vez derrotar a falsa tese que afirma existir um conflito entre a estabilidade econômica e o investimento social e em infraestrutura. Ao falar dos desafios da nossa economia, faço questão de deixar uma palavra aos milhões de micro e pequenos empreendedores do Brasil. Em meu primeiro mandato, aprimoramos e universalizamos o Simples e ampliamos a oferta de crédito para os pequenos empreendedores. Quero, neste novo mandato, avançar ainda mais. Pretendo encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei criando um mecanismo de transição entre as categorias do Simples e os demais regimes tributários. Vamos acabar com o abismo tributário que faz os pequenos negócios terem medo de crescer. Porque se o pequeno negócio não cresce, o país também não cresce. Nos dedicaremos, ainda, a ampliar a competitividade do nosso país e das nossas empresas. Daremos prioridade ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação, estimulando e fortalecendo as parcerias entre o setor produtivo e nossos centros de pesquisa e universidades. Um Brasil mais competitivo está nascendo também, a partir dos maciços investimentos em infraestrutura, energia e logística. Desde 2007, foram duas edições do Programa de Aceleração do Crescimento –o PAC-1 e o PAC-2– que totalizaram cerca de 1 trilhão e 600 bilhões de reais em investimentos em milhares de kms de rodovias, de ferrovias; em obras nos portos, terminais hidroviários e em aeroportos. Na expansão da geração e da rede de transmissão de energia. Em obras de saneamento e ligações de energia do Luz para Todos. Com o Programa de Investimentos em Logística, demos um passo adiante, construindo parcerias com o setor privado, implementando um novo modelo de concessões que acelerou a expansão e permitiu um salto de qualidade de nossa logística. Asseguramos a concessão de aeroportos e de milhares de km de rodovias e a autorização para dezenas de novos terminais portuários de uso privado. Agora, vamos lançar o PAC 3 e o Programa de Investimento em Logística 2. Assim, a partir de 2015 iniciaremos a implantação de uma nova carteira de investimento em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimento públicos e parcerias privadas. Vamos o aprimorar os modelos de regulação, o mercado privado de crédito de longo prazo, as garantias para financiamento de projetos de grande vulto. Reafirmo ainda meu compromisso de apoiar Estados e municípios na tão desejada expansão da infraestrutura de transporte coletivo em nossas cidades. Está em andamento uma carteira de 143 bilhões de reais em obras de mobilidade urbana por todo o Brasil. Assinalo que, neste novo mandato, daremos especial atenção à infraestrutura que vai nos conduzir ao Brasil do futuro: a rede de internet em banda larga. Em 2014, em um esforço conjunto com este Congresso Nacional, demos ao Brasil uma das legislações mais modernas do mundo na área da internet, o Marco Civil da Internet. Reitero aqui meu compromisso de, nos próximos quatro anos, promover a universalização do acesso a um serviço de internet em banda larga barato, rápido e seguro. Quero reafirmar o compromisso de continuar reduzindo os desequilíbrios regionais, impulsionando políticas transversais e projetos estruturantes, especialmente no Nordeste e na região Amazônica. Foi decisivo mitigar o impacto desta prolongada seca no semi-árido nordestino, mas mais importante será a conclusão da nova e transformadora infraestrutura de recursos hídricos perenizando 1.000 km de rios, combinada com o importante investimento social em mais de um milhão de cisternas. Senhoras e Senhores Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, direto e mobilizador. Reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas de governo. Nosso lema será: Brasil, pátria educadora! Trata-se de lema com duplo significado. Ao bradarmos "Brasil, pátria educadora" estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e sentimento republicano. Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero. Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis –da creche à pós-graduação; para todos os segmentos da população– dos mais marginalizados, os negros, as mulheres e todos os brasileiros. Ao longo deste novo mandato, a educação começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal. Assim, à nossa determinação política se somarão mais recursos, mais investimentos. Vamos continuar expandindo o acesso às creches e pré-escolas para todos, garantindo o cumprimento da meta de universalizar, até 2016, o acesso de todas as crianças de 4 e 5 anos à pré-escola. Daremos sequência à implantação da alfabetização na idade certa e da educação em tempo integral. Ênfase especial daremos ao ensino médio, buscando em parceria com os Estados efetivar mudanças curriculares e o aprimoramento da formação dos professores. O Pronatec oferecerá, até 2018, 12 milhões de vagas para que nossos jovens, trabalhadores e trabalhadoras tenham mais oportunidades de conquistar melhores empregos e possam contribuir ainda mais para o aumento da competitividade da economia brasileira. Darei especial atenção ao Pronatec Jovem Aprendiz, que permitirá às micro e pequenas empresas contratarem um jovem para atuar em seu estabelecimento. Vamos continuar apoiando nossas universidades e estimulando sua aproximação com os setores mais dinâmicos da nossa economia. O Ciência Sem Fronteiras vai continuar garantindo bolsas de estudo nas melhores universidades do mundo para 100 mil jovens brasileiros. Queridas brasileiras e queridos brasileiros. O Brasil vai continuar como o país lider, no mundo, em políticas sociais transformadoras. Aos beneficiários do Bolsa Família continuaremos assegurando o acesso às políticas sociais e a novas oportunidades de renda. Destaque será dado à formação profissional dos beneficiários adultos e à educação das crianças e dos jovens. Com a terceira fase do Minha Casa Minha Vida contrataremos mais 3 milhões de novas moradias, que se somam às 2 milhões de casas entregues até 2014 e às 1 milhão e 750 mil moradias em construção, que serão entregues neste segundo mandato. Na saúde, reafirmo nosso compromisso de fortalecer o SUS. Sem dúvida, a marca mais importante de meu primeiro mandato foi a implantação do Mais Médicos, levando atendimento básico de saúde a 50 milhões de brasileiros que não tinham acesso, nas áreas mais vulneráveis do nosso país. Persistiremos ampliando as vagas em graduação e em residência médica, para que cada vez mais jovens brasileiros possam se tornar médicos e assegurar atendimento ao povo brasileiro. Neste segundo mandato, vou implantar o Mais Especialidades para garantir o acesso resolutivo e em tempo oportuno aos pacientes que necessitem de consulta com especialista, exames e os respectivos procedimentos. Meus amigos e minhas amigas, Assumo com todas as brasileiras e brasileiros o compromisso de redobrar nossos esforços para mudar o quadro da segurança pública em nosso País. Instalaremos centros de comando e controle em todas as capitais, ampliando a capacidade de ação de nossas polícias e a integração dos órgãos de inteligência e das forças de segurança pública. Reforçaremos as ações e a nossa presença nas fronteiras para o combate ao tráfico de drogas e de armas com o Programa Estratégico de Fronteiras. Vou propor ao Congresso Nacional alterar a Constituição Federal, para tratar a segurança pública como atividade comum de todos os entes federados, permitindo à União estabelecer diretrizes e normas gerais válidas para todo o território nacional, para induzir políticas uniformes no país e disseminar a adoção de boas práticas na área policial. Senhoras e senhores, Investimos muito e em todo o País sem abdicar, um só momento, de nosso compromisso com a sustentabilidade ambiental do nosso desenvolvimento. Um dado explicita este compromisso: alcançamos, nos quatro anos de meu primeiro mandato, as quatro menores taxas de desmatamento da Amazônia. Nos últimos 4 anos, o Congresso Nacional aprovou um novo Código Florestal e implementamos o Cadastro Ambiental Rural - CAR. Vamos aprofundar a modernização de nossa legislação ambiental e, já a partir deste ano, nos engajaremos fortemente nas negociações climáticas internacionais para que nossos interesses sejam contemplados no processo de estabelecimento dos parâmetros globais de redução de emissões. Nossa inserção soberana na política internacional continuará sendo marcada pela defesa da democracia, pelo princípio de não-intervenção e respeito à soberania das nações, pela solução negociada dos conflitos, pela defesa dos Direitos Humanos, pelo combate à pobreza e às desigualdades, pela preservação do meio ambiente e pelo multilateralismo. Insistiremos na luta pela reforma dos principais organismos multilaterais, cuja governança hoje não reflete a atual correlação de forças global. Manteremos a prioridade à América do Sul, América Latina e Caribe, que se traduzirá no empenho em fortalecer o Mercosul, a Unasul e a Comunidade dos Países da América Latina e Caribe (CELAC), sem discriminação de ordem ideológica. Da mesma forma será dada ênfase a nossas relações com a África, com os países asiáticos e com o mundo árabe. Com os BRICS, nossos parceiros estratégicos globais –China, Índia, Rússia e África do Sul– avançaremos no comércio, na parceria científica e tecnológica, nas ações diplomáticas e na implementação do Banco de desenvolvimento e na implementação do acordo contingente de reservas. É de grande relevância aprimorarmos nosso relacionamento com os Estados Unidos, por sua importância econômica, política científica e tecnológica, sem falar no volume de nosso comércio bilateral. O mesmo é válido para nossas relações com a União Européia e com o Japão, com os quais temos laços fecundos. Em 2016, os olhos do mundo estarão mais uma vez voltados para o Brasil, com a realização das Olimpíadas. Temos certeza que mais vez, como na Copa, vamos mostrar a capacidade de organização dos brasileiros e, agora, numa das mais belas cidades do mundo o nosso Rio de Janeiro. Brasileiros e Brasileiras, Tudo que estamos dizendo, tudo que estamos propondo converge para um grande objetivo: ampliar e fortalecer a democracia, democratizando verdadeiramente o poder. Democratizar o poder significa lutar pela reforma política, ouvir com atenção a sociedade e os movimentos sociais e buscar a opinião do povo para reforçar a legitimidade das ações do Executivo. Democratizar o poder significa combater energicamente a corrupção. A corrupção rouba o poder legítimo do povo. A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada. O Brasil sabe que jamais compactuei com qualquer ilícito ou malfeito. Meu governo foi o que mais apoiou o combate à corrupção, por meio da criação de leis mais severas, pela ação incisiva e livre de amarras dos órgãos de controle interno, pela autonomia da Polícia Federal como instituição de Estado, e pela independência assegurada ao Ministério Público. Os governos e a justiça estarão cumprindo os papéis que se espera deles se punirem exemplarmente os corruptos e corruptores. A luta que vimos empreendendo contra a corrupção, e principalmente contra a impunidade de corruptos e corruptores, ganhará ainda mais força com um pacote de medidas que me comprometo a submeter à apreciação do Congresso Nacional ainda no primeiro semestre. São cinco medidas: transformar em crime e punir com rigor os agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstrem a origem dos seus ganhos; modificar a legislação eleitoral para transformar em crime a prática de caixa 2; criar uma nova espécie de ação judicial que permita o confisco dos bens adquiridos de forma ilícita ou sem comprovação; alterar a legislação para agilizar o julgamento de processos envolvendo o desvio de recursos públicos; e criar uma nova estrutura no Poder Judiciário que dê maior agilidade e eficiência às investigações e processos movidos contra aqueles que possuem foro privilegiado. Em sua essência, essas medidas têm o objetivo de garantir processos e julgamentos mais rápidos e punições mais duras, mas jamais poderão agredir o amplo direito de defesa e o contraditório. Estou propondo um grande pacto nacional contra a corrupção, que envolve todas as esferas de governo e todos os núcleos de poder, tanto no ambiente público como no ambiente privado. Senhoras e Senhores, Como fiz na minha diplomação, quero agora me referir a nossa Petrobrás, uma empresa com 86 mil empregados dedicados e honestos que teve, lamentavelmente, alguns servidores que não souberam honrá-la, sendo atingidos pelo combate à corrupção. A Petrobrás já vinha passando por um vigoroso processo de aprimoramento de gestão. A realidade atual só faz reforçar nossa determinação de implantar, na Petrobrás, a mais eficiente e rigorosa estrutura de governança e controle que uma empresa já teve no Brasil. A Petrobrás é capaz disso e muito mais. Ela se tornou a maior empresa do mundo em capacitação técnica para a prospecção em águas profundas. Daí resultou a maior descoberta de petróleo deste início de século - as jazidas do pré-sal, cuja exploração, que já é realidade, vai tornar o Brasil um dos maiores produtores do planeta. Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobrás de predadores internos e de seus inimigos externos. Por isso, vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais. Vamos, principalmente, criar mecanismos que evitem que fatos como estes possam voltar a ocorrer. O saudável empenho da justiça de investigar e punir deve também nos permitir reconhecer que a Petrobrás é a empresa mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no país. Temos, assim, que saber apurar e saber punir, sem enfraquecer a Petrobrás, nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro. Não podemos permitir que a Petrobrás seja alvo de um cerco especulativo dos interesses contrariados com a adoção do regime de partilha e da política de conteúdo local, que asseguraram ao nosso povo, o controle sobre nossas riquezas petrolíferas. A Petrobrás é maior do que quaisquer crises e, por isso tem capacidade de superá-las e delas sair mais forte. Queridos brasileiros e queridas brasileiras, O Brasil não será sempre um país em desenvolvimento. Seu destino é ser um país desenvolvido e justo, e é este destino que estamos construindo. Uma nação em que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades: de estudar, trabalhar, viver em condições dignas na cidade e no campo. Um país que respeita e preserva o meio ambiente e onde todas as pessoas possam ter os mesmos direitos: à liberdade de informação e de opinião, à cultura, ao consumo, à dignidade, à igualdade independentemente de raça, credo, gênero ou sexualidade. Dedicarei obstinadamente todos os meus esforços para levar o Brasil a iniciar um novo ciclo histórico de mudanças, de oportunidades e de prosperidade, alicerçado no fortalecimento de uma política econômica estável, sólida, intolerante com a inflação, e que nos leve a retomar uma fase de crescimento robusto e sustentável, com mais qualidade nos serviços públicos. Assumo aqui um compromisso com o Brasil que produz e com o Brasil que trabalha. Reafirmo também o meu respeito e a minha confiança no Poder Judiciário, no Congresso Nacional, nos partidos e nos representantes do povo brasileiro. Reafirmo minha fé na política que transforma para melhor a vida do povo. Peço aos senhores e as senhoras parlamentares que juntemos as mãos em favor do Brasil, porque a maioria das mudanças que o povo exige tem que nascer aqui, na grande casa do povo. Meus amigos e minhas amigas, Já estive algumas vezes perto da morte e destas situações saí uma pessoa melhor e mais forte. Sou ex-opositora de um regime de força que provocou em mim dor e me deixou cicatrizes, mas que jamais destruiu em mim o sonho de viver num país democrático e a vontade de lutar e construir este sonho. Por isso, me emociono ao dizer que sou uma sobrevivente. Se me permitem, quero dizer mais: pertenço a uma geração vencedora. Duas características que me aproximam do povo brasileiro - ele também, um sobrevivente e um vitorioso, que jamais abdica de seus sonhos. Deus colocou em meu peito um coração cheio de amor pelas pessoas e por minha pátria. Mas antes de tudo um coração valente que não tem medo da luta. Um coração, sim, que dispara no peito com a energia do amor, do sonho e da esperança. Um coração tão cheio de fé no Brasil que não tem medo de proclamar: vamos vencer todas dificuldades, porque temos a chave para isso. Esta chave pode ser resumida num verso com sabor de oração: "O impossível se faz já; só os milagres ficam para depois". Muito Obrigada. Viva o Brasil! Viva o Povo Brasileiro!
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569540-em-discurso-dilma-prioriza-educacao-e-defende-petrobras-leia-a-integra.shtml
Governador do RS promete medidas 'difíceis' e vai congelar pagamentos
O novo governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), tomou posse na tarde desta quinta-feira (1º) em meio a um anúncio de congelamento de gastos e com promessas de "medidas duras" contra a crise nas finanças do governo. Sartori vai baixar um decreto que suspenderá por 180 dias o pagamento de "restos a pagar", que são despesas assumidas na gestão anterior, do petista Tarso Genro, mas ainda não sacramentadas. Esses gastos se referem a compromissos firmados pelo Estado com fornecedores e empresas privadas. A estimativa é que o total de gastos adiados seja de centenas de milhões de reais. Segundo o novo chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, a medida será tomada por meio de decreto e é necessária para garantir o pagamento dos salários dos servidores nos primeiros meses do mandato. Como não existe certeza se há caixa suficiente para quitar todos os compromissos, disse Biolchi, foi necessário priorizar o pagamento do funcionalismo. No discurso de posse na Assembleia Legislativa, Sartori não mencionou o decreto já anunciado, mas disse que os primeiros dias serão de iniciativas emergenciais. "Serão algumas medidas duras, difíceis, mas inadiáveis e fundamentais", disse. Ele afirmou ainda que vai, sim, cortar despesas, mas "os gastos ruins, supérfluos". "Vamos conversar com o povo gaúcho sobre a crise financeira de maneira transparente e tranquila. Temos o dever de informar e a sociedade tem o direito de saber." O Rio Grande do Sul é, proporcionalmente, o Estado mais endividado do país. Tarso usou recursos de depósitos judiciais para fechar as contas ao longo do governo e enfrentou deficits nas finanças. Em sua fala, o peemedebista fez críticas indiretas ao governo do PT. Disse que gastar mais do que se arrecada é um "pensamento arcaico" e que o endividamento insustentável compromete as próximas gerações. Também afirmou que espera contar com a ajuda da presidente Dilma Rousseff para rever o pacto federativo. A jornalistas Sartori disse que as medidas não serão "contra ninguém". "A realidade nós conhecemos qual é. E defendemos todo o tempo que era preciso ter atitude. E para isso vamos buscar o apoio da sociedade." Tarso, em discurso de despedida no palácio do governo, não comentou as críticas que vêm sendo feitas pelo PMDB e se limitou a afirmar que "não é fácil" exercer o governo. PROTESTO Na saída do ato na Assembleia, Sartori foi alvo de um protesto de um grupo feminista que critica a extinção da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres. As militantes gritaram "machista" para o governador e simpatizantes do PMDB responderam com um coro de apoio ao eleito. No momento em que Tarso deixou o palácio, após a transmissão do cargo, militantes do PT fizeram uma manifestação de apoio dentro do saguão e foram vaiados por peemedebistas.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569533-governador-do-rs-promete-medidas-dificeis-e-vai-congelar-pagamentos.shtml
Rede, grupo de Marina, critica novas regras do governo para benefícios
A Rede Sustentabilidade, partido que Marina Silva tenta criar, criticou as medidas anunciadas pelo governo nesta quarta-feira (31) que visam criar regras mais rígidas futuros beneficiários de pensão por morte, auxílio-doença, abono salarial, seguro-desemprego e seguro defeso. De acordo com o grupo, as mudanças "provocam retrocessos no sistema de previdência e assistência social e na legislação trabalhista". Os maiores prejudicados seriam, de acordo com a Rede, os grupos sociais mais vulneráveis. "Essas medidas indicam, mais uma vez, que o discurso da campanha eleitoral de manter conquistas sociais não está sendo cumprido pela presidente reeleita", diz a nota emitida pelo grupo. O governo, ao anunciar a medida, afirmou que as alterações não reduzem direitos, apenas corrigem distorções. Dilma Rousseff concordou com a adoção das medidas, mas instruiu auxiliares a dar exemplos didáticos de como as regras alteradas permitiam abusos e repetir que só futuros beneficiários serão afetados. GOVERNO RESTRINGE BENEFÍCIOS SOCIAIS ABONO SALARIAL Como é: - Basta trabalhar um mês durante o ano e receber até dois salários mínimos - O valor é um salário mínimo para todos Como fica: - Haverá carência de seis meses de trabalho ininterruptos - O pagamento passa a ser proporcional ao tempo trabalhado SEGURO DESEMPREGO Como é: - Carência de seis meses de trabalho Como fica: - Carência de 18 meses na 1ª solicitação; 12 meses na 2ª e 6 meses a partir da 3ª PENSÃO POR MORTE Como é: - Não há prazo mínimo de casamento Como fica: - Falecido deve ter 24 meses de contribuição previdenciária. - Será exigido tempo mínimo de casamento ou união estável de 24 meses. - Valor do benefício varia de acordo com o número de dependentes - Prazo de pagamento varia de acordo com a idade AUXÍLIO DOENÇA Como é: - Benefício é de 91% do salário do segurado, limitado ao teto do INSS - Empresas arcam com o custo de 15 dias de salário antes do INSS Como fica: - O teto será a média das últimas 12 contribuições - Empresas arcam com o custo de 30 dias de salário antes do INSS SEGURO-DESEMPREGO PARA PESCADOR ARTESANAL Como é: - Benefício não tem as restrições abaixo Como fica: - É necessário exercer a atividade de forma exclusiva - Não é possível mais acumular outros benefícios - É preciso ter registro de pescador há três anos ou mais - Deve comprovar que comercializa a produção de peixes DESTAQUE R$ 18 bilhões (0,3% do PIB) é a economia prevista por ano com os cortes O valor equivale a 25% da meta de superavit primário de 2015 Fonte: Presidência de República
2015-01-01
poder
null
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569523-rede-grupo-de-marina-critica-novas-regras-do-governo-para-beneficios.shtml
Após festa de Réveillon no Rio, Comlurb retira 680 toneladas de lixo
A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) do Rio de Janeiro concluiu, no final da manhã desta quinta-feira (1º), os trabalhos de limpeza das praias e ruas da capital com a retirada de 680 toneladas de lixo, decorrentes da comemoração do Réveillon. O volume é 4,36% menor se comparado às 711 toneladas de lixo recolhidas depois a virada do ano de 2013/2014. O maior volume foi retirado da praia, das ruas e avenidas de Copacabana, nas quais cerca de 2 milhões de pessoas presenciaram a tradicional queima de fogos naquela que é considerada a maior festa de Réveillon do mundo. Os cerca de 1.200 mil garis que trabalharam no bairro recolheram mais de 370 toneladas, conseguindo entregar avenidas, ruas e a orla da Avenida Atlântica limpas, a moradores e turistas, antes do meio-dia. Na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, foram recolhidas 89 toneladas, enquanto outras 13 toneladas foram retiradas do piscinão de Ramos. O trabalho contou com o auxílio de 2,4 mil contêineres e 371 veículos, entre caminhões-pipa, varredeiras, tratores e sopradores, uma novidade para facilitar o recolhimento do lixo.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569536-apos-festa-de-reveillon-no-rio-comlurb-retira-680-toneladas-de-lixo.shtml
Monteiro diz que desafio do governo é o crescimento, com reequilíbrio macro
O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Armando Monteiro, disse nesta quinta-feira (1º) que o grande desafio nos próximos anos será a retomada do crescimento econômico, com o reequilíbrio macroeconômico. "Acho que é justamente buscar esse reequilíbrio macroeconômico, garantir a retomada da economia e criar condições para que se possa promover um avanço na agenda de reformas do país", disse o novo ministro antes da cerimônia de posse da presidente Dilma no Congresso Nacional. "E situo a reforma política também como um ponto importante", acrescentou, ao ser questionado sobre os desafios do novo governo federal. Armando Monteiro, que já foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), setor que tem mais sofrido nos últimos anos de baixo crescimento econômico, disse que buscará implementar uma agenda de reformas microeconômicas e impulsionar os acordos comerciais para impulsionar as exportações. "Acho que o grande vetor do crescimento do país serão as exportações", disse Monteiro.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569539-monteiro-diz-que-desafio-do-governo-e-o-crescimento-com-reequilibrio-macro.shtml
Dilma pede que Congresso ajude a aprovar projetos de interesse social
Tendo em vista que enfrentará dificuldades com a sua base aliada no Congresso em seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) fez um apelo aos congressistas para que a ajudem a aprovar projetos de interesse da sociedade. "Peço aos senhores e as senhoras parlamentares que juntemos as mãos em favor do Brasil, porque a maioria das mudanças que o povo exige tem que nascer aqui, na grande Casa do povo", disse. O pedido público foi feito durante o discurso de posse feito na Câmara dos Deputados durante a solenidade de posse. A presidente foi empossada oficialmente pelo presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). NOVO SLOGAN Durante o seu discurso de posse na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma anunciou o slogan "Brasil: Pátria Educadora" como o novo lema de seu segundo mandato. Dizendo que ele é "simples, direto e mobilizador", a presidente afirmou que o setor será a "prioridade das prioridades" e deverá convergir esforços de todas as áreas do governo. "A educação será a prioridade das prioridades. Só a educação liberta o povo. [...] Só a educação liberta um povo e abre as portas de um futuro próximo.", disse. Dilma afirmou que a educação começará a receber mais verbas, com recursos oriundos dos royalties do petróleo e recursos do pré-sal. Um dos programas mais citados pela presidente, o Pronatec foi relembrado mais uma vez por Dilma que prometeu oferecer 12 milhões de vagas para jovens que buscam o primeiro emprego e disse que dará "especial atenção" ao Pronatec Jovem Aprendiz, que permitirá às micro e pequenas empresas contratarem um jovem para atuar em seu estabelecimento. * Confira a íntegra do discurso de posse de Dilma Veja vídeo
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569524-dilma-pede-que-congresso-ajude-a-aprovar-projetos-de-interesse-social.shtml
Análise: Dilma tenta responder à crise
O discurso inaugural do mandato de Dilma Rousseff trouxe uma presidente em passo de guerra, com uma temática assertiva que condensa a defesa dos principais flancos expostos de seu governo. Em resumo, ela tentou dar uma reposta à agenda de crise que a acompanha desde a eleição: a contínua agonia da Petrobras, a deterioração da economia e o tensionamento de sua base política. A emoção ficou de lado em comparação ao discurso ao Congresso de quatro anos atrás, quando Dilma chorou três vezes e fez citações sobre a família e a feminilidade. Agora, com a exceção de uma leve parada ao lembrar que foi presa política, a dureza deu o tom, e não houve lágrimas visíveis. Com a enumeração autocongratulatória do que considera feitos de seu mandato e com praticamente nenhuma referência a governos anteriores, Dilma seguiu a orientação lulista de tentar mobilizar sua tropa ao convocar os "militantes do PT e da base aliada" para a defesa das "mudanças". O longo capítulo dedicado à Petrobras e as já anunciadas propostas contra a corrupção mostraram uma presidente incomodada com os riscos que a crise na maior empresa brasileira insinua. Ao fazer a defesa enfática do regime atual de exploração do pré-sal, que dá amplos poderes à estatal, e ao falar em "inimigos externos", Dilma tenta desviar o foco da crise da atual direção da empresa, uma tática diversionista que não costuma sobreviver à realidade de investigações como a da Operação Lava Jato. O outro tema central, a economia, foi brindado com a promessa de um "ajuste sem sacrifício", o que parece de difícil execução. Na mesma semana em que promoveu um pacote que prevê economia de R$ 18 bilhões anuais em benefícios previdenciários e trabalhistas, Dilma reafirmou que não irá mexer nesses direitos –só faltou a referência à famosa tossida da vaca. Quatro anos atrás, Dilma prometera acabar com a pobreza extrema. Usando os dados distorcidos à disposição, nesta quinta ela anunciou ter alcançado o objetivo –algo que escapa à percepção de quem anda pela avenida W3, a poucos quilômetros do Palácio do Planalto. Houve muita generalidade comum neste tipo de pronunciamento. Chamou a atenção a semelhança e o generalismo quando Dilma falou de política externa: até a ordem de prioridades seguiu o roteiro de 2011, com os protocolares acenos aos ricos após enumerar a importância dos pobres. Com a mudança da chefia do Itamaraty, fica no ar a dúvida sobre o rumo que será tomado. O resto são as ironias usuais da oratória política, como a criação de um mote de governo envolvendo educação no momento em que o ministério da área foi loteado para um aliado político sem qualquer afinidade com a área. PARLATÓRIO Em seu discurso no Parlatório do Palácio do Planalto, Dilma repetiu as linhas gerais de sua fala ao Congresso e em uma versão substancialmente reduzida. Insistiu na defesa de que não haverá perdas trabalhistas durante o ajuste da economia, mostrando que está preocupada com a repercussão popular de seu pacote de endurecimento de regras para o acesso a benefícios. Petrobras nem entrou no cardápio. Na questão de estilo, falou mais informalmente e usou várias vezes a frase "de pé e com fé", teoricamente mais apropriada ao ambiente. - Leia a íntegra do dircurso: Discurso de Posse Brasília, 1° de janeiro de 2015. Senhoras e Senhores, Volto a esta casa com a alma cheia de alegria, de responsabilidade e de esperança. Sinto alegria por ter vencido desafios e honrado o nome da mulher brasileira. O nome de milhões de guerreiras anônimas que, voltam a ocupar, encarnadas na minha figura, o mais alto posto de nossa grande nação. Encarno outra alma coletiva que amplia ainda mais a minha responsabilidade e a minha esperança. O projeto de nação que é detentor do mais profundo e duradouro apoio popular da nossa história democrática. Este projeto de nação triunfou e permanece, devido aos grandes resultados que conseguiu até agora, e porque o povo entendeu que este é um projeto coletivo de longo prazo. Este projeto pertence ao povo brasileiro e, mais que nunca, é para o povo e com o povo que vamos governar. A partir do extraordinário trabalho iniciado pelo governo do presidente Lula e continuado por nós, temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome. Resgatamos 36 milhões da extrema pobreza, 22 milhões apenas em meu primeiro governo. Nunca tantos brasileiros ascenderam às classes médias. Nunca tantos brasileiros conquistaram tantos empregos com carteira assinada. Nunca o salário mínimo e os demais salários se valorizaram por tanto tempo e com tanto vigor. Nunca tantos brasileiros se tornaram donos de suas próprias casas. Nunca tantos brasileiros tiveram acesso ao ensino técnico e à universidade. Nunca o Brasil viveu um período tão longo sem crises institucionais. Nunca as instituições foram tão fortalecidas e respeitadas, e nunca se apurou e puniu com tanta transparência a corrupção. Em nossos governos, cumprimos o compromisso fundamental de oferecer, a uma população enorme de excluídos, os direitos básicos que devem ser assegurados a qualquer cidadão. O direito de trabalhar, de alimentar a família, de educar e acreditar em um futuro melhor para seus filhos. Isso que era tanto para uma população que tinha tão pouco, tornou-se pouco para uma população que conheceu, enfim, governos que a respeitam e que realmente se esforçam para protegê-la. A população quis que ficássemos porque viu o resultado do nosso trabalho, compreendeu as limitações que o tempo nos impôs e concluiu que poderemos fazer muito mais. O recado que o povo nos mandou não foi só de reconhecimento e confiança, foi também um recado de quem quer mais e melhor. Por isso, a palavra mais repetida na campanha foi mudança, e o tema mais invocado foi reforma. Por isso, eu repito hoje, nesta solenidade de posse: fui reconduzida à Presidência para continuar as grandes mudanças do país e não trairei este chamado. O povo brasileiro quer mudanças, quer avançar, quer mais. É isso que também quero! É isso que vou fazer, com destemor mas com humildade, contando com o apoio desta Casa e com a força do povo. Este ato de posse é, antes de tudo, uma cerimônia de reafirmação e ampliação de compromissos. É a inauguração de uma nova etapa neste processo histórico de mudanças sociais do Brasil. Faço questão, também, de renovar, nesta Casa, meu compromisso de defesa permanente e obstinada da Constituição, das leis, das liberdades individuais, dos direitos democráticos, da mais ampla liberdade de expressão e dos direitos humanos. Queridos brasileiros e queridas brasileiras, Em meu primeiro mandato, o Brasil alcançou um feito histórico: superamos a extrema pobreza. Mas como eu disse - e sei que é expectativa de todos os brasileiros - o fim da miséria é só um começo. Agora, é a hora de prosseguir com o nosso projeto, de perseguir novos objetivos. É hora de melhorar o que está bom, corrigir o que é preciso e fazer o que o povo espera de nós. Sim, neste momento, ao invés de simplesmente garantir o mínimo necessário, temos que lutar para oferecer o máximo possível. Vamos precisar, governo e sociedade de paciência, coragem, persistência, equilíbrio e humildade para vencer os obstáculos. E venceremos O povo brasileiro quer democratizar, cada vez mais a renda, o conhecimento e o poder. O povo brasileiro quer educação, saúde, e segurança de mais qualidade. O povo brasileiro quer ainda mais transparência e mais combate a todos os tipos de crimes, especialmente a corrupção - e quer que o braço da justiça alcance a todos de forma igualitária. Eu não tenho medo de encarar estes desafios, até porque sei que não vou enfrentar esta luta sozinha. Sei que conto com o apoio dos senhores e das senhoras parlamentares, legítimos representantes do povo neste Congresso Nacional. Sei que conto com o apoio do meu querido vice-presidente, Michel Temer, parceiro de todas as horas. Sei que conto com o esforço dos homens e mulheres do Judiciário. Sei que conto com o forte apoio da minha base aliada, de cada liderança partidária de nossa base e com os ministros e ministras que estarão, a partir de hoje, trabalhando ao meu lado pelo Brasil. Sei que conto com o apoio de cada militante do meu partido, o PT, e da militância de cada partido da base aliada, representados aqui pelo mais destacado militante e maior líder popular da nossa história, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sei que conto com o apoio dos movimentos sociais e dos sindicatos; e sei o quanto estou disposta a mobilizar todo povo brasileiro neste esforço para uma nova arrancada do nosso querido Brasil. Assim como provamos que é possível crescer e distribuir renda, vamos provar que se pode fazer ajustes na economia sem revogar direitos conquistados ou trair nossos compromissos sociais. Vamos provar que depois de fazermos políticas sociais que surpreenderam o mundo, é possível corrigir eventuais distorções e torná-las ainda melhores. É inadiável, também, implantarmos práticas políticas mais modernas e éticas e por isso mesmo mais saudáveis. É isso que torna urgente e necessária a reforma política. Uma reforma profunda que é responsabilidade constitucional desta Casa, mas que deve mobilizar toda a sociedade na busca de novos métodos e novos caminhos para nossa vida democrática. Reforma política que estimule o povo brasileiro a retomar seu gosto e sua admiração pela política. Queridas brasileiras e queridos brasileiros, Neste momento solene de posse é importante que eu detalhe algumas ações e atitudes concretas que vão nortear nosso segundo mandato. As mudanças que o país espera para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia. Isso, para mim, não é novidade. Sempre orientei minhas ações pela convicção sobre o valor da estabilidade econômica, a centralidade do controle da inflação, o imperativo da disciplina fiscal e a necessidade de conquistar e merecer a confiança dos trabalhadores e dos empresários. Mesmo em meio a um ambiente internacional de extrema instabilidade e incerteza econômica, o respeito a esses fundamentos econômicos nos permitiu colher resultados positivos. Em todos os anos do meu primeiro mandato, a inflação permaneceu abaixo do teto da meta e assim vai continuar. Na economia, temos com o quê nos preocupar, mas também temos o que comemorar. O Brasil é hoje a 7ª economia do mundo, o 2º maior produtor e exportador agrícola, o 3º maior exportador de minérios, o 5º país que mais atrai investimentos estrangeiros, o 7º em acúmulo de reservas cambiais e o 3º maior usuário de internet. Além disso, a dívida líquida do setor público é hoje menor do que no início do meu mandato. As reservas internacionais estão em patamar histórico, na casa dos 370 bilhões de dólares. Os investimentos estrangeiros diretos atingiram, nos últimos quatro anos, volumes recordes. Mais importante: a taxa de desemprego está nos menores patamares já vivenciados na história de nosso país. Geramos 5 milhões e 800 mil empregos formais em um período em que o mundo submergia em desemprego. Porém queremos avançar ainda mais e precisamos fazer mais e melhor! Por isso, no novo mandato vamos criar, por meio de ação firme e sóbria na economia, um ambiente ainda mais favorável aos negócios, à atividade produtiva, ao investimento, à inovação, à competitividade e ao crescimento sustentável. Combateremos sem tréguas a burocracia. Tudo isso voltado para o que é mais importante e mais prioritário: a manutenção do emprego e a valorização do salário, muito especialmente, a política de valorização do salário mínimo que continuaremos assegurando. Mais que ninguém sei que o Brasil precisa voltar a crescer. Os primeiros passos desta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, um aumento na poupança interna, a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia. Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população, em especial para os mais necessitados. Reafirmo meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários. Temos consciência que a ampliação e a sustentabilidade das políticas sociais exige equidade e correção permanente de distorções e eventuais excessos. Vamos mais uma vez derrotar a falsa tese que afirma existir um conflito entre a estabilidade econômica e o investimento social e em infraestrutura. Ao falar dos desafios da nossa economia, faço questão de deixar uma palavra aos milhões de micro e pequenos empreendedores do Brasil. Em meu primeiro mandato, aprimoramos e universalizamos o Simples e ampliamos a oferta de crédito para os pequenos empreendedores. Quero, neste novo mandato, avançar ainda mais. Pretendo encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei criando um mecanismo de transição entre as categorias do Simples e os demais regimes tributários. Vamos acabar com o abismo tributário que faz os pequenos negócios terem medo de crescer. Porque se o pequeno negócio não cresce, o país também não cresce. Nos dedicaremos, ainda, a ampliar a competitividade do nosso país e das nossas empresas. Daremos prioridade ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação, estimulando e fortalecendo as parcerias entre o setor produtivo e nossos centros de pesquisa e universidades. Um Brasil mais competitivo está nascendo também, a partir dos maciços investimentos em infraestrutura, energia e logística. Desde 2007, foram duas edições do Programa de Aceleração do Crescimento –o PAC-1 e o PAC-2– que totalizaram cerca de 1 trilhão e 600 bilhões de reais em investimentos em milhares de kms de rodovias, de ferrovias; em obras nos portos, terminais hidroviários e em aeroportos. Na expansão da geração e da rede de transmissão de energia. Em obras de saneamento e ligações de energia do Luz para Todos. Com o Programa de Investimentos em Logística, demos um passo adiante, construindo parcerias com o setor privado, implementando um novo modelo de concessões que acelerou a expansão e permitiu um salto de qualidade de nossa logística. Asseguramos a concessão de aeroportos e de milhares de km de rodovias e a autorização para dezenas de novos terminais portuários de uso privado. Agora, vamos lançar o PAC 3 e o Programa de Investimento em Logística 2. Assim, a partir de 2015 iniciaremos a implantação de uma nova carteira de investimento em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimento públicos e parcerias privadas. Vamos o aprimorar os modelos de regulação, o mercado privado de crédito de longo prazo, as garantias para financiamento de projetos de grande vulto. Reafirmo ainda meu compromisso de apoiar Estados e municípios na tão desejada expansão da infraestrutura de transporte coletivo em nossas cidades. Está em andamento uma carteira de 143 bilhões de reais em obras de mobilidade urbana por todo o Brasil. Assinalo que, neste novo mandato, daremos especial atenção à infraestrutura que vai nos conduzir ao Brasil do futuro: a rede de internet em banda larga. Em 2014, em um esforço conjunto com este Congresso Nacional, demos ao Brasil uma das legislações mais modernas do mundo na área da internet, o Marco Civil da Internet. Reitero aqui meu compromisso de, nos próximos quatro anos, promover a universalização do acesso a um serviço de internet em banda larga barato, rápido e seguro. Quero reafirmar o compromisso de continuar reduzindo os desequilíbrios regionais, impulsionando políticas transversais e projetos estruturantes, especialmente no Nordeste e na região Amazônica. Foi decisivo mitigar o impacto desta prolongada seca no semi-árido nordestino, mas mais importante será a conclusão da nova e transformadora infraestrutura de recursos hídricos perenizando 1.000 km de rios, combinada com o importante investimento social em mais de um milhão de cisternas. Senhoras e Senhores Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, direto e mobilizador. Reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas de governo. Nosso lema será: Brasil, pátria educadora! Trata-se de lema com duplo significado. Ao bradarmos "Brasil, pátria educadora" estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e sentimento republicano. Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero. Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis –da creche à pós-graduação; para todos os segmentos da população– dos mais marginalizados, os negros, as mulheres e todos os brasileiros. Ao longo deste novo mandato, a educação começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal. Assim, à nossa determinação política se somarão mais recursos, mais investimentos. Vamos continuar expandindo o acesso às creches e pré-escolas para todos, garantindo o cumprimento da meta de universalizar, até 2016, o acesso de todas as crianças de 4 e 5 anos à pré-escola. Daremos sequência à implantação da alfabetização na idade certa e da educação em tempo integral. Ênfase especial daremos ao ensino médio, buscando em parceria com os Estados efetivar mudanças curriculares e o aprimoramento da formação dos professores. O Pronatec oferecerá, até 2018, 12 milhões de vagas para que nossos jovens, trabalhadores e trabalhadoras tenham mais oportunidades de conquistar melhores empregos e possam contribuir ainda mais para o aumento da competitividade da economia brasileira. Darei especial atenção ao Pronatec Jovem Aprendiz, que permitirá às micro e pequenas empresas contratarem um jovem para atuar em seu estabelecimento. Vamos continuar apoiando nossas universidades e estimulando sua aproximação com os setores mais dinâmicos da nossa economia. O Ciência Sem Fronteiras vai continuar garantindo bolsas de estudo nas melhores universidades do mundo para 100 mil jovens brasileiros. Queridas brasileiras e queridos brasileiros. O Brasil vai continuar como o país lider, no mundo, em políticas sociais transformadoras. Aos beneficiários do Bolsa Família continuaremos assegurando o acesso às políticas sociais e a novas oportunidades de renda. Destaque será dado à formação profissional dos beneficiários adultos e à educação das crianças e dos jovens. Com a terceira fase do Minha Casa Minha Vida contrataremos mais 3 milhões de novas moradias, que se somam às 2 milhões de casas entregues até 2014 e às 1 milhão e 750 mil moradias em construção, que serão entregues neste segundo mandato. Na saúde, reafirmo nosso compromisso de fortalecer o SUS. Sem dúvida, a marca mais importante de meu primeiro mandato foi a implantação do Mais Médicos, levando atendimento básico de saúde a 50 milhões de brasileiros que não tinham acesso, nas áreas mais vulneráveis do nosso país. Persistiremos ampliando as vagas em graduação e em residência médica, para que cada vez mais jovens brasileiros possam se tornar médicos e assegurar atendimento ao povo brasileiro. Neste segundo mandato, vou implantar o Mais Especialidades para garantir o acesso resolutivo e em tempo oportuno aos pacientes que necessitem de consulta com especialista, exames e os respectivos procedimentos. Meus amigos e minhas amigas, Assumo com todas as brasileiras e brasileiros o compromisso de redobrar nossos esforços para mudar o quadro da segurança pública em nosso País. Instalaremos centros de comando e controle em todas as capitais, ampliando a capacidade de ação de nossas polícias e a integração dos órgãos de inteligência e das forças de segurança pública. Reforçaremos as ações e a nossa presença nas fronteiras para o combate ao tráfico de drogas e de armas com o Programa Estratégico de Fronteiras. Vou propor ao Congresso Nacional alterar a Constituição Federal, para tratar a segurança pública como atividade comum de todos os entes federados, permitindo à União estabelecer diretrizes e normas gerais válidas para todo o território nacional, para induzir políticas uniformes no país e disseminar a adoção de boas práticas na área policial. Senhoras e senhores, Investimos muito e em todo o País sem abdicar, um só momento, de nosso compromisso com a sustentabilidade ambiental do nosso desenvolvimento. Um dado explicita este compromisso: alcançamos, nos quatro anos de meu primeiro mandato, as quatro menores taxas de desmatamento da Amazônia. Nos últimos 4 anos, o Congresso Nacional aprovou um novo Código Florestal e implementamos o Cadastro Ambiental Rural - CAR. Vamos aprofundar a modernização de nossa legislação ambiental e, já a partir deste ano, nos engajaremos fortemente nas negociações climáticas internacionais para que nossos interesses sejam contemplados no processo de estabelecimento dos parâmetros globais de redução de emissões. Nossa inserção soberana na política internacional continuará sendo marcada pela defesa da democracia, pelo princípio de não-intervenção e respeito à soberania das nações, pela solução negociada dos conflitos, pela defesa dos Direitos Humanos, pelo combate à pobreza e às desigualdades, pela preservação do meio ambiente e pelo multilateralismo. Insistiremos na luta pela reforma dos principais organismos multilaterais, cuja governança hoje não reflete a atual correlação de forças global. Manteremos a prioridade à América do Sul, América Latina e Caribe, que se traduzirá no empenho em fortalecer o Mercosul, a Unasul e a Comunidade dos Países da América Latina e Caribe (CELAC), sem discriminação de ordem ideológica. Da mesma forma será dada ênfase a nossas relações com a África, com os países asiáticos e com o mundo árabe. Com os BRICS, nossos parceiros estratégicos globais –China, Índia, Rússia e África do Sul– avançaremos no comércio, na parceria científica e tecnológica, nas ações diplomáticas e na implementação do Banco de desenvolvimento e na implementação do acordo contingente de reservas. É de grande relevância aprimorarmos nosso relacionamento com os Estados Unidos, por sua importância econômica, política científica e tecnológica, sem falar no volume de nosso comércio bilateral. O mesmo é válido para nossas relações com a União Européia e com o Japão, com os quais temos laços fecundos. Em 2016, os olhos do mundo estarão mais uma vez voltados para o Brasil, com a realização das Olimpíadas. Temos certeza que mais vez, como na Copa, vamos mostrar a capacidade de organização dos brasileiros e, agora, numa das mais belas cidades do mundo o nosso Rio de Janeiro. Brasileiros e Brasileiras, Tudo que estamos dizendo, tudo que estamos propondo converge para um grande objetivo: ampliar e fortalecer a democracia, democratizando verdadeiramente o poder. Democratizar o poder significa lutar pela reforma política, ouvir com atenção a sociedade e os movimentos sociais e buscar a opinião do povo para reforçar a legitimidade das ações do Executivo. Democratizar o poder significa combater energicamente a corrupção. A corrupção rouba o poder legítimo do povo. A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada. O Brasil sabe que jamais compactuei com qualquer ilícito ou malfeito. Meu governo foi o que mais apoiou o combate à corrupção, por meio da criação de leis mais severas, pela ação incisiva e livre de amarras dos órgãos de controle interno, pela autonomia da Polícia Federal como instituição de Estado, e pela independência assegurada ao Ministério Público. Os governos e a justiça estarão cumprindo os papéis que se espera deles se punirem exemplarmente os corruptos e corruptores. A luta que vimos empreendendo contra a corrupção, e principalmente contra a impunidade de corruptos e corruptores, ganhará ainda mais força com um pacote de medidas que me comprometo a submeter à apreciação do Congresso Nacional ainda no primeiro semestre. São cinco medidas: transformar em crime e punir com rigor os agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstrem a origem dos seus ganhos; modificar a legislação eleitoral para transformar em crime a prática de caixa 2; criar uma nova espécie de ação judicial que permita o confisco dos bens adquiridos de forma ilícita ou sem comprovação; alterar a legislação para agilizar o julgamento de processos envolvendo o desvio de recursos públicos; e criar uma nova estrutura no Poder Judiciário que dê maior agilidade e eficiência às investigações e processos movidos contra aqueles que possuem foro privilegiado. Em sua essência, essas medidas têm o objetivo de garantir processos e julgamentos mais rápidos e punições mais duras, mas jamais poderão agredir o amplo direito de defesa e o contraditório. Estou propondo um grande pacto nacional contra a corrupção, que envolve todas as esferas de governo e todos os núcleos de poder, tanto no ambiente público como no ambiente privado. Senhoras e Senhores, Como fiz na minha diplomação, quero agora me referir a nossa Petrobrás, uma empresa com 86 mil empregados dedicados e honestos que teve, lamentavelmente, alguns servidores que não souberam honrá-la, sendo atingidos pelo combate à corrupção. A Petrobrás já vinha passando por um vigoroso processo de aprimoramento de gestão. A realidade atual só faz reforçar nossa determinação de implantar, na Petrobrás, a mais eficiente e rigorosa estrutura de governança e controle que uma empresa já teve no Brasil. A Petrobrás é capaz disso e muito mais. Ela se tornou a maior empresa do mundo em capacitação técnica para a prospecção em águas profundas. Daí resultou a maior descoberta de petróleo deste início de século - as jazidas do pré-sal, cuja exploração, que já é realidade, vai tornar o Brasil um dos maiores produtores do planeta. Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobrás de predadores internos e de seus inimigos externos. Por isso, vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais. Vamos, principalmente, criar mecanismos que evitem que fatos como estes possam voltar a ocorrer. O saudável empenho da justiça de investigar e punir deve também nos permitir reconhecer que a Petrobrás é a empresa mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no país. Temos, assim, que saber apurar e saber punir, sem enfraquecer a Petrobrás, nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro. Não podemos permitir que a Petrobrás seja alvo de um cerco especulativo dos interesses contrariados com a adoção do regime de partilha e da política de conteúdo local, que asseguraram ao nosso povo, o controle sobre nossas riquezas petrolíferas. A Petrobrás é maior do que quaisquer crises e, por isso tem capacidade de superá-las e delas sair mais forte. Queridos brasileiros e queridas brasileiras, O Brasil não será sempre um país em desenvolvimento. Seu destino é ser um país desenvolvido e justo, e é este destino que estamos construindo. Uma nação em que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades: de estudar, trabalhar, viver em condições dignas na cidade e no campo. Um país que respeita e preserva o meio ambiente e onde todas as pessoas possam ter os mesmos direitos: à liberdade de informação e de opinião, à cultura, ao consumo, à dignidade, à igualdade independentemente de raça, credo, gênero ou sexualidade. Dedicarei obstinadamente todos os meus esforços para levar o Brasil a iniciar um novo ciclo histórico de mudanças, de oportunidades e de prosperidade, alicerçado no fortalecimento de uma política econômica estável, sólida, intolerante com a inflação, e que nos leve a retomar uma fase de crescimento robusto e sustentável, com mais qualidade nos serviços públicos. Assumo aqui um compromisso com o Brasil que produz e com o Brasil que trabalha. Reafirmo também o meu respeito e a minha confiança no Poder Judiciário, no Congresso Nacional, nos partidos e nos representantes do povo brasileiro. Reafirmo minha fé na política que transforma para melhor a vida do povo. Peço aos senhores e as senhoras parlamentares que juntemos as mãos em favor do Brasil, porque a maioria das mudanças que o povo exige tem que nascer aqui, na grande casa do povo. Meus amigos e minhas amigas, Já estive algumas vezes perto da morte e destas situações saí uma pessoa melhor e mais forte. Sou ex-opositora de um regime de força que provocou em mim dor e me deixou cicatrizes, mas que jamais destruiu em mim o sonho de viver num país democrático e a vontade de lutar e construir este sonho. Por isso, me emociono ao dizer que sou uma sobrevivente. Se me permitem, quero dizer mais: pertenço a uma geração vencedora. Duas características que me aproximam do povo brasileiro - ele também, um sobrevivente e um vitorioso, que jamais abdica de seus sonhos. Deus colocou em meu peito um coração cheio de amor pelas pessoas e por minha pátria. Mas antes de tudo um coração valente que não tem medo da luta. Um coração, sim, que dispara no peito com a energia do amor, do sonho e da esperança. Um coração tão cheio de fé no Brasil que não tem medo de proclamar: vamos vencer todas dificuldades, porque temos a chave para isso. Esta chave pode ser resumida num verso com sabor de oração: "O impossível se faz já; só os milagres ficam para depois". Muito Obrigada. Viva o Brasil! Viva o Povo Brasileiro!
2015-01-01
poder
null
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569532-dilma-tenta-responder-a-crise.shtml
PM detém 19 pessoas após arrastões na virada de ano em Guarujá (SP)
A virada de ano nas praias da Enseada e de Pitangueiras, em Guarujá (a 86 km de São Paulo), foi marcada pela violência dos arrastões. No total, 19 suspeitos, entre eles oito adolescentes, foram detidos pela Polícia Militar. Segundo o delegado Wagner Camargo, plantonista da Delegacia de Guarujá, todos os detidos foram reconhecidos pelas vítimas. Ao menos 13 delas compareceram à delegacia para registrar ocorrência. Uma das pessoas assaltadas é a turista Jociene Carvalho, 33, que teve o celular levado pelos bandidos no calçadão da Enseada, por volta de 1h desta quinta-feira (1º), quando ela retornava ao carro para voltar à capital paulista. "Eu estava atendendo uma ligação quando eles me abordaram. Disseram todos ao mesmo tempo `Perdeu, perdeu, fica quietinha. Se você chamar a polícia vamos te furar". A turista correu atrás dos ladrões e diz que conseguiu segurar um adolescente até a chegada da Polícia Militar. "Parecia que não estavam armados. Vi que podia arriscar um pouco", afirmou. Os demais bandidos desse grupo fugiram, e o celular não foi recuperado. Jociene definiu o episódio como "lamentável" e falou das boas recordações que tem de outras viradas de ano em Guarujá. Moradora de Guarulhos, a estudante de pedagogia Bárbara Macedo, 29, planejou o Réveillon com antecedência, reservou um hotel para passar a data com a namorada em Guarujá e viu o plano ser frustrado pelos bandidos dois minutos antes da meia-noite, na praia de Pitangueiras. A universitária diz que preparava o celular para tirar fotos da queima de fogos quando foi surpreendida pelos criminosos. "Nós já estávamos abrindo a champanhe", contou. "Tinha a expectativa de começar um ano legal e começa dessa forma. É uma sensação horrível. É um bem que você conquistou, que foi difícil para ter, e vem uma pessoa do nada e leva", relata. AGRESSÃO De acordo com o delegado Camargo, em um dos arrastões uma menina de colo, de apenas dois anos, foi derrubada junto com a mãe na praia da Enseada pelos bandidos. "Eles já chegaram batendo", afirma Camargo. Celular e uma câmera fotográfica roubados do marido da vítima foram levados pelos bandidos. A PM conseguiu recuperar os objetos. Um revólver calibre 38 também foi apreendido durante a ação dos policiais militares, além de celulares de outras vítimas e dinheiro.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569527-pm-detem-19-pessoas-apos-arrastoes-na-virada-de-ano-em-guaruja-sp.shtml
Rapper Kanye West lança música em parceria com Paul McCartney
O rapper americano Kanye West divulgou nesta quarta (31) o single "Only One", gravado em parceria com Paul McCartney. É o primeiro single do novo álbum de Kanye, ainda sem nome. Kanye e Paul gravaram juntos no começo de 2014 em um bangalô em Los Angeles, segundo nota divulgada pelo rapper. O teclado da canção foi gravado pelo beatle. No ano passado, a imprensa americana divulgou que os dois estavam trabalhando juntos –"Only One" é possivelmente só a primeira de outras colaborações entre a dupla. A canção está à venda no iTunes e pode ser ouvida no site do cantor. Veja vídeo
2015-01-01
ilustrada
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569530-rapper-kanye-west-lanca-musica-em-parceria-com-paul-mccartney.shtml
Djokovic enfrenta Wawrinka e Nadal a Murray nas semifinais de Abu Dhabi
Os semifinalistas do torneio de exibição de Abu Dhabi já estão definidos. O sérvio Novak Djokovic enfrenta o suíço Stanislas Wawrinka e o espanhol Rafael Nadal e o britânico Andy Murray. No primeiro dia de torneio, que dá ao campeão a quantia de US$ 250 mil, Murray venceu o espanhol Feliciano López por 2 sets 1, com parciais de 7-6 (2), 5-7 e 6-4, em quase duas horas e meia de jogo. Já no outro partida, o suíço Wawrinka venceu o também espanhol Nicolás Almagro, por 2 sets a 0, com parciais de 6-3 e 6-2, em uma hora de jogo. Nadal e Novak Djokovic, vigente campeão e número 1 do ranking da ATP, se classificaram automaticamente para as semifinais e enfrentarão seus adversários em busca de uma vaga na final. O torneio de exibição de Abu Dhabi distribui US$ 250 mil ao campeão e não conta pontos para o ranking da ATP.
2015-01-01
esporte
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http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569528-djokovic-enfrenta-wawrinka-e-nadal-a-murray-nas-semifinais-de-abu-dhabi.shtml
Governador de MT toma posse e anuncia 2.000 demissões
Empossado na manhã desta quinta-feira (1º), o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PDT), anunciou, como uma de suas primeiras medidas, que demitirá 2.000 funcionários públicos que ocupam cargos comissionados no Estado. A decisão, segundo ele, faz parte de um choque de gestão que visa o corte de gastos e a convocação dos aprovados em concursos públicos. "Antes da gestão, vem o choque. É necessário que as contas públicas sejam equilibradas", frisou o novo governador no Centro de Eventos do Pantanal. Nas eleições, Taques assumiu discurso de oposição ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB), de quem recebeu a faixa na cerimônia. Levantamento feito pela equipe de transição do governo constatou um deficit de R$ 1,7 bilhão nas contas estaduais. Além das demissões, o governador informou que serão realizadas auditorias nas secretarias, com intuito de detectar possíveis desvios de recursos públicos. "Não vamos varrer o lixo para debaixo do tapete. Quem roubou será devidamente responsabilizado", disse. O governador afirmou que cobrará das empreiteiras responsáveis a conclusão das 44 obras da Copa do Mundo que estão inacabadas, como o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que já consumiu R$ 1 bilhão dos cofres estaduais e ainda se encontra em estágio inicial de desenvolvimento. Presente na cerimônia, o cacique Raoni Metuktire, da etnia Caiapó, ressaltou que Taques foi o primeiro governador eleito de Mato Grosso a convidar um líder indígena para participar da posse. Ele pediu ao chefe do Executivo ajuda para impedir a aprovação da PEC 215, que propõe mudanças na demarcação de terras. A PEC tramita atualmente na Câmara dos Deputados. "Nossas tradições e culturas devem ser respeitadas. A PEC 215 representa um golpe contra nós, indígenas", disse Raoni, com a ajuda de um intérprete. Eleito no primeiro turno com 833.788 votos, Taques enfatizou em seu discurso que o combate à corrupção será sua prioridade. "Queremos que a nossa gestão seja a mais transparente da história de Mato Grosso. O governo precisa ser mais honesto."
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569531-governador-de-mt-toma-posse-e-anuncia-2000-demissoes.shtml
Sem renovação no Barcelona, Daniel Alves já pode assinar com outro clube
O lateral-direito do Barcelona Daniel Alves, 31, começa o ano com o futuro profissional incerto. A partir desta quinta-feira (1), ele já pode ouvir ofertas de contratação e assinar um pré-contrato com qualquer clube, incluindo o seu atual. O contrato do lateral vai até o meio do ano com o time catalão, mas de acordo com as normas da Fifa, o jogador já tem a liberdade de negociar com outro clube sem precisar pagar multa ao Barcelona. Mas com a decisão do TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) – que negou o recurso do clube contra a punição imposta pela Fifa que o impede de contratar até 2016, na última terça-feira, esse cenário pode mudar. Com a saída de Montoya e Douglas com baixo prestígio, o técnico Luis Enrique ficaria sem opção para o posição de Alves, o que pode facilitar a renovação do contrato. A imprensa inglesa já faz especulações sobre o futuro do brasileiro, apontando Arsenal, Liverpool e Manchester United como possíveis destinos do jogador. No Brasil para as comemorações de ano novo, Alves ainda não se pronunciou a respeito.
2015-01-01
esporte
null
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569519-sem-renovacao-no-barcelona-daniel-alves-ja-pode-assinar-com-outro-clube.shtml
Letônia assume presidência da UE com foco em plano de crescimento e defesa
A Letônia assumiu nesta quinta-feira (1º) a presidência rotativa da União Europeia de seis meses, comprometendo-se a lançar um plano de investimento de 315 bilhões de euros (US$ 381 bilhões) para o bloco e esperando iniciar uma revisão das defesas das fronteiras da Europa. O país, que se tornou um membro da UE em 2004 e adotou o euro um ano atrás, disse que o plano de investimento revelado pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker há um mês é o foco principal. "Lançar isso no primeiro semestre do próximo ano será a nossa principal prioridade. Eu gostaria de dizer que o lançamento desse plano será o sucesso ou o fracasso da nossa presidência ", afirmou o primeiro-ministro letão Laimdota Straujuma, recentemente. RÚSSIA A Letônia também acredita que a União Europeia deve continuar com o pulso firme em relação à Rússia e diz que é tempo para o bloco rever a sua postura de segurança, tendo a última sido elaborada em 2003, quando a Guerra Fria parecia encerrada e a tensão entre Ocidente e Oriente encerrada. O papel da Rússia na crise Ucrânia, que contou com a anexação da Crimeia, despertou temores nos países bálticos, que têm consideráveis minorias étnicas russas, de que eles poderiam ser os próximos. O ministro de Relações Exteriores, Edgars Rinkevics, disse que não queria que a presidência da Letônia fosse visto como antirrussa, mas que a estratégia atual da Europa, com base nas fronteiras estáveis e pacíficas oriental foi ultrapassada.
2015-01-01
mercado
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http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569517-letonia-assume-presidencia-da-ue-com-foco-em-plano-de-crescimento-e-defesa.shtml
Governador da Bahia prevê ano de aperto e defende nova CPMF
O governador da Bahia Rui Costa (PT) afirmou na cerimônia de posse nesta quinta-feira (1º) que 2015, ano que inicia o terceiro ciclo do PT no comando do Estado, será de aperto e de ajuste fiscal. Sucessor de Jaques Wagner (PT) –agora ex-governador e novo ministro da Defesa–, Costa disse que não crê em repasses voluntários da União, principal fonte de recursos para investimento, no primeiro semestre do ano. "Vamos executar os recursos contratados para dar a arrancada do governo. Acredito que novos investimentos com recursos da União devem acontecer, na melhor das hipóteses, só no segundo semestre", afirmou Costa. O governador da Bahia defendeu também a criação de uma nova fonte de financiamento para a saúde, mas evitou falar em volta da CPMF, o chamado imposto do cheque extinto em 2007. "Eu não defendo um nome em particular, nem um imposto em particular, mas defendo mais recursos para a saúde. Não é possível responder à necessidade do povo baiano sem recursos adicionais", afirmou. Há cerca de um mês, durante encontro dos novos governadores do Nordeste, o tema dividiu os gestores da região –parte deles foi contrária à criação de um novo tributo. INFÂNCIA HUMILDE Em sua fala na cerimônia de posse na Assembleia Legislativa, Rui Costa defendeu uma gestão focada em resultados e sem desperdícios –temas que deram o tom do discurso da oposição durante a campanha eleitoral. Na transição, Costa anunciou a extinção de três secretarias, além de autarquias e estatais, numa meta de economia de R$ 200 milhões –o equivalente a 0,5% do orçamento previsto para 2015. Em tom emocionado, lembrou sua infância humilde no bairro da Liberdade, na periferia de Salvador. E chorou ao falar do pai, que foi metalúrgico, e da mãe, que era doceira e morreu há duas décadas. Durante a cerimônia de transmissão do cargo, elogiou a gestão de Wagner, a quem chamou de "um dos melhores governadores da história da Bahia". Também referiu-se ao agora ex-governador baiano como "cabeça branca" –apelido pelo qual era chamado o ex-senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007). Wagner, que assume em Brasília o cargo de ministro da Defesa, também se emocionou e chorou ao relembrar de sua posse no cargo em 2007 –meses depois de ter sido eleito no primeiro turno de forma surpreendente.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569509-governador-da-bahia-preve-ano-de-aperto-e-defende-nova-cpmf.shtml
Dilma diz que fará ajustes sem trair compromissos e com menor sacrifício possível
Recém-empossada para o seu segundo mandato, a presidente Dilma Vana Rousseff, 67, defendeu que será possível fazer ajustes na economia brasileira sem privar a população das conquistas já adquiridas. Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, a petista afirmou ainda que irá "lutar" para oferecer o máximo possível aos brasileiros nos próximos anos. "Agora é a hora de prosseguir com nosso projeto, melhorar o que está bom e fazer o que povo espera de nós. Ao invés de simplesmente garantir o mínimo necessário como foi o caso ao longo da nossa história, temos que lutar para oferecer o máximo possível. Vamos precisar de paciência, coragem, equilíbrio e humildade para vencer os obstáculos. E venceremos. O povo quer democratizar cada vez mais a renda, o conhecimento e o poder", disse. Dilma também defendeu as mudanças já sinalizadas na economia para recuperar a credibilidade do país e para colocar as contas públicas em ordem. "Vamos provar que se pode fazer ajustes na economia sem revogar direitos conquistados ou trair compromissos sociais assumidos. Depois de fazer políticas sociais que surpreenderam o mundo, é possível corrigir eventuais distorções e torná-las ainda melhores. Práticas mais modernas, éticas, mais saudáveis." Na semana passada, Dilma autorizou medidas que restringem o acesso a benefícios sociais como seguro-desemprego e pensão por morte, embora tenha prometido durante a campanha que não mexeria em direitos trabalhistas. Em seu discurso de posse, a presidente apontou como prioridades o combate à inflação, a preservação do emprego, principalmente com a manutenção da política de salário mínimo, e a redução das desigualdades. Ela defendeu ainda ajustes nas contas públicas. Dilma assume seu segundo mandato com a economia estagnada e o discurso que adotou na campanha eleitoral em xeque, por causa das medidas que ela começou a tomar para arrumar as contas do governo, que devem fechar este ano no vermelho. A presidente escolheu um economista de perfil conservador para ser seu próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele tem defendido mudanças para reequilibrar as finanças públicas e conter a expansão dos gastos do governo federal. Apesar de, na semana passada, Dilma ter autorizado medidas que restringem o acesso a benefícios sociais como seguro-desemprego e pensão por morte, embora tenha prometido durante a campanha que não mexeria em direitos trabalhistas, nesta quinta, Dilma afirmou que tem o compromisso de manter todos os benefícios trabalhistas e previdenciários no país. Dilma focou o início do seu discurso em defender os programas sociais criados desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que foram continuados em sua gestão. "Esse projeto de nação triunfou e permanece devido aos grandes resultados que conseguiu até agora, e porque também o povo entendeu que este é um projeto coletivo e de longo prazo. Este projeto pertence ao povo brasileiro, e mais do que nunca é para o povo brasileiro com o povo brasileiro que vamos governar. A partir do extraordinário trabalho iniciado pelo governo Lula, continuado por nós, temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome", afirmou. A presidente iniciou sua fala exaltando o poder das mulheres no país. "Volto a esta Casa com a alma cheia de alegria, responsabilidade e esperança. Sinto alegria por ter honrado o nome da mulher brasileira. O nome de milhares de mulheres guerreiras, que voltam a encarnar o mais alto posto dessa nossa grande nação", disse. O discurso feito por Dilma no plenário da Câmara é a sua principal fala durante a cerimônia de posse. Ela se pronunciará novamente, do parlatório do Palácio do Planalto, em uma breve saudação às pessoas presentes na praça dos Três Poderes. Antes do seu discurso principal, Dilma e Temer prestaram o compromisso constitucional, que é um juramento público. "Prometo manter e defender a Constituição. Prometo observar as leis, promover bem geral do povo, sustentar união, integridade e independência do Brasil. Assim prometo", disse. Após os juramentos, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou Dilma e Temer Empossados nos cargos de presidente e vice-presidente da República a partir de hoje até 31 de dezembro de 2017. Calheiros comandou o rito da posse. Ele sentou-se ao centro da mesa do plenário da Câmara. Dilma sentou-se à sua direita e Temer à sua esquerda. Também compuseram a mesa o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o vice-presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) e o terceiro secretário da Mesa Diretora, Maurício Quintella Lessa (PR-AL). Dilma é a primeira mulher a governar o Brasil e foi reeleita em outubro após a eleição presidencial mais acirrada desde a democratização.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569518-dilma-diz-que-em-novo-mandato-vai-oferecer-o-maximo-possivel-ao-pais.shtml
Após ter prisão decretada, suspeitos de matar farmacêutica em Batatais fogem
Dois suspeitos de matar a farmacêutica Cristiane Cardoso de Munari, 32, de Batatais (a 352 km de São Paulo), tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, mas fugiram nesta quarta-feira (31). Cristiane foi morta com um tiro durante um assalto na tarde desta segunda-feira (29), quando estava a caminho do banco para depositar um malote com R$ 67,5 mil. De acordo com a Polícia Militar, Cristiane dirigia seu carro sozinha, quando foi abordada por dois homens desconhecidos, próximo a um semáforo. Eles estavam em uma moto e entraram pela contramão. Eles fizeram vários disparos contra a farmacêutica, segundo a Polícia Militar. Apenas um tiro acertou a vítima. Segundo a polícia, a bala atingiu a axila esquerda da vítima, o que causou sua morte. INVESTIGAÇÃO De acordo com o delegado responsável pelo caso, Sebastião Mazzaron, a farmacêutica não reagiu ao assalto. Na noite de segunda-feira, a Polícia Civil identificou cinco suspeitos de participação no crime que, segundo Mazzaron, foi planejado. "Eles estavam em uma espécie de comemoração, tomando cerveja", disse. Os cinco homens foram encaminhados à delegacia e ouvidos. No entanto, segundo o delegado, não haviam, no momento, provas suficientes para prendê-los. A polícia também usou imagens gravadas por câmeras de segurança que ficam na rua onde aconteceu o crime para identificar os suspeitos. Também foram encontrados em duas bocas de lobo, próximas à casa dos suspeitos, os óculos escuros da vítima e as chaves da farmácia de Cristiane. A prisão temporária foi decretada para apenas dois dos homens. Eles têm 22 e 30 anos, ambos com passagem pela polícia. Eles são os suspeitos de serem os autores do disparo. A polícia voltou à casa dos suspeitos nesta quarta-feira (31), com os mandados de prisão, no entanto, eles conseguiram fugir. Os dois suspeitos estão sendo procurados pela polícia.
2015-01-01
cotidiano
ribeiraopreto
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2015/01/1569504-apos-ter-prisao-decretada-suspeitos-de-matar-farmaceutica-em-batatais-fogem.shtml
Gestão Alckmin anuncia novo presidente da Sabesp
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta quinta (1) o novo presidente da Sabesp. O escolhido é o professor e ex-presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Jerson Kelman. Ele é indicação pessoal do novo secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga. Nascido no Rio de Janeiro, Kelman é professor de hidrologia da Coppe-UFRJ. Em meio à maior crise hídrica enfrentada pelo Estado, ele assume o lugar de Dilma Pena, que saiu desgastada do cargo. Em um áudio que vazou, ela afirmou que "orientação superior" impediu a Sabesp de alertar a população reiteradamente sobre a necessidade de economizar água. Dilma pediu para deixar o cargo antes, mas foi convencida por Alckmin a esperar até o fim de 2014. O grande desafio de Kelman será gerenciar a água para que o Estado seja abastecido durante o próximo de estiagem. Também foi anunciado o novo superintendente do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), Ricardo Borsari. Substituto de Alceu Segamarchi, o cargo dele é vital nas tratativas com a agência federal de águas tanto sobre a situação do sistema Cantareira quanto a respeito da transposição de águas do rio Paraíba do Sul, planejada pelo governador Alckmin.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569514-gestao-alckmin-anuncia-novo-presidente-da-sabesp.shtml
Governo vai defender Petrobras de 'inimigos externos', diz Dilma
Em seu discurso de posse, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender a Petrobras, lamentou a crise vivida pela empresa por causa de esquemas de desvios de recursos e disse que o governo irá proteger a estatal de "predadores internos e de seus inimigos externos". Acompanhada por diversas autoridades políticas do governo, dentre elas o procurador-geral da União, Rodrigo Janot, Dilma afirmou que a Petrobras é a principal empresa estratégica do país e a que mais emprega. "Temos que saber apurar e punir sem enfraquecer a Petrobras. [...] Ela tem capacidade de superar a crise e dela sair mais forte", disse. Dilma voltou a dizer que as denúncias de corrupção na estatal serão investigadas. "Vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais", disse. A presidente também repetiu que não compactua com a corrupção e defendeu que a Petrobras tenha uma rigorosa estrutura de governança e controle para não permitir que novos esquemas de desvio de recursos públicos possam ser implantados na estatal. "Jamais compactuei com qualquer ilícito ou mal feito. Meu governo foi o que mais combateu a corrupção, com leis mais severas, absoluta autonomia da Polícia Federal e independência sempre respeitada do Ministério Público", disse. Dilma voltou a pedir um grande pacto nacional contra a corrupção. "Estou propondo um grande pacto nacional contra a corrupção que envolve todas as esferas de governo e todos os núcleos de poder, tanto no ambiente público ou privado", disse. "A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada", disse. A presidente relembrou os cinco pactos propostos por ela durante a campanha eleitoral para o combate à corrupção. Duas das medidas são: transformar em crime e punir com rigor os agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstrem a origem dos seus ganhos e modificar a legislação eleitoral para transformar em crime a prática de caixa 2. Em sua fala, Dilma homenageou o legado de 12 anos com o PT à frente do governo federal e pediu ao Congresso que ajude a aprovar projetos de interesse social. A petista também tratou de ajustes econômicos que deve fazer nos próximos anos para que o país retome o crescimento econômico e tenha menor inflação, ao mesmo tempo em que tem o compromisso de manter todos os benefícios trabalhistas e previdenciários no país. Na semana passada, porém, Dilma autorizou medidas que restringem o acesso a benefícios sociais como seguro-desemprego e pensão por morte. O discurso feito por Dilma no plenário da Câmara foi sua principal fala durante a cerimônia de posse. Ela discursou novamente, do parlatório do Palácio do Planalto, em uma breve saudação às pessoas presentes na praça dos Três Poderes. Antes do discurso principal, Dilma e Temer prestaram o compromisso constitucional, que é um juramento público. "Prometo manter e defender a Constituição. Prometo observar as leis, promover bem geral do povo, sustentar união, integridade e independência do Brasil. Assim prometo", disse. Após os juramentos, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou Dilma e Temer empossados nos cargos de presidente e vice-presidente da República a partir de hoje até 31 de dezembro de 2017. * Leia, a seguir, a íntegra do discurso da presidente Dilma no Congresso Nacional. Senhoras e Senhores, Volto a esta casa com a alma cheia de alegria, de responsabilidade e de esperança. Sinto alegria por ter vencido desafios e honrado o nome da mulher brasileira. O nome de milhões de guerreiras anônimas que, voltam a ocupar, encarnadas na minha figura, o mais alto posto de nossa grande nação. Encarno outra alma coletiva que amplia ainda mais a minha responsabilidade e a minha esperança. O projeto de nação que é detentor do mais profundo e duradouro apoio popular da nossa história democrática. Este projeto de nação triunfou e permanece, devido aos grandes resultados que conseguiu até agora, e porque o povo entendeu que este é um projeto coletivo de longo prazo. Este projeto pertence ao povo brasileiro e, mais que nunca, é para o povo e com o povo que vamos governar. A partir do extraordinário trabalho iniciado pelo governo do presidente Lula e continuado por nós, temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome. Resgatamos 36 milhões da extrema pobreza, 22 milhões apenas em meu primeiro governo. Nunca tantos brasileiros ascenderam às classes médias. Nunca tantos brasileiros conquistaram tantos empregos com carteira assinada. Nunca o salário mínimo e os demais salários se valorizaram por tanto tempo e com tanto vigor. Nunca tantos brasileiros se tornaram donos de suas próprias casas. Nunca tantos brasileiros tiveram acesso ao ensino técnico e à universidade. Nunca o Brasil viveu um período tão longo sem crises institucionais. Nunca as instituições foram tão fortalecidas e respeitadas, e nunca se apurou e puniu com tanta transparência a corrupção. Em nossos governos, cumprimos o compromisso fundamental de oferecer, a uma população enorme de excluídos, os direitos básicos que devem ser assegurados a qualquer cidadão. O direito de trabalhar, de alimentar a família, de educar e acreditar em um futuro melhor para seus filhos. Isso que era tanto para uma população que tinha tão pouco, tornou-se pouco para uma população que conheceu, enfim, governos que a respeitam e que realmente se esforçam para protegê-la. A população quis que ficássemos porque viu o resultado do nosso trabalho, compreendeu as limitações que o tempo nos impôs e concluiu que poderemos fazer muito mais. O recado que o povo nos mandou não foi só de reconhecimento e confiança, foi também um recado de quem quer mais e melhor. Por isso, a palavra mais repetida na campanha foi mudança, e o tema mais invocado foi reforma. Por isso, eu repito hoje, nesta solenidade de posse: fui reconduzida à Presidência para continuar as grandes mudanças do país e não trairei este chamado. O povo brasileiro quer mudanças, quer avançar, quer mais. É isso que também quero! É isso que vou fazer, com destemor mas com humildade, contando com o apoio desta Casa e com a força do povo. Este ato de posse é, antes de tudo, uma cerimônia de reafirmação e ampliação de compromissos. É a inauguração de uma nova etapa neste processo histórico de mudanças sociais do Brasil. Faço questão, também, de renovar, nesta Casa, meu compromisso de defesa permanente e obstinada da Constituição, das leis, das liberdades individuais, dos direitos democráticos, da mais ampla liberdade de expressão e dos direitos humanos. Queridos brasileiros e queridas brasileiras, Em meu primeiro mandato, o Brasil alcançou um feito histórico: superamos a extrema pobreza. Mas como eu disse - e sei que é expectativa de todos os brasileiros - o fim da miséria é só um começo. Agora, é a hora de prosseguir com o nosso projeto, de perseguir novos objetivos. É hora de melhorar o que está bom, corrigir o que é preciso e fazer o que o povo espera de nós. Sim, neste momento, ao invés de simplesmente garantir o mínimo necessário, temos que lutar para oferecer o máximo possível. Vamos precisar, governo e sociedade de paciência, coragem, persistência, equilíbrio e humildade para vencer os obstáculos. E venceremos O povo brasileiro quer democratizar, cada vez mais a renda, o conhecimento e o poder. O povo brasileiro quer educação, saúde, e segurança de mais qualidade. O povo brasileiro quer ainda mais transparência e mais combate a todos os tipos de crimes, especialmente a corrupção - e quer que o braço da justiça alcance a todos de forma igualitária. Eu não tenho medo de encarar estes desafios, até porque sei que não vou enfrentar esta luta sozinha. Sei que conto com o apoio dos senhores e das senhoras parlamentares, legítimos representantes do povo neste Congresso Nacional. Sei que conto com o apoio do meu querido vice-presidente, Michel Temer, parceiro de todas as horas. Sei que conto com o esforço dos homens e mulheres do Judiciário. Sei que conto com o forte apoio da minha base aliada, de cada liderança partidária de nossa base e com os ministros e ministras que estarão, a partir de hoje, trabalhando ao meu lado pelo Brasil. Sei que conto com o apoio de cada militante do meu partido, o PT, e da militância de cada partido da base aliada, representados aqui pelo mais destacado militante e maior líder popular da nossa história, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sei que conto com o apoio dos movimentos sociais e dos sindicatos; e sei o quanto estou disposta a mobilizar todo povo brasileiro neste esforço para uma nova arrancada do nosso querido Brasil. Assim como provamos que é possível crescer e distribuir renda, vamos provar que se pode fazer ajustes na economia sem revogar direitos conquistados ou trair nossos compromissos sociais. Vamos provar que depois de fazermos políticas sociais que surpreenderam o mundo, é possível corrigir eventuais distorções e torná-las ainda melhores. É inadiável, também, implantarmos práticas políticas mais modernas e éticas e por isso mesmo mais saudáveis. É isso que torna urgente e necessária a reforma política. Uma reforma profunda que é responsabilidade constitucional desta Casa, mas que deve mobilizar toda a sociedade na busca de novos métodos e novos caminhos para nossa vida democrática. Reforma política que estimule o povo brasileiro a retomar seu gosto e sua admiração pela política. Queridas brasileiras e queridos brasileiros, Neste momento solene de posse é importante que eu detalhe algumas ações e atitudes concretas que vão nortear nosso segundo mandato. As mudanças que o país espera para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia. Isso, para mim, não é novidade. Sempre orientei minhas ações pela convicção sobre o valor da estabilidade econômica, a centralidade do controle da inflação, o imperativo da disciplina fiscal e a necessidade de conquistar e merecer a confiança dos trabalhadores e dos empresários. Mesmo em meio a um ambiente internacional de extrema instabilidade e incerteza econômica, o respeito a esses fundamentos econômicos nos permitiu colher resultados positivos. Em todos os anos do meu primeiro mandato, a inflação permaneceu abaixo do teto da meta e assim vai continuar. Na economia, temos com o quê nos preocupar, mas também temos o que comemorar. O Brasil é hoje a 7ª economia do mundo, o 2º maior produtor e exportador agrícola, o 3º maior exportador de minérios, o 5º país que mais atrai investimentos estrangeiros, o 7º em acúmulo de reservas cambiais e o 3º maior usuário de internet. Além disso, a dívida líquida do setor público é hoje menor do que no início do meu mandato. As reservas internacionais estão em patamar histórico, na casa dos 370 bilhões de dólares. Os investimentos estrangeiros diretos atingiram, nos últimos quatro anos, volumes recordes. Mais importante: a taxa de desemprego está nos menores patamares já vivenciados na história de nosso país. Geramos 5 milhões e 800 mil empregos formais em um período em que o mundo submergia em desemprego. Porém queremos avançar ainda mais e precisamos fazer mais e melhor! Por isso, no novo mandato vamos criar, por meio de ação firme e sóbria na economia, um ambiente ainda mais favorável aos negócios, à atividade produtiva, ao investimento, à inovação, à competitividade e ao crescimento sustentável. Combateremos sem tréguas a burocracia. Tudo isso voltado para o que é mais importante e mais prioritário: a manutenção do emprego e a valorização do salário, muito especialmente, a política de valorização do salário mínimo que continuaremos assegurando. Mais que ninguém sei que o Brasil precisa voltar a crescer. Os primeiros passos desta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, um aumento na poupança interna, a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia. Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população, em especial para os mais necessitados. Reafirmo meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários. Temos consciência que a ampliação e a sustentabilidade das políticas sociais exige equidade e correção permanente de distorções e eventuais excessos. Vamos mais uma vez derrotar a falsa tese que afirma existir um conflito entre a estabilidade econômica e o investimento social e em infraestrutura. Ao falar dos desafios da nossa economia, faço questão de deixar uma palavra aos milhões de micro e pequenos empreendedores do Brasil. Em meu primeiro mandato, aprimoramos e universalizamos o Simples e ampliamos a oferta de crédito para os pequenos empreendedores. Quero, neste novo mandato, avançar ainda mais. Pretendo encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei criando um mecanismo de transição entre as categorias do Simples e os demais regimes tributários. Vamos acabar com o abismo tributário que faz os pequenos negócios terem medo de crescer. Porque se o pequeno negócio não cresce, o país também não cresce. Nos dedicaremos, ainda, a ampliar a competitividade do nosso país e das nossas empresas. Daremos prioridade ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação, estimulando e fortalecendo as parcerias entre o setor produtivo e nossos centros de pesquisa e universidades. Um Brasil mais competitivo está nascendo também, a partir dos maciços investimentos em infraestrutura, energia e logística. Desde 2007, foram duas edições do Programa de Aceleração do Crescimento - o PAC-1 e o PAC-2 - que totalizaram cerca de 1 trilhão e 600 bilhões de reais em investimentos em milhares de kms de rodovias, de ferrovias; em obras nos portos, terminais hidroviários e em aeroportos. Na expansão da geração e da rede de transmissão de energia. Em obras de saneamento e ligações de energia do Luz para Todos. Com o Programa de Investimentos em Logística, demos um passo adiante, construindo parcerias com o setor privado, implementando um novo modelo de concessões que acelerou a expansão e permitiu um salto de qualidade de nossa logística. Asseguramos a concessão de aeroportos e de milhares de km de rodovias e a autorização para dezenas de novos terminais portuários de uso privado. Agora, vamos lançar o PAC 3 e o Programa de Investimento em Logística 2. Assim, a partir de 2015 iniciaremos a implantação de uma nova carteira de investimento em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimento públicos e parcerias privadas. Vamos o aprimorar os modelos de regulação, o mercado privado de crédito de longo prazo, as garantias para financiamento de projetos de grande vulto. Reafirmo ainda meu compromisso de apoiar Estados e municípios na tão desejada expansão da infraestrutura de transporte coletivo em nossas cidades. Está em andamento uma carteira de 143 bilhões de reais em obras de mobilidade urbana por todo o Brasil. Assinalo que, neste novo mandato, daremos especial atenção à infraestrutura que vai nos conduzir ao Brasil do futuro: a rede de internet em banda larga. Em 2014, em um esforço conjunto com este Congresso Nacional, demos ao Brasil uma das legislações mais modernas do mundo na área da internet, o Marco Civil da Internet. Reitero aqui meu compromisso de, nos próximos quatro anos, promover a universalização do acesso a um serviço de internet em banda larga barato, rápido e seguro. Quero reafirmar o compromisso de continuar reduzindo os desequilíbrios regionais, impulsionando políticas transversais e projetos estruturantes, especialmente no Nordeste e na região Amazônica. Foi decisivo mitigar o impacto desta prolongada seca no semi-árido nordestino, mas mais importante será a conclusão da nova e transformadora infraestrutura de recursos hídricos perenizando 1.000 km de rios, combinada com o importante investimento social em mais de um milhão de cisternas. Senhoras e Senhores Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, direto e mobilizador. Reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas de governo. Nosso lema será : BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA! Trata-se de lema com duplo significado. Ao bradarmos "BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA" estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e sentimento republicano. Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero. Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis - da creche à pós-graduação; para todos os segmentos da população - dos mais marginalizados, os negros, as mulheres e todos os brasileiros. Ao longo deste novo mandato, a educação começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal. Assim, à nossa determinação política se somarão mais recursos, mais investimentos. Vamos continuar expandindo o acesso às creches e pré-escolas para todos, garantindo o cumprimento da meta de universalizar, até 2016, o acesso de todas as crianças de 4 e 5 anos à pré-escola. Daremos sequência à implantação da alfabetização na idade certa e da educação em tempo integral. Ênfase especial daremos ao ensino médio, buscando em parceria com os Estados efetivar mudanças curriculares e o aprimoramento da formação dos professores. O Pronatec oferecerá, até 2018, 12 milhões de vagas para que nossos jovens, trabalhadores e trabalhadoras tenham mais oportunidades de conquistar melhores empregos e possam contribuir ainda mais para o aumento da competitividade da economia brasileira. Darei especial atenção ao Pronatec Jovem Aprendiz, que permitirá às micro e pequenas empresas contratarem um jovem para atuar em seu estabelecimento. Vamos continuar apoiando nossas universidades e estimulando sua aproximação com os setores mais dinâmicos da nossa economia. O Ciência Sem Fronteiras vai continuar garantindo bolsas de estudo nas melhores universidades do mundo para 100 mil jovens brasileiros. Queridas brasileiras e queridos brasileiros. O Brasil vai continuar como o país lider, no mundo, em políticas sociais transformadoras. Aos beneficiários do Bolsa Família continuaremos assegurando o acesso às políticas sociais e a novas oportunidades de renda. Destaque será dado à formação profissional dos beneficiários adultos e à educação das crianças e dos jovens. Com a terceira fase do Minha Casa Minha Vida contrataremos mais 3 milhões de novas moradias, que se somam às 2 milhões de casas entregues até 2014 e às 1 milhão e 750 mil moradias em construção, que serão entregues neste segundo mandato. Na saúde, reafirmo nosso compromisso de fortalecer o SUS. Sem dúvida, a marca mais importante de meu primeiro mandato foi a implantação do Mais Médicos, levando atendimento básico de saúde a 50 milhões de brasileiros que não tinham acesso, nas áreas mais vulneráveis do nosso país. Persistiremos ampliando as vagas em graduação e em residência médica, para que cada vez mais jovens brasileiros possam se tornar médicos e assegurar atendimento ao povo brasileiro. Neste segundo mandato, vou implantar o Mais Especialidades para garantir o acesso resolutivo e em tempo oportuno aos pacientes que necessitem de consulta com especialista, exames e os respectivos procedimentos. Meus amigos e minhas amigas, Assumo com todas as brasileiras e brasileiros o compromisso de redobrar nossos esforços para mudar o quadro da segurança pública em nosso País. Instalaremos centros de comando e controle em todas as capitais, ampliando a capacidade de ação de nossas polícias e a integração dos órgãos de inteligência e das forças de segurança pública. Reforçaremos as ações e a nossa presença nas fronteiras para o combate ao tráfico de drogas e de armas com o Programa Estratégico de Fronteiras. Vou propor ao Congresso Nacional alterar a Constituição Federal, para tratar a segurança pública como atividade comum de todos os entes federados, permitindo à União estabelecer diretrizes e normas gerais válidas para todo o território nacional, para induzir políticas uniformes no país e disseminar a adoção de boas práticas na área policial. Senhoras e senhores, Investimos muito e em todo o País sem abdicar, um só momento, de nosso compromisso com a sustentabilidade ambiental do nosso desenvolvimento. Um dado explicita este compromisso: alcançamos, nos quatro anos de meu primeiro mandato, as quatro menores taxas de desmatamento da Amazônia. Nos últimos 4 anos, o Congresso Nacional aprovou um novo Código Florestal e implementamos o Cadastro Ambiental Rural - CAR. Vamos aprofundar a modernização de nossa legislação ambiental e, já a partir deste ano, nos engajaremos fortemente nas negociações climáticas internacionais para que nossos interesses sejam contemplados no processo de estabelecimento dos parâmetros globais de redução de emissões. Nossa inserção soberana na política internacional continuará sendo marcada pela defesa da democracia, pelo princípio de não-intervenção e respeito à soberania das nações, pela solução negociada dos conflitos, pela defesa dos Direitos Humanos, pelo combate à pobreza e às desigualdades, pela preservação do meio ambiente e pelo multilateralismo. Insistiremos na luta pela reforma dos principais organismos multilaterais, cuja governança hoje não reflete a atual correlação de forças global. Manteremos a prioridade à América do Sul, América Latina e Caribe, que se traduzirá no empenho em fortalecer o MERCOSUL, a UNASUL e a Comunidade dos Países da América Latina e Caribe (CELAC), sem discriminação de ordem ideológica. Da mesma forma será dada ênfase a nossas relações com a África, com os países asiáticos e com o mundo árabe. Com os BRICS, nossos parceiros estratégicos globais - China, Índia, Rússia e África do Sul - avançaremos no comércio, na parceria científica e tecnológica, nas ações diplomáticas e na implementação do Banco de desenvolvimento e na implementação do acordo contingente de reservas. É de grande relevância aprimorarmos nosso relacionamento com os Estados Unidos, por sua importância econômica, política científica e tecnológica, sem falar no volume de nosso comércio bilateral. O mesmo é válido para nossas relações com a União Européia e com o Japão, com os quais temos laços fecundos. Em 2016, os olhos do mundo estarão mais uma vez voltados para o Brasil, com a realização das Olimpíadas. Temos certeza que mais vez, como na Copa, vamos mostrar a capacidade de organização dos brasileiros e, agora, numa das mais belas cidades do mundo o nosso Rio de Janeiro. Brasileiros e Brasileiras, Tudo que estamos dizendo, tudo que estamos propondo converge para um grande objetivo: ampliar e fortalecer a democracia, democratizando verdadeiramente o poder. Democratizar o poder significa lutar pela reforma política, ouvir com atenção a sociedade e os movimentos sociais e buscar a opinião do povo para reforçar a legitimidade das ações do Executivo. Democratizar o poder significa combater energicamente a corrupção. A corrupção rouba o poder legítimo do povo. A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada. O Brasil sabe que jamais compactuei com qualquer ilícito ou malfeito. Meu governo foi o que mais apoiou o combate à corrupção, por meio da criação de leis mais severas, pela ação incisiva e livre de amarras dos órgãos de controle interno, pela autonomia da Polícia Federal como instituição de Estado, e pela independência assegurada ao Ministério Público. Os governos e a justiça estarão cumprindo os papéis que se espera deles se punirem exemplarmente os corruptos e corruptores. A luta que vimos empreendendo contra a corrupção, e principalmente contra a impunidade de corruptos e corruptores, ganhará ainda mais força com um pacote de medidas que me comprometo a submeter à apreciação do Congresso Nacional ainda no primeiro semestre. São cinco medidas: transformar em crime e punir com rigor os agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstrem a origem dos seus ganhos; modificar a legislação eleitoral para transformar em crime a prática de caixa 2; criar uma nova espécie de ação judicial que permita o confisco dos bens adquiridos de forma ilícita ou sem comprovação; alterar a legislação para agilizar o julgamento de processos envolvendo o desvio de recursos públicos; e criar uma nova estrutura no Poder Judiciário que dê maior agilidade e eficiência às investigações e processos movidos contra aqueles que possuem foro privilegiado. Em sua essência, essas medidas têm o objetivo de garantir processos e julgamentos mais rápidos e punições mais duras, mas jamais poderão agredir o amplo direito de defesa e o contraditório. Estou propondo um grande pacto nacional contra a corrupção, que envolve todas as esferas de governo e todos os núcleos de poder, tanto no ambiente público como no ambiente privado. Senhoras e Senhores, Como fiz na minha diplomação, quero agora me referir a nossa Petrobrás, uma empresa com 86 mil empregados dedicados e honestos que teve, lamentavelmente, alguns servidores que não souberam honrá-la, sendo atingidos pelo combate à corrupção. A Petrobrás já vinha passando por um vigoroso processo de aprimoramento de gestão. A realidade atual só faz reforçar nossa determinação de implantar, na Petrobrás, a mais eficiente e rigorosa estrutura de governança e controle que uma empresa já teve no Brasil. A Petrobrás é capaz disso e muito mais. Ela se tornou a maior empresa do mundo em capacitação técnica para a prospecção em águas profundas. Daí resultou a maior descoberta de petróleo deste início de século - as jazidas do pré-sal, cuja exploração, que já é realidade, vai tornar o Brasil um dos maiores produtores do planeta. Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobrás de predadores internos e de seus inimigos externos. Por isso, vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais. Vamos, principalmente, criar mecanismos que evitem que fatos como estes possam voltar a ocorrer. O saudável empenho da justiça de investigar e punir deve também nos permitir reconhecer que a Petrobrás é a empresa mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no país. Temos, assim, que saber apurar e saber punir, sem enfraquecer a Petrobrás, nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro. Não podemos permitir que a Petrobrás seja alvo de um cerco especulativo dos interesses contrariados com a adoção do regime de partilha e da política de conteúdo local, que asseguraram ao nosso povo, o controle sobre nossas riquezas petrolíferas. A Petrobrás é maior do que quaisquer crises e, por isso tem capacidade de superá-las e delas sair mais forte. Queridos brasileiros e queridas brasileiras, O Brasil não será sempre um país em desenvolvimento. Seu destino é ser um país desenvolvido e justo, e é este destino que estamos construindo. Uma nação em que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades: de estudar, trabalhar, viver em condições dignas na cidade e no campo. Um país que respeita e preserva o meio ambiente e onde todas as pessoas possam ter os mesmos direitos: à liberdade de informação e de opinião, à cultura, ao consumo, à dignidade, à igualdade independentemente de raça, credo, gênero ou sexualidade. Dedicarei obstinadamente todos os meus esforços para levar o Brasil a iniciar um novo ciclo histórico de mudanças, de oportunidades e de prosperidade, alicerçado no fortalecimento de uma política econômica estável, sólida, intolerante com a inflação, e que nos leve a retomar uma fase de crescimento robusto e sustentável, com mais qualidade nos serviços públicos. Assumo aqui um compromisso com o Brasil que produz e com o Brasil que trabalha. Reafirmo também o meu respeito e a minha confiança no Poder Judiciário, no Congresso Nacional, nos partidos e nos representantes do povo brasileiro. Reafirmo minha fé na política que transforma para melhor a vida do povo. Peço aos senhores e as senhoras parlamentares que juntemos as mãos em favor do Brasil, porque a maioria das mudanças que o povo exige tem que nascer aqui, na grande casa do povo. Meus amigos e minhas amigas, Já estive algumas vezes perto da morte e destas situações saí uma pessoa melhor e mais forte. Sou ex-opositora de um regime de força que provocou em mim dor e me deixou cicatrizes, mas que jamais destruiu em mim o sonho de viver num país democrático e a vontade de lutar e construir este sonho. Por isso, me emociono ao dizer que sou uma sobrevivente. Se me permitem, quero dizer mais: pertenço a uma geração vencedora. Duas características que me aproximam do povo brasileiro - ele também, um sobrevivente e um vitorioso, que jamais abdica de seus sonhos. Deus colocou em meu peito um coração cheio de amor pelas pessoas e por minha pátria. Mas antes de tudo um coração valente que não tem medo da luta. Um coração, sim, que dispara no peito com a energia do amor, do sonho e da esperança. Um coração tão cheio de fé no Brasil que não tem medo de proclamar: vamos vencer todas dificuldades, porque temos a chave para isso. Esta chave pode ser resumida num verso com sabor de oração: "O impossível se faz já; só os milagres ficam para depois". Muito Obrigada. Viva o Brasil! Viva o Povo Brasileiro!
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569521-governo-vai-defender-petrobras-de-predadores-internos-diz-dilma.shtml
Com 29 filhos adotivos de diferentes países, casal quer aumentar família
Jeane e Paul Briggs têm 34 filhos, 29 dos quais adotados de outros países incluindo México, Gana e Ucrânia. E a família não para de crescer. Em 1985, Jeane Briggs estava dentro de uma igreja quando viu a foto de um menino de dois anos de idade. Ele morava em um orfanato no México, era cego e havia sofrido tantas agressões que vivia preso a uma cama - suas pernas estavam quebradas e ele tinha lesão cerebral. Pouco tempo depois de ver a foto, Jeane e seu marido Paul viajaram ao México para visitar o orfanato e encontrar a criança. "Quando o vi sabia que ele seria nosso filho", lembra-se Jeane. "Sabia que íamos adotá-lo". Meses depois, foi o que fizeram. Abraham tem hoje 31 anos e mora na casa da família em Virgínia Ocidental (EUA) - ele tem uma namorada e, apesar das lesões sofridas quando criança, é um músico talentoso, que toca piano e violão, além de compor as próprias canções. Desde que Abraham foi morar com Jeane e Paul, o casal adotou outras 28 crianças da Rússia, da Ucrânia, Bulgária e Gana. Eles também têm cinco filhos biológicos. Ou seja, os Briggs são, hoje, pais de 34 filhos. Mas Jeane e Paul querem mais. Os dois estão em vias de adotar outros dois bebês de Gana. "Eles têm três meses de vida e foram abandonadas na selva", diz Jeane. Jabin Kofi e John David vão se juntar à nova família nos Estados Unidos quando o processo de adoção for concluído. Cada adoção teve uma duração diferente - a mais rápida foi concluída em dois meses, enquanto que a mais longa levou aproximadamente um ano e meio. Em muitos casos, Jeane e Paul tiveram o processo agilizado por causa das necessidades médicas das crianças. Nos últimos 29 anos, à medida que crianças começavam a chegar, a casa de Briggs foi adaptada para uma família em franco crescimento. São ao todo nove quartos - dois dos quais se assemelham a dormitórios - em quase 500 metros quadrados de área construída. A casa tem hoje o dobro do tamanho original. Mas não é apenas uma casa comum, é também onde as crianças estudam - por mais de 30 anos, Jeane é, além de mãe, professora de seus filhos. Todos os dias, as crianças acordam entre 7h e 7h30, tomam café da manhã, fazem as tarefas domésticas, como arrumar a cama ou lavar a louça e ficam prontas para as aulas, que começam às 9h. O sistema parece estar dando certo, e alguns filhos de Briggs já estão na universidade. Além disso, por causa do ensino doméstico, a família não tem de coordenar o que seria um complexo esquema de mandar os filhos para a escola. A hora da refeição também requer exímia organização. Todos os dias, durante café da manhã, almoço e jantar, há cerca de 30 bocas para alimentar e a família frequentemente depende de pratos e xícaras de papel. A única máquina de lavar louças é posta a funcionar três vezes por dia. E toda essa comida custa caro. Os Briggs estimam que gastem uma média de US$ 1 mil (R$ 2,7 mil) por mês só com alimentação. O trabalho bem-remunerado de Paul e o controle rígido do orçamento por Jeane garantem que a família viva no azul. As crianças que foram adotadas não tiveram um passado tranquilo. Muitas passaram fome, foram abandonadas pelos pais biológicos ou sofreram maus tratos até encontrarem Jeane e Paul. Joseph, de 24 anos, por exemplo, nasceu no leste da Ucrânia e foi abandonado no hospital pouco tempo depois de nascer. Ele vivia em um orfanato quando foi adotado. "Eu tinha uma fissura labiopalatal e era tratado de maneira diferente pelas pessoas. Muita gente ria de mim", diz ele. "Todos os anos, as crianças do orfanato iam de férias ao Mar Morto enquanto eu era enviado para um hospital". Em 2005, quando Joseph tinha 14 anos, ele descobriu que seria adotado - um divisor de águas em sua vida. "Agora eu tenho uma família e nunca terei de me preocupar em ser abandonado novamente. Se tivesse permanecido no orfanato, estaria morto ou sem teto. A vida seria um inferno por causa das minhas necessidades especiais". Histórias como a de Joseph não são incomuns na família Briggs - algumas das crianças também foram abandonadas ou tiveram infâncias tristes. Muitas vieram de famílias disfuncionais ou necessitavam de cuidados médicos especiais. Andrew, 10, nasceu na Bulgária e é cego. Quando criança, ele sofreu uma lesão cerebral traumática. Quando Jeane e Paul o viram pela primeira vez, Andrew tinha cinco anos e pesava menos de 7,5 kg. "Ele estava aos poucos morrendo de fome, não conseguia nem levantar sua cabeça", diz Jeane. "Mas em poucos meses, ele já estava andando pela casa". Cate, que agora tem 22 anos, e Leah, de 21 anos, foram adotadas no mesmo orfanato na Ucrânia. "Estava no orfanato e eles me chamaram à sala do diretor", lembra-se Cate. "Eles disseram: 'Há uma família que quer adotá-la; você quer ser adotada?' e é claro que eu respondi: 'Sim'". Vinda de uma vida difícil no orfanato, eram as pequenas coisas que chamavam a atenção de Leah quando ela chegou à nova casa. "Ficava feliz em ter um par de meias limpas ou qualquer coisa que fosse limpa". Há também alguns irmãos que se tornaram parte da família Briggs. Tia, de 18 anos, nasceu no leste da Ucrânia e foi adotada junto de suas duas irmãs - sua mãe e sua avó morreram de tuberculose. Alguns anos antes disso, o pai delas morreu assassinado. Ela se lembra do dia em que conheceu seus novos irmãos e irmãs: "Quando cheguei em casa pela primeira vez vi várias pessoas correndo para me abraçar, pulando de alegria, etc", diz ela. "Estou tão feliz de morar aqui, não sei o que estaria fazendo se não tivesse aqui, não sei nem mesmo se estaria viva", acrescenta. EM PROCESSO DE ADOÇÃO Desde muito cedo, Jeane sempre se preocupou com grandes questões sociais, com um interesse especial em órfãos e adoção. Naquele momento, ela sabia que queria ter uma família grande, embora diz nunca ter podido imaginar que seria mãe de tantos filhos. "Acho que durante toda a minha vida, mesmo quando era criança, sabia que adotaria e teria uma família grande. A fé sempre foi minha maior motivação. Toda criança merece uma família que a trate com carinho". Logo depois de conhecer seu futuro marido, Paul, aos 14 anos, Jeane o convidou a acompanhá-la em um trabalho de babá. "Queria saber se ele era bom com crianças. Ele passou no teste e nós estamos casados há 38 anos", diz. Ela diz que, antes de decidir adotar uma nova criança, reza bastante e consulta a família. "Conversamos com todos sobre a possibilidade de adotar um novo filho. Perguntamos a todo mundo o que eles acham que isso vai significar para nós", explica Jeane. Joseph viajou para Gana com seus pais para conhecer alguns de seus novos irmãos e irmãs antes que eles fossem adotados. Questionado sobre o que pensa sobre a adoção de novos membros, ele diz que nunca pode dizer não. "Toda criança merece uma segunda chance e eu fui uma delas". Mas, por mais difícil que possa parecer, os Briggs tiveram de dizer não a muitas crianças e houve casos em que outros fatores acabaram impedindo que a adoção fosse concluída. Recentemente, Jeane e Paul estavam prestes a adotar dois meninos do Uzbequistão quando o país mudou as leis e a adoção não pôde ser consumada. "Sem dúvida, foi um sentimento de perda. Sofri um aborto espontâneo uma vez e a sensação era a mesma", diz Jeane. "Não sei onde esses meninos estão agora". Algumas das crianças não têm familiares em seus países de origem, outros não recebem notícias de parentes há anos. Mas aqueles que ainda mantêm contato com a família na terra natal são estimulados a continuar a fazê-lo. Algumas vezes as crianças falam com parentes pelo telefone e Jeane envia fotos para que eles possam acompanhar o crescimento delas. "Eles têm o nosso sobrenome, mas se há um parente, então ficamos felizes de saber que nosso filho é amado por duas famílias. Meu marido e eu não precisamos ser o primeiro pai e a primeira mãe deles", diz Jeane. Passado o Natal, que exigiu de Paul e Jeane uma operação de guerra - desde a compra dos presentes à ceia -, os Briggs aguardam com ansiedade o Ano Novo, quando Jabin Kofi e John David vão se juntar à família. "Mal posso esperar, estou muito empolgada", diz Cate, ansiosa por conhecer os novos irmãos. "Vou pegá-los num piscar de olhos, eles são nosso presente de Natal", afirma Leah. Jeane e Paul reconhecem que a família parece diferente ou atípica para muitos. "Não somos uma família convencional", diz Jeane. "Mas na prática não quero ser uma família comum. Eu realmente encorajo às pessoas que venham e nos façam uma visita". "Mas prepare-se para o barulho - há muita vida aqui dentro".
2015-01-01
bbc
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http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2015/01/1569131-com-29-filhos-adotivos-de-diferentes-paises-casal-quer-aumentar-familia.shtml
Agora rivais, Marta Suplicy e Juca Ferreira já trocaram elogios
Agora rival do novo ministro da Cultura Juca Ferreira, a ex-ministra e agora senadora Marta Suplicy (PT-SP) já fez elogios em público ao colega quando assumiu a pasta, em 2012. Nesta terça-feira (30), quando a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou o retorno de Juca à liderança da pasta, sua antecessora afirmou, em mensagem publicada no Facebook, que a "população brasileira não faz ideia dos desmandos que este senhor promoveu à frente da Cultura brasileira". O ataque foi recebido com surpresa pelo meio artístico. Há dois anos, porém, a visão de Marta era outra. Em seu discurso de posse, ela disse que, a partir do governo Lula, "o Ministério da Cultura mudou paradigmas, se organizou com uma nova estrutura e visão nacional". Os ministros da Cultura de Lula foram Gilberto Gil (2003-2008) e Juca Ferreira (2008-2010). Segundo Marta, sob esses gestores, a pasta "passou a ter uma visão da complexidade que é a nossa herança cultural e a importância da participação da sociedade na política cultural brasileira". Juca também já havia elogiado Marta em 2012. Quando ela foi nomeada para comandar o ministério, em setembro daquele ano, Juca escreveu no Twitter: "Sua trajetória pública tem revelado uma sensibilidade política contemporânea e uma generosidade ao tratar das questões inerentes à condição humana. Com sua nomeação, o Ministério da Cultura retorna ao século 21". A gestão de Marta no Ministério da Cultura é vista como de continuidade ao período de Juca à frente da pasta –ela retomou políticas abandonadas por Ana de Hollanda, que foi ministra de 2011 a 2012. Marta conseguiu articular a aprovação de projetos idealizados por Gil e Juca, que não tiveram força política para levá-los adiante no Congresso. O Vale-Cultura, por exemplo, acabou se tornando bandeira de ambos. O benefício de R$ 50 mensais para gastos com atividades culturais havia sido lançado em 2009 por Juca e só foi aprovado graças a Marta.
2015-01-01
ilustrada
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569513-agora-rivais-marta-suplicy-e-juca-ferreira-ja-trocaram-elogios.shtml
Motociclista morre após entrar na contramão em avenida de São Carlos
Um homem de 33 anos morreu na madrugada desta quinta-feira (1º) em São Carlos (a 232 km de São Paulo). De acordo com a Polícia Civil, José Rocha da Silva, 33, dirigia uma moto e bateu de frente com um carro. Ainda segundo a polícia, o acidente ocorreu após ele entrar na contramão na avenida Integração, no bairro Cidade Aracy. O acidente aconteceu por volta das 5h. Silva morreu no local do acidente, segundo a polícia. O motorista do carro, que não teve o nome divulgado pela polícia, não sofreu ferimentos. A polícia está investigando o caso.
2015-01-01
cotidiano
ribeiraopreto
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2015/01/1569474-motociclista-morre-apos-entrar-na-contramao-em-avenida-de-sao-carlos.shtml
Italianas sequestradas na Síria pedem ajuda a seu governo em vídeo
Duas mulheres que se identificaram como voluntárias italianas sequestradas na Síria apareceram na quarta-feira (31) num vídeo pedindo a seu governo que tente intervir para que sejam liberadas. As imagens, filmadas em meados de dezembro, se difundiram na internet na noite de quarta supostamente mostram Vanessa Marzullo e Greta Ramelli, que foram sequestradas por homens amados no norte da província de Aleppo em agosto. As mulheres, ambas de cerca de 30 anos, aparecem sentadas diante de uma parede branca, com vestidos pretos e com os cabelos cobertos por véus. Uma delas segura um papel com a data de 17 de dezembro. A segunda mulher, que parece ler um discurso pronto, insta o governo italiano a leva-las para casa antes do Natal. O vídeo, que tem 23 segundos, não inclui detalhes sobre o grupo que as sequestrou e também não mostra nenhuma outra pessoa. No Youtube, o vídeo se chama "Frente al-Nusra detém duas trabalhadoras italianas por causa da participação de seu governo na coalizão contra o grupo". Mesmo assim, o vídeo não se difundiu nas contas oficiais da facção, que é o braço sírio da Al Qaeda. Nos vídeos comprovadamente feitos pelo grupo, os reféns aparecem em frente a uma bandeira com o símbolo da milícia, o que não acontece no caso das italianas. Em agosto, à época do sequestro, o ministro italiano das Relações Exteriores negou informações que ligavam o sequestro à milícia radical Estado Islâmico, mas não precisou a qual organização atribuía o sequestro. As duas sequestradas trabalhavam para a ONG italiana Horryaty, que distribui remédios e tratamentos médicos na Síria. Dezenas de voluntários e jornalistas estrangeiros já desapareceram no país, assim como um jesuíta italiano desde o início da guerra civil síria, em 2011. O conflito já produziu mais de 200 mil mortos.
2015-01-01
mundo
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569505-italianas-sequestradas-na-siria-pedem-ajuda-de-governo-em-video.shtml
Carro da era Vargas é uma das atrações da posse em Brasília
O Rolls-Royce Silver Wraith, escalado para ser utilizado por Dilma Rousseff na travessia da Esplanada dos Ministérios durante sua cerimônia de posse nesta quinta-feira (1º), leva presidentes da República há mais de 60 anos. O carro foi usado pela primeira vez em uma cerimônia pública por Getúlio Vargas no Dia do Trabalho, em 1º de maio de 1953, em Volta Redonda (RJ). O automóvel também é utilizado em datas comemorativas, como o Dia da Independência, e em algumas visitas de chefes de Estado ao Brasil. Com um motor de 6 cilindros, carroceria estilo cabriolet e 5,6 metros de comprimento, o Silver Wraith passou por uma reforma geral em 2000. Apesar de ter sido fabricado em 1952, o automóvel tem apenas 29,6 mil quilômetros rodados. Ao contrário do que diz uma lenda popular, ele não foi um presente da rainha Elizabeth 2ª, da Inglaterra, ao Brasil. De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência da República, há ao menos três versões para a origem do veículo. A primeira indica que ele teria sido adquirido por ordem direta de Getúlio Vargas, presidente à época. A segunda, que teria sido doado a Vargas por um grupo de empresários simpáticos ao governo. E, uma terceira, de que teria sido uma doação da fábrica da Rolls-Royce ao presidente. Desde a redemocratização do país, o carro já foi usado na posse de Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569448-carro-da-era-vargas-e-uma-das-atracoes-da-posse-em-brasilia.shtml
Bandidos vestidos de policiais invadem cinco casas no interior paulista
Um grupo de homens vestidos como policiais assaltou cinco casas de uma colônia de trabalhadores rurais em Elias Fausto, na região de Campinas, na madrugada desta quinta-feira (1º). Uma família foi feita refém por cerca de duas horas durante a ação criminosa. De acordo com a Guarda Civil Municipal, três homens invadiram a fazenda São Carlos, que fica na região das chácaras do Ipiranga, a 5 km do centro, por volta das 3h. No primeiro imóvel, estavam um casal e a filha deles, de 13 anos. "Eles chegaram arrombando a porta e anunciando que eram policiais e que estavam atrás de bandidos. Mas logo disseram que era um assalto e que queriam dinheiro. De acordo com uma das vítimas, eles vestiam uma espécie de farda, com calça escura, coturno, cinturão e um colete verde", informou o subtenente Almeida, da GCM. Enquanto a família era mantida refém, parte do grupo invadiu os outros quatro imóveis da colônia. Como as famílias estavam fora, eles reviraram todos os cômodos em busca de dinheiro. Cerca de duas horas depois, o grupo foi embora levando R$ 250, dois celulares da família e roupas, tênis e alimentos retirados das outras casas. "Três homens estavam na ação, mas pelo menos mais um devia estar de guarda em um carro esperando o grupo na estrada", disse o subtenente. Uma ação semelhante ocorreu no Natal, também na zona rural de Elias Fausto. Na ocasião, seis homens, também fardados, invadiram um bar em uma chácara, fizeram reféns e roubaram dinheiro, celulares e um carro. A polícia não descarta que se trate do mesmo grupo. "O fato de eles só quererem dinheiro nos dá indícios de que esse grupo possa ser formado por presidiários beneficiados por indultos de fim de ano. A Polícia Civil já está investigando os casos", afirmou o subtenente.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569503-bandidos-vestidos-de-policiais-invadem-cinco-casas-no-interior-paulista.shtml
Dissidente cubana é liberada após ser detida pela segunda vez em dois dias
A polícia cubana liberou na quarta-feira (31) a ativista e artista cubana Tania Bruguera, que havia voltado a ser presa após ter sido liberada um dia depois da primeira detenção. Bruguera havia primeiro sido detida junto a outros 50 dissidentes na terça (30) por tentar montar uma tribuna pública em Havana, onde qualquer pessoa poderia falar o que bem entendesse. Foi liberada ontem perto do meio-dia e detida de novo quatro horas depois, quando pretendia dar uma coletiva de imprensa no monumento ao encouraçado Maine, em Havana. "Sim, Tania está livre, mas alguns [dissidentes] ainda continuam detidos, de dez a 12. Os estão liberando pouco a pouco, disse à AFP Elizardo Sánchez, líder da Comissão Cubana de Direitos Humanos - que é ilegal mas tolerada pelo governo comunista. O incidente da detenção dos 51 dissidentes causou na quarta o primeiro atrito entre Cuba e Estados Unidos após sua histórica reconciliação em dezembro. O Departamento de Estado americano condenou as detenções. O senador republicado Marco Rubio disse que Cuba zomba da nova política americana para a ilha. Nos últimos anos, tem sido tradicional em Cuba que os dissidentes sejam presos e liberados horas depois sem acusações.
2015-01-01
mundo
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569498-dissidente-cubana-e-liberada-apos-ser-detida-pela-segunda-vez-em-dois-dias.shtml
Alckmin aproveita discurso para fazer críticas indiretas ao governo Dilma
O governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez de seu discurso de posse nesta quinta-feira (1º) uma espécie de prévia do tom que deverá adotar nos próximos quatro anos em relação ao PT. Com críticas indiretas ao governo federal, o tucano fez durante toda a sua fala referências ao cenário nacional, disse ter o dever de fugir de "falsos dilemas" e avaliou que o povo em São Paulo tem rejeitado nas últimas eleições "a ilusão do populismo fácil". "Não nos enganemos: vivemos em um país injusto, fruto de fatores históricos e vícios renitentes", disse. "Não há combate à pobreza e às desigualdades sem uma forte ação do Estado. Uma ação que alavanque o potencial dos indivíduos e faça com que exerçam suas cidadanias plenas sem a pretensão de doutriná-los ou tutelá-los. Não é preciso fraudar a boa fé do povo brasileiro para fazer justiça social", acrescentou. Segundo o tucano, as políticas de distribuição de renda devem servir para libertar os homens, "não para fazer deles objetos de uma nova servidão". Para ele, é necessário fugir do "falso dilema" do "Estado mínimo em oposição ao intervencionista". "E do falso dilema do paternalismo que sufoca em oposição ao liberalismo extremo, insensível: dois enganos distantes da dura vida real", ressaltou. Em meio ao escândalo da Petrobras, o governador defendeu que o Brasil precisa "livrar-se da máquina corrupta", que, segundo ele, "insiste em sequestrá-lo". Segundo ele, é necessário elevar o padrão da política. "A nossa missão está nas urnas. Os brasileiros de São Paulo repudiam o aparelhamento da máquina pública e consideram repugnante a prática política que transforma o Estado num clube", criticou. Em outra crítica indireta ao governo federal, o governador censurou o "populismo orçamentário" e disse que o "otimismo irresponsável" na área econômica custou caro ao país. "Ou todos, incluindo governo e oposição, convergem para recuperar a economia e aprovar reformas essenciais, ou 2015 será outro ano perdido", afirmou. Na avaliação dele, São Paulo tem dado mostras de que o Brasil pode crescer mais do que têm crescido atualmente. Sobre a crise hídrica em São Paulo, Alckmin disse que "a união é a força dos paulistas" e disse contar com a ajuda da população na economia de água para tentar superar o momento de escassez. Os ex-governadores de São Paulo José Serra e Alberto Goldman, ambos do PSDB, compareceram à cerimônia de posse. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não apareceram.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569492-alckmin-aproveita-discurso-para-fazer-criticas-indiretas-ao-governo-dilma.shtml
SP teve aumento de 21% no número de quedas de árvores em relação a 2013
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras divulgou que da madrugada da última segunda-feira (29) até as 19h30 desta quarta-feira (31), foram registradas 538 ocorrências de queda de árvores em São Paulo. Cerca de 490 destas árvores já foram cortadas para desobstrução das vias da cidade. Em 2013, foram registradas 1.881 quedas de árvores. Em 2014, o número chegou a 2.274. O aumento representa um crescimento de 21% na quantidade de quedas de árvores na cidade. Os moradores das regiões afetadas podem entrar em contato com a Defesa Civil através do telefone 199 para avisar sobre quedas de árvores. Qualquer cidadão também pode solicitar o manejo de árvores pelo telefone 156, pelo site da prefeitura ou pessoalmente na Praças de Atendimento das Subprefeituras. A prioridade para as remoções é definida pela Prefeitura em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Em alguns casos as equipes contam com o apoio da Eletropaulo no desligamento da rede elétrica.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569497-sp-teve-aumento-de-21-no-numero-de-quedas-de-arvores-em-relacao-a-2013.shtml
Temporal causa transtornos em Teresina, no Piauí
Um temporal causou transtornos horas antes da virada do ano em Teresina, no Piauí. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a chuva foi rápida, de cerca de dez minutos, mas suficiente para derrubar postes de iluminação, vários outdoors, árvores e muros, além de provocar queda de energia em diversos bairros da zona sul da capital. O temporal, acompanhado de fortes ventos, ocorreu por volta das 22h de quarta-feira (31) e afetou os cerca de 20 bairros daquela região. Os bombeiros registraram ainda a queda de um cajueiro na PI-130, que liga Teresina a Nazária. Não houve registro de vítimas e a estrada foi liberada rapidamente. A Eletrobras também conseguiu restabelecer a energia antes da chegada de 2015, segundo o Corpo de Bombeiros. Na manhã desta quinta-feira (1º), equipes da prefeitura faziam a limpeza das ruas com a remoção de restos de árvores e de estruturas metálicas das placas que não resistiram aos ventos. O fenômeno climático vem causando estragos no Piauí desde o início da semana, com registros de chuva de granizo e alagamentos em outras regiões do Estado.
2015-01-01
cotidiano
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Confronto em festa da virada no litoral deixa sete feridos
Um confronto entre policiais militares e pessoas que festejavam a virada do ano em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, resultou em cinco detenções e sete policiais feridos na madrugada desta quinta (1º). O incidente ocorreu no centro da cidade, um dos pontos mais procurados por moradores e turistas para acompanhar as queimas de fogos. De acordo com a PM, alguns proprietários de veículos colocaram o som dos carros num volume superior ao permitido por lei, de 80 decibéis, e foram abordados para abaixar o som. Eles se recusaram a seguir a orientação dos policiais, e algumas pessoas arremessaram garrafas de vidro e outros objetos contra os policiais e dois carros da corporação que estavam estacionados em frente a um posto de gasolina. Com o início do confronto, houve reforço da Força Tática e de outros policiais que faziam ronda nas imediações. A PM utilizou bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha. Não houve registro de feridos entre a população. Já os sete policiais atingidos tiveram ferimentos leves, com exceção de um que sofreu um corte no tendão da mão direita e precisou passar por cirurgia. Todos já receberam alta hospitalar. "Parecia uma guerra. Estava curtindo a festa da virada com meus amigos quando começou uma correria e vi gente gritando. Corri muito com medo de ser atingida", disse a assistente de produção Janete Sabindo, 35, que é de Mogi das Cruzes, na região metropolitana. O arquiteto Antonio Mendes Cipriano, 40, de São Paulo, também ficou assustado com o incidente. "Foi uma correria absurda. Não achei que ia começar o ano assim. Estávamos voltando para casa, quando ouvi o barulho e só pensei em correr com minha mulher e as crianças para a areia da praia, a fim de nos proteger", contou. A PM afirma que dois dos cinco detidos arremessaram objetos que feriram os policiais. Outros dois foram presos por terem atingido carros da corporação. O quinto detido também atirou objetos, mas não acertou nada. Eles prestaram depoimento e foram liberados. Um inquérito foi aberto para apurar o caso. Depois que a população se dispersou e o confronto terminou, os policiais deixaram a avenida Arthur Costa Filho, que ficou completamente forrada de cacos de vidro. Momentos depois, já sem a presença da fiscalização, um grupo de pessoas voltou a abusar do som alto na região central de Caraguatatuba. Também foram registrados muitos casos de venda irregular de bebida e infrações de trânsito na região durante a passagem de ano.
2015-01-01
cotidiano
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Pezão prevê perda de R$ 2,2 bi em royalties do petróleo e anuncia cortes
O Estado do Rio de Janeiro deve perder R$ 2,2 bilhões de receita em royalties do petróleo ao longo do ano de 2015. A previsão foi anunciada pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), com base em projeções feitas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Pezão iniciou oficialmente nesta quinta-feira (1º) o seu primeiro mandato como governador eleito e, logo após a cerimônia de posse no Palácio Guanabara (sede oficial do governo), anunciou cortes no orçamento. Pretende reduzir gratificações especiais em até 35%, diminuir gastos operacionais das secretarias e rever contratos que estão em vigor, como os de telefonia e de locação de carros da frota do Estado. Pezão não forneceu detalhes sobre a possível renegociação de contratos e também não informou quanto espera economizar com as três medidas citadas. Disse apenas que as secretarias seriam obrigadas a reduzir de 20 a 25% de seus gastos. O governador afirmou que serão preservadas dos cortes as pastas de Saúde, Educação e Segurança, tidas como prioridade de sua gestão. Segundo Pezão, as medidas voltadas para os cortes no orçamento serão publicadas no próximo dia 6 de janeiro no Diário Oficial. As perdas na arrecadação com royalties estão relacionadas à queda no preço do petróleo. O preço do barril de petróleo, que já atingiu a marca de US$ 110 em 2013, atualmente oscila em torno de US$ 60. Em parceria com a ANP, o governo do Rio pretende auxiliar os municípios fluminenses a calcular a redução nos repasses de royalties previstas para 2015. "Vou fazer um alerta aos municípios sobre a perda que devemos ter durante este ano. São 87 municípios e teremos que ajudá-los. Algumas cidades hoje têm 70% de sua arrecadação baseada em royalties do petróleo", ressaltou Pezão. QUEDA NA ARRECADAÇÃO DE ICMS Segundo o governador, houve uma redução de quase R$ 2 bilhões na arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 2014. E a tendência de queda deve persistir em função da crise na indústria do petróleo, entre outros fatores. Para suprir as perdas acumuladas e também as que estão por vir, o governo vai negociar com grandes empresas que devem aos cofres públicos. "Vou lutar muito na minha receita. O Estado tem uma dívida ativa hoje que beira os R$ 64 bilhões. Não é normal isso. Estou chamando os maiores devedores, conversando, vendo por que estão na dívida ativa, para entender e ter uma tributação inteligente. Tirar essa briga, esse litígio. Já conversei com 13 empresas sobre este assunto", afirmou o governador, em entrevista coletiva no Palácio Guanabara. UPP SEGUE COMO PRIORIDADE Apesar dos cortes no orçamento, o governador afirmou que pretende seguir com os principais programas de seu governo, como as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Nesta sexta (2), a Polícia Militar do Rio pretende ocupar o Morro do Banco, uma pequena comunidade existente no bairro da Itanhangá, área nobre da zona oeste. Será o ponto de partida para as chamadas Mini-UPPs. "Vamos fazer algumas experiências em comunidades menores. Mas sabemos dos problemas existentes em grandes ocupações como Maré, Manguinhos e Rocinha. Estamos reavaliando uma série de procedimentos e vamos reforçar estas áreas com 600 policiais", avisou Pezão. Desde abril de 2014, data da renúncia de Sérgio Cabral Filho (PMDB), Pezão já estava no comando do governo. Desgastado politicamente e ostentando baixos índices de aprovação, Cabral optou por sair de cena para dar visibilidade a Pezão, até então vice-governador. O sucessor iniciou a campanha eleitoral com apenas 4% das intenções de voto. E, em 26 de outubro de 2014, foi eleito em segundo turno com 55,8% dos votos válidos, superando o senador Marcelo Crivella (PRB).
2015-01-01
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Pimentel toma posse em MG e anuncia 'balanço geral' das gestões tucanas
Ao tomar posse como novo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) anunciou que fará um "balanço geral" da situação do Estado para conhecer todos os aspectos econômicos, sociais e fiscais. Em uma vitória inédita de seu partido, ele encerrou um ciclo de 12 anos de governos do PSDB. A justificativa para o balanço geral é conhecer a realidade encontrada no Estado. Ao longo do período de transição, Pimentel se queixou publicamente das poucas informações recebidas. O novo governador diz que somente com o balanço saberá as condições em que assumirá não apenas as finanças do Estado, mas, segundo ele próprio, todos os aspectos "econômicos, sociais, de desenvolvimento humano". Um grupo executivo será formado para realizar esse levantamento técnico, cujos resultados serão divulgados pelo governo em 90 dias. "Temos que estabelecer metas e parâmetros claros sobre onde estamos e aonde queremos chegar. (...) Não se trata de uma mera auditoria de contas públicas, é algo muito maior e mais importante até. É uma explicitação do ponto de onde estamos partido", disse. O petista, contudo, procurou tirar o peso político da investigação das contas das gestões tucanas ao dizer que não "olhará para o passado". "O nosso objetivo não é olhar para o passado e sim definir o ponto de partida para o futuro", disse. O novo secretário de Governo de Minas e presidente do PT no Estado, Odair Cunha, reafirmou após a transmissão do cargo que o balanço anunciado não visa perseguir o senador Aécio Neves (PSDB), mas dar respostas à população sobre o uso do dinheiro público. Aécio é a maior liderança do tucanato mineiro e principal opositor da presidente Dilma Rousseff, para quem perdeu a disputa presidencial. Em seu discurso na sacada do Palácio da Liberdade, porém, Pimentel voltou a criticar o senador tucano, como fazia na campanha eleitoral, mesmo sem citá-lo nominalmente. "Minas Gerais não tem dono, não tem rei, não tem imperador", disse. Ele afirmou ainda que o Estado sempre foi governado de dentro dos gabinetes, de forma "antiquada", e que seu maior desafio será abrir o mandato à participação popular. "O nosso grande desafio de hoje é mudar a forma de governar, tirar o governo do isolamento. Temos de ouvir os mineiros, temos de governar com todos. Precisamos trazer o governo de Minas Gerais para o século 21, tirá-lo do isolamento, do atraso, e colocar o governo no centro da vida das pessoas", afirmou. Pimentel disse ainda que em momentos de crise deve-se praticar a "boa política", e não abandoná-la diante das dificuldades. "A saída para qualquer crise terá que ser sempre através das instituições. Saibam todos que por isso irei privilegiar sempre a boa política." ARMAS BAIXAS Ao deixar o cargo, o governador Alberto Pinto Coelho (PP) –aliado do PSDB que assumiu o cargo em abril passado, com a renúncia do governador tucano Antonio Anastasia, eleito senador– "conclamou" os governantes que entram e os que saem a baixar as armas políticas. "Quero aqui fazer uma conclamação a todos para que, na situação ou na oposição, acima das divergências ideológicas ou das diferentes visões de mundo, tenhamos sempre em vista o nosso compromisso maior com os valores republicanos e democráticos", disse Pinto Coelho.
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569489-pimentel-toma-posse-em-mg-e-anuncia-balanco-geral-das-gestoes-tucanas.shtml
Homem é preso após disparar e lançar granada em palácio do governo turco
Um homem armado foi detido nesta quinta-feira (1º) em frente ao palácio que abriga o escritório do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, em Istambul. Antes da detenção, o indivíduo havia lançado uma granada -que não chegou a explodir–, e disparado contra o edifício, indicou a imprensa local. O homem foi levado imediatamente por policiais que faziam guarda perto do palácio imperial otomano, situado na parte europeia da cidade e que abriga o escritório de Erdogan, afirmou o canal de notícias CNN-Turk. O homem também levava consigo uma metralhadora e uma pistola. Membros do esquadrão antibomba turco conseguiram neutralizar o explosivo, segundo o canal de TV turco NTV. A motivação do ofensor ainda é desconhecida. A polícia não informou se Erdogan estava presente no palácio na hora do incidente. O chefe de polícia de Istambul, Selami Altinok, disse que o homem que perpetuou o ataque é suspeito de ser membro de uma organização terrorista. "A identidade e a afiliação dele são óbvias para nós. Ele já passou um tempo na prisão", disse, sem dar mais informações. Erdogan, islâmico e conservador, foi primeiro-ministro do país entre 2003 e 2014 e venceu a eleição para presidente em agosto de 2014. Seus opositores o acusam de ser autoritário e de aproximar o governo turco cada vez mais dos preceitos islâmicos.
2015-01-01
mundo
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Governador da Bahia cita poema falso de Clarice Lispector na posse
O novo governador da Bahia, Rui Costa (PT), iniciou seu discurso de posse, nesta quinta-feira (1º), lendo um poema falsamente atribuído a Clarice Lispector em correntes da internet. "Peço licença para citar um trecho de um poema que me foi enviado recentemente por um amigo como forma de incentivo", disse o petista, logo após fazer os agradecimentos, na Assembleia Legislativa do Estado. Ele não mencionou a autoria do texto. "Sonhe com aquilo que você quer ser/ porque você possui apenas uma vida/ e nela só se tem uma chance/ de fazer aquilo que quer", diz um trecho lido pelo governador.
2015-01-01
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Manchester United e Liverpool empatam; City vence e alcança a ponta
O Manchester United empatou em 1 a 1 com o Stoke City, fora de casa, e desperdiçou a chance de se aproximar dos líderes do Campeonato Inglês nesta quinta-feira (1º). O Stoke City abriu o placar logo no primeiro minuto de jogo com o zagueiro Shawcross. O United empatou ainda na primeira etapa, com gol do atacante colombiano Falcao García aos 25min. No segundo tempo, a equipe da casa pediu pênalti após a bola bater no braço do defensor Chris Smalling, dentro da área, e ainda acertou a trave após cabeceio do atacante Peter Crouch. Já o United sofreu com desfalques de jogadores como Di María, Rojo, Blind e Valencia e sofreu para criar oportunidades. O resultado da partida da 21ª rodada da competição deixou o Manchester United com 37 pontos, na terceira colocação. O Stoke é o décimo com 26. Na próxima rodada, o Manchester enfrenta o Southampton, em casa, no dia 11. Já o Stoke visita o Arsenal no mesmo dia. DERRAPADA O Liverpool acrescentou mais um resultado ruim à sua temporada inconstante ao empatar por 2 a 2 com o Leicester, o último colocado do Inglês, em Anfield Road. O time do meia brasileiro Philippe Coutinho chegou a abir vantagem de 2 a 0, mas deixou o adversário reagir e chegar ao empate. Os dois gols do Liverpool foram marcados pelo capitão Steven Gerrard, ambos de pênaltis no primeiro tempo. Aos 17, o zagueiro Wes Morgan tocou a mão na bola e Gerrard fez o primeiro gol. Aos 40, em lance semelhante, Philippe Coutinho cruzou e a bola tocou na mão de Stimpson, que impediu que a bola chegasse para Moreno. Na cobrança, Gerrard deixou o time com vantagem confortável. No segundo tempo, três minutos de desatenção custaram a vitória ao Liverpool. Aos 13, Nugent chutou forte de fora da área no canto de Mignolet, que se esticou mas não conseguiu alcançar a bola. Aos 15, em momento de desatenção de seus marcadores, o atacante Schlupp arriscou um chute rasteiro de fora da área e deu o empate ao Leicester. Daí em diante, o Leicester recuou, deixando o Liverpool com o controle da partida. No entanto, os donos da casa erraram em diversas finalizações, especialmente com Henderson, e permaneceram na oitava colocação no campeonato. SUSTO O Manchester City por um momento viveu situação semelhante à do Liverpool, mas foi salvo por gol do meia Frank Lampard, que recentemente renovou com o clube até o final da temporada, venceu o Sunderland por 3 a 2 e empatou com o Chelsea na ponta do Inglês. O time londrino ainda enfrenta o Tottenham nesta tarde. Após um primeiro tempo sem gols, o Manchester City abriu o placar aos 12 minutos com Yaya Touré, que acertou um forte chute de fora da área após troca de passes no meio de campo. Nove minutos depois, Jovetic encobriu o goleiro e ampliou a vantagem para o City. Vantagem que foi dissolvida minutos depois pelo Sunderland. Aos 23 min, Rodwell marcou o primeiro de cabeça, e aos 26, Jones foi derrubado por Zabaleta e Johnson empatou em cobrança de pênalti. No entanto, o City recuperou-se imediatamente do susto e deu números finais à partida. O francês Clichy cruzou e Lampard fez o seu de cabeça. Com o gol, o meia se tornou o quarto maior artilheiro da história da Premier League, com um gol a mais que o francês Thierry Henry. RESULTADOS DA 20ª RODADA Stoke City 1x1 Man. United Aston Villa 0 x0 Crystal Palace Hull City 2x0 Everton Liverpool 2x2 Leicester Man. City 3x2 Sunderland Newcastle 3x3 Burnley QPR 1x1 Swansea Southampton 2x0 Arsenal West Ham 1x1 West Bromwich
2015-01-01
esporte
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http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569484-manchester-united-sofre-com-retranca-e-empata-com-stoke-city.shtml
Motorista que volta do litoral para São Paulo deve enfrentar lentidão à tarde
Para os motoristas que usaram as estradas paulistas na manhã desta quinta (1º) para vir do litoral até São Paulo, o trânsito foi tranquilo. A situação, no entanto, deve mudar durante a tarde. No Sistema Anchieta-Imigrantes, desceram a serra na última hora 3,2 mil veículos e subiram 2,7 mil carros. O sistema é formado pelas rodovias Anchieta, dos Imigrantes, Padre Manoel da Nóbrega e Cônego Domênico Rangoni (ex Piaçaguera-Guarujá). Segundo os responsáveis pelas rodovias, o congestionamento na volta para São Paulo deve começar a partir das 16h e se estender até a meia noite desta quinta. Para a Anhanguera-Bandeirantes, a previsão é de congestionamento das 15h às 21h; na Régis Bittencourt, entre 12h e 24h.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569480-motorista-que-volta-do-litoral-para-sao-paulo-deve-enfrentar-lentidao-a-tarde.shtml
Mais de 76 mil morreram na Síria em 2014 segundo observatório
Mais de 76 mil pessoas morreram na Síria em 2014, entre elas milhares de crianças. Os números constituem o ano mais sangrento até agora no conflito interno do país, em 2011. As informações são do Observatório Sírio de Direitos Humanos, que tem sede na Grã-Bretanha. Segundo a organização, o número exato de mortos é de 76.012, dos quais 3.501 crianças. Além da batalha entre forças leais ao ditador Bashar al-Assad e diversos grupos rebeldes desde 2011, a milícia radical Estado Islâmico, que pretende instaurar um califado na região, ganhou força em 2014 e se tornou mais um ator das lutas no país.
2015-01-01
mundo
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569475-mais-de-76-mil-morreram-na-siria-em-2014-segundo-observatorio.shtml
Conselho decreta tombamento de quatro áreas em Ribeirão Preto
O Conppac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural) de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) definiu quatro novos espaços como patrimônios históricos e culturais do município. Por meio de decreto, ficam preservados o Quarteirão Paulista e a antiga estação ferroviária do Barracão –já tombados pelo Estado por meio do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico)–, o palácio Rio Branco e a praça Coração de Maria. O Quarteirão Paulista é um complexo arquitetônico no centro da cidade formado pelo Theatro Pedro 2º, o Centro Cultural Palace e o Edifício Meira Júnior (onde funciona a choperia Pinguim). Já a praça Coração de Maria, na Vila Tibério, foi construída no final do século 19 e é um ponto de referência do bairro. O palácio Rio Branco, sede da prefeitura, foi inaugurado em 1917 e sua construção foi inspirada na arquitetura da Prefeitura de Paris. Com o tombamento, os imóveis ficam protegidos contra reformas e demolições que possam alterar suas arquiteturas originais. O tombamento também fornece subsídios para o pleito de verbas dos governos federal e estadual destinadas a restauros de patrimônios históricos. Atualmente, a Prefeitura de Ribeirão Preto busca recursos para a restauração do palácio, que não passa por reformas desde o início dos anos 1990. A verba necessária é de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões. A restauração prevê a troca dos sistemas elétrico e hidráulico, e do assoalho, pintura e reforma do telhado, uma das prioridades devido ao mau estado de conservação.
2015-01-01
cotidiano
ribeiraopreto
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2015/01/1569230-conselho-decreta-tombamento-de-quatro-areas-em-ribeirao-preto.shtml
Nível do Cantareira se mantém estável nesta quinta-feira, afirma Sabesp
O nível do volume de água do sistema Cantareira, um dos principais reservatórios da região metropolitana de São Paulo, se mantém estável nesta quinta-feira (1º). De acordo com boletim divulgado pela Sabesp, o reservatório opera com 7,2% de sua capacidade - mesmo índice registrado na quarta (31). A pouca ocorrência de chuvas no último dia do ano fez com que o Cantareira não registrasse acúmulo de água. A pluviometria acumulada no mês de dezembro foi de 165,5 mm, abaixo da média histórica do mês, que é de 220,9 mm. A última queda no volume do Cantareira ocorreu na quarta (31), quando o nível do reservatório caiu de 7,3% para 7,2%. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h. O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). OUTROS SISTEMAS Outro manancial que se manteve estável foi a represa de Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas. O reservatório opera com 40,6% de sua capacidade. Já o nível dos mananciais Alto Tietê, Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro tiveram queda no primeiro dia do ano. O nível do Alto Tietê, que está em estado crítico, caiu 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior. O reservatório opera com 12,1% de sua capacidade. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. Com a adição do volume morto no dia 14 de dezembro, o sistema ganhou volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo). O Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, também teve uma diminuição de 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior. O sistema opera com 31,4% de sua capacidade. Os sistemas Rio Claro e Rio Grande registraram as maiores quedas. De acordo com a Sabesp, o nível do reservatório Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 32,5% de sua capacidade nesta terça após cair 0,5 ponto percentual nesta quinta. O reservatório de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 71,9% de sua capacidade após cair 0,2 ponto percentual em relação ao dia anterior.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569471-nivel-do-cantareira-se-mantem-estavel-nesta-quinta-feira-afirma-sabesp.shtml
Ex-governador Sérgio Cabral é ovacionado em posse de Pezão no Rio
O ex-governador Sérgio Cabral foi o convidado de honra na cerimônia de posse de Luiz Fernando Pezão (PMDB), que iniciou nesta quinta-feira (1º) seu segundo mandato à frente do Estado do Rio. Em cerimônia na sede da Assembleia Legislativa do Rio, no centro da cidade, Cabral foi mencionado ao longo de todo o discurso de Pezão. Antes do pronunciamento do atual governador, o presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB), agradeceu a presença de Cabral no plenário. O ex-governador foi aplaudido de pé pela plateia, composta por parlamentares da bancada estadual e também por representantes do Estado na Câmara dos Deputados (como Eduardo Cunha e Pedro Paulo, do PMDB), além de convidados. Sentado na primeira fila do plenário, Cabral se levantou e agradeceu os aplausos. Desgastado politicamente após denúncias de corrupção associadas a sua gestão, Cabral renunciou em abril de 2014 para dar visibilidade a Pezão, que teve um curto primeiro mandato já em ritmo de campanha eleitoral.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569470-ex-governador-sergio-cabral-e-ovacionado-em-posse-de-pezao-no-rio.shtml
Rollemberg toma posse no DF e diz que enfrentará crise 'sem precedentes'
Rodrigo Rollemberg (PSB) tomou posse como governador do Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (1º), em cerimônia que começou com uma hora de atraso. No auditório da Câmara Legislativa do DF, cheio de familiares, deputados distritais, políticos e demais apoiadores, o governador destacou em seu discurso inaugural a crise financeira "sem precedentes" em que se encontra a capital, o que vai demandar uma postura "firme" do governo e da sociedade. "A situação econômica é grave, gravíssima. É séria. Vivemos o maior desequilíbrio orçamentário e financeiro, e isso exigirá de todos nós –governo, poderes constituídos e sociedade civil– postura firme, solidária, propositiva e eficiente para equilibrar as contas públicas. Sem equilíbrio das contas, não haverá desenvolvimento sustentável", disse. Na cerimônia de troca da faixa, no Palácio do Buriti, sede do governo local, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) foi vaiado por cerca de 30 manifestantes e não fez discurso. Depois das cerimônias, Rollemberg afirmou a jornalistas que espera contar com um adiantamento de R$ 412 milhões de repasses federais para pagar salários atrasados de funcionários públicos. Rollemberg voltou a defender mais transparência com os números e finanças, menos desperdício e combater a corrupção, promessas de sua campanha. Em seus discursos, citou seu padrinho e correligionário Miguel Arraes e seu neto, Eduardo Campos. O governador venceu em segundo turno, do adversário Jofran Frejat (PR). O ex-governador Agnelo Queiroz, que tentou a reeleição, ficou em terceiro lugar no primeiro turno. Em 2002, Rollemberg concorreu pela primeira vez ao cargo, derrotado por Joaquim Roriz. CRISE O Distrito Federal passa por grave crise financeira. O pessebista e sua equipe estimam assumir o comando com um rombo nas contas públicas de R$ 3,8 bilhões. Entre os setores mais prejudicados, estão educação e saúde, que, mesmo recebendo repasses federais bilionários, terminaram o ano com salários de funcionários atrasados. "É um quadro lamentável, é visível a olho nu. Brasília, a cidade monumento, não pode continuar sento identificada pela corrupção, desmandos, ineficiência da gestão pública", disse. Um dos primeiros baques de sua gestão foi justamente na área da saúde. O secretário nomeado por Rollemberg, Ivan Castelli, desistiu de assumir o posto antes mesmo do início do mandato. Em seu plano de transição, o governador traçou alguns cortes de gastos, como a redução de secretarias em seu governo. No seu discurso, falou ainda que seu objetivo é reduzir as "imensas desigualdades entre a região central e as cidades que circundam do DF". Rollemberg é graduado em história pela Universidade de Brasília (UnB). Ao assumir o governo do DF, deixa para seu suplente metade de seu mandato de senador.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569472-rollemberg-assume-governo-do-df-e-diz-que-sera-firme-para-enfrentar-crise.shtml
Terceira mesquita é incendiada na Suécia em uma semana
Uma mesquita da cidade de Uppsala, na Suécia, foi incendiada na madrugada desta quinta (1º), no terceiro incidente do tipo no país em uma semana. Fontes policiais indicaram que o ataque se deu com coquetéis molotov e que provocou poucos danos às instalações da mesquita. Ainda segundo a fonte, o fogo apagou sozinho. Na última segunda (29), um incêndio tomou conta de uma mesquita da cidade sueca de Eslov, no sul do país, também não houve feridos. Na quinta (25), um homem pôs fogo numa mesquita da cidade de Eskilstuna. Na ocasião, cinco ficaram feridos. A Suécia vive um intenso debate sobre a imigração. Uma pesquisa realizada em setembro mostra que o partido anti-imigração "Democratas Suecos" tem ganhado votos tanto da centro-esquerda quanto da centro-direita. Uma das principais plataformas do partido, o terceiro maior do país, é o combate à imigração
2015-01-01
mundo
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569458-terceira-mesquita-e-incendiada-na-suecia-em-uma-semana.shtml
Ataques suicidas matam ao menos sete e ferem dezenas na Nigéria
Ao menos sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas ataques suicidas realizados nas últimas 24 horas no norte da Nigéria, uma das zonas mais castigadas pela violência do grupo terrorista Boko Haram. O último dos ataques aconteceu cerca de 9h locais (6h em Brasília) quando um suicida se explodiu diante de uma igreja evangélica de Tudun Wada, no estado de Gonbe, quando o lugar se encontrava repleto de fieis que celebravam o Ano-Novo. Houve feridos, mas ninguém morreu. Na quarta (31), entretanto, ao menos sete pessoas morreram em outro ataque suicida. Desta vez, o ato se deu dentro de um ônibus no estado de Yobe, também no norte do país. Testemunhas afirmam que o ônibus saiu "voando" com a explosão. Mais tarde, ainda na quarta, uma mulher que ocultava explosivos em seu hijab (tradicional vestimenta muçulmana que cobre todo o corpo) se explodiu em frente a um quartel em Bolari, no estado de Gombe. Neste incidente também não houve nenhuma morte. Apesar de nenhum grupo terrorista ter reivindicado a autoria dos ataques, tudo leva a crer que o grupo jihadista Boko Haram está por trás dos atentados. Segundo o governo nigeriano, há um acordo de paz com os jihadistas, mas estes desmentiram a informação. O grupo, que luta para instaurar um estado islâmico na Nigéria, controla cerca de 20% do território do norte do país e já assassinou cerca de 12 mil pessoas nos últimos cinco anos, 3.000 das quais em 2014, segundo as autoridades nigerianas. Boko Haram significa "a educação ocidental é proibida", em tradução livre da língua hausa.
2015-01-01
mundo
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569473-ataques-suicidas-matam-ao-menos-sete-e-ferem-dezenas-na-nigeria.shtml
Com crise nas finanças públicas, Pezão assume seu segundo mandado no Rio
O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) iniciou oficialmente às 10h17 desta quinta-feira (1º) o seu segundo mandato à frente do Estado do Rio de Janeiro, após a cerimônia de posse no Palácio Tiradentes –sede do poder legislativo fluminense– no centro da cidade. Promete ser uma gestão marcada por cortes nos gastos públicos, conforme antecipou o próprio Pezão à imprensa nos últimos dias. O governador alega que os problemas nas finanças do Estado estão associados à diminuição na arrecadação de royalties em função da queda no preço do petróleo. O preço do barril de petróleo, que já atingiu a marca de US$ 110 em 2013, atualmente oscila em torno de US$ 60. Para solucionar o impasse, Pezão pretende anunciar já neste primeiro dia do novo governo medidas para conter os gastos da máquina pública do Estado. Ao fim da posse na assembleia, o governador seguiu para outra cerimônia, desta vez no Palácio Guanabara, sede oficial do governo, no bairro de Laranjeiras, zona sul do Rio.
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569465-com-crise-nas-financas-publicas-pezao-assume-seu-segundo-mandado-no-rio.shtml
Morre aos 80 anos ex-premiê libanês Omar Karami
Morreu nesta quinta-feira (1º), aos 80 anos, o ex-premiê do Líbano Omar Karami. O anúncio foi feito pela família nesta manhã. Karami foi o primeiro presidente do país pós guerra civil (1975-1990) e era simpático ao regime sírio. Ele morreu no Hospital da Universidade Americana de Beirute, onde passava por tratamento. A saúde do ex-mandatário piorou nos últimos dois anos e ele tinha um câncer no estômago. No entanto, ainda não se sabe qual foi a causa da morte. Karame faz parte de uma família sunita com histórico importante na politica local. Seu pai, Abdel Hamid Karami, foi um dos artífices da independência do pais. Seu irmão, Rachid Karame, também foi primeiro-ministro e foi assassinado em 1987. Karami ocupou o posto por duas vezes. Entre 1990 e 1992 e entre 2004 e 2005. Nas duas vezes, porem, renunciou ao cargo quando pressões tornaram-se insuportáveis. Em seu primeiro governo, teve de reconstruir um país recém saído de guerra civil. Acabou renunciando por conta das pressões das ruas, quando o custo de vida no país aumentou e a moeda se desvalorizou. O movimento que o derrubou ficou conhecido como "Revolução dos Famintos". Karame foi sucedido por seu inimigo político e contrário aos sírios Rafic Hariri, Em seu segundo mandato, renunciou quando seu inimigo politico Hariri foi assassinado. À época, havia boatos de que o crime poderia estar ligado ao regime sírio de Bashar al-Assad, a quem Karami era muito próximo e simpático, o que gerou uma pressão insustentável ao regime de Beirute. O governo do atual primeiro-ministro, Tammam Salam, afirmou que um luto de três dias começará na sexta-feira (2) e ordenou que as bandeiras fiquem a meio-mastro. Haverá também um funeral oficial para o ex-premiê, que acontecerá em Tripoli, sua cidade natal. Karami deixa mulher e quatro filhos.
2015-01-01
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Com ausências de FHC e Aécio, Alckmin toma posse em SP
O governado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e seu vice, Márcio França (PSB), foram empossados na manhã desta quinta-feira (1º) para um novo mandato. A cerimônia foi promovida na Assembleia Legislativa de São Paulo, presidida pelo deputado estadual Samuel Moreira (PSDB-SP), e teve a presença de deputados estaduais e federais do Estado e secretários da futura administração paulista. Estavam ausentes lideranças nacionais do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No discurso, o governador destacou que houve avanços nos últimos quatro anos mas que é necessário enfrentar desafios. Ele reconheceu que poderá haver divergências, mas nunca ameaças de deslealdade. "Nós muito avançamos, mas de nada adianta se não continuarmos seguindo adiante, enfrentando os desafios", disse. "Nós temos um trabalho hercúleo pela frente", acrescentou. O tucano terminou o discurso citado o ex-governador de São Paulo Mário Covas, seu principal padrinho político: "São Paulo não pode esperar um dia, um minuto para oferecer ao país a sua parcela de luta. São Paulo nunca vai oferecer as costas ao Brasil." O governador abriu a sua fala citando dados de ajuste fiscal no governo de São Paulo, em um momento em que a expectativa é de queda de arrecadação para o ano que vem. Segundo ele o Estado bateu recorde de investimento nos últimos quatro anos e atingiu PIB de R$ 800 bilhões, quase o dobro da economia da Argentina. Após a cerimônia, o governador seguiu para o Palácio dos Bandeirantes onde dará posse aos seus secretários.
2015-01-01
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Spurs vencem Pelicans na prorrogação e se recuperam de derrota na NBA
O San Antonio Spurs, atual campeão da NBA, venceu em casa o New Orleans Pelicans por 95 a 93, nesta quarta-feira (31), e se recuperou de derrota sofrida na competição no dia anterior. A vitória da equipe do Texas veio somente na prorrogação, após empate em 84 a 84 no tempo normal. Com o resultado, os Spurs somam 20 vitórias em 34 partidas e aparecem na sétima colocação da Conferência Oeste. Já os Pelicans, com 16 vitórias e 16 derrotas, estão na nona colocação da mesma conferência. O brasileiro Tiago Splitter participou da vitória do San Antonio Spurs com seis pontos, cinco rebotes e duas assistências. O argentino Manu Ginóbili, também do Spurs, foi o destaque e cestinha do jogo com 16 pontos. No próximo confronto, os Spurs tentam a segunda vitória consecutiva contra o Washington Wizards, no dia 3. Já os Pelicans tentam se recuperar contra o Houston Rockets nesta sexta-feira (2). RESULTADOS DA RODADA DO NBA Boston Celtics 106 x 84 Sacramento Kings Indiana Pacers 106 x 95 Miami Heat Los Angeles Clippers 99 x 78 New York Knicks Houston Rockets 102 x 83 Charlotte Hornets Cleveland Cavaliers 80 x 96 Milwaukee Bucks San Antonio Spurs 95 x 93 New Orleans Pelicans Oklahoma City Thunder 137 x 134 Phoenix Suns
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569461-spurs-vencem-pelicans-na-prorrogacao-e-se-recuperam-de-derrota-na-nba.shtml
Atletas comemoram o Ano-Novo nas redes sociais
Atletas de diferentes esportes desejaram feliz Ano-Novo para seus fãs nas redes sociais durante a passagem desta quarta para quinta-feira (1º). O atacante Neymar, do Barcelona, publicou foto em que aparece ao lado de amigos durante a festa de réveillon. "Partiu 2015!", publicou o jogador. Já Kaká, que em 2015 jogará no Orlando City, dos Estados Unidos, publicou uma foto em que aparece ao lado de Carol Celico. O casal teria reatado o relacionamento pouco tempo depois de uma separação. "Um novo ano abençoado e repleto de experiências com Deus. Muito amor, muita paz, saúde e alegria. Um ótimo ano a todos! Bem-vindo 2015!", escreveu o atleta.
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569462-atletas-comemoram-o-ano-novo-nas-redes-sociais.shtml
Darwin e Deus: Passarinho, que som é esse?
Alguns brasileiros participaram recentemente de um esforço de pesquisa monumental: a maior árvore genealógica já feita das aves do planeta, como você pode ler em reportagem recente que fiz para esta Folha. Um dos pesquisadores que participaram da pesquisa, Claudio ... Leia post completo no blog
2015-01-01
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Governador do Acre, Tião Viana toma posse nos primeiros minutos de 2015
O governador do Acre, Tião Viana (PT), tomou posse nos primeiros minutos de 2015. Viana optou por uma cerimônia-relâmpago, que durou cerca de 20 minutos, para que pudesse estar presente na posse da presidente Dilma Rousseff, em Brasília, que acontece na tarde desta quinta-feira (1º). O governador destacou alguns dos desafios dos próximos quatro anos, entre eles erradicar o analfabetismo em maiores de 15 anos. "O que eu quero fazer no próximo mandato é conduzir com cada vez mais esforço de simplicidade, trabalhando cada vez mais próximo das pessoas, tentando traduzir o sentimento das pessoas, tomando as medidas mais adequadas para o melhor resultado de mudança na qualidade de vida, consolidando desenvolvimento e conservação dos recursos naturais", disse o petista. Viana afirmou que a gestão do Estado está centrada na convergência de três eixos: o desenvolvimento, a qualidade de vida e a preservação dos recursos naturais. Médico, Sebastião Viana Macedo Neves, 53, também é docente da UFAC (Universidade Federal do Acre). É casado há 22 anos com a arquiteta Marlúcia Cândida e é pai de três filhos. Foi senador pelo PT por 12 anos antes de assumir o governo. Caso cumpra seu mandato até 2018, Viana deverá garantir ao PT duas décadas seguidas no comando do Acre. Antes dele, governaram o Estado o atual senador Jorge Viana (1999-2006), irmão de Tião, e Binho Marques (2007-2010).
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569454-governador-do-acre-tiao-viana-toma-posse-logo-apos-a-virada-do-ano.shtml
Ciclofaixas de lazer ficam desativadas durante o feriado de Ano-Novo
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai suspender excepcionalmente o funcionamento das Ciclofaixas de Lazer de São Paulo nesta quinta-feira, 1º, feriado da Confraternização Universal. No próximo domingo, 4, as ciclofaixas serão ativadas normalmente, das 7h às 16h. A malha cicloviária da cidade de São Paulo possui 205 km de extensão, entre ciclovias, ciclofaixas de lazer e faixas definitivas para bicicletas. As ciclofaixas de lazer são responsáveis por 141 km do total de faixas destinadas às bicicletas em São Paulo. Confira o que abre e fecha no feriado de Ano-Novo em São Paulo
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569452-ciclofaixas-de-lazer-ficam-desativadas-durante-o-feriado-de-ano-novo.shtml
Coreia do Sul vê declaração de Kim Jong-un sobre diálogo como 'séria'
A Coreia do Sul qualificou nesta quinta (1°) como "séria" a proposta feita pelo ditador da vizinha do norte, Kim Jong-un, para realizar negociações "de alto nível", e sugeriu que os dois países reabram os diálogos em breve. "Nosso governo espera que as Coreias reabram os diálogos sem formalidades em breve", disse à imprensa Ryoo Kihl-jae, ministro de Unificação, encarregado dos assuntos entre os dois países. "O governo considera [a mensagem de Kim] séria, já que mostra uma atitude positiva e em direção ao diálogo intercoreano e aos intercâmbios", completou. Em seu discurso de Ano-Novo Kim Jong-un disse que "não há razão para não manter conversas" com a presidente da vizinha Coreia do Sul, Park Geun-hye, sempre que o clima diplomático estiver propício. "Dependendo dos ânimos e das circunstâncias que se criem, não há razão para não manter conversas do mais alto nível", disse o líder do regime comunista. Kim ressaltou a necessidade de um "grande mudança" nas relações Norte-Sul, e disse que Pyongyang fará "todos os esforços possíveis" para melhorar o diálogo e a cooperação com Seul. Esta mesma semana, um comitê para a reunificação do Sul propôs um encontro entre ministros das duas Coreias em Janeiro para aproximar posturas. A Coreia do Sul espera progressos significativos em sua relação com o Norte no recém iniciado 2015, ano no qual se completa o 70º aniversário do fim do domínio colonial (1910-1945) do Japão sobre a península coreana. As duas coreias vivem tecnicamente em guerra, já que os dois países nunca assinaram um tratado de paz, mas um cessar-fogo que interrompeu a Guerra das Coreias (1950-1953) e que está em vigor até hoje. A zona que divide as duas nações, o paralelo 38, é a fronteira mais militarizada do mundo.
2015-01-01
mundo
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569453-coreia-do-sul-ve-declaracao-de-kim-jong-un-sobre-dialogo-como-seria.shtml
Tribunal aceita recursos de jornalistas da Al Jazeera condenados no Egito
O Tribunal de Cassação egípcio aceitou nesta quinta (1º) o recurso apresentado pelos três jornalistas da rede de TV qatariana Al Jazeera que haviam sido condenados a entre sete e dez anos de prisão em junho por difundir notícias falsas e colaborar com a Irmandade Muçulmana, grupo considerado terrorista no país. Com isso, um novo julgamento deve ocorrer dentro de um mês. No entanto, segundo a própria Al Jazeera, por ora os três seguirão na prisão, decisão que irritou os familiares presentes. A mãe de Peter Greste, um dos condenados, afirmou que o resultado "não foi tão bom como o esperado". Os jornalistas são o australiano Peter Greste, o egípcio com cidadania canadense Mohammed Fahmy e o egípcio Baher Mohamed. A sessão durou cerca de 30 minutos e contou com a presença de diversos jornalistas, além dos familiares dos processados. Greste e Fahmy foram condenados à sete anos de prisão, enquanto Mohamed pegou dez. Sua pena foi agravada por ele ter posse de uma bala no momento da prisão. Os três foram detidos em dezembro de 2013 num hotel no Cairo e desde então estão na prisão de Tora, também na capital egípcia. As prisões e a condenação foram muito criticadas por ONGs e pela comunidade internacional e a campanha pela libertação dos três tem sido contínua por parte dos meios de comunicação. Segundo a Repórteres Sem Fronteiras, há 16 jornalistas atrás das grades no Egito e as autoridades do país exercem uma terrível repressão à imprensa sob a desculpa de uma suposta luta contra o terrorismo e caça à Irmandade Muçulmana, que foi declarada terrorista em dezembro de 2013. Seis meses antes, um golpe de Estado depôs Mohammed Mursi, que é membro do grupo.
2015-01-01
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Papa pede paz para crianças e inocentes em seu primeiro tuíte do ano
Em seu primeiro tuíte de 2015, o papa Francisco pediu paz para pessoas inocentes e crianças, antes de rezar a missa solene dedicada à Virgem Maria no Vaticano. "Muitas crianças e pessoas inocentes sofrem no mundo. Senhor, conceda-nos sua paz", escreveu o pontífice em seu perfil na rede social. A conta papal no Twitter, que começou há dois anos, quando o posto ainda era ocupado por Bento 16, está disponível em várias línguas e alcançou em dezembro passado 17 milhões de seguidores.
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569445-papa-pede-paz-para-criancas-e-inocentes-em-seu-primeiro-tuite-do-ano.shtml
Saiba como será a posse da presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira
A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) tomará posse em Brasília nesta quinta-feira (1º) para seguir à frente do Executivo brasileiro durante os próximos quatro anos. A cerimônia tem início previsto para o início da tarde desta quinta e segue programação com percurso em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios, passando pelo Congresso Nacional, onde Dilma e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), serão recebidos pelos presidentes do Senado e da Câmara. A comitiva, então, segue para o Palácio do Planalto. * Veja roteiro de Dilma Rousseff Fonte: Palácio do Planalto
2015-01-01
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Resgate das caixas-pretas do voo da AirAsia pode levar uma semana
As equipes de resgate podem demorar até uma semana para recuperar as caixas-pretas do avião da AirAsia por conta das condições meteorológicas da região. As informações são do investigador do Comitê Nacional para a Segurança do Transporte indonésio, Toos Sanitiyoso, segundo o jornal local Strait Times. "O principal é encontrar a principal área do acidente -onde se encontra o corpo do avião em si-e depois a caixa-preta", disse nesta quinta-feira (1º) Também nesta quinta, houve a primeira identificação de vítima. Se trata da passageira Hayati Lutfiah Hamid, cuja identidade foi confirmada por meio de suas digitais. Seu corpo foi entregue à sua família em Surabaia, onde a mulher foi enterrada rapidamente, seguindo as tradições muçulmanas. Cerca de 150 pessoas compareceram à cerimônia. Além disso, foram localizados mais dois corpos, totalizando nove já encontrados. Ainda há mais de 150 desaparecidos. O funcionário acrescentou que ainda não há sinais dos dispositivos, que na verdade são de cor laranja. BUSCAS As equipes de resgate retomaram as buscas nesta quinta-feira a busca de mais vítimas e das caixas-pretas do avião da AirAsia, informou a imprensa local. Na busca, no meio de forte maré e condições atmosféricas adversas, participam vários aviões e navios embarcações da Indonésia, Cingapura, China e Estados Unidos, assim como um submarino não tripulado cingapuriano. O chefe da Marinha malasiana, Abdul Aziz Jaafar, disse que as tarefas de busca se expandiram até um raio de 13.500 milhas náuticas quadradas (cerca de 25 mil km) no mar de Java. Os corpos já encontrados até agora estavam no estreito de Karimata, que separa as ilhas de Bornéu e Belitung, junto com destroços da aeronave.
2015-01-01
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Tentativa de roubo a caixa eletrônico tem dois suspeitos mortos em SP
Dois suspeitos morreram em confronto com policiais no início da madrugada desta quinta-feira (1) na zona leste de São Paulo, após uma tentativa de roubo a uma agência bancária. Os outros oito estão foragidos. Segundo o coronel Marcelo Franciscon, uma testemunha ligou para o 190 e contou que havia uma pessoa armada em frente de uma agência do Banco do Brasil na rua Entrudo, no Jardim Ruth. Equipes do 2º e 39º Batalhão seguiram até o local e fizeram um cerco a pé. Os policiais foram surpreendidos por um grupo de dez pessoas que saíram atirando com metralhadoras e fuzis de dentro da agência e depois correram. Os policiais de protegeram nos postes e carros que estavam na rua. PERSEGUIÇÃO Os policiais foram impedidos de perseguir imediatamente, pois quando passaram na frente da agência, ela explodiu em decorrência das dinamites colocadas pelos assaltantes para explodir os caixas eletrônicos. Um policial foi arremessado a uma distância de cerca de oito metros e sofreu ferimentos leves. O grupo abandonou dois carros no local e correram a pé. Um Honda preto com dinamites, que foi isolado pela polícia, e o outro veículo que, sem passageiros, desceu em marcha ré e bateu em um Monza ocupado por uma família que voltava da igreja, no cruzamento da avenida Pires do Rio. Ninguém ficou ferido. Os assaltantes fugiram a pé pelo bairro e outras equipes de policiais saíram a procura do grupo. Enquanto os policiais procuravam os assaltantes pela região, um morador avisou que um homem mascarado tinha invadido uma casa na rua Erva da Ovelha. O mesmo morador afirmou que a casa estava vazia porque o proprietário estava em uma festa na casa vizinha. A polícia entrou no local e encontrou o suspeito, que durante a abordagem atirou contra os policiais. Em resposta, a polícia reagiu e baleou o suspeito no quintal da casa. Ele morreu no local. TENTATIVA DE FUGA Na sequência, uma outra equipe de policiais avistou um dos suspeitos subindo na garupa de uma moto na rua Erva de Carpinteiro. Durante a abordagem o motoqueiro fugiu abandonando o comparsa. Ele atirou contra os policiais, que reagiram com tiros e ele foi baleado. O suspeito chegou a ser levado com vida pelo resgate ao Hospital Santa Marcelina de Itaquera, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. De acordo com o coronel, os locais onde os suspeitos foram baleados seguem aguardando o trabalho da perícia. O caso foi encaminhado ao 63º Distrito Policial e será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa). EXPLOSIVOS Uma equipe técnica antibomba foi até o local para desativar as 20 dinamites que estavam dentro do veículo abandonado. Os explosivos foram levados para um local adequado para destruição. Na explosão, o teto da agência bancária desabou. Vidros e divisórias ficaram estilhaçados. Todos os locais foram fechados e aguardam a finalização do trabalho da perícia para liberação.
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569443-tentativa-de-roubo-a-caixa-eletronico-tem-dois-suspeitos-mortos-em-sp.shtml
Homem abre fogo durante Ano-Novo na França, mata três e fere dois
Um homem matou três pessoas, entre elas sua ex-companheira, e feriu outras duas na França nesta quinta-feira (1º) na cidade de Sainte Catherine, perto de Arras, no norte do país. Segundo os primeiros indícios, o homem apareceu logo após a meia-noite numa casa onde sete pessoas celebravam o Ano-Novo. Após uma discussão com sua ex-companheira, o indivíduo abriu fogo contra ela e mais quatro dos presentes e depois fugiu. Dos feridos, um se encontra em estado grave e foi transferido para o hospital de Lille. Perseguido pela polícia, o atirador estacionou o seu carro no estacionamento do centro hospitalar de Arras e se suicidou com um tiro. Segundo a promotoria de Arras, citada pela imprensa francesa, o homem era um enfermeiro na casa dos 30 anos, não tinha antecedentes criminais e cometeu os crimes por não aceitar a separação.
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569444-homem-abre-fogo-durante-ano-novo-na-franca-mata-tres-e-fere-dois.shtml
Veja as manchetes dos principais jornais desta quinta-feira
* Jornais nacionais Folha de S.Paulo Dilma usará posse para explicar ajuste na economia Agora S.Paulo Veja quem terá atrasados de até R$ 47.280 em 2015 O Estado de S.Paulo Dilma toma posse com discurso de ajuste fiscal sem mudar política social O Globo Dilma assume com a missão de domar políticos e economia Correio Braziliense 2015: um ano para ter fé Estado de Minas Expectativa em Minas * Jornais internacionais The New York Times (EUA) Palestinos decidem buscar reparação em Corte Internacional The Washington Post (EUA) Bush renuncia a todos os cargos The Guardian (Reino Unido) Aumentam os casos de abuso sexual em hospitais Le Figaro (França) Hollande: 2015, o ano de todos os perigos Le Monde (França) 2015: os desafios de um mundo em transformação El País (Espanha) Promotores investigam salários irregulares na Caja Madrid
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569438-veja-as-manchetes-dos-principais-jornais-desta-quinta-feira.shtml
Incêndio atinge galpões na zona leste de São Paulo
Um incêndio atingiu dois galpões em uma área residencial no início da madrugada desta quinta-feira (1) na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, altura do número 9.500, na zona leste em São Paulo. Não houve vítimas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio foi de pequeno porte e controlado por volta das 3h. Segundo relatos, porém, cerca de vinte e dois carros do Corpo de Bombeiros ainda estavam distribuídas nas ruas Malverisco e Macanaré por volta das 3h30. As equipes precisaram entrar em pelo menos quatro casas para ter acesso ao local do incêndio. Os galpões continham produtos plásticos e materiais recicláveis. O Corpo de Bombeiros disse que fogos de artifícios podem ter iniciado o incêndio, mas que é necessário aguardar a perícia para confirmação.
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569437-incendio-atinge-galpoes-na-zona-leste-de-sao-paulo.shtml
Virada leva 2 milhões para a avenida Paulista e tem clima tranquilo
A festa da virada de ano na av. Paulista, em São Paulo, reuniu 2 milhões de pessoas segundo estimativas da Polícia Militar. Em todo o evento foram registradas apenas três ocorrências. Um caso de desacato à autoridade aconteceu após um homem se desentender com um policial ao tentar entrar na área da imprensa. Um outro homem foi detido por tráfico de drogas e também foi registrado um furto de celular. Todos os casos foram levados ao 78º DP (Jardins). FESTA EM FAMÍLIA O frentista Cléber Alves, 24, morador de Campo Limpo foi à festa com a esposa e dois filhos pequenos. Ele afirmou que "foi cansativo carregar as crianças, mas bastante tranquilo em geral". Ele disse que não sentiu clima de insegurança apesar de sua mulher ter tido o celular furtado."Eles roubaram em dois minutos", disse Patricia Gonçalves, 31, esposa de Cléber. A atração que ela mais gostou foi o cantor Michel Teló, que tocou durante o momento da virada do ano. Em coletiva dada à imprensa, Teló afirmou que nunca tinha tocado para um público tão grande. "Não dava pra ver onde o público acabava, foi emocionante". Durante o show, o público se estendeu do palco, próximo ao parque Mário Covas, até o Masp, quando começava a diminuir. Teló foi a atração principal, mas também tocaram a banda Gin, os finalistas do programa "The Voice", da Globo, e os grupos Strike e Art Popular. BRAÇO QUEBRADO O médico plantonista Roque Lima de Souza disse que "até as 22 h a festa foi tranquila, quase sem atendimentos". Depois disso, porém, ele afirma que ocorrências por excesso de calor e álcool foram comuns. Segundo Roque, que realizou atendimento próximo ao parque Trianon, o único caso mais grave que atendeu foi uma fratura de braço, ocorrida após uma queda durante a comemoração no momento da virada. Outros médicos que conversaram com a reportagem não apontaram problemas mais graves. CADEIRANTE A estudante Vitória Saraiva Santos, 15, que é cadeirante, também acompanhou a virada com a família em uma área específica para pessoas com deficiência, próxima ao palco. Ela disse que essa foi a terceira vez que esteve na virada da Paulista. Na primeira, há três anos, diz ter sido atraída pelo show da dupla Fernando e Sorocaba, "adoro música sertaneja". A mãe de Vitória, a comerciante Fátima Saraiva, 46, acompanhou a filha junto com o marido e aprovou a festa. "Não tivemos nenhum problema durante o evento". Ela apenas reclamou da falta de divulgação da área de deficientes pela prefeitura. "Se a Vitória não tivesse ido atrás, nunca teríamos ficado sabendo", disse. PROBLEMAS NO ACESSO Como a polícia só abriu o acesso para a avenida Paulista a partir da alameda Campinas, quem chegou pelos lados da rua da Consolação teve que fazer uma longa caminhada antes de conseguir entrar na festa. "Demorei meia hora para andar até a alameda campinas e esperei mais 20 minutos na fila antes de ser revistado", disse o analista de sistemas André de Oliveira, 28. Também houve quem tivesse sua entrada na festa barrada, como é o caso do skatista Matheus Müller, 18, de São Miguel Paulista. "Estávamos subindo para a festa e o policial falou para não entrarmos com os skates e para não testarmos a força do sistema". Ele diz que o policial afirmou que os skates dele e de seus amigos seriam tomados se eles tentassem entrar na festa. A reportagem avistou, além deste, outros grupos de skatistas andando pela alameda Santos, paralela à Paulista, sem poder entrar na festa. Segundo Jonathan William, 21, que estava com Matheus, "eles veem o skate como uma arma, mas é um meio de locomoção. Eu não saio de casa sem o meu skate". Segundo o sargento Anderson Ilarino da Silva, nenhum objeto que possa ser usado para machucar alguém é permitido, "não só skates, mas garrafas de vidro também".
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569435-virada-leva-2-milhoes-para-a-avenida-paulista-e-tem-clima-tranquilo.shtml
Míssil atinge cerimônia de casamento no Afeganistão e mata 25
Pelo menos 25 pessoas morreram e 45 ficaram feridas, a maioria crianças e mulheres, pelo impacto de um míssil durante a realização de um casamento na província de Helmand, no sul do Afeganistão, informou nesta quinta-feira à agência de notícias Efe uma fonte oficial. A queda do míssil aconteceu no final da tarde de ontem quando os presentes à festa comemoravam o primeiro dos dois dias do casamento, destinado sobretudo a mulheres, no distrito de Sangin, afirmou o porta-voz do governador provincial, Omar Zwak. O porta-voz assegurou que entre os feridos, que foram levados a um hospital de Lashkarga, a capital provincial, havia 22 crianças e 20 mulheres, "alguns em situação crítica", embora não tenha podido dar detalhes sobre os mortos. Zwak revelou que testemunhas asseguraram que vários mísseis foram lançados pelas forças de segurança afegãs, mas não pôde confirmar essa informação e acrescentou que uma equipe de investigação foi para o local para esclarecer os fatos. No entanto, um alto comandante da Polícia de Helmand, Ghulam Sakhi Ghafoori, esclareceu à Efe que a região está sob controle dos talibãs, onde nos últimos quatro meses foram registrados fortes choques entre os insurgentes e o Exército, por isso que a equipe de investigação terá que entrar em contato com testemunhas desde a área mais próxima controlada pelo governo. Um porta-voz talibã, Yosuf Ahmadi, corroborou a versão das testemunhas através de sua conta no Twitter, ao afirmar que "os mísseis foram lançados pelas forças de segurança e o condenamos", e acrescentou mais tarde em comunicado que no local se realizava o casamento de um filho de um líder tribal. "Oito mulheres e doze crianças foram assassinados e 62 mais ficaram feridos. Alguns corpos ainda permanecem sob os escombros da casa destruída", detalhou Ahmadi. O Afeganistão atravessa um dos momentos mais complicados desde a invasão dos Estados Unidos e o final do regime talibã há 13 anos, com um aumento nos últimos meses dos ataques insurgentes e o número de civis afetados.
2015-01-01
mundo
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569440-missil-atinge-cerimonia-de-casamento-no-afeganistao-e-mata-20-pessoas.shtml
Busca do avião da AirAsia é retomada
As equipes de resgate retomaram nesta quinta-feira a busca de mais vítimas e das caixas-pretas do avião da AirAsia acidentado com 162 pessoas a bordo no domingo passado no leste da Indonésia, informou a imprensa local. Na busca, no meio de forte maré e condições atmosféricas adversas, participam vários aviões e navios embarcações da Indonésia, Cingapura, China e Estados Unidos, assim como um submarino não tripulado cingapuriano. O chefe da Marinha malásia, Abdul Aziz Jaafar, disse que as tarefas de busca se expandiram até um raio de 13.500 milhas náuticas quadradas no mar de Java. As equipes ainda não acharam o corpo principal do Airbus 320-200 do voo QZ8501 da AirAsia, mas recuperaram destroços do aparelho e sete corpos, os de três mulheres e quatro homens. A Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia informou ontem que um navio que participa dos trabalhos de busca localizou com seus equipamentos de sonar o ponto exato onde está a aeronave. O local indicado pelo navio está a cerca de 30 metros de profundidade e a 100 milhas náuticas (185,2 quilômetros) de Pangkalan Bun, no sul da ilha de Bornéu, embora os mergulhadores ainda não tenham podido descer e confirmar o achado por causa do mau tempo.
2015-01-01
mundo
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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/01/1569439-busca-do-aviao-da-airasia-e-retomada.shtml
Parque Villa-Lobos festeja 2015 com histórias para crianças
A programação infantil do parque Villa-Lobos celebra a chegada de 2015 a partir desta sexta (2), com contações de histórias na biblioteca do parque. A programação começa com "É um Livro", de Lane Smith. No sábado (3), é a vez de "Dumbo", baseado na obra de Helen Aberson e Harold Perl. Com o grupo Mãos de Fada, a narração acontece em libras com interpretação para o português. Já no domingo (4), será contada a história "A Menina do Fio", de Stella Barbieri. A programação completa, que conta ainda com história de Eva Furnari contada por Kiara Terra, pode ser vista no site. Além das contações de histórias, o parque terá ainda apresentações de espetáculos. Dia 18, será apresentada a peça "Três Variando". Na história, Miranda vai passar as férias no casarão de seu tio, quando descobre um jardim secreto. No dia 25, a cia. do Quintal fará um jogo de improvisação de palhaços com o público.
2015-01-01
folhinha
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http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2015/01/1568500-parque-villa-lobos-festeja-2015-com-historias-para-criancas.shtml
Venda de equipamentos para construção cai 6%
Com a desaceleração da economia e a falta de avanço nas obras de infraestrutura no país, a venda de equipamentos para construção caiu 6% no ano passado, na comparação com 2013. O cálculo é da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração), que estima em 67,7 mil o total de máquinas comercializadas em 2014. Em 2013, quando houve um avanço de 2,6%, foram vendidas aproximadamente 72 mil unidades. A queda em 2014 foi mais forte em alguns segmentos, como o de equipamentos para movimentação de terra, da chamada linha amarela. Entre essas máquinas, que geralmente são mais usadas em obras de infraestrutura, a baixa foi de 12,7%. "Tivemos um ano muito político, mas de pouca ação. Os investimentos necessários não avançaram", afirma Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema. "As empresas que atuam com locação estão com uma grande quantidade de máquinas paradas por causa da baixa produtividade do setor de construção", diz o executivo. "Muitas compraram os equipamentos com financiamentos de longo prazo e, sem conseguir clientes para locar, já enfrentam dificuldades para pagar os empréstimos." Em relação aos setores que utilizam máquinas para a construção, a área de infraestrutura responde pela maior parte dos equipamentos adquiridos em 2014, com 32 mil unidades, seguida pela construção civil, com 25 mil. * Atração de investimentos A CNI implementa a ideia de criar uma agência de promoção de investimento estrangeiro no Brasil. Até 2016, o projeto, que já começou com as as federações de indústria da Bahia, do Ceará e do Rio Grande do Sul, deverá estar nas 27 entidades estaduais do setor. A expectativa é aumentar em três dígitos o volume de investidores nos três primeiros Estados-piloto nos próximos dez anos. No próximo ano, os serviços deverão ser expandidos para Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. "Analisamos 272 agências de investimentos em todo o mundo. A nossa vai priorizar setores para a atração de investimentos estrangeiros em cada Estado", afirma o diretor Carlos Abijaodi. "Nem todos os Estados têm agências para receber os interessados", completa. Com a CNI, as federações oferecerão projeções e dados dos Estados, como custos com energia e mão de obra, contatos de fornecedores e parceiros, informações sobre a burocracia e apoio na documentação. * Grelhado em duas marcas A J.Alves, empresa dona das redes de restaurantes Griletto e Montana Grill, planeja abrir 60 pontos das duas bandeiras em 2015. "Vamos priorizar a expansão em shoppings existentes, até porque houve uma desaceleração no lançamento de novos empreendimentos", diz o presidente, Ricardo José Alves. A ampliação demandará um investimento de aproximadamente R$ 24 milhões pelos franqueados –cada unidade custa cerca de R$ 400 mil, sem contar com o ponto comercial. As unidades do Griletto deverão responder por cerca de 70% das novas lojas, sobretudo no Nordeste e no Estado do Rio de Janeiro. Para a Montana, que pertencia à dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó e foi comprada pela J.Alves em setembro do ano passado, a companhia priorizará as aberturas no Sudeste. Juntas, as duas bandeiras têm hoje 250 restaurantes em funcionamento. R$ 340 milhões foi o faturamento da companhia em 2014 R$ 400 milhões é o faturamento estimado para 2015 com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
2015-01-01
colunas
mercadoaberto
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2015/01/1568524-venda-de-equipamentos-para-construcao-cai-6.shtml
Dilma diz a Inácio que seu futuro...
Talvez você tenha tido dificuldade para entender o título deste texto ou, mais especificamente, para entender de quem é o futuro em questão (de Joana ou de Inácio?). Pois o xis deste texto é justamente o emprego do pronome possessivo "seu", que muitas vezes pode gerar ambiguidade (duplo sentido). O título da coluna é fruto de outro, presente na capa de um dos nossos sites de notícias, há duas semanas. Ei-lo: "Dilma (...) diz que Petrobras é maior que seus problemas". Parece claro que a intenção do redator foi afirmar que Dilma disse que a Petrobras é maior do que os problemas da própria Petrobras, mas... Mas sobra uma pontinha de duplo sentido, já que, pela estrutura frasal, não é absurdo pensar na possibilidade de Dilma ter afirmado que a Petrobras é maior que os problemas da própria Dilma. O fato é que muitas vezes o possessivo "seu" gera duplo sentido. Essa potencial ambiguidade talvez explique este verso da magistral canção "Língua" (1984), de Caetano Veloso: "Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo". Nos textos jornalísticos, é conveniente evitar "seu" ou "sua" quando há risco de duplo sentido; em alguns casos, a solução é justamente usar "dele" ou "dela". Pense nesta construção: "Joana diz a Inácio que seu futuro político é incerto". De quem é esse futuro incerto? Bem, linguisticamente falando, esse futuro incerto pode ser tanto o de Joana quanto o de Inácio. É claro que, dependendo do contexto, pode haver maior ou menor clareza quanto a essa incerteza. Se trocarmos a fictícia Joana pela real Dilma, por exemplo, e se imaginarmos que, num repente de autodesdivinização e de "queda na real", a presidente já começa a dar sinais de que percebe que o seu próprio terreno pode tornar-se um tanto lutulento, veremos que a imaginária fala de Dilma a Inácio pode dizer respeito a ela mesma ou a ele... Essa ambiguidade seria desfeita com a receita citada por Caetano: "Dilma diz a Inácio que o futuro político dela/dele é incerto". E o título jornalístico citado no início desta coluna? Seria possível resolver o nó com a receita "dele/dela"? Parece que não, já que Dilma e Petrobras são nomes femininos. O jeito é mudar a frase, a construção da frase. Poder-se-ia pensar em algo como "Dilma diz que Petrobras é maior que os problemas da estatal" ou "Dilma diz que os problemas da Petrobras são menores que a estatal/empresa" ou ainda "Dilma diz que Petrobras é maior que os problemas que atingem a estatal". Não resisto à tentação de citar um título recente, publicado num grande site: "Jô Soares constrange Jacaré ao falar sobre o tamanho do seu pênis". Sem comentários... A esta altura, alguém talvez pergunte se nas estruturas comparativas o correto é usar "que" ou "do que". O leitor certamente percebeu que no título citado foi empregada a forma "que" ("maior que"), mas teria sido perfeitamente possível usar "do que" ("maior do que"). Essa dupla possibilidade ("que" e "do que") se aplica tanto nas comparações de superioridade quanto nas de inferioridade: "Este filme é mais interessante que/do que aquele"; "Este relatório é menos detalhado que/do que aquele". É isso.
2015-01-01
colunas
pasquale
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2015/01/1569429-dilma-diz-a-inacio-que-seu-futuro.shtml
Aracy de Almeida foi 'malandro de saia'
A Aracy que descobrimos é uma mulher de bom gosto, afinadérrima, a pessoa que resgatou Noel Rosa para a história depois da morte do "Cole Porter tapuia" para a tuberculose Nunca soube entender que bicho foi que mordeu a Aracy de Almeida (1914-1988). Em 2014 comemorou-se o seu centenário e, enquanto escrevo estas enfadonhas, digo, mal traçadas linhas, o livro de que ouço falar há pelo menos uma década, "Aracy de Almeida - Não Tem Tradução", um projeto - barra - sonho - barra - delírio tropicalista executado pelo amigo Eduardo Logullo, me encara do alto de suas 216 páginas de "causos", citações e divinas tretas com a empáfia de quem envia uma vigorosa banana. Eduardo Logullo, com quem, em outros tempos, já dividi um comércio ambulante de churrasquinho grego no viaduto do Chá (se não dividi, poderia, tamanha a cumplicidade), e a quem José Simão um dia definiu como o "melhor de todos nós" –não fosse, a meu ver, um certo cacoete de desafiar autoridade e questões que opõe vínculos empregatícios aos seus projetos de viagens ao exterior–, vem a ser deliciosamente fissurado em tudo aquilo que não é convencional. A ponto de tachar de "careta" –só para se ter uma ideia– até o Marquês de Sade. Só um livro escrito por alguém como Logullo poderia me ajudar a desvendar mistérios que parecem durar os mesmos cem anos que Aracy completaria neste 2014. Perceba: fui uma criança confusa. Chegava ao cúmulo de levar a sério o "Batman" interpretado por Adam West (como podia entender que se tratava de comédia com vilões como Vincent Price, Cesar Romero e Ida Lupino?). Mas a sequelada mirim que vos fala não conseguia entender porquê Silvio Santos mantinha um programa de calouros com jurados tão cruéis e pouco atraentes quanto Décio Piccinini, Pedro de Lara e a cangaceira que lembrava uma cruza entre Silvio "pelamor dos meus filhinhos" Luiz e a Mafalda, do cartunista Quino. Enquanto escrevo este texto o cantor Daniel está na tela da TV, no programa "The Voice Brasil" (Globo), esquartejando "Meu Mundo e Nada Mais", de Guilherme Arantes. Para espanto do autor, que tenta acompanhar como pode ao piano, Dani boy mete bronca nos trinados. ATENTADO MUSICAL Seria divertido ver como Aracy de Almeida reagiria diante desse atentado que se comete hoje em dia contra a interpretação musical, fenômeno que eu denomino de "celinedionificação" ou, como queira, de "agnaldorayolização" da canção, uma forma de exibicionismo que só valoriza potência sem oferecer nenhuma contrapartida e, no processo, coloca todas as músicas populares do planeta na mesma prateleira de nada. A Aracy que descobrimos é uma mulher de bom gosto, afinadérrima, a pessoa que resgatou Noel Rosa para a história depois da morte do "Cole Porter tapuia" para a tuberculose nos anos 1930. Aquele azedume em pessoa, que eu enxergava como uma desalmada capaz de dar a merreca de "dez paus" para o melhor número da noite, das (digamos) duas órfãs cegas, surdas e mudas do "Show de Calouros", é revelada nas páginas desta nem tão biografia e bem mais agrupamento de "boutades et retrouvailles" (reunião de fatos interessantes, frases e chistes) como uma cultivadora do bem viver, amiga de ícones como Paulo Mendes Campos, Di Cavalcanti, Vinicius de Moraes e toda a boêmia e inteligentzia da época. Logullo vê Aracy com um ser de modernidade intuitiva, uma bolacha fina para as massas, mais que isso, a enxerga como uma contrapartida feminina do malandro do morro, o camarada maltratado que se reafirma ostentando "coragem, perspicácia, manha, estilo". Ainda de acordo com Logullo, o "malandro" que seu personagem encarna é aquele ser que diz: "Eu posso. Eu sou. Eu quero. Eu vou. Eu faço". "Os malandros", continua, "em sua maioria negros oriundos dos bairros remediados' da Zona Norte carioca, buscavam aceitação social e escancaravam seus pequenos luxos". ENXOTANDO CALOUROS Hoje, seria impensável aceitar o apresentador do "Ídolos" que enxota o calouro para fora do palco com uma buzinada de carro antigo na orelha, no meio da interpretação. Ou que uma bruxa enfezada feito Aracy tivesse a liberdade de despejar seu descontentamento a respeito da condição humana na fuça de inocentes cordeiros submetidos ao seu escrutínio. O público rejeitaria correndo. E, no entanto, o malandro de hoje é o do funk ostentação, uma manifestação política usada para desagradar. E há o malandro hiper-realista, que comete malandragens ipso facto e dificilmente acabará virando a nova Susan Boyle pelas mãos de Simon Cowell. É analisando de onde viemos, para onde vamos, que se consegue traduzir a Aracy. Toda pura, almofadinha, muito da certinha. Uma mulher tão autêntica que foi incapaz de negociar com a mediocridade ou a baixaria. E acabou sentindo a mudança dos ventos entre as costelas. "Antes eu era muito popular, mas só entre intelectuais e artistas. Agora não, porque esse negócio de Via Embratel é um bico, rapaz! Acabou-se o tempo de poder sair para fazer compras, escolher minhas verduras. Agora não, até vaia eu levo na rua... Estou com minha cuca baleada: uns me dão adeusinhos, outros me chamam de filha daquilo...", afirmou a cantora. "Estou é a fim de me pirulitar por aí, ir pro Amazonas ajudar a abrir aquelas estradas lá..." ARACY DE ALMEIDA - NÃO TEM TRADUÇÃO AUTOR Eduardo Logullo EDITORA Veneta QUANTO R$ 34,90 (216 págs.)
2015-01-01
ilustrada
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569338-aracy-de-almeida-foi-malandro-de-saia.shtml
Crítica: Ano começa bem com belo e sensível filme de Sergio Leone
Eis um ano que começa bem. "Era uma Vez na América" ("Once Upon a Time in America", 1984, 18 anos, Cultura, 22h), ainda que dublado, é um evento. Consta que, quando se discutia a produção de "O Poderoso Chefão", alguém objetou que filmes de gângster há muito não faziam sucesso. Alguém respondeu: "Não fazem sucesso porque são dirigidos por judeus de Los Angeles. Desta vez quem será um italiano de Nova York". Bem, neste "Era uma Vez..." estamos em Nova York e o diretor, Sergio Leone, é italiano mesmo. Os gângsters é que são judeus. São De Niro e James Woods. Suas vidas se desenrolam tendo como pivô a bela Deborah (que, meninos, eles espiam quando dança: cena antológica). Filme de gângsters, filme de amizade, filme de amor e até de ódio: último, belo e sensibilíssimo filme de Leone.
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569336-critica-ano-comeca-bem-com-belo-e-sensivel-filme-de-sergio-leone.shtml
Série rastreia compositores de games dos 1980
Jovens nerds dos anos 1980 não sabem, mas enquanto jogavam "Gimmick!" e "Balloon Fight", em algum lugar ressoava o jazz de George Benson e o reggae de Sly Dunbar. Parece improvável, mas é o que mostra a série de documentários "Diggin' in the Carts", sobre os compositores japoneses de "chiptune", músicas eletrônicas produzidas por chips que serviam de trilha para os games que hoje são chamados de vintage. Dirigida pelo neozelandês Nick Dwyer, da Red Bull Academy, a série de seis episódios (entre 15 e 17 minutos) está disponível gratuitamente na internet. Vivendo no Japão desde o começo do ano, Dwyer rastreou alguns dos grandes compositores da época, cujas produções invadiram lares do mundo inteiro com a popularização dos videogames, porém cujos nomes permaneceram no anonimato. "Alguns deles ainda trabalham para as mesmas empresas dos velhos tempos, outros estavam aposentados, mas consegui encontrá-los e eles ficaram comovidos com o projeto", disse o diretor à Folha, falando de Tóquio. REGGAE Entre os músicos, está Hirokazu Tanaka, responsável pelas trilhas de clássicos como "Balloon Fight" e "Metroid" –mais recentemente, fez temas da animação "Pokémon". Antes de compor sons eletrônicos para a Nintendo nos anos 1980, Tanaka fazia parte de um grupo de reggae, e levou para a indústria dos games suas raízes musicais. Em um dos episódios, sentado em um bar decorado com coqueiros e tomando drinques tropicais, ele conta como suas trilhas têm o ritmo de Sly Dunbar, baterista jamaicano que ouvia em seu caminho para o trabalho. "Quando ele me disse isso, fiquei louco", conta Dwyer. "Todos nós, quando crianças, brincamos com esses jogos, e nunca pensamos na pessoa fazendo aquela música. E quando você descobre que este cara realmente ama Sly Dunbar e está tentando reproduzir ritmos de reggae em chips de 8 bits, é incrível" Em outro episódio, o músico Masashi Kageyama, compositor da trilha de "Gimmick!", conta diante de um cenário rural nipônico como se inspirava em sons da natureza para criar as suas músicas, enquanto ouvia George Benson na rádio. "Dez minutos em uma bicicleta significava dez minutos improvisando uma melodia". FLIPERAMA Além dessas influências inusitadas, Dwyer se impressionou com o papel das mulheres nas equipes de som das empresas de games. "A maior parte dos sons dos fliperamas, dominados por meninos jogando games de tiro, era feitos por mulheres". A compositora Yoko Shimorura, considerada uma das maiores do ramo, tornou-se famosa ao fazer as canções de "Street Fighter 2" buscando elementos típicos do local de origem de cada personagem. "O único compositor que eu realmente queria incluir e não consegui é Konji Kondo, que fez as trilhas de Mario Bros.' e Zelda'", lamenta o diretor. Por questões relacionadas a copyright com a Nintendo, o músico ficou de fora do projeto. Os episódios da série percorrem a trajetória das músicas de game desde 1983, quando surgiu o console doméstico NES (Nintendo Entertainment System), até o surgimento do Playstation, da Sony, onze anos depois. Naquela época, conforme descrevem os entrevistados, era muito difícil criar com as limitações dos chips, o que os obrigava a ser criativos. "Os músicos da era dos 8 e 16 bits tentavam recriar a música ocidental através destes sons únicos. Cada um desses chips tem sua própria personalidade, seu próprio som, e você não pode replicá-los de outra forma", comenta Dwyer. Durante a década de 1990, conforme os games se tornavam complexos, as músicas também passaram a ser mais elaboradas, com sons que simulavam baterias e guitarras. A tecnologia 32 bits, por fim, marcou o fim da era "chiptune" e deu lugar a um novo tipo de música de videogame, que não encontrava mais tantas limitações. "Aquele período único da música eletrônica acabou", lamenta o diretor. DIGGIN' IN THE CARTS DIRETOR NICK DWYER ONDE www.redbullmusicacademy. com/magazine/diggin-in-the-carts QUANTO grátis
2015-01-01
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569335-serie-rastreia-compositores-de-games-dos-1980.shtml
Ajuste feito por Lula em 2003 vai se replicar neste ano, dizem analistas
Para Fernando de Holanda Barbosa, economista da FGV, o ajuste feito em 2003 no primeiro mandato de Lula pode dar pistas do que esperar em 2015. "A taxa de desemprego [sem efeitos sazonais] começou 2003 em 11,7% e superou 13% em outubro do mesmo ano." "Ao mesmo tempo, a forte alta da inflação em 2003 reduziu de forma substancial o rendimento real, que fechou o ano com queda superior a 10%. O ajuste continuou em 2004, com queda na renda." Ele diz que as consequências sobre o mercado de trabalho no ajuste de 2015/2016 não devem ser muito distintas das vistas em 2003/2004. "A correção deve ser mais longa e sem que se atinja o pico inflacionário de 2003. Nesse cenário, o desemprego deve ficar acima dos níveis atuais por mais tempo, mas não se verão mais taxas de dois dígitos. A redução do rendimento real será possivelmente inferior à observada em 2003 e 2004." Um dos fatores que "seguram" essa queda na renda é o maior nível de escolaridade dos trabalhadores", avalia Holanda". A perda de fôlego do PIB é explicada pelo esgotamento do ciclo de expansão baseado no crédito ao consumo, pelo cenário externo desfavorável e pelo fim do boom de commodities, além da perda de competitividade da indústria, diz a GO Associad"os. "Sem juros baixos, com uma política fiscal expansionista fora de cogitação, não se pode esperar outro resultado em 2015. A melhora nos investimentos e nos indicadores do mercado de trabalho deve vir em 2016", diz o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos.
2015-01-01
mercado
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http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569290-ajuste-feito-por-lula-em-2003-vai-se-replicar-neste-ano-dizem-analistas.shtml
Outro Canal:
A Globo dá início nesta quinta (1º) às comemorações de seus 50 anos com a exibição do especial "Tim Maia - Vale o que Vier", uma recriação do filme dirigido por Mauro Lima que estreou no ano passado nos cinemas, ... Leia post completo no blog
2015-01-01
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Ativista defende revolução verde para salvar o mundo
Em tom de manifesto, a canadense defende mudanças no modelo econômico global, priorizando energia limpa e incentivos à produção local Para defender o planeta é preciso destruir as bases da economia neoliberal. Privatizações e desregulamentações precisam ser atacadas. O poder de intervenção do Estado e o planejamento de longo prazo devem ser revigorados. O caminho para isso é construir um forte movimento de massas. A luta contra o aquecimento global é uma chance para catalisar ações por uma sociedade menos desigual. Esse é o cerne de "This Changes Everything: Capitalism versus the Climate" (isso muda tudo: capitalismo versus clima), novo livro de Naomi Klein, 44. Em tom de manifesto, a canadense defende mudanças no modelo econômico global, priorizando o controle público de investimentos, energia limpa, incentivos à produção local e redução de consumo (menos para os pobres). Na sua visão, é urgente fazer uma espécie de Plano Marshall para a Terra. Os custos da transformação seriam pagos pelos grandes poluidores (petrolíferas, por exemplo) e por países ricos –sob pressão de movimentos de massas. Para quem classifica sua tese de "sonhática", Klein diz que, em outros momentos da história, a população conseguiu mudar a tendência dominante. A onda pelos direitos civis nos Estados Unidos nos anos 1960 e o movimento abolicionista no século 19 são alguns dos exemplos citados. Ela traça paralelo entre o poder dos escravocratas de então e o dos grandes poluidores –e senhores do poder de hoje. Com ressalvas, a jornalista afirma que o peso do trabalho escravo na economia americana de então é comparável à importância dos combustíveis fósseis agora. Assim como aqueles proprietários perderam na época, hoje é a vez de os empresários ligados ao petróleo pagarem a conta. Mudança assim não será implantada pelas forças do livre mercado, diz Klein. Nesse novo livro, a autora retoma, de forma aguda, teses de suas obras anteriores, especialmente de "A Doutrina do Choque" (2007). Ela conecta a aceleração do aquecimento global à ascensão do capitalismo neoliberal a partir dos anos 1980 –justamente quando a questão ecológica começou a ganhar mais evidência. Mercados desregulamentados, invasão privada de espaços públicos, celebração do individualismo e do consumismo, políticos financiados por corporações: segundo ela, esse pacote ajudou a turbinar o capitalismo –e a poluição. Klein aponta a ligação entre céticos do aquecimento global e grandes empresas e questiona a ação de celebridades em favor do clima. Mostra elos entre as petroleiras e expoentes do movimento ambiental e espinafra a "financeirização" desse mercado. Elogiando decisões na Alemanha que devolvem empresas de energia ao controle público e revoltas de comunidades atingidas pelo aquecimento global, a ativista não vai longe no desenho da nova sociedade imaginada. Não há reflexão mais profunda sobre como seria o plano para países periféricos e sedentos de crescimento, como o Brasil. Genericamente, defende que um mundo preocupado com energia renovável, transporte público, agroecologia e economia local criaria mais empregos e melhoria a vida da maioria. Cita projeções e dados circunscritos a experiências ainda limitadas. Mesmo com fragilidades, o livro faz um alerta contundente. Cética em relação a acertos governamentais, Klein desabafa: "Largar tudo e plantar verduras não é uma opção para esta geração. Somente movimentos sociais de massa podem nos salvar agora". THIS CHANGES EVERYTHING, CAPITALISM VERSUS THE CLIMATE AUTORA Naomi Klein EDITORA Simon & Schuster QUANTO US$ 30 (R$ 80), importado (576 págs.)
2015-01-01
ilustrada
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569337-ativista-defende-revolucao-verde-para-salvar-o-mundo.shtml
2015: ano de agitações
Este ano será de intensas lutas sociais no país. O projeto petista dá sinais cada vez mais fortes de esgotamento, sintomas de fim de ciclo. A economia não ajuda. E as escolhas de Dilma ajudam menos ainda a contemplar os setores populares. Os dois últimos anos reviraram ao avesso o pacto social construído pelo PT. As mobilizações da juventude em junho de 2013 –com seus efeitos à direita e à esquerda– e as lutas populares urbanas em 2014 anunciaram a retomada de um período de agitação social. Junto a elas, o crescimento expressivo das greves nos últimos anos, com um pico de 873 em 2012. O pacto durou enquanto foi cimentado pelo crescimento econômico. A ideia de que todos podem ganhar, simbolizada por Lula, tinha base no crescimento econômico médio de 4% ao ano entre 2003 e 2010. Embora fosse um pacto desigual, onde os empresários ganharam muito mais que os trabalhadores, foi o que deu substância para a política de conciliação de classes no último período. Mas o maná acabou. O crescimento médio anual nos quatro anos de Dilma foi de 1,5%, supondo-se a taxa de 0,2% em 2014 prevista pelo Banco Central. Para 2015 a previsão do governo é de 0,8%. Neste cenário, não é mais possível um pacto social. Baixo crescimento econômico significa quase sempre instabilidade política e mobilização popular. Foi o que vimos renascer nos últimos anos. O orçamento encolheu e a base de apoio também. Dilma ficou diante de uma encruzilhada. Ou enfrentava a crise com um programa de reformas estruturais, buscando uma base de apoio popular para enfrentar o Congresso e a banca, ou cedia à chantagem do mercado e da direita e avançava num governo orientado por medidas impopulares. Passadas as eleições, foi rápida em definir o caminho. Indicou uma equipe econômica neoliberal, com a missão de fazer cortes de gastos. Aumentou os juros duas vezes em dois meses. Autorizou o reajuste do combustível e agora fala em abrir o capital da Caixa Econômica Federal. Na política seguiu a mesma toada, compondo o ministério com um show de horrores: Kassab, Kátia Abreu, pastor George Hilton, Helder Barbalho. Ante a crise, política optou pelo aprofundamento de uma governabilidade conservadora. Ante a crise econômica, apostou na saída neoliberal com a esperança de retomar o investimento do setor privado na economia. Essas escolhas naturalmente terão um preço. O preço das políticas antipopulares: mobilizações de rua, ocupações, greves. Assim será 2015. Não estamos diante de abstrações. Já se fala em corte de gastos de R$ 100 bilhões pela equipe econômica. Isso significa evidentemente redução de investimentos sociais e ataques a direitos trabalhistas e previdenciários. Alias, já começou, com o anúncio de novas regras para o seguro-desemprego e pensões. Kassab no Ministério das Cidades representa o aprofundamento da política urbana voltada ao setor imobiliário. Nada de Estatuto das Cidades. Nada de reforma urbana. A política que na última década transformou as cidades brasileiras em barris de pólvora prestes a explodir. Problemas como moradia, mobilidade e distribuição territorial dos serviços públicos tendem a se agravar ainda mais. Dilma tomará posse hoje com esse passivo social. De frente para o Congresso e de costas para os movimentos populares. Seria estranho supor que esse conjunto de medidas gere passividade social, principalmente depois do que vivenciamos nos últimos dois anos. São Paulo terá ainda suas batalhas particulares. Haddad e Alckmin já anunciaram o aumento das tarifas de transporte para os próximos dias, que será enfrentado pelas primeiras mobilizações do ano. E se não chover acima da média até março, o risco do colapso hídrico no Estado permanece alto. E com ele a revolta popular. Por reformas populares, direitos sociais, moradia, transporte público e água, lutas não faltarão. 2015 promete!
2015-01-01
colunas
guilhermeboulos
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/guilhermeboulos/2015/01/1569331-2015-ano-de-agitacoes.shtml
Presidente Dilma vai vetar correção de 6,5% no Imposto de Renda
A presidente Dilma Rousseff irá vetar nos próximos dias a correção de 6,5% da tabela de Imposto de Renda, índice aprovado pelo Congresso Nacional no dia 17 do mês passado. De acordo com auxiliares da presidente, o governo irá editar uma nova medida provisória com uma correção perto de 4,5%, para efeito neste ano. Na campanha eleitoral, Dilma havia prometido corrigir a tabela em 4,5%. O governo editou uma medida provisória com esse reajuste, mas o Congresso Nacional acabou aprovando correção superior. Na época da votação, o Palácio do Planalto tentou convencer a sua base de apoio a adiar a votação para este ano sob o argumento de que o cenário econômico estaria mais claro, mas o Congresso Nacional optou por realizá-la na última sessão com votações de 2014. Durante a votação do ajuste na tabela na Câmara, a bancada do PT ficou isolada. Vislumbrando que seria derrotado, o partido voltou atrás e acabou votando pela correção em 6,5%. CARROS Ainda em decorrência do cenário de tentativa de ajuste das contas públicas, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos volta a subir nesta quinta-feira (1º), conforme anunciado pelo governo em novembro. Para carros populares, a alíquota do imposto subirá de 3% para 7%, que era o seu valor original antes da desoneração promovida em 2012. Para os demais veículos, a alíquota subirá de 9% para 11%, no caso dos carros flex, e de 9% para 13% para os modelos movidos a gasolina. Caberá a cada empresa a decisão sobre quando repassar a recomposição do imposto para o preço ao consumidor, de acordo com a Anfavea (associação que representa as montadoras). A desoneração tinha previsão de acabar nesta quarta (31), e o governo optou por não prorrogá-la. A decisão faz parte das medidas de cortes de gasto e aumento de receita anunciadas pela nova equipe econômica do governo.
2015-01-01
mercado
null
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569288-presidente-dilma-vai-vetar-correcao-de-65-no-imposto-de-renda.shtml
Painel FC: Briga entre Palmeiras e São Paulo favorece agentes em negociações
Em rota de colisão há quase um ano por causa de negociações atravessadas, as diretorias de São Paulo e Palmeiras suspeitam que em duas recentes transações, de Thiago Mendes e Gabriel Jesus, esse histórico de briga foi usado justamente para ... Leia post completo no blog
2015-01-01
esporte
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http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1569433-painel-fc-briga-entre-palmeiras-e-sao-paulo-favorece-agentes-em-negociacoes.shtml
Fotógrafo Gustavo Epifanio foi a cidades da cordilheira dos Andes
O fotógrafo Gustavo Epifanio fez uma viagem de carro até Lima, no Peru, para clicar o Rali Dakar. Durante o trajeto, fotografou paisagens e pessoas que conheceu nos vilarejos próximos à cordilheira dos Andes por quais passou. Confira outras edições do Álbum de Viagem: Belém, por Francisco Cepeda Cotidiano baiano, por Akira Cravo Nordeste, por Ricardo Borges Paris, por Antonello Veneri Animais selvagens, por Mario Haberfeld Nova York, por Daniel Marenco Califórnia, por Edilson Dantas Peru, por Fabiano Silva Ilha de Marajó, por Zé Carlos Barretta Acre, por Eduardo Anizelli Utah, por Cristiano Xavier Serra da Canastra, por Felipe Martí Cânion do Xingó, por Ailton Cruz Fernando de Noronha, por Adriano Vizoni Patagônia, por André Dib
2015-01-01
turismo
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http://www1.folha.uol.com.br/turismo/2015/01/1569214-fotografo-gustavo-epifanio-foi-a-cidades-da-cordilheira-dos-andes.shtml
Editorial: Obama hiperativo
O presidente dos EUA, Barack Obama, terminou 2014 disposto a desfazer a impressão de que será, nos últimos dois anos de mandato, o que os meios políticos de seu país conhecem como "pato manco" –um líder sem poder, apenas guardando lugar para o sucessor. Tão logo foi confirmada sua derrota na eleição para o Congresso em novembro, quando perdeu o Senado (já não tinha a Câmara), Obama deu início a um período de hiperatividade poucas vezes visto na história recente americana. Em questão de semanas, fechou um acordo climático com a China, ajudou a destravar a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (ameaçada pela Índia), anunciou medidas para dificultar a deportação de imigrantes ilegais e pôs em marcha um processo de reaproximação com Cuba. Justificou as medidas, promulgadas por meio de decretos, com base na inação do Congresso. Iniciativas mais sólidas, como a legalização de hispânicos e o fim do embargo comercial imposto contra Havana, dependeriam de mudanças legislativas, algo que não é realista imaginar antes de 2016, data da próxima eleição presidencial. Obama, assim, fez remendos, tentando mitigar a frustração de setores progressistas com sua passagem pela Casa Branca. Excluindo-se a aprovação da lei de saúde pública, em 2010, é magra, até agora, a lista de grandes feitos do primeiro presidente negro dos EUA. Nada indica que Obama reduzirá o ritmo em 2015. De olho em seu legado, o presidente ainda pode anunciar um acordo nuclear com o Irã. Também é provável que se lance em nova tentativa de mediar a paz entre Israel e Palestina. No âmbito interno, conta com a recuperação da economia, que, no terceiro trimestre de 2014, cresceu impressionantes 5% anualizados. Jogador político ousado, Obama deu de ombros para os protestos da oposição republicana, que ameaça cortar qualquer resquício de colaboração bipartidária e questionar na Justiça a legalidade de algumas decisões. Sem precisar se preocupar com novas eleições, deu-se ao luxo de esgarçar até o limite do possível o princípio dos freios e contrapesos. Chamado de "imperador romano", "Napoleão" e até de "ditador" pelos mais exaltados, Barack Obama corre o risco, ao buscar a via da autossuficiência legislativa, de desmoralizar a negociação política nos EUA. Por mais que os republicanos levem a tática da obstrução ao paroxismo, esse é um feito que ele não deveria almejar.
2015-01-01
opiniao
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http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/01/1569221-editorial-obama-hiperativo.shtml
PT espera reunir 30 mil na Esplanada para posse
O PT espera cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios para acompanhar a posse presidencial. Telões transmitirão as solenidades, que devem começar às 14h45. Ao longo do dia, shows de artistas brasilienses e da cantora Alcione irão entreter os presentes. De acordo com o PT, cerca de 500 ônibus de todo o país chegarão à capital. Para diminuir os custos com alojamento e alimentação, a maioria só chegará na madrugada ou manhã desta quinta-feira. O partido alugou um ginásio e um pavilhão de exposições no centro de Brasília para acomodar os viajantes. Toda a cerimônia de posse segue trâmites estabelecidos em lei. O início do evento acontece na Catedral Metropolitana de Brasília, localizada no fim do gramado da Esplanada dos Ministérios. De lá, Dilma seguirá em desfile em carro aberto, o famoso Rolls-Royce, até o Congresso Nacional. Um grupo estimado de 30 chefes ou vice-chefes de Estado deve desembarcar em Brasília para participar da cerimônia de posse. Entre eles, estão o norte-americano Joe Biden, vice de Barack Obama, o vice-presidente da China, Li Yuanchao e o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven. A presença em peso de líderes latino-americanos também é esperada –presidentes do Uruguai, Venezuela, Chile e Paraguai, por exemplo, confirmaram a ida a Brasília. Por motivos de saúde, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, comunicou que não poderá comparecer. O número previsto até o momento supera o de 2011 (23). Ao todo, são esperadas 70 missões estrangeiras –foram convidados ainda os representantes de entidades como OMC (Organização Mundial do Comércio) e Unasul. A recepção aos mandatários deve ocorrer no Palácio do Planalto, após Dilma ser empossada no Congresso Nacional. É lá que ela faz o primeiro discurso. Ao contrário de Lula em 2007, quando o então presidente reeleito já estava com a faixa presidencial ao subir a rampa do Planalto, Dilma deverá receber o adereço do cerimonial do Palácio. Dilma terá encontros bilaterais fechados com o vice-presidente norte-americano e com a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.
2015-01-01
poder
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1569389-pt-espera-reunir-30-mil-na-esplanada-para-posse.shtml
Meio cultural comenta a volta de Juca Ferreira ao Ministério da Cultura
Em sua crítica à escolha de Juca Ferreira (PT) como ministro da Cultura no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra Marta Suplicy (PT) afirmou que os brasileiros não conhecem "os desmandos que este senhor promoveu à frente da cultura brasileira". Além disso, a ex-ministra afirmou que "o povo da cultura, que tão bem o conhece, saberá dizer o que isto representa". A Folha ouviu o que artistas e empresários ligados ao setor cultural têm a dizer sobre a nomeação de Ferreira. Veja abaixo a repercussão: "Sobre sua gestão [de Juca Ferreira], anterior à minha, não nego alguns méritos. No entanto, não há como negar que a herança que me deixou foi bastante caótica." ANA DE HOLLANDA, ex-ministra da Cultura (2011-2012) "Não tenho ideia do que terá feito ele no Ministério da Cultura. Para Marta Suplicy dizer dele o que disse, boa coisa não deve ter sido." FERREIRA GULLAR, poeta e colunista da Folha "Estou esperançoso quanto à cultura. Marta foi ministra. Se identificou desmandos e não agiu, tornou-se cúmplice por omissão." LUIZ EDUARDO SOARES, antropólogo e escritor "Representa a volta de altos negócios, que envolvem figuras da música popular mais ou menos evidentes. E representa a rede Fora do Eixo, que se apresenta como cultural, mas é de negócios. É quase uma privatização do Ministério da Cultura." DEMÉTRIO MAGNOLLI, sociólogo e colunista da Folha "Acho que a Marta não tem razão. O registro que tenho da gestão de Juca é extremamente positiva, com uma série de iniciativas exitosas, como os pontos de cultura." EUGÊNIO PUPPO, cineasta "O retorno representa a oportunidade de trabalhar com um gestor que já conhece bem os desafios do livro e da leitura no Brasil. O mercado editorial nacional espera que ele mantenha e dê continuidade às conquistas da gestão passada na valorização do livro produzido no Brasil, seja em formato impresso ou digital." KARINE PANSA, presidente da Câmara Brasileira do Livro "Deu um alívio saber que será Juca o novo ministro. Ele trabalha sério. Eu estava preocupado que viesse um oportunista. Na época do Gil e do Juca é que entraram os editais e que foi criada a Ancine. Não quero desqualificar a Marta: se ela sabe de algo, que diga, mas acho um ótimo nome." LUIZ BOLOGNESI, cineasta "Já não bastam todas as péssimas escolhas para todos os ministérios, o da Cultura é sempre contemplado com o pior ministro. O ministério tem sido castigado com incompetentes." FULVIO STEFANINI, ator "A nomeação de Juca era o fato mais esperado para os que trabalham com cultura. Não tenho informações de bastidores, como Marta deve ter, então não compartilho dessa opinião dela." KLEBER MENDONÇA FILHO, cineasta "Estive ao lado do Aécio durante a campanha e já falava para ele sobre o Juca. Tenho muita admiração por ele. Foi um dos poucos nomes que a Dilma acertou. Marta foi muito infeliz nesta declaração." JOSÉ JUNIOR, coordenador do grupo AfroReggae "Juca é o melhor nome que temos para a cultura no Brasil hoje. Ele ampliou muito os espaços para novos incentivos às artes. A Marta não tem razão nenhuma de falar isso. Não teve desmando nenhum." PAULO LINS, escritor "Os últimos quatro anos foram perdidos para a construção de uma política cultural no Brasil. Isso pode ser resgatado agora com o Juca Ferreira." EMIR SADER, sociólogo "Vejo com bons olhos a nomeação de Juca. Não tenho noção desses desmandos a que a Marta se refere e não creio que essa declaração possa somar. Acho que isso só atrapalha." PAULO BETTI, ator "A chegada de Juca Ferreira traz o ministério de volta para o futuro. Juca parte da cultura para debater e construir um Brasil de baixo para cima. A manifestação da Marta é insignificante perto da alegria e do ânimo em ver a cultura de volta ao centro." PABLO CAPILÉ, ativista cultural "Foi uma grande mancada da Dilma nomear a Ana de Hollanda, que conseguiu destruir grandes avanços da dupla Gil-Juca. A convocação da Marta foi uma jogada de mestre para resgatar o ministério. E a Marta joga para a torcida, quer ser candidata a prefeita e não tem mais apoio no PT." JOSÉ DE ABREU, ator
2015-01-01
ilustrada
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/01/1569334-meio-cultural-comenta-a-volta-de-juca-ferreira-ao-ministerio-da-cultura.shtml
Fechamos o ano com grave dívida moral, reclama leitor
É interessante notar que Dilma resolveu quitar as "pedaladas fiscais" somente após perceber o risco de perder seu mandato. O jurista Hélio Bicudo prestou um grande serviço ao Brasil, pois, sem o pedido de impeachment apresentado por ele, Dilma e seus assessores, provavelmente, continuariam maquiando os péssimos resultados financeiros dessa desastrada gestão. José Carlos da Costa (Belo Horizonte, MG) * É profundamente injusto colocar em um mesmo balaio a presidente Dilma, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, como faz Clóvis Rossi. A presidente não é acusada de corrupção, de ter conta bancária ilegal no exterior, de ter ameaçado pessoas, de interferir em investigações. Ela tem passado ilibado. Ademar G. Feiteiro, advogado (São Paulo, SP) * Fechamos o ano com dívida pública de 67% do PIB. Mais grave, se é que isso é possível, é a dívida moral -negativas do óbvio, mentiras, delações, um acervo de investigações ainda não concluídas. Diante de tudo isso, 2016 até pode ser um ano promissor, sob a condição de resgatarmos a dignidade e inteireza da nação. Amadeu R. Garrido de Paula (São Paulo, SP) * Por vezes tem-se a impressão de que o grande propósito estratégico da presidente Dilma, quem sabe seguindo as orientações de algum guru ideológico, é exatamente ver o Brasil quebrado. Não é possível que um ser humano, eleito por boa parte da população de seu país, acumule tantas atitudes desconexas e, ao mesmo tempo, exiba um comportamento tão arrogante. Paulo Roberto Gotac (Rio de Janeiro, RJ)
2015-01-01
paineldoleitor
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http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2015/01/1724894-fechamos-o-ano-com-grave-divida-moral-reclama-leitor.shtml
Relações premiadas
Mesmo incompleta, por força de indecisões presidenciais e de voracidades partidárias insatisfeitas, a montagem do ministério para o segundo governo Dilma Rousseff é uma demonstração de que os problemas de governo e de sistema político são, no Brasil, mais complexos e mais típicos do que em geral se admite. As más composições do conjunto de ministérios, tornadas norma desde o início da redemocratização, estão explicadas como consequência forçosa do "presidencialismo de coalizão". Na primeira delas, o governo foi aberto para a oposição à ditadura, sob o estandarte do PMDB, e para o segmento de apoiadores da ditadura que por fim a abandonaram, reunidos no que seria o PFL. A multiplicação dos partidos, hoje mais de 30, instaurou a desordem. Na consequente divisão do Congresso entre múltiplas representações partidárias, várias bancadas não têm expressão política, mas todas são votos na Câmara e no Senado. Votos de que os governos precisam. A obtenção circunstancial desses votos é feita pelo sistema "é dando que se recebe", uma combinação de cinismo e corrupção que já serviu até para dar um segundo mandato de presidente. A maneira dos governantes obterem apoio com alguma permanência é a compra paga com participação no governo: o presidencialismo de coalizão –e de imoralidade e ineficiência. Uma desgraceira, mas com explicação possível. E não completada em si mesma: há o acréscimo inexplicável. É, consumada a coalizão, a parte presidencial, da sua escolha ou aceitação do nome para representar o partido coligado. Esta segunda etapa é pior do que a primeira. Não só por ser agravante da anterior, mas por não ter sequer a desculpa do sistema viciado que a exige. Sua causa é pessoal: está em cada presidente, inescrutável, no máximo presumida, às vezes. Só para exemplificar (no entanto, sem os pontos de exclamação merecidos): Renan Calheiros ministro da Justiça de Fernando Henrique; Geddel Vieira Lima, do grupo dos "anões da Câmara" que assaltavam o Orçamento, ministro da Integração Nacional de Lula, quando destinou à Bahia 90% das verbas para uso em todos os Estados (nem assim os baianos o elegeram governador). Incompleto embora, o novo ministério de Dilma é pródigo no inexplicável. O pastor George Hilton em Esporte, Aldo Rebelo em Ciência e Tecnologia e Jaques Wagner na Defesa podem revelar-se admiráveis nas suas áreas, a vida cria surpresas. Mas a escolha de seus nomes não pode ter partido dessa expectativa de Mega-Sena com cartão simples. Na ausência total de qualificação para a Defesa, quando o Brasil precisa repensar suas ideias militares obsoletas, Jaques Wagner talvez se explique por suas relações especiais com Dilma. Diante da aberração que é o atraso científico do Brasil, não há como entender que Ciência e Tecnologia não fique com um cientista, em vez de usado como quebra-galho para agrado ao PC do B. Consta que, para evitar problemas, a supervisão dos preparativos da Olimpíada-16 ficará na Casa Civil da Presidência com Aloizio Mercadante. É uma confissão da escolha descabida para Esporte. E um modo de causar dano mútuo à Olimpíada e à Casa Civil. Baixa compreensão do que é política, conceitos errados de administração pública, escassa noção de responsabilidade, desinteresse funcional, presunção em excesso, confusão entre relações pessoais e instâncias públicas –seja algo por aí ou seja o que for, o "presidencialismo de coalizão" faz muito mal ao Brasil, mas os presidentes conseguem torná-lo ainda pior. Ano novo Se você está no lado garantido na vida, aproveite-o bem em 2015. Se está no outro, que a sorte não lhe falte.
2015-01-01
colunas
janiodefreitas
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2015/01/1569391-relacoes-premiadas.shtml
Falta de luz persiste por mais de 60 horas em São Paulo após tempestade
Aos 84 anos, a aposentada Rafaela Laurenti tem passado as noites circulando pela casa com lanternas e velas. Na tarde desta quarta (31), já eram ao menos 64 horas sem energia na rua onde ela mora, a Doutor Andrade Pertence, na Vila Olímpia (zona oeste), por causa da tempestade que atingiu São Paulo na noite de domingo (28). "Moro sozinha e minha família tem medo de que eu caia no escuro. Mas vou sair daqui e deixar a casa para os ladrões?", diz Rafaela. Nas zonas sul e oeste, as mais afetadas, moradores de diversos pontos temiam passar o Réveillon no escuro. Segundo a Eletropaulo, 500 mil pessoas chegaram a ficar sem luz, número que caiu para 200 mil na terça. A empresa não divulgou um número nesta quarta. Sem luz desde as 23h de domingo, o aposentado Antônio Freitas, 71, que mora em Moema (zona sul), diz temer perder tudo que tem na geladeira para a ceia. Na Saúde (zona sul), a situação é parecida para o produtor de vídeo Felipe Vazquez, 37, que mora com a mulher e dois filhos na rua Bagé. "Estou sem luz, sem telefone e sem internet. Praticamente numa caverna." No prédio onde trabalha o zelador Edson Lima, 61, outro problema é a água, que a bomba já não consegue levar aos apartamentos. "Teve morador que mandou visita para hotel. Muita gente foi para a casa de parentes", diz. O tecnólogo Marcos Kenji passa pelo mesmo problema em seu apartamento no quinto andar, num prédio de dez pisos. "Agora temos também que economizar a água. Estamos guardando os alimentos em caixas de isopor com gelo." Ele já mandou dez mensagens e fez cinco ligações para a Eletropaulo. "Cada hora eles dão uma previsão." A Eletropaulo informou que a maior parte dos casos já havia sido solucionada e que não havia mais nenhuma grande área sem energia, como quarteirões e bairros. De acordo com a empresa, restavam nesta quarta apenas casos pontuais, que em sua maioria dependiam da troca de equipamentos da rede elétrica, como fios. Segundo a Eletropaulo, 2.000 eletricistas trabalham para restabelecer o fornecimento de energia, prejudicado, na maior parte dos casos, por queda de árvores.
2015-01-01
cotidiano
null
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569416-falta-de-luz-persiste-por-mais-de-60-horas-em-sao-paulo-apos-tempestade.shtml
Leitores comentam artigo do senador Eduardo Suplicy
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) teve atuação brilhante como parlamentar. Seu artigo de despedida ("24 anos no Senado", Tendências/Debates, 31/12) reflete apenas uma parte daquilo que construiu para São Paulo e para o Brasil. Não foi reeleito por uma conjunção de fatores, desde a estratégia eleitoral adotada até o arraigamento do voto contra, passando por cisões internas do seu partido. De qualquer forma, terá grande espaço para contribuir ainda mais com a construção de nossa cidadania. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP) * Lendo o artigo do senador Eduardo Suplicy, com todos projetos importantes de sua autoria aprovados e uma carreira íntegra no Senado Federal, acredito que ainda tenha muito para contribuir. A presidente Dilma Rousseff deveria chamar o ex-senador para contribuir com seu novo mandato, que se inicia nesta quinta. Com toda sua bagagem, credibilidade e integridade, o senador Eduardo Suplicy é mais preparado que a maioria dos ministros nomeados por Dilma. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
2015-01-01
paineldoleitor
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http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2015/01/1569240-leitores-comentam-artigo-do-senador-eduardo-suplicy.shtml
Investigação séria sobre a Petros levará ao PT
Nesta segunda-feira (29), a Petrobras informou que as investigações patrocinadas pela própria companhia sobre as denúncias desveladas pela operação Lava Jato vão se estender à Petros, a fundação de previdência dos funcionários da estatal. A Petrobras contratou dois escritórios de advocacia para realizar um trabalho independente à ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Segundo o comunicado divulgado pela Petrobras, os escritórios Trench, Rossi e Watanabe Advogados e o Gibson, Dunn & Cutcher identificaram possível relação entre os indícios de corrupção que estão sendo apurados na empresa com transações consumadas pela Petros. Se essa apuração independente for feita para valer, a Petrobras de Graça Foster vai chegar ao PT de Dilma Rousseff. São muitas as conexões entre uma coisa e outra descobertas até aqui. A Petros é o segundo maior fundo de pensão do país, com mais de R$ 66 bilhões de patrimônio e 158 mil participantes. Desde o primeiro mandato de Lula, a Petros está nas mãos do PT. Primeiro com o ex-sindicalista dos bancários de São Paulo Wagner Pinheiro. Depois, com os sucessores de Pinheiro, que ele ajudou a escolher antes de assumir, em 2011, a presidência dos Correios, já no governo Dilma. Na fase inicial dos depoimentos da Lava Jato, um advogado afirmou à PF que um esquema de notas fiscais fraudulentas foi usado para o pagamento de "propina na Petros". Trata-se de Carlos Alberto Pereira da Costa, preso na operação da PF e sócio da CSA Project Finance, uma das empresas operadas pelo doleiro Alberto Youssef. Segundo Costa, a CSA foi usada para intermediar a venda de títulos para a Petros. Ele disse que essas transações resultaram em propinas no valor de R$ 500 mil, divididas por cinco pessoas, entre os quais dois diretores da Petros, entre 2005 e 2006 –gestão de Wagner Pinheiro. Costa também contou que João Vaccari Neto, tesoureiro nacional do PT, esteve várias vezes na sede da CSA Project Finance "possivelmente a fim de tratar de operações com fundos de pensão". Vaccari é do mesmo grupo de ex-sindicalistas bancários de São Paulo do qual faz parte Wagner Pinheiro. Conforme a Folha reveleou em setembro, a PF abriu uma frente de investigação na Lava Jato para apurar se houve o uso de fundos de pensão para fins políticos. Mais uma vez, no centro das suspeitas está a estrela da tesouraria petista, João Vaccari Neto. Por tabela, entra novamente em cena seu companheiro dos tempos de sindicato: Wagner Pinheiro. A Petros e o Postalis, dos funcionários dos Correios, presidido por Pinheiro, aplicaram R$ 73 milhões num dos negócios intermediados pelo grupo do doleiro Youssef. Os dois fundos perderam praticamente todo o investimento. E-mails capturados pela PF em computadores de pessoas ligadas a Youssef sugerem que Vaccari ajudou os operadores do doleiro a fazer contato com a Petros em 2012. O interesse era captar recursos dos fundos de pensão para o Trendbank, uma administradora de fundos de investimento. Exatamente como desejavam os operadores de Youssef, os fundos de pensão aplicaram milhões num dos fundos geridos pelo Trendbank. Esse fundo quebrou no final do ano passado, deixando um rombo de cerca de R$ 400 milhões. Boa parte do dinheiro dos fundos de pensão que evaporou foi investido pelo Trendbank em papéis podres de empresas fantasmas ligadas a Youssef. Essas empresas fantasmas, por sua vez, aplicaram parte do que receberam do Trendbank em uma empresa usada por Yousseff, segundo a PF, para repassar dinheiro para o PT e outros partidos da base aliada ao governo Dilma. Pelo que se vê, há muito a ser apurado tanto pela PF quanto por essa investigação independente patrocinada pela Petrobras no que diz respeito à Petros. Um bom caminho para os investigadores é ouvir os dirigentes e ex-dirigentes da Petros que se encontravam com Vaccari em dois famosos hotéis do Rio de Janeiro, um no Leme e outro no Arpoador.
2015-01-01
colunas
leonardosouza
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leonardosouza/2015/01/1569163-investigacao-seria-sobre-a-petros-levara-ao-pt.shtml
Inflação, ajuste e PIB fraco devem afetar mercado de trabalho em 2015
De um lado, um cenário de inflação em alta, crescimento fraco e dificuldade de caixa. De outro, a expectativa de um ajuste fiscal "firme", com corte de gasto e menos dinheiro para investir –no setor privado ou no público. Resultado: um mercado de trabalho mais enfraquecido em 2015, com elevação do desemprego, queda na renda e reestruturação nas empresas com ajustes mais intensos na produção e mais demissões. A avaliação é de economistas e representantes de entidades da indústria, do comércio e do setor de serviços consultados pela Folha. Para os mais otimistas, a taxa de desemprego deve subir para 5,2% neste ano. Na previsão dos mais pessimistas, chegará a 6%. Os dados mais atualizados do IBGE para 2014, até novembro, mostram que o desemprego para seis regiões metropolitanas é de 4,8%. Desde janeiro, o saldo de novos empregos (trabalhadores admitidos menos demitidos) foi de 938 mil –e deve fechar o ano em 700 mil, segundo a previsão do governo. Metade do que o Brasil criava há poucos anos. A deterioração no mercado formal de trabalho fica mais evidente ao observar os dados de novembro, quando foram criadas 8.400 vagas com carteira assinada –queda de 82% ante novembro de 2013, quando se registrou a geração de 47,5 mil vagas. "Como os salários estão evoluindo em um ritmo mais fraco e sofrem o impacto da inflação mais alta, a tendência é que mais pessoas voltem a procurar emprego para elevar a renda familiar", diz Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências. "Como a geração de vagas é baixa e" insuficiente para absorver toda a força de trabalho, a taxa de desemprego sofre" essa" pressão. Não vimos esse movimento em 2014, mas devemos ver em 2015." IMPACTO NO BOLSO Se o desemprego sobe, o efeito é imediato no bolso do trabalhador. "O poder de barganha nas negociações salariais fica reduzido em um cenário mais adverso para o emprego. Com isso, a renda deve crescer menos", diz o economista Fábio Romão, da LCA. Na previsão da consultoria, o rendimento médio real do trabalhador deve crescer 1,5% em 2015, patamar mais baixo desde 2005. Em 2014, a alta deve ter sido de 2,7%. AJUSTE PESADO A indústria deve ainda perder força no emprego, mas o ajuste mais "pesado" já ocorreu, avaliam os economistas. Com férias coletivas, licença remunerada, cortes e programas de demissão voluntária, a indústria automobilística é uma das que mais se reestruturaram em 2014. Em 2015, o setor industrial deve continuar encolhendo –o corte deve chegar a 65 mil vagas, na projeção da LCA. O número corresponde a um terço do previsto para 2014, quando o setor deve fechar 188 mil empregos formais. "Para ter a dimensão do que isso significa, em 2013, a indústria fechou o ano com criação de 91 mil vagas", ressalta Romão. O comércio e o setor de serviços devem sentir mais, nos próximos meses, os efeitos do enfraquecimento da economia –uma vez que o consumo das famílias deve continuar em queda. Fábio Pina, economista da Fecomercio-SP, projeta desaceleração brusca na abertura de vagas no comércio. "No máximo, 50 mil vagas em 2015, o que corresponde a um terço dos empregos gerados no setor em 2013." Não à toa as centrais sindicais querem implementar com o governo um programa de proteção do emprego. A principal medida é a redução da jornada de trabalho em até 30%, com diminuição de salários, nas empresas afetadas pela crise econômica.
2015-01-01
mercado
null
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569291-inflacao-ajuste-e-pib-fraco-devem-afetar-mercado-de-trabalho-em-2015.shtml
Distribuição de árvores por ruas de São Paulo é extremamente desigual
Se árvore em São Paulo é sinônimo de estorvo ou até de tragédia em dia de chuva e vento forte, em geral ela é uma tradução da qualidade de vida nas grandes cidades: quanto maior seu número, mais conforto térmico, mais sombreado, mais permeabilidade do solo (logo, menos enchentes) e mais umidade. Um mapeamento das árvores em calçadas e canteiros da cidade feito pela Prefeitura de São Paulo, ao qual a Folha teve acesso, evidencia a desigualdade na distribuição de árvores, especialmente entre centro expandido e as periferias da cidade. No topo do ranking, com mais árvores, está a subprefeitura de Pinheiros, que congrega bairros como Jardins e Itaim, com quase 50 mil das 650 mil árvores da cidade, contabilizadas por meio de imagens de satélite e programas de geoprocessamento. Isso quer dizer que nesta região há 1.573 árvores por quilômetro quadrado e 5,8 habitantes por árvore. Na lanterna das 32 subprefeituras, com 234 árvores por quilômetro quadrado e 62,7 habitantes por árvore está Cidade Tiradentes, que tem míseras 3.520 árvores. Segundo Danilo Mizuta, engenheiro florestal da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, o mapeamento foi feito para orientar o trabalho de plantio de mudas e a distribuição de técnicos para o cadastro de árvores no Sisgau (Sistema de Gerenciamento de Árvores Urbanas), que monitora a saúde e calcula risco de queda. RELAÇÃO EM CRISE De acordo com Mizuta, a relação do paulistano com suas árvores não é das melhores. "Infelizmente, há muito cidadão que pede remoção de árvores para a prefeitura porque as folhas entopem sua calha ou sujam sua garagem." Segundo ele, reclamações de árvores feitas à prefeitura são sempre verificadas por técnicos, mas a árvore só é removida ou podada se representar perigo. "Se a sanidade da árvore não está alterada nem há risco de queda, não podemos retirar das ruas um ser vivo que presta um serviço ambiental importante para a cidade. E, se for o caso de retirá-la, ela deve ser substituída", diz.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569417-distribuicao-de-arvores-por-ruas-de-sao-paulo-e-extremamente-desigual.shtml
Volta do litoral deve ter trânsito lento desde o período da manhã
O trânsito para quem vai nesta quinta (1º) do litoral para a capital paulista deve ficar intenso desde a manhã. Segundo os responsáveis pelas rodovias, a Padre Manoel da Nóbrega e a Mogi-Bertioga ficarão com tráfego intenso das 8h até as 24h. Já o sistema Anchieta-Imigrantes deve ter congestionamento entre 16h e 24h. Para a Anhanguera-Bandeirantes, a previsão é de congestionamento das 15h às 21h; na Régis Bittencourt, entre 12h e 24h. IDA O tráfego foi intenso também na ida ao litoral nesta quarta (31). Na Imigrantes, por volta das 10h30, o motorista demorava cerca de duas horas para descer a serra. O congestionamento era de 15 km. O pico foi registrado às 7h, com filas de 33 km. A Anchieta também registrou trânsito lento pela manhã. A viagem durava por volta de 2h30 na rodovia. A Rio-Santos também teve tráfego congestionado no sentido São Sebastião, do km 200 ao km 190. No sentido Ubatuba da estrada havia dois pontos de lentidão: do km 96 ao km 77 e do km 57 ao km 53. OUTRAS RODOVIAS A situação foi ruim também na Padre Manoel da Nóbrega, que teve congestionamento de 22 km. As filas se encontravam entre os km 270 e 292. O tráfego foi intenso ainda na Manoel Hyppólito Rego, no sentido São Sebastião. A estrada Mogi-Bertioga teve tráfego intenso e pontos de parada entre os km 60 e 64 e os km 75 e 98 no sentido Bertioga.
2015-01-01
cotidiano
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http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1569412-volta-do-litoral-deve-ter-transito-lento-desde-o-periodo-da-manha.shtml
Alô esquerda, como se sente?
Passado o Ano Novo, já começa a contagem regressiva para o Carnaval. Com o novo ministério que toma posse hoje, uma marchinha de sucesso da folia de 2015 bem que poderia ser assim: "Alô esquerda, como se sente? Votar na Dilma e eleger Aécio presidente". Joaquim Levy (Fazenda), Armando Monteiro (Desenvolvimento), Kátia Abreu (Agricultura), Gilberto Kassab (Cidades), Cid Gomes (Educação), Eduardo Braga (Minas e Energia), George Hilton (Esportes) –um time em ministérios chave que poderia fazer parte de qualquer governo tucano. A gritaria de colunistas e políticos de esquerda foi geral: "uma bofetada", "uma equipe econômica afinada com a banca", "símbolo de políticas antipopulares", "governo conservador". Mas não consegui entender o porquê da surpresa. Não era segredo que Kátia Abreu seria ministra. No meio da campanha eleitoral, a indicação era favas contadas no setor agrícola devido à amizade entre ela e a presidente. Tampouco era novidade que Kassab ocuparia uma cadeira na Esplanada. No primeiro turno da eleição, o ex-prefeito acompanhou o vice-presidente Michel Temer até a urna e sua indicação era comentada entre os políticos e jornalistas presentes. Também já faz tempo que Dilma procurava alguém capaz de melhorar sua interlocução com o setor privado para a pasta do Desenvolvimento. Depois de perder o governo de Pernambuco, Monteiro, ex-presidente da confederação da indústria, aceitou a dura missão. Cid Gomes, George Hilton e Eduardo Braga são apenas mais um sinal de que o PT cedeu faz tempo, mas muito tempo, ao jogo político tradicional. A única surpresa foi Levy. Ex-Bradesco e um liberal convicto, efetivamente é uma escolha ousada para quem passou a campanha dizendo que o adversário entregaria o país aos banqueiros e tiraria a comida da mesa dos pobres. Mas, com a economia em frangalhos, é ótimo que a presidente tenha cedido. A massa da população, que consome a propaganda dos marqueteiros nas eleições, pode até ter sido surpreendida com a escolha dos novos ministros. Mas políticos, líderes sociais e comentaristas que apoiaram tenazmente Dilma na campanha sabiam muito bem onde estavam pisando. O novo ministério de Dilma é fraco e todo mundo tem o direito de reclamar, mas não faz sentido esse pessoal encarnar o papel de amante traído, porque nada disso era desconhecido para eles. E, principalmente, porque votariam e defenderiam Dilma de novo se a eleição fosse hoje. Para uma parcela dos eleitores, votar no PT já virou uma crença, algo próximo de uma religião, porque esse partido "seria o único ao lado dos pobres e oprimidos". Em 2003, muitos chegaram a sonhar com isso. Mas, em 2014, passado o mensalão e iniciado o petrolão, perdeu completamente a graça. Já está mais do que provado que nenhum partido ou grupo político detém o monopólio da virtude e que sem uma reforma política o país não vai para frente.
2015-01-01
colunas
raquellandim
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/raquellandim/2015/01/1569215-alo-esquerda-como-se-sente.shtml
A caixa de entrada de Dilma
Dilma Rousseff toma posse hoje em seu segundo mandato. O dia deveria ser de comemoração. Ser a primeira mulher eleita –duas vezes– para o mais alto cargo brasileiro é uma façanha notável. Ela conseguiu grandes realizações em seus primeiros quatro anos, especialmente ao sustentar e ampliar os programas sociais e reduzir a pobreza. A vitória apertada que lhe deu o segundo mandato foi conquistada com base nessas realizações. As atenções vêm se concentrando na formação de seu novo governo, mas existem nuvens ameaçadoras se formando no horizonte. A caixa de entrada da presidente Dilma está repleta de problemas urgentes, mas não está em seu poder controlar os principais desafios que enfrenta. Tampouco está em poder da classe política brasileira. Nem a presidente nem os demais políticos são capazes de acobertar as consequências dos escândalos de corrupção e propinas que batem à porta do governo, dos políticos e dos facilitadores com quem eles se relacionam. Por que isso ocorre? Porque os escândalos de corrupção são bipartidários e internacionais em suas ramificações. A Polícia Federal vem investigando o cartel que, entre 1988 e 2008, superfaturou fraudulentamente a construção do Metrô de São Paulo. No período, o Estado foi governado por Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. Os contratos em questão envolviam grandes empresas estrangeiras, entre elas a alemã Siemens, a francesa Alstom, Bombardier, do Canadá, e Mitsui, do Japão. O pagamento de comissões indevidas foi revelado quando a Siemens admitiu que o cartel havia imposto um sobrepreço de 20% ante o valor cobrado no mercado. O escândalo da Petrobras é ainda maior em suas ramificações nacionais e internacionais. As propinas supostamente envolvem cerca de 50 políticos. Os promotores públicos brasileiros podem indiciar os envolvidos em breve. Uma vez mais as dimensões internacionais do escândalo escapam ao sistema político e legal do Brasil. As ações da Petrobras no exterior, bem como as de seus diretores e dos políticos que supervisionam a empresa, estão também sujeitas a leis, regulamentos, processos por prejuízos fraudulentos e a leis estrangeiras de combate à corrupção. E quanto a Dilma? Uma coisa que pode ser dita com certeza é que ela é notória pela atenção aos detalhes. Ela foi presidente do conselho da Petrobras por uma década. Foi ministra das Minas e Energia. Foi presidente da República nos quatro últimos anos. Ou ela não sabia o que estava acontecendo sob sua responsabilidade, o que a torna incompetente, ou sabia –o que a torna culpada. É muito difícil extrair qualquer outra conclusão. Tradução de PAULO MIGLIACCI
2015-01-01
colunas
kennethmaxwell
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/kennethmaxwell/2015/01/1569227-a-caixa-de-entrada-de-dilma.shtml
Multa para crise hídrica pode ser tiro pela culatra
Na crise hídrica de São Paulo, o governo anunciou, no último dia 22, uma medida para ajudar a conter o gasto de água que entra em vigor hoje (1º): uma "tarifa de contingência" para quem aumentar o consumo de água. Quem consumir até 20% a mais em relação à média do ano passado receberá multa de 20%. Já os que ultrapassarem os 20% pagarão multa de 50%. Todos estão preocupados com a falta de água, certo? A ideia da multa faz sentido: a melhor forma de sentir a seriedade da situação é no bolso. No entanto, a medida pode não produzir o resultado esperado. A água é um bem comum. No estado de escassez que vivemos, a pessoa que consome a mais está tirando, de certa forma, de um outro. É como aquela colega que resolve trazer biscoitos para todos no escritório: ninguém tem coragem de comer mais do que um ou dois sem correr o risco de deixar alguém sem nenhum docinho. No entanto, ao estabelecer uma multa para o consumo excessivo de água o governo introduz uma regra de mercado no que era, antes, uma preocupação social. Se a sua colega decide cobrar R$ 1 pelo biscoito que ela assou, você passa a fazer um cálculo de quantos biscoitos quer e quanto eles valem. A sua preocupação com os demais some: se os biscoitos estão à venda, você pode comprar quantos quiser. "Quando o preço não é uma parte da troca, nós nos tornamos menos egoístas e passamos a nos preocupar mais com o bem-estar dos outros", afirma o economista Dan Ariely. "Nós somos animais sociais que se preocupam com os outros, mas quando as regras do jogo envolvem dinheiro, essa tendência some", emenda. Ou seja: ao cobrar uma multa de quem gasta água demais, o governo corre um sério risco de levar as pessoas a fazerem um simples cálculo de quanta água querem usar e quanto isso vai pesar no bolso, sem se preocupar tanto com as consequências disso. Afinal, ela estará pagando pelo excesso de água. Como a água não está entre os gastos mais expressivos de uma família, muitos podem aumentar sem pesar tanto no orçamento ou na consciência. Ao colocar um preço para o desperdício de água, o governo pode acabar dando um tiro pela culatra: ele deixa para segundo plano a preocupação social de que não pode faltar água e prioriza a lógica de até que ponto o gasto de água vale o preço adicional. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista e fundadora do site Finanças Femininas
2015-01-01
colunas
carodinheiro
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carodinheiro/2015/01/1566401-multa-para-crise-hidrica-pode-ser-tiro-pela-culatra.shtml
Leitores escrevem sobre mudanças em benefícios sociais
Em "A vaca tossiu" ("Opinião", 31/12), o colunista Bernardo Mello Franco critica o pacote anunciado pelo governo. De fato, a medida representa uma atitude preventiva contra fraude e corrupção. O colunista poderia ter investigado, entre outros desmandos, o número de trabalhadores que forçam o desemprego, recebem o salário correspondente e vão trabalhar na informalidade. Poderia também ter analisado a relação entre quantidade de pescadores registrados no Brasil e a produção pesqueira. JOSÉ CARLOS PEREIRA (Brasília, DF) * O PT tem a sua trajetória marcada pela hipocrisia. Pregou por décadas as bandeiras da ética, dos direitos dos trabalhadores e da diminuição da desigualdade social. O que fez desde a tomada do poder até hoje de forma gradativa foi transformar-se numa farsa. É o único partido do país a idolatrar seus corruptos. Os trabalhadores são enganados com políticas populistas há anos e a desigualdade social é falsamente combativa numa sequência de governos pró-banqueiros. JOÃO PEDRO SEIBEL WAPLER (Porto Alegre, RS) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
2015-01-01
paineldoleitor
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http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2015/01/1569241-leitores-escrevem-sobre-mudancas-em-beneficios-sociais.shtml
Ueba! Dilma assusta o Ano Novo!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Acorda! Já é 2015! JÁ?! Preguiça de 2015! Tô com preguiça até de passar manteiga no pão! Já tô com preguiça de todos os abdominais que vou ter que fazer em 2015! Dia Nacional da Ressaca Braba! Acorda fazendo curva quadrada! E hoje é posse da Dilma! Da Granda Chefa Toura Sentada! Pensamento do dia: a Dilma toma posse e o Temer toma Viagra! Rarará! E já imaginou se a Dilma assusta o ano novo e 2015 não entra? Rarará! Manchete do dia: "Dilma toma posse e assusta o ano novo!". E vai ter show da Alcione! Já sei o que a Alcione vai cantar: "SUFOCO!". Rarará! E posse dia 1º de janeiro é pra estragar Réveillon de jornalista. Só pode ser, vingança, represália! Rarará! E já é 2015! Parece ficção científica. Quando eu era menino, achava que 2015 era coisa de ficção científica. Que as cidades seriam cobertas por redomas de vidro e com ar-condicionado! E um monte de carro voador! Mas já é 2015 e São Paulo está lotada de carro velho! Se um cachorro mija no poste, dá enchente, e se abrir a porta do carro, dá engarrafamento! E olha esta vitrine de fim de ano de uma loja em Buenos Aires: "Este ano fue una mierda". E acá fue una buesta! E tem ano bom na Argentina? Rarará! E a manchete do Sensacionalista: "Iemanjá vai a defesa do consumidor, pois lojista se recusa a trocar oferenda". Chega de sidra Cereser! Iemanjá não tem mais onde guardar tanto barquinho! E um amigo passou a virada sozinho: virando de um lado pra outro na cama! E uma amiga passou a virada virada pra lua! E um amigo passou a virada na Paraíba num bar que tinha a placa: "Proibido Dançar com Faca". Ah, lugar chato! E eu agradeço a Dilma, Aécio, Alckmin, Graça Foster, Cerveró e a todos da Petrobras pelas piadas que me proporcionaram em 2014. E em 2015 prometo transformar o Brasil num saco de risadas! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
2015-01-01
colunas
josesimao
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/josesimao/2015/01/1569342-ueba-dilma-assusta-o-ano-novo.shtml
Leitor critica editorial sobre ciclovias
O editorial "Pedalar pela cidade" ("Opinião", 29/12) trata de forma panfletaria um assunto que envolve vidas. O programa cicloviário da cidade de São Paulo está sendo implantado sem que exista uma regulamentação para o trânsito dos ciclistas, não existindo um programa de orientação para a população de como se comportar nos diversos conflitos que irão existir, como nas saídas de garagens. MARCOS DE LUCA ROTHEN (Goiânia, GO) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
2015-01-01
paineldoleitor
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http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2015/01/1569239-leitor-critica-editorial-sobre-ciclovias.shtml