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Golfinho na Praia Pequena O cadáver de um golfinho que deu à costa na Praia Pequena, no litoral sintrense, voltou a ser arrastado para o mar antes que as autoridades o removessem. Já um cachalote com nove metros, e em decomposição, que apareceu há mais de uma semana entre as praias da Aguda e do Magoito vai continuar no local, à espera que as marés permitam o seu afundamento. O cetáceo, agora entalado na falésia, em zona inacessível, foi, entretanto, despojado dos seus dentes por várias pessoas utilizando escopro e martelo.
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Depois do Real, a diferença se reduziu tecnicamente a zero, comportamento equivalente ao do eleitorado jovem de FHC desde o início da eleição. «A candidatura FHC ocupou um grande espaço no centro político, espaço que vai da centro-esquerda à centro-direita. O centro ficou grande. Isso ajuda a dirimir diferenças entre os diversos grupos de eleitores», diz o cientista político Leôncio Martons Rodrigues.
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O salto em altura é uma disciplina onde as subidas têm sido conseguidas «a pulso». Nada de sucessos como o de Bubka na vara, por exemplo, do estilo de fazer o recorde global tomar em meses uma dimensão completamente diferente das anteriormente conhecidas. Na apaixonante história dos estilos, o «fosbury flop» ganhou uma predominância tão óbvia que as pessoas das gerações mais novas julgarão não ter havido outros processos de transpor uma barra. E, no entanto, o «fosbury», ou «salto de costas», é relativamente recente. Novo, mas vencedor. De Dumas a Iashchenko De 2,15m a 2,30m, com a concomitante transposição de quatro barreiras importantes na disciplina, o salto em altura só teve uma fundamental diferença de estilo. Os americanos marcaram muito a disciplina nos seus tempos primordiais e Charles Dumas foi o primeiro a 2,15m em 1956, em Los Angeles, com um estilo de rolamento ventral denominado «rolamento californiano», ou «western roll». A fasquia, como era de regra, era atacada com a barriga virada para ela, como no mais consensual rolamento ventral, que fez a superioridade soviética subsequente.
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Japoneses regressam ao dólar O dólar quebrou a resistência técnica dos 92 ienes, pela primeira vez desde 9 de Março deste ano, num movimento que parece estar ligado à procura verificada na segunda fase de emissões trimestrais do Tesouro norte-americano, por parte de muitos investidores nipónicos. Embora a procura registada se limite ainda a pequenos volumes, só o facto de os investidores japoneses reaparecerem neste mercado do lado comprador é já um factor encorajador.
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Segundo o compositor, na época do regime militar os artistas subiam no palanque «para marcar posição contrária ao sistema». «Agora, isto não é tão necessário», disse Chico Buarque. O compositor está em Salvador apresentando seu show «Paratodos» no Teatro Castro Alves.
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A idéia do Plano FHC é a de extinguir o cruzeiros a longo prazo, sem hiperinflação, pela introdução gradual de uma moeda nova atrelada ao dólar. Para isso, a inflação pode ser alta, mas precisa estar mais ou menos estabilizada. Não pode acelerar descontroladamente. Alternativa Se essa aceleração ocorrer, o ministro FHC estará diante da alternativa de tentar controlá-la com métodos clássicos (segurando tarifas, impondo alguns controles) ou apressar a URV e a conversão. Os economistas da equipe vão desaconselhar a precipitação do plano.
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As estações de televisão retaliaram, difundindo apenas imagens do que se passava dentro das quatro linhas de ângulos que impedissem que os nomes dos diversos anunciantes fossem filmados. A CSF ameaçou então transferir a final para outro país, falando-se com alguma insistência do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, no Brasil. Afinal, a ameaça não foi cumprida mas pergunta-se agora quantas decisões poderá a CSF mudar de um dia para outro, numa altura em que, à cautela, já anunciou as sedes das fases finais da Taça América até 2011. Brasil: fora o árbitro Entretanto, Fernando Henrique Cardoso, Presidente do Brasil, e o seu ministro dos Desportos, o célebre Pelé, uniram-se ontem ao coro de criticas à Taça América, responsabilizando o árbitro Arturo Brisio (México) pela derrota do Brasil na final frente ao Uruguai -- 5-3, após a marcação de grandes penalidades.
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A integração da Quinta da Sabordela de Baixo na Reserva Agrícola Nacional (RAN), por deliberação do secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Amaro, na sequência de um pedido da proprietária, Maria Natália Monteiro, ocorreu já depois de o PDM de Alijó ter sido remetido para a tutela para ratificação final. No seu despacho, datado de 11 de Outubro último, embora só tenha sido publicado e no «Diário da República» no passado dia 23 de Novembro, o governante argumenta que a quinta em causa tem relevância económica em termos locais e regionais, para além de ter sido já alvo de investimentos destinados a aumentar, com carácter duradouro, a capacidade produtiva -- duas condições essenciais para que qualquer propriedade possa ser submetida ao regime da Reserva Agrícola Nacional. Pouco tempo antes da votação do Plano Geral de Urbanização do Pinhão pela Assembleia Municipal, o executivo camarário de Alijó recebeu um ofício do Ministério do Planeamento e da Administração do Território, informando laconicamente que o PDM tinha sido ratificado em Conselho de Ministros no dia 17 de Novembro último. Na altura, os responsáveis do município convenceram-se de que o PDM não tinha sido objecto de qualquer alteração, mas a verdade é que fora modificado um artigo, precisamente o respeitante à Quinta da Sabordela de Baixo. O vice-presidente da CCRN, Ricardo Magalhães, obteve oralmente essa informação, mas, mesmo assim, aconselhou a autarquia alijoense a aprovar o PGU do Pinhão.
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Michel Vinaver em Lisboa Michel Vinaver, escritor que ocupa um lugar de destaque na dramaturgia francesa contemporânea, estará hoje em Lisboa. Para falar daquele autor e desta dramaturgia, o encenador-tradutor Luís Varela, os encenadores Fernando Mora Ramos e Pierre-Étienne Heymann, a investigadora Anne Ubersfeld e o próprio Vinaver marcam encontro com o público, hoje, no Institut Franco-Portugais, às 18h30. Michel Vinaver foi até 1980 administrador duma multinacional, experiência determinante para a elaboração da peça «Borda Fora» (50 personagens, 8 horas de espectáculo) que estreará em Évora na próxima quarta-feira.
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Mais ataques dos sérvios bósnios Aviões da NATO sobre Sarajevo OS SÉRVIOS da Bósnia aumentaram este fim-de-semana as pressões sobre os representantes das Nações Unidas e a cidade de Sarajevo, com o lançamento de um morteiro contra o aeroporto, acções de franco-atiradores emboscados e tiros de armas pesadas num eixo rodoviário. Detiveram também um observador militar russo da ONU, em mais um sinal de desafio crescente e deliberado à Força de Protecção das Nações Unidas (Forpronu).
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A unificação italiana faz-se a partir do reino de Piemonte-Sardenha. Em 1859, Victor Emmanuel II, rei de Piemonte, e o seu primeiro-ministro, o conde Camillo de Cavour aliam-se à França de Napoleão III contra a Áustria. Os austríacos são derrotados em Magenta e Solferino e expulsos da Lombardia, que regressa a Piemonte-Sardenha. Em troca de Sabóia e Nice, Napoleão III permite que a Toscania e os ducados de Modena e Parma, agitados pelas revoltas pró-sardas, voltem ao Piemonte em Março de 1860. Em Maio de 1860, o republicano Giuseppe Garibaldi reúne 1087 voluntários, os «camisas vermelhas», e lança a expedição dos «Mil». Domina a Sicília e entra, vitorioso, em Nápoles, abandonada pelos Bourbon, em Setembro de 1860.
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Nos Montes Golã, com Shamir e Rabin A terra, a água e o sagrado Quarta-feira passada, 25 anos após a Guerra dos Seis Dias, Yitzhak Rabin e Yitzhak Shamir sentaram-se lado a lado na pequena cidade de Katzrin, plantada nos montes Golã a apenas alguns quilómetros da fronteira síria, no norte da Galileia. Esta cidade tornou-se um símbolo da resistência israelita frente a uma continua ameaça de invasão proveniente de Damasco. Em 1973, em pleno dia Kippur (Yom Kippur - dia de expiação) centenas de tanques sírios e artilharia pesada invadiram o Norte a partir desta zona.
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Fornos de Algodres Fogo ameaçou paiol pirotécnico Um incêndio de grandes proporções deflagrou ontem, perto das 15h30, numa zona de mato no lugar de Juncais, em Fornos de Algodres, tendo acorrido ao local dez corporações de bombeiros, 17 viaturas e quatro aeronaves. O fogo chegou a ameaçar uma fábrica de pirotecnia instalada na zona, mas, de acordo com uma fonte do Centro de Coordenação Operacional Nacional, a rápida intervenção dos meios aéreos conseguiu evitar que as chamas atingissem a unidade fabril. Cerca de 88 bombeiros combateram o fogo, que, até ao fecho desta edição, ainda não estava completamente controlado.
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...e Torga «animado» O estado de saúde do escritor Miguel Torga está «estacionário», revelou ontem uma fonte do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, onde o escritor e poeta se encontra internado desde há um mês. Foi já compensada a insuficiência cardíaca de que sofria e Miguel Torga está «animado». Na passada sexta-feira, os médicos consideraram a hipótese de o escritor, de 84 anos, regressar a casa depois de alguns exames médicos.
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P. -- Mas regressar à Divisão de Honra não é um retrocesso para quem não tinha escondido que ser treinador adjunto do FC Porto era também uma rampa de lançamento? R. -- Isso depende das perspectivas. Sou treinador de futebol, não sou treinador de I Divisão ou de II Divisão. Como as coisas no FC Porto foram resolvidas tardiamente, encarei esta oportunidade com naturalidade. Os treinadores vivem de convites e treinar na Divisão de Honra não é desprestigiante, até porque o Felgueiras é um clube de I Divisão que passou por uma pequena crise.
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Distraída não anda a Câmara de Matosinhos ao propor-nos, nos próximos meses, mais quatro concertos, dedicados a Luís de Freitas Branco, Armando José Fernandes, Joly Braga Santos e Luís Filipe Pires. Ao encomendar três quartetos de cordas aos compositores João Pedro Oliveira, Jorge Peixinho e Luís Lilipe Pires. [Como encomendava cinco peças, para 1, 2 e 3 pianos, a Álvaro Salazar, Cândido Lima, João Pedro Oliveira, Jorge Peixinho e Luís Filipe Pires, aquando de outra das suas notáveis e inéditas realizações: o «Panorama da Música Portuguesa para Piano -- séc. XX». Aí fora dada também a primeira audição integral das sonatas para piano de Fernando Lopes-Graça]. Porque os nossos compositores merecem ser conhecidos em vida. Mas havemos de voltar a este assunto. Porque a música portuguesa, afinal, existe. E recomenda-se.
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Apesar de qualquer deles se ter já anteriormente estreado na área da coreografia, Leonor, Miguel e Peter são sobretudo bem conhecidos do público pelas suas excelentes interpretações em obras de criadores consagrados, como Paulo Ribeiro, Francisco Camacho, João Fiadeiro ou Jorge Silva Melo. Para a concepção destes solos, encomendados pelo Centro Cultural de Belém, foi proposto a cada um dos bailarinos que escolhesse uma ou mais pessoas para acompanharem o processo criativo. A criação de «Penas (para que vos quero)», de Leonor Keil (na foto) foi apoiada por Vera Mantero. A concepção de «Shirtologia (Miguel)», interpretado por Miguel Pereira, é da responsabilidade de Jérôme Bel. Finalmente, Peter Michael Dietz, convidou Ursula Raffalt Mawson, Lisbeth Feldman e Amélia Bentes para acompanharem a criação de «Viva o Momento, versão X».
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Escola do amanhã, já! «Escola do amanhã, uma realidade já» é o tema de um encontro que se vai realizar no Auditório da Universidade de Coimbra, nos próximos dias 18 e 19. Trata-se de uma organização dos Núcleos Regionais do Centro do Instituto Irene Lisboa e da Associação Portuguesa para a Cultura e Educação Permanente. No primeiro dia dos debates o tema será «Que engenharia para a construção de que saberes?» e deverá contar com comunicações de vários professores universitários, nomeadamente Veiga Simão, Licínio Lima e Valter Lemos. Será também apresentada uma experiência vivida no âmbito do projecto «Área-Escola». O segundo dia de trabalhos terá como tema base «Da construção à concretização: a comunicação entre os protagonistas dos saberes» e contará com as presenças de Ruy d'Espiney e João Barroso, entre outros.
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Durante este período, todas as entidades que apresentaram projectos para construção de estabelecimentos cumpriram já os preceitos necessário para a legalização, defendeu Delfim Rodrigues. São 20 novas clínicas que estão neste momento em processo de licenciamento, seis das quais já começaram a funcionar. «Nos últimos dois anos, nenhuma nova clínica, pelo menos não clandestina, deixou de cumprir o processo», disse o director-geral dos Hospitais. Quanto às outras, adiantou: «Só poderemos actuar com base na denúncia pública.» A lei já existe desde 1967, obrigando qualquer entidade privada que pretenda explorar a prestação de saúde a apresentar um projecto arquitectónico conforme a uma série de normas de segurança, que incluem, entre muitas outras, as medidas e número das saídas de incêndio, tamanhos dos quartos e dos blocos e a existência de pessoal especializado para a prática clínica. O projecto tem também que ser aprovado pela respectiva câmara municipal.
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Sempre ao lado de Mário Soares, a ministra do Ambiente mostrou que não é só a lógica economicista que prevalece no Governo. Mas, nesta Presidência Aberta, a coroa de glória de Teresa Gouveia acabaria por ser o anúncio de que vai renegociar com Madrid o Plano Hidrológico Espanhol. A ministra não só reconheceu os erros de avaliação dos seus antecessores, no que toca às consequências do desvio do caudal do Douro, como anunciou já que Portugal iria ter, até 1997, um plano nacional da água. Depois de abalar o interior do Conselho de Ministros, resta conhecer o seu peso no conclave... Desce: Santana Lopes Pedro Santana Lopes foi a ausência mais notada na maratona de Mário Soares. É que, além dos problemas ecológicos, o Presidente da República andou também a apreciar o estado do património. Ninguém viu nem ouviu o secretário de Estado da Cultura. Quem acabou por dar a cara nestas questões, que são tuteladas por Santana Lopes, foi o subsecretário de Estado da Cultura, Manuel Frexes, que apareceu numa ou noutra ocasião, nomeadamente em Sintra e no Porto, sem nunca conseguir contrariar Soares. Santana Lopes parece, realmente, cansado...
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Há duas semanas, o mais famoso mafioso preso, Salvatore «Totò» Riina, fez ameaças aos «arrependidos» durante uma entrevista. Ele também sugeriu que o deputado Arlacchi, o promotor Giancarlo Caselli e o ex-presidente da Comissão Parlamentar anti-Máfia Luciano Violanti também estão com as cabeças a prêmio. «As ameaças de Riina parecem estar fazendo efeito», disse o ministro Roberto Maroni (Interior). Ele prometeu reforçar a segurança dos 700 «arrependidos» e 2.500 familiares sob proteção policial.
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No centro desta ideia está, obviamente, a relação com a cidade. É Emmet Gowin (1941), fotógrafo americano, que afirma: «Começamos como a pessoa íntima que se agarra ao seio da nossa mãe, e essa inter-relação é a nossa concepção do mundo. A nossa segurança depende daquela mãe. E agora começo a constatar que existe uma mãe maior do que a mãe humana e é a terra; se nós não cuidarmos dela, teremos perdido tudo.» Que significam estas palavras? Ou as de Robert Frank, sempre curtas e herméticas: «A natureza é cruel. O homem também é cruel. Lentamente reconcilio-me com a natureza. Olho longamente o infinito. Mas numa fotografia ele é sempre tão pequeno.» Desenha-se lentamente um paradoxo, que as obras destes e doutros fotógrafos -- como Lewis Baltz, na sua instalação fotográfica para a «Mission Photographique Transmanche» (1992), mas mais claro ainda na exposição «Jardins do Paraíso» -- nos revelam: o sentimento do controlo absoluto da terra coexiste com o sentimento do relativismo inultrapassável de todos os gestos, no tempo infinito. Apenas pelo fragmento, pela quotidianidade do gesto, pela emoção do rosto do outro contemplado, o infinito pode ter algum sentido. Por isso, Frank diz que somos cruéis -- e que a natureza também o é. A necessidade do imenso, de súbito, descobre-se impossível, gasta. Foi uma longa viagem, diria Cavafy, no poema «Ítaca». O riso, a arte, e a insistente capacidade de renovação do homem encarregam-se de voltar a abrir perspectivas onde o fantasma da autodestruição ameaça.
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Mastroianni, Deneuve e Malkovich na Cinemateca Marcello Mastroianni, Catherine Deneuve e John Malkovich vão ser homenageados na próxima semana na Cinemateca, em Lisboa. Nessas sessões, abertas ao público, serão exibidos filmes escolhidos pelos próprios actores. Segunda-feira, às 18h30, Marcello Mastroianni aparecerá no final da exibição de «Oito e Meio», de Federico Fellini, para responder às perguntas dos interessados. No mesmo dia, mas às 21h30, é a vez de Catherine Deneuve. O filme a exibir é «O Segredo do Amor», que marcou o início da colaboração da actriz com o cineasta André Téchiné. Terça-feira a Cinemateca terá a presença de John Malkovich, que apresentará «Algemas de Cristal», que Paul Newman adaptou da peça de Tennessee Williams.
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No Teatro de Carnide continua a peça infantil «O Dragão Cor de Framboesa», de Georg Bydlinski, com encenação de João Ricardo. Às 21h30, com reservas pelo 7141163 ou 7141305. Na Galeria Municipal Gymnásio, ao Chiado, exposição de desenho e escultura de Mito e de Gonçalo Condeixa.
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Boa notícia É do campo também que vem uma das poucas informações favoráveis na área da inflação. Depois da disparada do final de 93, os preços de cereais e de alimentos «in natura» e semi-elaborados estão subindo menos do que a inflação. Investimento previsto A Knoll, empresa farmacêutica do grupo Basf, informa que vai investir US$3 milhões até 95, num programa de investimentos iniciado ano passado.
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Plano Global para a Igualdade de Oportunidades Falta de verbas foi uma limitação Um ano depois do lançamento do Plano Global para a Igualdade de Oportunidades, saltam à vista as medidas que ficaram por executar devido à escassez de verbas. Contudo, a avaliação feita pela Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres é positiva.
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A sua madeira é utilizada para mobiliário e carpintarias várias. As suas folhas secas são muito usadas em decoração e arranjos florais. A sua flor tem inspirado muitos artistas, desde pintores a fotógrafos.
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Ao contrário do cenário do primeiro livro, «Infância de Mentira» a guerra, na Polônia, o sofrimento provocado nesse «grand monde» é menos visível e mensurável. É um sofrimento existencial e difuso que não se revela explicitamente como a prosa de Begley e é capaz de levar um banqueiro de Wall Street ao suicídio, depois de recusar todas as possibilidades de felicidade que lhe são oferecidas ao longo do percurso, temendo que nenhuma delas seja duradoura. O melhor (para o leitor, pelo menos) desse sofrimento existencial é que em momento algum o autor resvala pelo explicativo ou conclusivo. O texto de «O Homem que se Atrasava» é contido em suas emoções. O narrador é um observador da vida desse banqueiro, da qual sobraram apenas algumas cartas e anotações.
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Perante esta esquizofrenia, Schnitzler -- psiquiatra de profissão -- coloca questões cuja escolha não parecem óbvias a Fink e muito menos a Fliederbusch, um jornalista que não sabe muito bem quem é. Muito menos o quer ser. Esquizofrenia Jornalisticamente falando e numa primeira impressão, o mundo criado por Lavelli e Schnitzler está a quilómetros de distância da actualidade. É um mundo sem imagens e sem mulheres -- a única personagem feminina da peça é a actriz Margarida Marinho, no papel de uma frívola princesa -- onde, no entanto, são colocadas perguntas pertinentes para o actual quotidiano jornalístico. Tarefa que Schnitzler executa sempre de forma irónica e cínica.
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Contabilizando uma taxa de desemprego de 1,4 por cento da população activa e uma taxa de inflação média mensal de três a quatro por cento, a Lituânia prevê registar este ano um crescimento positivo idêntico ao da Letónia. Em qualquer uma das três repúblicas do Báltico, continua a subsistir uma forte influência russa. Tal deve-se não apenas a políticas de defesa dos interesses das minorias russas, como também aos negócios ilegais, como, no caso da Estónia para reexportação de metais não-ferrosos e outras matérias-primas russas através do porto de Tallin.
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Expectativa nas taxas As acções cotadas na Bolsa de Frankfurt encerraram a sessão de ontem valorizadas face aos valores de fecho de quarta-feira. Este comportamento traduziu-se numa subida de 18 pontos no índice, que encerrou a sessão nos 2504,12 pontos. Segundo os analistas, o mercado está a evoluir em alta, na expectativa de uma descida das taxas de juro do Bundesbank.
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R. -- Não tenho tido muito tempo para reflectir sobre isso. Não tenho nenhuma teoria original sobre essa congregação de factores. Não tenho uma teoria conspirativa da história; portanto acredito que tenha sido um conjunto de factores contingentes que se constelaram diferentemente ao longo do tempo... P. -- A pasta da administração interna é a mais difícil do Governo?
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A Bolsa de Lisboa caíu ontem mais de 5 por cento, seguindo de perto as restantes praças internacionais no que pode considerar-se um «mini-crash». O escudo sofreu também alguma desvalorização face ao marco, voltando a exigir a intervenção do Banco de Portugal em defesa da cotação da moeda nacional, perigosamente a rondar os 104 escudos por cada marco. As taxas de juro voltaram a subir a pique e desta vez a alta estendeu-se às taxas praticas pela banca comercial. Pela primeira vez no ano subiu a taxa de referência da Associação Portuguesa de Bancos. Uma associação entre a queda do dólar norte-americano, os preços das obrigações (a descer) e a subida das matérias-primas gerou receios de novas pressões inflacionistas que sugerem uma subida das taxas de juro em todo o mundo ou pelo menos o fim da tendência descendente. Como consequência os mercados accionistas de todo mundo acumularam ontem perdas acentuadas, com resultados idênticos aos de um «crash», pequeno mas alarmante, e os mercados de futuros e opções sentiram igual comportamento confirmando o aviso.
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Plano previa mudança radical Da Reportagem Local O ex-presidente Fernando Collor lançou um plano para desregulamentar o setor telefônico, em agosto de 92, que não vingou. O projeto previa mudanças radicais no sistema Telebrás e abalou o mercado paralelo de linhas. Deveria ter sido colocado em prática em janeiro de 93.
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Convenção da OIT a caminho da revisão Alexandre Gonçalves, o líder da delegação de sindicalistas que se deslocou a Hamburgo ao congresso internacional dos portuários, manifestou no seu regresso a Portugal a sua satisfação pelo facto de se admitir a revisão da Convenção nº 173 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na base desta novidade está a influência das novas tecnologias no sector, que levaram a uma substancial diminuição dos postos de trabalho.
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SALA ESTÚDIO DO S. LUÍS. «Bandana», sáb. e dom., às 19h30; «Totó», sáb., às 23h e dom., às 16h Nas ruínas do convento de S. Francisco, o CITAC refaz com corpos vivos as imagens criadas em BD por Moebius e Jodorowski. O par protagonista não anda longe do par Clow-Ham do «Fim de Festa» beckettiano. Paulo Lisboa cria um espectáculo de teatro-dança em que o anjo e o gato preto são solistas num elenco de cegos vagueando num mundo de trevas e escombros. O clima de inquietação e incomunicabilidade é criado magistralmente pela música (Deadly Gas) e por uma banda sonora elaboradíssima (Alberto Lopes). Além do mais, «Os Olhos» representam um intercâmbio exemplar entre Portugal e Brasil.
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Na manhã de ontem, responsáveis militares muçulmanos voltaram a acusar os sérvios de bombardear pela segunda vez em menos de 24 horas o campo de Zivinice (perto de Tuzla, noroeste da república e uma quatro «zonas de segurança» decretadas pelas Nações Unidas) a poucas horas da entrada em vigor de um «cessar-fogo geral» de dois meses para a Bósnia-Herzegovina, anunciado quinta-feira em Washington pelo Presidente Bill Clinton. Os observadores da ONU indicaram que as regiões de Zivinice e Tuzla foram alvo de bombardeamentos no início da madrugada de ontem, que se prolongaram durante a tarde. Fontes médicas contactadas pela AFP disseram que os bombardeamentos sérvios de domingo no norte da Bósnia, em Zivinice na cidade de Tesanjka, provocaram pelo menos 14 mortos, incluindo 10 crianças. Os ataques de ontem, também perpetrado com bombas de fragmentação muito mortíferas, terão originado mais duas vítimas civis, enquanto a Forpronu confirmava a morte de um capacete azul norueguês, atingido por estilhaços de morteiro junto ao aeroporto de Tuzla.
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Outro evento marcante da noite foi a centésima marca do veterano irlandês Marcus O' Sullivan abaixo da outrora célebre barreira dos quatro minutos na milha. Hoje, esse tempo já não constitui barreira alguma, mas continua a ter um certo sentido mítico para os norte-americanos, tal como, por isso mesmo, para o fundista irlandês. O' Sullivan não ganhou -- foi terceiro atrás do queniano Laban Rotich (3m55,69s) e do norte-americano Paul McMullen (3m57,46s) -- mas o mais importante, na ocasião, foram os 3m58,10s que conseguiu realizar. Sergey Bubka era, por seu lado, detentor do máximo do Meeting na vara, com 5,85m em 1996. Mas agora o norte-americano Jeff Hartwig conseguiu mais um centímetro, fazendo a melhor marca do seu país em 1998 e a segunda no mundo, apenas superada pelos 5,91m do russo Maksim Tarasov. Uma derrota pouco esperada sofreu-a a jamaicana Michelle Freeman nos 60m barreiras, face à norte-americana Melissa Morrison (7,87s a 7,96s), que também obteve a segunda marca de 1998.
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A primeira fase da Taça da Europa é jogada em oito séries de seis equipas, jogando todos contra todos a duas voltas. No final dos dez jogos apuram-se os quatro melhores, que depois se cruzam com os quatro melhores de outro grupo em eliminatória a duas mãos. Mário Barros
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Ud-Lotus Lotus associa-se à Pacific -- A escuderia Lotus divulgou, ontem, que vai associar-se à equipa Pacific Grand Prix, após ter anunciado, em Janeiro, que este ano não ia participar no «Mundial» de Fórmula 1, devido a problemas financeiros. A nova aliança, que terá o nome de Pacific Team Lotus, vai combinar a experiência de uma marca cheia de passado na F1 com a juventude de uma das escuderias mais recentes. Desta forma, o nome Lotus vai manter-se no campeonato. «Tivemos muitas ofertas, mas não temos dúvidas quanto à escolha», disse David Hunt, director da Lotus. Não foi divulgado o teor do acordo.
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Choque na ponte provocou 10 feridos Um choque envolvendo cinco viaturas, verificado ontem às 11h45, a meio do tabuleiro da ponte 25 de Abril, provocou 10 feridos, um deles em estado que inspira cuidados.
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Apesar da inauguração do interface, em obras continuará ainda a estação de Metro dos Restauradores. Só no mês de Novembro abrirá um novo acesso provisório, perto do Éden, onde na mesma altura abrirá a primeira «megastore» da Virgin em Portugal.
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Situada a 36 quilómetros da capital, a histórica vila de Alenquer guarda consigo o natural e espontâneo encanto que sempre resulta de uma simbiose perfeita entre o presente e o passado. Outrora paragens preferidas da corte e da nobreza, que ali instalavam as suas quintas e casas senhoriais, ainda hoje muitos são os locais aprazíveis e os recantos pitorescos espalhados pelas terras de Alenquer.
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«Então já sabem quem se foi embora?» Os deputados da oposição inquiriam os jornalistas com uma pequena satisfação mal contida: «Então, já sabem que os deputados da JSD se foram embora e não vão participar na votação?»
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«Trouxe dignidade e novos horizontes.» (Fernando Carrilho) «[A construção do Estado] foi a consequência lógica da independência nacional e a condição da sua irreversibilidade.» (Manuel Faustino) Abertura política
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«Um evento histórico que encerra definitivamente a guerra fria e aproxima a Itália das grandes nações europeias», comentou o antigo Presidente Francesco Cossiga, líder da UDR. Para conseguir manter a esquerda no poder após a queda do gabinete de Romano Prodi, a 9 de Outubro, D'Alema teve a arte de alargar a base parlamentar à esquerda e à direita, o que se reflecte na composição do seu Executivo. O 56º Governo da República Italiana terá 28 membros e conserva o núcleo duro do Executivo de Prodi. Oito ministros permanecem, designadamente Carlo Azeglio Ciampi, no Orçamento e Tesouro, e Lamberto Dini, nos Estrangeiros, um sinal aos parceiros europeus e à NATO, de que a Itália quer manter a sua credibilidade económica e dar continuidade à sua política externa, a começar pela questão do Kosovo, que interessa particularmente o país.
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Benfica e FC Porto jogam em casa Chamar público O Benfica fez ontem um último treino antes de defrontar esta tarde o Farense, para a 11ª jornada do Nacional de futebol. A sessão foi curta e o treinador, Paulo Autuori, divulgou depois os dezassete convocados. Na lista, não entra o brasileiro Jamir.
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A IBM Global Network, inicialmente criada para manter e gerir a rede interna de comunicações da IBM, assegura actualmente a transmissão de dados de cerca de 30 mil clientes, em 900 cidades em todo o mundo, segundo o «Wall Street Journal». A rede da IBM Global Network goza de grande reconhecimento no meio empresarial em geral e por parte dos seus clientes, que a utilizam para se ligarem às suas subsidiárias e filiais, trabalhadores remotos e também fornecedores e clientes. Além disso, apesar de a IBM não discriminar os resultados financeiros por divisão, os analistas acreditam que a divisão é lucrativa e que tem receitas anuais de cerca de 2000 milhões de dólares (2,5 por cento da facturação global da IBM em 1997), refere o «Wall Street Journal». O diário norte-americano sugere que a decisão deve ser atribuída ao facto de a manutenção da rede custar à IBM cerca de 200 milhões de dólares por ano (36 milhões de contos) e a uma concorrência mais agressiva no mercado do fornecimento de serviços de rede para empresas. R.H.F.
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Almira Medina no Monte da Lua A poetisa Maria Almira Medina lança hoje, pelas 18h00, o seu terceiro livro de poemas intitulado «Sem Moldura», com edição da Câmara de Sintra. O lançamento da obra realiza-se no auditório municipal instalado na Quinta D. Dinis, em São Pedro de Penaferrim, onde decorre o Festival do Monte da Lua. Maria Almira Medina reparte a sua obra pela poesia, cerâmica, «pintura» com trapos, caricatura e jornalismo, área em que assegurou durante vários anos a direcção do semanário regional Jornal de Sintra. Almada Negreiros chamou-lhe «camarada de artes». O lançamento da sua terceira recolha de poemas é mais uma iniciativa cultural da autarquia integrada no Festival do Monte da Lua, que se realiza até domingo em diversos locais, com o objectivo de divulgar os valores culturais da vila classificada pela UNESCO como património mundial. No programa para a noite de hoje na quinta de São Pedro constam ainda a actuação, a partir das 22h00, da banda funkie Cool Hipnoise e da realização de mais uma sessão do observatório astronómico.
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O abaixo-assinado organizado nas escolas de Vila Franca, que se estendeu também a escolas de Lisboa e Moscavide, e que será enviado ao primeiro-ministro e aos responsáveis pelas pastas a Agricultura e do Ambiente, recorda que nidificam nesta área espécies incluídas no Anexo I da directiva comunitária de protecção de aves selvagens como o sisão, a perdiz-do-mar, a garça vermelha, a cegonha e o falcão peregrino, num total de 17 espécies. Observa, também, que «a caça é uma actividade de forte impacte negativo no habitat daquelas espécies estritamente protegidas, não só pela perturbação que o acto de caçar implica nos ecossistemas, como até pelas ilegalidades que se cometem, além disso, a Companhia das Lezírias, o maior proprietário da zona, está de acordo com a interdição do acto venatório naquela área».
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Paulo Nunes, director comercial da Cabo TV Açoriana, em declarações ao PÚBLICO, considera os números alcançados «óptimos» já que «apesar de existirem nos Açores outras redes onde a penetração é um pouco inferior» tudo indica que «o crescimento vai continuar». O sucesso da empresa nos Açores é fácil de explicar. Nas ilhas açorianas só existe acesso livre à RTP Açores e à RTP1. Todos os outros canais portugueses (RTP2, SIC e TVI) apenas estão disponíveis para os assinantes da Cabo TV Açoriana. Uma vantagem comercial óbvia.
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«Foi uma experiência que não se esquece. Para se ter algum êxito, nas circunstâncias em que ali se trabalhou, é preciso imaginação e empenho», diz ela ao recordar os tempos difíceis da sua prestação no Príncipe. É um exercício profissional completamente diferente. «Tem que haver espírito de missão.» Para ela, a grande paga foi verificar que toda aquela miudagem a reconheceu e lhe saltou para os braços com a espontaneidade que só as crianças têm. C.C.
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Zimbabwe Duplo triunfo de Robert Mugabe O PRESIDENTE do Zimbabwe, Robert Gabriel Mugabe, de 73 anos, teve ontem a grata surpresa de saber que, não só o seu partido ganhara folgadamente as eleições legislativas de sábado e domingo, como ainda por cima que a afluência às urnas fora, ao que parece, bem superior aos 50 por cento que muitos analistas calculavam.
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LISBOA Mundial 3: 14h15, 16h45, 19h15 e 21h45. A contracorrente do fantástico da conjungação Lucas-Spielberg que dominou quinze anos do cinema americano, Burton vai às raízes românticas e «gothic», entre E.T. A. Hoffman e o «Frankenstein» de Mary Shelley, conjungando-o com o particular maravilhoso de Pinóquio. Tal como aquele, Edward é uma construção mecânica, um menino que não fica completo, por morrer entretanto o seu criador, e que é inesperadamente adoptado por uma respeitável família dos subúrbios. Edward não gosta que o tratem por diminutivos como Eddie e Ed. E poderia acrescentar-se: por E. D. A figura que Tim Burton criou é oposta àquela outra, celebérrima, de Spielberg. Opostos são-o os filmes logo no espaço, em que a «suburbia», território privilegiado de Spielberg, nos surge em Burton como bizarria. São-o na relação com o matriarcado, que em «Edward», apesar da terna figura desempenhada por Dianne Wiest, é perfeitamente assustador. São-o na impossibilidade de qualquer normalização das afectividades. A parte final de «Batman», já marcada pelas referências «gothic», permitia intuir que Tim Burton não era um mero executor, ainda que esse filme fosse o exemplo acabado de um objecto de produtor. Depois deste surpreendente «Edward Scissorhands» impõe-se seriamente rever os filmes anteriores de Burton, como «Beetlejuice / Os Fantasmas Divertem-se» que deixámos passar despercebido. A.M.S.
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A conjuntura expositiva é particularmente propícia a uma reflexão em torno de novas ou renovadas atitudes criativas. A sua matéria-prima são as imagens e os despojos da sociedade de consumo, a lógica do seu discurso revive a revolução dadaísta. A sua intenção resulta, assim, crítica, social e subjectiva. João Pinharanda Podemos começar por alinhar um roteiro alfabético da actualidade lisboeta deste início de ano capaz de ser integrado numa mesma (mas plural) lógica discursiva. Fernando Brito (Quadrum), Hélio Oiticica (Gulbenkian), Lúcio de Miranda (Monumental), Michelangelo Pistoletto (Cómicos e, também, em Serralves, Porto) ou Paulo Feliciano (Graça Fonseca) compõem esse percurso ao qual, por razões referenciais, históricas e não imediatas, deveremos juntar ainda Max Ernst (de quem se pode ver uma extensa antologia de obras gravadas no CAM).
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IBGE A variação dos preços para famílias que ganham até 40 salários mínimos no Rio e em São Paulo atingiu em média 45,27%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice divulgado ontem teve período de coleta de preços entre 17 de maio e 15 de junho e o resultado ficou 0,91 ponto percentual acima do mesmo período no mês anterior.
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A praia pode ser, para muita gente -- apesar de todo o «stress» que comporta uma ida à praia... --, a alternativa. Ainda assim, tome nota de dois recitais: de Varoujan Bartikian, em violoncelo, e Michel Gal, em piano, na Câmara Municipal do Pombal. Com um reportório de canções de amor que vai da Idade Média ao nosso século, The Hilliard Ensemble apresenta-se no Casino da Póvoa de Varzim: às 21h30. Segunda-feira, 22 de Julho Em torno de um dos maiores fotógrafos da sua geração, Robert Frank, nascido em Zurique em 1924, inicia-se na Cinemateca Portuguesa um ciclo sobre a sua obra cinematográfica. Segundo os organizadores, «revelar-se-á um retrato de uma sensibilidade rara, de um olhar que, com singular intensidade, continua a confrontar-se com a realidade que o cerca». «Candy Mountain» (hoje às 21h30); «Pull my Daisy» e «The Sin of Jesus» (3ª às 21h30); «Me and my Brother» e «Conversation in Vermont» (4ª às 21h30); e «About me: a Musical», «Keep Busy» (5ª às 18h30), «Life Dances On», «Energy and How to Get It» e «This Song for Jack» (5ª às 21h30) são os filmes que pode ver nesta semana.
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Para tal, bastava um ministro das Finanças rigoroso e, por isso, nunca se deu qualquer explicação para tal milagre: era tudo uma questão de rigor. O ministro das Finanças nunca teve qualquer pejo em gabar-se do seu grande trunfo para conseguir reduzir o défice sem pedir sacrifícios. O seu rigor era a chave do problema. O seu rigor era o grande contraponto à política anterior. Afinal, o seu rigor não era mais do que um truque. Utilizava as receitas das privatizações, qual saco sem fundo, para simular a sua eficácia.
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Es-tou eu-fó-rico Estou eufórico! Sim senhor! Os projectados molhes, a erguerem-se, constituirão uma singular atracção turística! De embasbacar o visitante, que não deixará de os fotografar de todos os ângulos para levarem o pasmo para o exterior.
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É em Inglaterra que Marat começa a interessar-se pela política. Critica Catarina II da Rússia como a grande culpada das desgraças da Polónia e diz: «Detesto os meus príncipes (...) os príncipes não conhecem a honra (...), seduzir e mentir é a sua grande arte (...), os homens devem-se lamentar de terem de ser governados por príncipes quase sempre estúpidos e viciosos.» Já por estas palavras se pressente como virá a ser o principal instigador da execução de Luís XVI. Marat não se sente ligado a nenhum país. Sem qualquer ligação afectiva e sem pátria, tem todo o estofo do verdadeiro revolucionário. Ainda em Inglaterra, escreve, em 1774, «Chaines de l'Esclavage», que teve boa aceitação na Escócia e que será mais tarde atentamente lido por Karl Marx, cujo exemplar foi anotado cuidadosamente.
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Santa Catarina 1 O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) está organizando um fórum de debates sobre a situação da indústria da pesca no Estado. O fórum será realizado na quarta-feira no auditório da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina). Santa Catarina 2 A Fundação Catarinense de Educação Especial vai realizar, entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, um seminário para discutir a integração à sociedade das pessoas portadoras de deficiência. O encontro vai ser realizado no Cambirela Hotel, em Florianópolis.
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Do outro lado da «barricada», expressão com que Moisés Espírito Santo ironizou, havia muitos maçons. Quase todos da Grande Loja Regular de Portugal, os mais moderados, como se costuma dizer. O ex-grão mestre do Grande Oriente Lusitano, Ramon la Feria, passou por lá no primeiro dia de trabalhos. Havia também algumas mulheres, das lojas femininas. Muito aplaudidos os conferencistas católicos -- padres e historiadores. Em todos os casos, defenderam a ideia geral de que os antagonismos se devem essencialmente a razões políticas e históricas, não a razões religiosas. Muito aplaudidos, os conferencistas maçónicos. Os participantes assumiam, por vezes, o papel de claque.
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Embora se esteja ainda numa fase embrionária e haja exemplos idênticos anteriores que levam a desconfiar da sua fiabilidade (ontem mesmo o Sporting não aceitava o pedido de antecipação do próximo jogo do FC Porto na Taça de Portugal), neste acordo saltou à evidência o medo e a consciência do quanto será difícil governar clubes com uma situação financeira tão frágil. Travar a tempo os ordenados impraticáveis para a realidade portuguesa, não só no futebol, mas também nas restantes modalidades, era o mínimo que se podia exigir a quem tem uma boa fatia das receitas futuras hipotecadas para poder regularizar a situação fiscal. Assim se compreende que Manuel Damásio tenha aceitado manter negociações, fora do âmbito da Liga de Clubes, com clubes com quem o Benfica tem cortadas as relações institucionais. Esta questão pode ser mais ou menos pacífica em relação ao FC Porto, dada até a recente amizade existente entre os dois presidentes, mas o mesmo não se pode dizer do Sporting, sendo, por isso, natural que o pacto estabelecido não seja totalmente pacífico na Luz.
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A rádio e a televisão, por seu lado, ignoraram quase por completo o que se passou, apesar de uma equipa da TPA, a empresa de televisão única do país, ter filmado durante os últimos três dias os principais episódios da confrontação. Os escassos minutos que o telejornal concedeu aos despachos dos seus enviados surgiram censurados, desculpabilizando o comportamento das autoridades. Ontem, pelas 10h00, à porta de entrada do Malongo, lá estava uma equipa de reportagem da televisão angolana. O operador angolano, à semelhança do que os enviados da RTP puderam fazer, recolheu a imagem dos carros descendo a rampa antes da entrada do controlo policial e gravou os sons do sino da igreja evangélica de Futila que àquela hora chamava os crentes para a cerimónia do culto de domingo.
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Mais tarde, em declarações à imprensa, Soares considerou, no entanto, «patético» o final do discurso de Fidel, «que pede solidariedade e se recusa a dar o mínimo gesto de abertura», como já afirmara o Presidente da Bolívia, que, mal Fidel acabou de falar, denunciou a contradição de quem pede ajuda e se recusa a dá-la. O líder cubano não reagiu. Sobre o assunto já tinha dito tudo quando, numa conturbada entrevista colectiva no «hall» do seu hotel, considerou «um crime» que os países presentes não quisessem condenar os Estados Unidos. Os efeitos foram imediatos. Carlos Meném, o Presidente da Argentina, que ali representava em grande medida o amigo dos Estados Unidos, não perdeu tempo a responder: «A Argentina viveu muito tempo sob ditaduras e não as pode aceitar.»
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Parte dos meios aéreos ainda não está disponível Combate a fogos aguarda visto José Parreira Graças ao Verão envergonhado, os fogos florestais não têm, este ano, atingido situações tão dramáticas como no passado. Apesar disso, a preparação da época dos incêndios continua a ser feita com atrasos: alguns dos helicópteros contaratados para a campanha em curso não podem ainda voar. Por falta de visto do Tribunal de Contas...
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1. Dando cumprimento ao disposto no artigo 324.o do Código das Sociedades Comerciais, a Administração declara que em31 de Dezembro de1990, o LABORATORlO IBERFAR - Produtos Farmacêuticos, S.A., detinha em carteira 15528 acções próprias cujo custo foi de 43 610 87930. 2. Dando cumprimento ao disposto no artigo 447.o do Código das Sociedades Comerciais, a Administração declara que a posição accionista dos membros dos seus orgãos sociais era, em 31 de Dezembro de 1990 a seguinte.:
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Bate boca Se o presidente da Fifa, que é brasileiro, faz, se o presidente da CBF faz, se o técnico da seleção faz, por que não os jogadores? O pior das declarações do Romário sobre o Pelé é que elas, mais do que um caso de indisciplina particular, revelam uma época e uma conjuntura.
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Hasse Ferreira considerou ser «normal» que o Partido Comunista Português «reivindique a presidência da Junta Metropolitana de Lisboa». «Se o PCP tem condições para ter a presidência é lógico que a pretenda» -- frisou, acrescentando: «Mas no caso da Assembleia Metropolitana já a correlação de forças não o permite e esperamos que o PCP não crie problemas». «Há que ter em conta que o PS tem os municípios de Lisboa e Setúbal que são os mais importantes e não pode ficar de parte neste importante processo, pelo que deverá presidir à assembleia Metropolitana, da qual a Junta é dependente» -- acrescentou o coordenador distrital de Setúbal do PS.
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Os populares dirigiram-se para a avenida depois de terem sido impedidos de entrar na sala de reuniões da Assembleia Municipal, que, em pouco tempo, ficara completamente lotada. «Eu sei que cortar a estrada ainda não é crime», ripostava, avisada, uma mulher ao agente da PSP que a convencera a abandonar o centro da artéria. Durante fugaz interrupção do tráfego, ainda houve tempo, porém, para um manifestante ser abalroado por um automóvel e para troca de inúmeros insultos entre os automobilistas e a pequena multidão em fúria. Irados, alguns dos manifestantes chegaram mesmo a bater palmas, quando duas viaturas chocaram, no meio da confusão que se instalara na avenida. Regressaram, depois, para a porta da sala onde decorria a Assembleia Municipal, onde continuaram a gritar palavras de ordem e a empunhar faixas contra a vinda dos ciganos.
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«Tentação» tem como nomes principais do elenco de actores Joaquim de Almeida e Cristina Câmara, uma «top-model» que faz a sua primeira experiência no cinema, e ainda Diogo Infante, Ana Bustorff, Sofia Leite, João Lagarto e Francisco Nicholson, entre outros. Foi rodado em Vila Flor, Cachão, Gaia, Mindelo e Lisboa.
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Constitui um princípio dos acordos que um estrangeiro desde que admitido no território de um estado membro, por um período inferior a três meses, possa aproveitar da abolição das fronteiras interiores e assim circular livremente no território do conjunto das partes contratantes, sob reserva no caso de ameaça à ordem pública ou à segurança nacional. Deve, no entanto, o estrangeiro assim admitido fazer uma declaração sempre que passe de um estado para outro e, logo que passados os três meses, deixar o espaço Schengen ou retornar ao país de origem ou a qualquer outro que o admita. A Convenção Schengen estabelece uma lista de países submetidos à obrigação de visto que compreende 121 países, nos casos das estadias de três meses, ficando os de duração mais longa na responsabilidade dos Estados. Ela não limita o poder discricionário de cada estado membro conceder asilo, sob reserva para aqueles que são signatários das obrigações decorrentes da Convenção de Genebra de 1957 relativamente aos refugiados.
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O autarca foi pronunciado relativamente aos processos das empresas Filipes e Galamares e de um posto de abastecimento de combustíveis na Terrugem. No que toca à Filipes, a empresa apresentou como prova uma gravação de uma reunião -- sem o conhecimento de Rui Silva -- na qual o então presidente pedia ao promotor «uma atenção» para com a autarquia no asfaltamento de duas ruas na freguesia de Montelavar. Os empresários recusaram e algum tempo depois o processo de loteamento que haviam apresentado para um terreno em Montelavar foi indeferido pelo executivo, com base em pareceres de técnicos municipais. «Tais ruas situavam-se fora da área da urbanização, pelo que esta exigência não teria fundamento legal», considerou a pronúncia. É que a lei determina que apenas podem ser exigidas compensações para infra-estruturas afectadas pelas urbanizações a licenciar, mediante protocolo com a autarquia ou averbamento ao alvará. Mais: o pedido das contrapartidas foi «feito de forma implícita e pouco transparente» e as instruções dadas aos técnicos «vieram a influenciar decisivamente o sentido das deliberações» que indeferiram o projecto. Todavia, a gravação efectuada pelo promotor não foi admitida como meio de prova, por ter sido obtida sem autorização.
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P. -- Subentendido: com Cavaco, não! R. --... da vida, da história, do presente e do futuro, da utopia e do pragmatismo, e isso é muito importante. Mário Soares é, além disso, um autêntico profissional da política -- o melhor que conheci. Depois de cinco anos, ficámos mais amigos e isso, para mim, é o fundamental. E o certo é que a democracia portuguesa ainda necessitará de Mário Soares por muitos anos...
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Quando, em Lisboa, terminava o Conselho de Ministros, no Vau, uma avioneta sobrevoava a casa de Mário Soares, puxando uma faixa em que anunciava a «Festa de Verão» do PSD, no próximo sábado, a partir das 21h00, em Faro. E o Presidente da República fazia as despedidas de uma manhã de praia, dando o último mergulho antes do regresso a casa para almoçar. Ao final da tarde viajou para Lisboa, de onde partirá hoje para Bruxelas. I.R.
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Fernando Fernandes, na hora da reforma, faz balanço de meio século de profissão O homem que cultivou a Leitura Luís Miguel Queirós Fernando Fernandes, o homem que criou a Livraria Leitura, no Porto, e fez dela uma referência cultural na cidade e no país, vai agora reformar-se. Na hora da despedida, atenuada pela promessa de manter alguma colaboração informal, este livreiro faz o balanço de uma carreira de quase meio século. E o PÚBLICO evoca a história da Leitura, desde o tempo em que a casa se chamava Divulgação.
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R. -- São peças contemporâneas, somente de estrangeiros, mas muito bem traduzidas. Tem o nome de S. Jerónimo porque ele é o patrono dos tradutores. P. -- Diz no texto de apresentação da sua peça de teatro que gosta cada vez mais da mistura elitista e popular. Como é isso?
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Na Amadora Droga responsável por 70 por cento da criminalidade José Bento Amaro A droga constitui o principal problema com que se debateu o Comando da PSP da Amadora durante o primeiro semestre deste ano. A falta de efectivos e a inoperacionalidade de parte da frota automóvel são outros obstáculos a transpor no mais populoso concelho do país.
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P. -- Esse conceito de maestros variados a dirigirem a orquestra é um pouco o conceito que havia nos últimos dez, quinze anos, da Orquestra da Emissora Nacional. No entanto, havia alguns projectos continuados, como fazer as integrais de Mahler. Vai haver linhas temáticas? R. -- Vai, pelo menos acho que é importante que haja, deve-se fazer uma perspectiva geral da obra de Stravinsky, de Bartok, enfim dos grandes compositores. P. --ÊContemporâneos, também?
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«A questão da tolerância» e «A raiva de gostar» A razão da minha carta prende-se com dois artigos do «ilustríssimo» colunista do vosso jornal, Eduardo Prado Coelho, nos dias 25 e 26 de Maio de 1998. Do meu pouco estudo filosófico do liceu, ficou-me marcado na memória o modo como me ensinaram a «Alegoria da Caverna» de Platão. Esta foi-me apresentada como se a caverna fosse a comunicação social e as sombras na parede a realidade que os meios de informação deixam transparecer.
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Buchanan, porém, ao ficar perto do seu já «tradicional» resultado de 30 por cento, sobreviveu à «super terça-feira», mantendo-se o símbolo do voto de protesto à política da Administração Bush. «Talvez tenhamos perdido a batalha dos delegados, mas ganhámos o coração da América», foi a resposta de Buchanan, excluindo de todo a hipótese de desistir. E pediu mesmo a Bush que despedisse o secretário-geral do partido, Rich Bond, por este ter tomado partido por um candidato -- Bush -- o que, alegou, não lhe competia fazer. «No final, não ajudarei o partido republicano se esse tipo estiver lá sentado como secretário-geral», assegurou. E alguns analistas republicanos sabem que esta ameaça pode não ser apenas uma das frases bombásticas do truculento jornalista. Ao anunciar a nomeação certa de Bush para a candidatura republicana, Fitzwater não deu propriamente uma novidade nem suscitou a discórdia de ninguém. Já o triunfalismo com que o disse e a convicção de que «o campo de Bush pode contar com o apoio dos partidários de Buchanan», não encontram eco em certos sectores republicanos.
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«O segundo maior país da África negra avança para um estado de anarquia que poderá facilmente assemelhar-se à crise na Somália», advertiu ontem Julian Ozanne no «Financial Times» («FT»). Para este analista, o colapso do Zaire, um Estado quatro vezes maior do que a França, com 37 milhões de habitantes, poderá ser perigoso não só do ponto de vista interno, mas também externo. Uma das consequências será a desestabilização dos nove estados que o rodeiam -- em particular Angola e a Zâmbia. Por detrás da controvérsia das novas notas está a crise económica, agravada pela instabilidade política e pela endémica corrupção nas esferas do poder. Para o «FT», o controlo monetário seria um primeiro passo, vital, para a recuperação económica. O Banco Central tem vindo a injectar excessiva liquidez no débil sistema financeiro, sem informar o Governo.
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Como os computadores estão a mudar a publicidade Amy Serafin* Um adolescente dá umas passas num cigarro. Terá, no máximo, uns dez anos. Segundos depois, o seu rosto juvenil adquire o tom pálido de um velho com enfisema. Depois de ver, na televisão britânica, este anúncio feito com recursos de alta tecnologia, qualquer pessoa pensa duas vezes antes de acender um cigarro. Nele foi utilizado um efeito especial que permite transformar um objecto noutro -- o «morphing».
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Alírio Rodrigues é um dos que se sente desalentado. «Eu fui dos mais crentes, estava sempre na primeira fila na capela. Rezei mais nestes 20 dias do que na minha vida toda. Deus paga-me.» Muitos outros mantêm sentimentos contraditórios. «Há uma confusão muito grande na cabeça da maioria das pessoas», explica Francisco Luís, segundo comandante dos Bombeiros, «ainda há muita gente aqui que acredita». A maioria da população tem pena de alguém que, apesar de os ter ludibriado, tinha uma obra em favor de crianças pobres e desprotegidas. «Temos pena dele e mais pena temos dos 18 miúdos do internato. Eles é que vão pagar por tabela», dizia um habitante. Ontem à noite, as vizinhas do internato preparavam-se para cozinhar para as crianças.
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O projecto foi apresentado à Sociedade Lisboa 94, em Novembro de 1992. Só um ano depois Ranieri Di Bernardo foi informado que, por falta de verbas, não seria contemplado com qualquer tipo de financiamento. «Esse atraso dificultou a angariação de apoios por parte de outros mecenas que, na altura, investiam na Capital Europeia da Cultura», refere. A Lisboa 94 prometeu então ao restaurador um apoio promocional, que se limitou a uma breve alusão na brochura do departamento de Intervenção Urbana. Duas outras referências saíram na Agenda Cultural de Lisboa, a pedido do autor.
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Candidato joga com impasse dos grupos do PT CARLOS EDUARDO ALVES Da Reportagem Local Nenhum grupo interno do PT deve chegar ao Encontro Nacional do partido com maioria para impor o tom do programa de governo de Lula. A necessidade de negociação reforça o cacife de Lula. Até agora, já foram escolhidos 54% dos delegados ao encontro. O grupo de Lula, o «Unidade na Luta» (que fica no «centro» político da legenda), cresceu em Estados importantes como o Rio Grande do Sul.
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O ponto que o leitor nos propõe diz respeito à investigação epidemiológica, que pretende relacionar o aparecimento e difusão de uma determinada afecção com uma área geográfica, uma população ou parcela desta, com características climáticas, sazonais e certos comportamentos, entre os quais os comportamentos alimentares, sexuais, o consumo de medicamentos ou outras drogas. Neste aspecto, tem-se vindo a verificar que, no espaço geográfico do Mediterrâneo -- muito propicio, desde há séculos, a doenças infecciosas e parasitárias como a malária, a brucelose, o tifo exantemático, a lepra e o kala-azar (que, aliás, estão praticamente quase todas extintas hoje nesta área) --, se verifica agora uma diminuição da morbilidade de afecções actualmente muito comuns, nomeadamente a arteriosclerose e certas formas de cancro.
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O julgamento das contas da Assembleia Regional pelo Tribunal de Contas (TC) fez apurar este e outros desvios de verbas para fins não previstos na lei, situação embaraçosa para os deputados madeirenses, que, para ultrapassar esta questão, aprovariam em plenário o diploma que passava a permitir viagens sem fim específico, apenas condicionadas ao valor num montante correspondente a deslocações aos Açores, por cada sessão legislativa, e sem estar sujeita a qualquer requisição. A actuação do Tribunal de Contas mereceu o repúdio de alguns deputados que pressionaram o presidente da Assembleia Legislativa regional, Nélio Mendonça, a «convidar» os técnicos do TC a abandonarem as instalações parlamentares onde procediam averiguações. A verificação da constitucionalidade fora solicitada pelo ministro da República, Rodrigues Consolado, ao Tribunal Constitucional, que, também a um seu pedido de apreciação abstracta, declarou inconstitucionais algumas normas do decreto legislativo regional que regula o processo de remição de terrenos sujeitos ao extinto regime de colónia. Tolentino da Nóbrega, no Funchal
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R. -- Com uma tomada de consciência pessoal e actuando em conjunto, na solidariedade. Em vez de perguntar que posso fazer eu, perguntar que podemos fazer eu e tu. E como diz a canção, a dois somos muitos mais que dois. O bem comum, a propriedade radical é a comum, não é a privada. Se os cristãos tomassem isto um pouco a sério, que Deus dá a terra à humanidade e não a uns quantos, valeria a pena.
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Produtos biológicos A proliferação de rótulos é um dos principais obstáculos à identificação dos produtos biológicos, revela um estudo realizado pela revista belga de consumidores «Test Achats» a 86 amostras de quatro produtos correntes (farinha, maçãs, cenouras e alfaces). Apenas 3,5 por cento dos produtos analisados (três amostras de farinha) continham resíduos de pesticidas, que estavam totalmente ausentes das frutas e legumes biológicos. Em contrapartida, as alfaces continham em média mais nitratos do que as amostras não biológicas que foram testadas na mesma ocasião. Um inquérito complementar comparando os preços de 19 produtos alimentares correntes revelou que o esforço pedido ao consumidor em nome do ambiente é ainda muito elevado. Os produtos biológicos são em média 88 por cento mais caros do que os outros.
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Os países mais avançados vêm investindo pesadamente em tecnologias poupadoras de água. Ao descrevê-las para uma amiga de vizinhança, ela destampou em risada que quase me pôs no ridículo. Referi-me às novas caixas de descarga no Primeiro Mundo, que fazem o usuário regular a quantidade de água de acordo com a natureza e quantidade do «trabalho» realizado. Nos banheiros públicos, as torneiras se fecham automaticamente, obrigando o usuário a abri-las novamente. Poucos sabem que uma torneira pingando, com uma abertura de dois milímetros, gasta 135 mil litros por mês o que dá mais de US$200. Pense nesses números. Não há porque desperdiçar uma coisa que é tão rara e tão nobre. Merece todo o aplauso a campanha educativa que a Sabesp vem fazendo em São Paulo em prol do uso racional da água. Afinal, para abastecer 330 municípios, ela tem de produzir cerca de dois trilhões (!) de litros de água por ano e investir cerca de US$1 bilhão para, simplesmente, atender o crescimento demográfico e melhorar a Bacia do Tietê.
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Apesar das condicionantes diplomáticas resultantes da situação em Timor-Leste e das denúncias de violações dos direitos humanos em toda a Indonésia, a Alemanha revigorou os seus contactos económicos com o maior país da ASEAN (190 milhões de habitantes, crescimento económico de 28 por cento entre 1990 e 1993), tendo o volume de trocas comerciais atingido os 26 milhões de marcos (cerca de 2600 milhões de contos) no corrente ano. Apesar disso, o tema dos direitos humanos tem sido e continuará a ser tratado à margem da reunião ministerial. A secção local da Amnistia Internacional (AI) convocou para hoje uma vigília em frente ao centro de congressos de Karlsruhe, onde decorre o encontro. Cartazes obrigatoriamente escritos em alemão -- uma imposição das autoridades locais -- vão chamar a atenção para a questão de Timor-Leste.
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É, de qualquer modo, razão mais do que suficiente para este concerto-celebração, tornado gratuito graças ao patrocínio do Banco 7. O espectáculo tem o início previsto para as 21h e a primeira parte será assegurada pelos Pólo Norte, estando ainda anunciado um pequeno desfile de estrelas da música portuguesa (que por enquanto são segredo) durante a actuação dos próprios Delfins. A transmissão radiofónica em directo será assegurada pela Antena 3, mas o espectáculo será também filmado pela SIC. O propósito é registar material para ser difundido neste canal televisivo na noite do próximo fim-de-ano. A equipa da SIC (que deslocará oito câmaras sob a direcção de Ricardo Andreia) irá, de resto, acompanhar os Delfins numa pequena viagem de barco, que levará o grupo do Clube Naval até ao palco da baía de Cascais, percurso que entretanto será documentado em «video wall» para a assistência.
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«Os filmes já em execução ou com a rodagem concluída formam um conjunto solidário com os projectos» desse ano, na candidatura ao financiamento da televisão pública, diz Ismael Augusto. Recorde-se que o plano de actividades da RTP para o próximo ano, deveria estar definido desde o passado dia 30 de Junho. Tino Navarro, presidente da Associação Portuguesa de Produtores de Filmes de Longa-Metragem (APF), afirma «temer que a RTP se prepare para não cumprir um dos pontos do contrato de concessão de serviço público [assinado em Março], não financiando o cinema português». Tino Navarro salienta ainda que «existem problemas graves» decorrentes da «indecisão e falta de garantias» da RTP, que têm «impedido os produtores de planificar a sua actividade para este ano».
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Basta de impunidade Iva Delgado* No dia 19 de Maio de 1991, Pinochet veio a Portugal. Nessa altura, guardei em arquivo algumas frases sobre o assunto: Pinochet vem a Portugal para comprar armas. Há manifestantes na rua, com tachos e panelas. Corresponde pela grosseria e arrogância ao estereotipo do ditador latino-americano. «No entiendo português», repete aos jornalistas, que o irritam. Sobre Allende diz: «matou-se com uma metralhadora». Os jornalistas olham-no como um fantasma. Pinochet contra-ataca os silêncios: «As autoridades do meu país de nada me acusam». E os crimes no estádio de Santiago? Encolher de ombros. Pinochet passeia-se por Portugal com a filha que lhe aperta o cotovelo quando o pai exagera. Aos apupos responde com acenos. Parece-se com Salazar.
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«É algo inédito em planos econômicos», disse. Nessas condições, o aumento de volumes é «ótimo» porque gera empregos, segundo Etchenique, que não vê razão para que o governo adote novas limitações ao crédito ao consumidor.
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Livreiros espanhóis A informática ao serviço dos leitores Servir mais rapidamente e melhor o público, acelerando as ligações entre livreiros, editores e distribuidores, foi uma das resoluções do XV Congresso Nacional de Livreiros de Espanha, que concluiu os seus trabalhos no passado sábado, dia 9, em Alicante. A solução proposta não passa de um ovo de Colombo: efectuar os pedidos dos títulos pretendidos através da conexão dos sistemas informáticos dos livreiros com os das editoras e distribuidoras.
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Instituído em 1986 pela Fundação Bernard van Leer, o projecto Eco prossegue actualmente com o apoio do Instituto de Inovação Educacional, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e das autarquias onde é desenvolvido. A oficina pedagógica Os de cá da Serra é constituída por duas dezenas de jardins de infância e escolas primárias da zona escolar de Sintra, abrangendo as freguesias de São João das Lampas, Terrugem, Montelavar, Pêro Pinheiro, Almargem do Bispo, Colares e São Martinho. Estas zonas são, conforme explica o vereador do pelouro da Educação da Câmara de Sintra, Felício Loureiro, «as que têm maiores dificuldades e maior insucesso escolar». O projecto, sublinha o autarca, tenta «ligar as crianças, os professores e a autarquia com o meio».
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Cantil Apesar de as San Pellegrino, importadas da Itália, serem sim um sucesso por aqui, uma outra água frequenta as melhores mesas do pedaço. Trata-se da Calistoga daqui da Califórnia mesmo. Gaiola Assim que acabar todo o estica e puxa da Copa, Carlos Nascimento volta para casa com um olho bem aberto na direção de seu novo negócio:
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Para quando o PÚBLICO internacional diário? Excelente, embora tardia, a concretização de uma edição internacional do PÚBLICO. Mas é preciso ir mais além: uma edição internacional diária, a exemplo, entre outros, do «El País». Era muito bom poder ler todos os dias o PÚBLICO antes de começar a trabalhar...
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