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Galopim de Carvalho considera que inicialmente a possibilidade de manter a jazida do Galinha estava bem encaminhada, mas salienta que ela se encontra «actualmente numa fase de indefinição altamente preocupante» -- uma pegada foi já destruída, como divulgou recentemente a Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia, que este fim de semana promove um «Acampamento Jurássico» na freguesia do Bairro, em defesa deste património. Para o director do museu, «o concessionário da pedreira não poderá indefinidamente aguardar a decisão governamental quanto à indemnização necessária à paralisação dos trabalhos», pelo que se corre «grave risco» de se perder uma jazida que «é um autêntico santuário do passado da Terra».
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O médico Carlos Camargo e os seus colegas do Brigham and Women' s Hospital e da Escola Médica de Harvard, em Boston (EUA), realizaram um estudo ao longo de mais de 10 anos durante o qual acompanharam 22.071 homens com idades compreendidas entre os 40 e os 84 anos, sem quaisquer antecedentes clínicos de problemas cardíacos, tromboses ou cancro. O estudo, publicado na revista «Archives of Internal Medicine», revelou que os homens que bebem mais são mais velhos, fumam mais e sofrem mais de hipertensão que os outros. Durante o período coberto pelo estudo ocorreram 1206 mortes: 394 provocadas por acidentes cardiovasculares, 488 por cancro e 324 devido a outras causas.
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Indícios de crimes de corrupção passiva, abuso de poder e simulação de documento autêntico levaram o Ministério Público e a Polícia Judiciária a abrir um inquérito judicial para investigar as actividades de António Saleiro. O PÚBLICO apurou que os investigadores da PJ, que têm desenvolvido diversas diligências a título de pré-inquérito, estão agora a trabalhar num inquérito cuja amplitude vai desde a passagem de António Saleiro pela presidência da Câmara de Almodôvar até actos praticados no desempenho do cargo de governador civil que actualmente ocupa e para o qual foi nomeado pelo Governo de António Guterres. Um investimento chinês em Almodôvar que está na origem de aparentes irregularidades administrativas e penais, o destino cheques referenciados neste processo, abusos de poder no exercício das funções de presidente da câmara, simulação de escrituras e outros documentos celebrados em função de pagamentos que não são aparentemente reais, encontram-se entre os actos que estão a ser investigados.
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Julgamento de Taslima adiado outra vez O julgamento da escritora do Bangladesh Taslima Nasrin, acusada de blasfémia contra o Islão e., desde essa altura exilada na Suécia, foi de novo adiado, agora para 23 de Janeiro. O adiamento foi decidido pelo tribunal de Daca encarregado do processo por causa de novas objecções processuais apresentadas pelos advogados de defesa. Taslima, de 32 anos, foi acusada em Novembro de ter ofendido os sentimentos religiosos muçulmanos numa entrevista a um jornal indiano, e fugiu do Bangladesh depois de ser ameaçada de morte por movimentos fundamentalistas que a acusam de ter posto em causa o Corão. A lei do Bangladesh prevê que qualquer acção ou comentário públicos insultando os sentimentos religiosos de uma comunidade é um delito punível com a pena máxima de dois anos de prisão.
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Harrison Ford volta à vida de espião O ator retorna ao papel de Jack Ryan em «Clear and Present Danger», que estreou nos EUA na semana passada ANA MARIA BAHIANA Especial para a Folha, de Los Angeles Continuando algo que já está se tornando uma constante em sua carreira, Harrison Ford volta a representar um personagem que o público já conhece agora, o analista da CIA, Jack Ryan, criado pelo escritor Tom Clancy em «Caçada ao Outubro Vermelho» e interpretado por Ford, pela primeira vez, em «Jogos Patrióticos». Desta vez, Ford é Jack Ryan em «Clear and Present Danger», uma versão do que poderia ser o caso Irã/contras: Ryan se vê envolvido numa operação ilegal do governo americano para exterminar um cartel da droga colombiano, e é forçado a tomar decisões que ele percebe como moralmente correta, mas politicamente desastrosa.
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Os Khmer Vermelhos, culpados do massacre de um milhão de cambojanos entre Abril de 1975 e Janeiro de 1979, enquanto estiveram no poder em Phnom Penh, foram derrubados pelo exército vietnamita, que invadiu o país e instalou na capital um governo da sua confiança. Os guerrilheiros maoistas controlam cerca de 20 por cento do Camboja, onde vivem meio milhão de civis, até agora impedidos de se recensear.
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Tirando algumas excepções, a clientela das grandes limusines pretende um automóvel espaçoso, confortável, com um ambiente interior luxuoso, que ande bem e seja sóbrio. A sobriedade é mesmo uma das principais características que estes automóveis devem ter e foi para melhorar esse aspecto que, há cerca de um ano, a Volvo introduziu importantes alterações no seu modelo topo de gama. A série 700 tornou-se famosa pela sua traseira de linhas rígidas, quase quadradas. Umas linhas que, se eram originais e se tornavam na grande característica daquele carro, não o tornavam suficientemente sóbrio para uma clientela que, em geral, não gosta muito de dar nas vistas. Daí que a marca sueca se tenha preocupado, essencialmente, com este aspecto, arredondando as formas, tornando-as mais suaves e discretas mas, ao mesmo tempo, introduzindo uma nítida valorização estética no seu topo de gama. Assim nasceu a série 900 (940 e 960), posteriormente equipada com uma variada gama de motores, da qual o PÚBLICO pôde experimentar a versão dois litros com turbocompressor. Afinal a mais potente das «permitidas» em Portugal, já que a fiscalidade torna quase proibitivo o V6 de três litros.
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Pode dizer-se mesmo que este sueco e o inglês Peter Mitchell são os únicos «outsiders» da tabela classificativa. Mitchell, que se estreou como profissional em 1979, tem uma única vitória no seu «palmarés» -- o Open da Áustria, conquistado em 1992 --, pelo que não se deverá aguentar muito tempo no topo de uma prova deste calibre. Em relação aos outros dois líderes, o caso já é diferente. Jimenez, por exemplo, é hoje, depois de uma época magnífica, o terceiro melhor jogador espanhol, a seguir a Jose Maria Olazabal e a Ballesteros. Actualmente, ocupa o quinto lugar da Ordem de Mérito, graças ao seu triunfo no Heineken Dutch Open e aos oito «top-10» conquistados ao longo do ano.
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Trânsito cortado na Politécnica A circulação viária na Rua da Escola Politécnica, entre o Largo de São Mamede e o Largo do Rato, vai estar encerrada durante três dias, devido às obras de prolongamento da rede do Metropolitano. O trânsito será cortado, no sentido S.Mamede-Rato, às 22h00 de hoje e restabelecido às 6h00 de segunda-feira, dia 24.
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Treze membros do Parlamento iraniano chegaram ontem a Lisboa. A visita, que se prolonga até terça-feira, não tem carácter oficial e destina-se a proporcionar contactos com parlamentares portugueses. Na segunda feira, a delegação iraniana, integralmente composta por elementos da Comissão Parlamentar de Emprego e Trabalho, desloca-se à Assembleia da República. A delegação é chefiada pelo Presidente da Comissão de Emprego e Trabalho, Ali Mohamed Garibane. Antes da concessão dos vistos de turismo aos parlamentares iranianos, solicitados há cerca de um mês, o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu um parecer «positivo», que tornou possível a visita. Deslocações deste género são habituais durante este período do ano, quando o Parlamento do Irão está fechado, devido ao aniversário da Revolução Islâmica, que se comemora no dia 7 de Fevereiro.
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«Chungking Express» de Wong-Kar Wai exibido no Fórum «California Dreamin '» Respira-se urgência e fumo no minúsculo «hall» do Delphi-Filmpalast, o antigo salão de baile que oferecia bandas musicais antes de ser bombardeado na Segunda Guerra Mundial. A comunidade chinesa de Berlim prepara-se para invadir a sala de 800 lugares. É sempre assim nas meias-noites chinesas do Fórum -- rivalizam, em excitação, com as noites Queer do Panorama. O filme a apresentar é «Chungking Express», de Wong-Kar Wai, cineasta de Hong Kong. Há poucos ocidentais presentes na sala, mas quase todos eles evidenciam os mesmos sinais: tremem quando ouvem falar em Wong-Kar Wai e depois baixam os olhos com condescendência, como que a dizer: «Sim, eu também vi `Days of Being Wild '», o muito elaborado filme de 91 que revelou o cineasta. A partir de agora, poderão dizer: «Sim, eu também vi `Chungking Express'.» Dos filmes vistos até agora em Berlim, este é o mais belo. Houve já quem dissesse que a experiência de ver hoje «Chungking Express» é a única que se pode aproximar daquela que tiveram os espectadores, há quase três décadas, quando foram iluminados por «Bande à Part», de Godard. Pelo menos, este é daqueles filmes em que a experiência de maravilhamento e descoberta é a mesma do realizador e do espectador: ambos experimentam as imagens como se fosse a primeira vez.
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Formalmente, Jiang Zemin passará a concentrar tantos poderes como o antigo presidente Mao Tsé-tung nos primeiros anos da República Popular da China. Mas a forma -- já se sabe -- não é o conteúdo todo. A figura mais influente da China pós-maoista continua a ser o «arquitecto-chefe das reformas», Deng Xiaoping, 88 anos, que por sinal não ocupa qualquer cargo oficial. António
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O programa é vasto, englobando a projecção dos «cem melhores filmes europeus» (de acordo com a lista elaborada por um organismo comunitário) e ainda dos «cem melhores do resto do mundo». Como complemento haverá lugar a conferências, colóquios, «workshops», cursos e exposições, estando o projecto orçado em cerca de 370 mil contos. Mário Dorminsky, director da Cinema Novo, rejeitou ontem, em conferência de imprensa, a possibilidade de a iniciativa substituir as comemorações oficiais, mas acrescentou que sem um forte apoio dos organismos estatais não será possível cumprir na íntegra o plano traçado. A organização espera poder trazer a Portugal alguns dos grandes nomes de todas as áreas do cinema mundial. A segunda fase do projecto, dedicada às cinematografias europeias, que ocorrerá durante o ano de 1994, terá, segundo Dorminsky, de contar com o apoio das Comunidades através dos projectos Media, podendo ser incluída na programação da Lisboa Capital Cultural. Mário Dorminsky salientou que este ambicioso projecto será levado avante mesmo sem os apoios oficiais mas, «nesse caso, ver-se-á transformado em mais um acontecimento entre os muitos que organizamos».
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Por outro lado, poderá ser também nomeado um ministro residente em Cabinda, Miguel N' zau Puna, ficando este com uma responsabilidade essencialmente política -- em diálogo com os anseios autonomistas de uma grande parte da população local -- e o governador com a administração das questões quotidianas. Ambos os nomes apontados são de cabindenses, como aliás também o era o anterior governador do território, Augusto Tomás, que há semanas trocou essas funções pelas de ministro das Finanças; e N' zau Puna, de 62 anos, deixou em 1992 a UNITA, dirigindo actualmente um grupo chamado «Tendência Reflexão Democrática».
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Os usuários da Internet, por exemplo, podem acessar o Arquivo de Música Underground, que contém videoclipes, fotos e biografias de músicos e grupos novatos. Como a Internet não cobra pelo tempo de uso, «arquivar» músicas inteiras leva tempo mas não custa adicional. No caso da música, o problema continua sendo o da qualidade. O som transmitido pelas redes é equivalente ao de uma rádio AM. Além disso, para reproduzi-lo o computador tem que ter placa e caixas de som.
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Agitando pequenas bandeiras de Portugal e da Índia, as crianças gritando «diva», centenas de pessoas concentraram-se ontem numa pequena praça de Cochim onde Mário Soares descerrou uma placa evocativa do «convívio das culturas asiática e europeia» iniciado com a viagem de Vasco da Gama. Ao agradecer o afectuoso discurso de boas-vindas do presidente da Câmara local, Soares acentuou o significado do reencontro entre os dois países. «Vamos fazer muitas coisas em comum», afirmou o Presidente da República, antes de salientar ter vindo «encontrar aqui, 500 anos depois, tantos Oliveiras, tantos Costas, tantos Silvas e tantos outros nomes portugueses». Nomes, sentimento e língua
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No nosso caso, o PSD não se limita a monopolizar órgãos de comunicação social, em particular a RTP, até ao ponto em que o permite a tentativa de tornar esse facto menos nítido; não lhe chega apresentar como milagres e dádivas generosas frutos do normal funcionamento da administração e das empresas públicas e do esforço das suas centenas e milhares de trabalhadores; não lhe basta escamotear números como aqueles que mostram o agravamento do défice de habitações, ou a menor participação do trabalho no rendimento nacional. Não confia também na frenética agitação pelo país dos membros do Governo e, daqui para a frente, dos próprios deputados, que nada fizeram e até foram ameaçados com multas para não faltarem tão escandalosamente ao dever de ofício de corpo presente. Prepara-se agora para actuações dispendiosas e espectaculares, de que a perspectiva de contratação de artistas a peso de ouro é apenas uma faceta. Tudo, obviamente, porque o PSD não confia no trabalho do Governo e teme o castigo dos eleitores.
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Richard Dal Bello, um responsável da Casa Branca pela aeronáutica e pela política espacial, disse que os programas paralelos da NASA e do Pentágono são inteiramente complementares, porque o esforço da Defesa se dirige às necessidades a médio prazo, enquanto o programa X-33 da agência espacial representa um investimento a longo prazo.
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Quim Machado -- Foi, de longe, o melhor jogador da sua equipa. Foi um dos poucos que não se limitou a destruir, apesar de ser defesa e que tentou colocar a bola jogável nos companheiros mais adiantados. Ontem, foi jogador demais para uma equipa tão encolhida.
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Logo no início a doença se apresenta como gripe, que se acompanha de febre muito alta e, eventualmente, de dramático quadro de baixa de pressão, escarlatina e morte. O curioso nesse micróbio é que ele contém um vírus que faz o germe produzir violenta toxina que contribui para os dramáticos resultados.
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No campo partidário, mesmo nos bastiões de Alfonso Guerra, como a federação sevilhana, o tempo é de rebelião e os «renovadores» madrilenos, numa festa-provocação, proclamaram em manifesto a «ruína do discurso de Guerra». A ofensiva relembra o mau nome que deram ao partido as acusações de financiamento irregular: «Não queremos andar pelo trilho italiano. Queremos um partido limpo, cujas contas sejam realmente as aprovadas pelos órgãos de direcção. Eleita a munição de desgaste do guerrismo, até ao 33º Congresso, que se prevê que venha a ser de clarificação decisiva, terá agora lugar o acossamento e derrube do aparelho. Uma operação paradoxalmente propiciada pelo castigo dos eleitores por vícios e erros de uma década de governo, mas que, outro paradoxo, libertou Felipe González da pressão de um aparelho trivitorioso, que só nas últimas eleições conheceu o desgaste. Nuno Ribeiro, em Madrid
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Como modelo, o realizador parece querer tomar um cruzamento de Ricardo III com King Lear, arriscando o risco do ridículo, mas assumindo a matriz shakespeariana com inesperada convicção. O «pathos» da personagem, sublinhado no contraponto com a figura feminina que renuncia e regressa de forma cíclica, atinge o seu ponto culminante no momento em que se revê no retrato de John Kennedy, eterno espelho da sua inferioridade de classe, constante memória da ténue fronteira entre a derrota e a vitória. A rodear a figura «trágica», pequenos coadjuvantes que vão desaparecendo na hora do afastamento do poder, como se toda a culpa do mundo coubesse a um só homem. Sob a sombra omnipresente de Lincoln (quanto da espessura do mito corresponde à verdade histórica?), o mesmo que presidiu ao encontro de surdos com os jovens antibelicistas, o actor retira-se do palco, sem som nem fúria. A peça representou-se; a História fica por fazer. @2-Titulo = Nixon
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Quando a novela começa, a família mora num apartamento alugado. Com o desenrolar da história, conseguirá comprar uma casa. A Globo ainda não definiu o elenco da trama. Se depender de Sílvio de Abreu, Zezé Motta viverá Fátima. Norton Nascimento interpretará Sidney. Camila Pitanga ficará com o papel de Patrícia e Isabel Filardis, com o de Rosângela.
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Contagem de espingardas no PSD-Lisboa «Históricos» com Pacheco As candidaturas à liderança da distrital de Lisboa do PSD continuam a recolher apoios numa autêntica divisão de tropas. Ontem, uma dezena de «históricos» do PSD-Lisboa, autodenominados «militantes da fundação do PPD-PSD, membros fundadores de secções da AML, militantes com toda uma vida de serviço ao PSD», divulgaram uma carta aberta de apoio a Pacheco Pereira, demissionário presidente da estrutura da Área Metropolitana de Lisboa que com Pedro Passos Coelho e Duarte Lima disputa a presidência da distrital.
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A posição do Governo, «que tem que ser coerente», mantém-se e é a mesma que o Presidente divulgou na véspera em conferência de imprensa. «Há sempre uma esperança de que o outro lado aceite e se credibilize», afirmou João Cardoso. «Não aparece um rosto devidamente responsável para assumir e apresentar coisas concretas. Temos o exemplo da última ida do senhor bispo: antes dele chegar a Bissau já os rebeldes estavam a lançar outras propostas, que nós não entendemos». A inflexibilidade mantém-se: o Presidente `Nino? foi democraticamente eleito e não pode existir nada para além da deposição das armas por Ansumane Mané e a rendição dos seus homens. Muitas horas antes de Jaime Gama e Venâncio de Moura chegarem a Bissau, D. Settímio Ferrazzeta voltou a passar a linha da frente, para se avistar com a Junta Militar. João Cardoso não teme que as duas iniciativas paralelas se anulem. «O bispo foi com todo o apoio do Governo. Volta manhã e vamos lá a ver o que trás. Temos esperança de que o outro lado se disponha a atingir o que pretende de forma responsável. Todos os caminhos levam a Roma».
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A fórmula para se dar bem em uma prova hoje é largar entre os dez primeiros, não se envolver em confusões nas primeiras voltas, fazer pit stops rápidos e esperar o pessoal da frente quebrar. As ultrapassagens arriscadas, as disputas demoníacas de posição e os bons resultados dos que saem lá atrás no grid continuam sendo uma remota lembrança do passado. Pilotos de F-1, hoje, erram pouco. Quem erra menos, leva.
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Angola sob fogo AS NAÇÕES Unidas anunciaram ontem, em Luanda, a retirada dos seus observadores de 39 das 67 bases, devido à violência dos combates entre as forças do Governo e da UNITA. Dois observadores ficaram feridos no Huambo, tendo um deles sido atingido por uma bala e outro pelos estilhaços de uma granada. Fontes citadas pela AFP informaram que os combates redobraram ontem de intensidade, nomeadamente no Huambo, e que o Governo angolano controla apenas sete (Benguela, Huíla, Namibe, Cunene, Malange, Kuanza Sul e Luanda) das 18 províncias do país. Todas as outras são palco de combates, excepto Uíge e Bengo, em poder da UNITA. Em Luanda, o Presidente José Eduardo dos Santos, afirmou que o Executivo «continua aberto a um encontro, em local a acordar» entre as chefias militares governamentais e da UNITA. E o ministro dos Estrangeiros, Venâncio de Moura, precisou até que a delegação militar governamental iria a Adis Abeba mesmo que a UNITA não vá. Por sua vez, um comunicado assinado pelo general Ben-Ben e datado do Huambo, enviado à Agência Lusa em Washington, acusa as tropas governamentais de bombardearem «de uma maneira indiscriminada os bairros da população civil, utilizando em larga escala bombas químicas». «Ben-Ben», que pela primeira vez se manifesta em público desde a batalha de Luanda, afirma ainda que a UNITA«está a ganhar cada vez mais terreno». Renamo inaugura sede
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R.-- Sim e não. Creio que as dificuldades dos desempregados são tais que o movimento teria ocorrido de uma forma ou de outra. O que é certo é que o apoio sindical ajudou, porque trouxe um aparelho, uma estrutura e permitiu -- o que é muito importante para o futuro -- evitar lutas de uns contra os outros. Porque é sempre possível e terrível ter uma luta em que os desempregados digam que a culpa da sua situação é dos assalariados, que podiam partilhar o seu salário ou emprego. Ou ter assalariados que digam: eles são desempregados porque não querem trabalhar. O facto de haver sindicatos a ajudar os desempregados mostra que é possível, mesmo que não nos mobilizemos em conjunto, ter pontes, ligações e, a prazo, espero, assistir a lutas complementares. P.-- Disse há pouco que há uma dupla representação de desempregados. Há sindicatos que já assimilaram o fenómeno e outros que não.
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«Devo fazer uns três interurbanos para saber as novidades dos meus amigos do Rio e de Minas ou fazer uns 15 telefonemas só para dar um 'oi' para a moçada. Se ligar para a namorada, vai até mais de uma hora», afirma. Outro tipo de diversão vai entreter o estudante Alexandre Itiro, 21. «Vou jogar videogame, RPG ou qualquer outra coisa», diz.
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Sousa Cintra e as sondagens Sousa Cintra não anda só aborrecido com a RTP por esta «ignorar o Sporting». Também o «Expresso» do seu amigo Pinto Balsemão lhe tem merecido muitos reparos. É que o presidente leonino ficou furioso com a recente sondagem publicada por aquele semanário que diz que o Benfica «cativa o dobro das simpatias concedidas ao FC Porto e ao Sporting juntos». E para acabar com o que afirma ser «uma aldrabice de todo o tamanho», Sousa Cintra já «encomendou» uma sondagem. Embora os resultados ainda não sejam conhecidos, o presidente do clube de Alvalade já sabia, na passada quinta-feira, qual seria a conclusão final: «A sondagem vai dizer de certeza que o Sporting tem mais de 50 por cento da simpatia dos portugueses.»
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À margem de tais debates, ou afirmações cruzadas, é indiscutível que o filme torna visível uma figuração até agora recalcada, o que não deixa de ser um indício de atitudes derivadas do isolamento. Mas as precauções, as alusões e os subentendidos, distanciando-se ainda do imaginário «viril», são um registo que determina a ambiguidade do filme, numa realização parda, des-investida. A revolução produziu um imaginário e um quadro histórico mobilizador para o cinema cubano, mas de tal quadro hoje restam memórias, pois que no presente até um jovem quadro comunista como o do filme já não tem certezas.
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Estas matérias deverão, aliás, ser amanhã debatidas entre o Presidente da República e os advogados respectivos. No encontro participam Lídia Leitão, António José Coelho dos Santos, Eduardo Allen e Jorge Fagundes que, com Mário Soares, vão fazer um levantamento caso a caso dos nove detidos. AR ouve Laborinho Na Assembleia da República, a Comissão Parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias reune esta manhã -- a proposta do PS, de chamar o ministro da Justiça, será analisada durante a reunião de hoje e será aceite pelo PSD. A reunião com Laborinho será marcada com carácter de «premência», devendo ocorrer na sexta-feira.
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Directiva comunitária sobre avaliação de impactes ambientais Contra as insuficiências da lei Está pronto o documento que transpõe a directiva comunitária sobre avaliação dos impactes ambientais para a legislação portuguesa. O projecto de decreto-lei, que será discutido já no princípio de Novembro com os intervenientes no processo, pretende colmatar insuficiências legais em matéria de protecção do ambiente na apreciação de projectos rodoviários.
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O maior veleiro do mundo no cais da Rocha do Conde de Óbidos Sete velas e cinco mastros O cais da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, teve ontem um visitante muito especial: o maior veleiro do mundo, com 187 metros de comprimento, 20 metros de largura, sete velas e cinco mastros, que foi baptizado com o nome de «Club Med 1» e usa bandeira francesa. Para chegar a Lisboa, foi preciso esperar pela maré baixa, pois, os seus mastros com 50 metros de altura não conseguiam passar por baixo da Ponte 25 de Abril, com a maré alta. Foi a primeira vez que este navio esteve em Lisboa, vindo da cidade espanhola de Cadiz, depois de muitos cruzeiros efectuados por diversos cantos do mundo. Esta madrugada, os cerca de 250 passageiros prepararam-se de novo para partir com destino à Corunha, depois de uma curta visita à capital portuguesa.
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Vida e divindade se complementam PAULO COELHO Colunista da Folha Por um lado, sabemos que é importante buscar Deus. Por outro, a vida nos distancia Dele por que nos sentimos ignorados pela Divindade, ou por que estamos ocupados com nosso cotidiano. Isto nos dá um sentimento de culpa muito grande: ou achamos que estamos renunciando demasiadamente à vida por causa de Deus, ou achamos que estamos renunciando demasiadamente a Deus por causa da vida. Esta aparente lei dupla é uma fantasia: Deus está na vida e a vida está em Deus. Basta ter esta consciência para entender e aceitar melhor o destino. Se conseguimos penetrar na harmonia sagrada de nosso cotidiano, estaremos sempre no caminho certo e vamos cumprir nossa tarefa.
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Para além de ilegal, essa prática, como bem notou o corregedor eleitoral do Distrito Federal, Jerônimo de Souza, gera um desquilíbrio na disputa que tende a ser compensado pela radicalização. Isso estimula o baixo nível da campanha. Parece também que o hábito de colocar a máquina do governo para alavancar uma candidatura já está tão enraizado na cultura política brasileira que ele se ativa mesmo quando não interessa ao candidato. Com efeito, FHC dispõe do melhor cabo eleitoral que um postulante à Presidência poderia desejar: o Plano Real. A nova moeda já o fez passar de um modesto segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para o primeiro posto, com chances de ganhar a eleição já no primeiro turno. Para Fernando Henrique, o risco de ver seu nome envolvido em denúncias de fisiologia é maior que os ganhos eleitorais que tais práticas poderiam conferir-lhe. De resto, o impeachment de Collor e a CPI do Orçamento representaram avanços na exigência da população por ética na política. Infelizmente, ainda há um longo caminho a percorrer nessa direção.
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De tempos a tempos, sopram agradáveis ventos de Vitoria-Gasteiz (Espanha), cidade onde a Ikusager Ediciones tem a sua sede. O que distingue as suas iniciativas é tanto a originalidade como a audácia dos projectos concretizados. São obras elaboradas com o carinho que só os «velhos artesãos» do livro sabem imprimir: grafismo muito elaborado e criativo, temas que marcam a diferença e, sobretudo, a arte de juntar sob o mesmo tecto -- o álbum de banda desenhada -- um naipe de autores que singraram através da afirmação de estilos próprios e identificadores. Uma das últimas iniciativas intitula-se «Los Derechos de la Mujer» e constitui o vigésimo terceiro título de uma colecção que tanto se espraia pelos temas da história recente e antiga das Espanhas, como celebra em termos monográficos direitos fundamentais da Humanidade.
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«Subtilmente» é o maxi-single, com três canções, que Anabela irá lançar nesta primeira quinzena de Novembro. O disco terá edição de autor e é patrocinado pelo Instituto da Juventude. Quase de seguida, a 6 de Dezembro, haverá lugar para um espectáculo de apresentação no São Luiz. A autora começou por assinar um trabalho em nome próprio, ainda durante a existência dos Mler Ife Dada, através de uma recolha de fado antigo que interpretou no álbum «Lishbunah», editado em 1989. Agora, prefere tomar outros caminhos. PÚBLICO -- O novo disco serve como continuação do primeiro trabalho a solo ou é algo de completamente diferente?
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P. -- Vê vantagens em ir para o Segundo Mercado? R. -- Vantagens comparativas não as vejo muito significativas. No entanto, compreendemos que ainda existe, pelo menos em alguns investidores, nomeadamente particulares, alguma associação entre o prestígio das empresas e o mercado em que estão cotadas. No nosso entendimento, não vemos por que razão é que a Lusomundo não está cotada no Mercado Oficial de Cotações.
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Sem abandonar a queixa já apresentada ao Ministério Público, João Monteiro (um engenheiro de Coimbra, com escritório em Aveiro), defende uma solução diplomática para o conflito: «Cidália Morais apresentou-nos uma proposta que vamos analisar». E durante este período, enquanto estiverem abertas as vias do diálogo, Cidália poderá continuar na casa com a sua família. Sobre o teor da proposta por si avançada, a ex-gerente do Camping Costa Nova prefere aguardar um prudente silêncio. «Estou a aqui a viver desde 1976. Comprei o terreno com 400 contos que trouxe de Angola», afirma Cidália Morais. E acrescenta: «A quota que era minha é agora dos meus filhos, por isso tenho direito a ficar cá.»
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Mato Grosso 3 Será inaugurado amanhã, em Cuiabá, o primeiro hemocentro público do Estado. A obra custou US$2 milhões. Levará o nome do médico Navantino Borba. O Hemomat foi erguido ao lado do centro de saúde, no centro, em uma área de 2.000 metros quadrados. Mato Grosso 4 Começa hoje o curso de extensão para engenheiros civis em engenharia ferroviária, na Universidade Federal do Mato Grosso. O curso acaba em 30 de junho e terá aulas às terças e quintas. As incrições são gratuitas. Há 20 vagas.
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Apesar da estratégia de conferir a Marrocos o papel de interlocutor preferencial no diálogo com os países do Magrebe, por preservar a estabilidade e a abertura política numa zona de convulsões fundamentalistas, Portugal não só é um fraco parceiro comercial do reino de Hassan II como tem respondido ao plano de incentivos ao investimento estrangeiro por parte deste país com um claro desinvestimento. O maior parceiro comercial de Marrocos é a União Europeia, representando 57 por cento das trocas externas; contudo, neste conjunto, Portugal não chega a pesar sequer um por cento, quer em vendas quer em compras, o que retira impacto a um dos raros casos em que mantém um saldo comercial favorável. A estrutura de produtos transacionados é, por isso, limitada: Portugal compra sobretudo peixe (fresco ou refrigerado), adubos, chumbo e fosfatos, o que equivale a quase 70 por cento das importações com origem em Marrocos, e fornece, em contrapartida, máquinas, madeiras, cabos e fibras, produtos que representam, por si, um terço das vendas para este país.
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DO não publica processos contra escolas Da Sucursal de Brasília Um problema de padronização gráfica impediu que o «Diário Oficial» publicasse, na sua edição de ontem, os 20 processos administrativos que a SDE (Secretaria de Direito Econômico) abriu contra escolas particulares de São Paulo. A Folha apurou que os processos remetidos anteontem pela SDE foram recusados pelo DO. A alegação foi de que eles estavam «fora dos padrões para margem de publicação».
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O presidente do TST votou pela abusividade porque, segundo ele, a greve desobedeceu o artigo 11 da lei 7.783/89, segundo o qual trabalhadores em greve devem manter a produção para garantir o fornecimento de produtos essenciais. O presidente do TST impôs aos sindicatos que desobedecerem a lei multa de R$50 mil por dia. Ele informou também que os trabalhadores poderão ser demitidos por justa causa, se não voltarem ao trabalho. Anteontem à noite, a Petrobrás foi ao TST pedir ao presidente que baixasse nova ordem judicial, pois a primeira (que mandava 30% dos petroleiros voltarem ao trabalho) não foi cumprida. Nova ordem permitiu à empresa convocar nominalmente 30% dos empregados.
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O autarca garante ter contactado as «autoridades competentes» (não quis especificar quais), para tentar apanhar em flagrante um descarregamento dos produtos suspeitos na «fábrica do alemão», algo que, em seu entender, viria a ser inviabilizado por notícias na comunicação social, pois, a partir desse momento, os camiões deixaram de aparecer periodicamente. «Pelo que conseguimos apurar, desde Dezembro até esta data só teria chegado um TIR, quando até àquela data vinham com regularidade semanal», afirmou Luís Mina. Os acontecimentos viriam, então, a precipitar-se, obrigando uma inspectora da Direcção Geral do Ambiente a intervir. Mina espera «que tudo isto não fique pelo sensacionalismo» e que «das palavras se passe aos actos tão necessários ao restabelecimento da normalidade laboral da fábrica e do meio ambiente».
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Museu de Sarajevo O Museu Nacional da Bósnia teve o azar de ficar colocado na linha de fogo que separa o território muçulmano do sérvio em Sarajevo. As balas dos franco-atiradores enfiam-se nas paredes ocres dos quatro edifícios do Museu, de há 18 meses para cá. «No dia 6 de Junho de 1992, começámos a evacuar os nossos tesouros», contou à France Press Enver Imamovic, conservador do museu. Durante um mês e meio, as peças mais pequenas foram escondidas, em Sarajevo. Entre as relíquias está «Hagaddah», livro santo levado pelos judeus expulsos de Espanha no século XIV. «Antes da guerra, o Metropolitan Museum, de Nova Iorque, ofereceu-nos um cheque em branco para o comprar», contou Imamovic. Dos cem funcionários que ali trabalhavam, restam 23, que correm em zigue-zague pelas salas destruídas, para fugir aos atiradores. Apenas podem verificar os prejuízos diários, porque não têm com que trabalhar. Há 20 dias que dois camiões carregados de produtos químicos especiais para conservação das peças arqueológicas, oferecidos pelo British Museum, chegaram ao porto croata de Split. Mas não receberam permissão para seguir até Sarajevo.
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P. -- Os maus exemplos põem em causa as fronteiras coloniais. Defende um novo mapa para África? R. -- Considero uma vergonha que as nações africanas não se tenham sentado para examinar as fronteiras que lhes foram legadas pelas potências coloniais. Não quero dizer que para repudiar essa herança teremos que redesenhar todas as fronteiras. Mas há obviamente certas áreas cujas fronteiras foram testadas, pressionadas e se revelaram totalmente inapropriadas, sendo muitas vezes a causa, parte da causa, para a deflagração de muitos conflitos. Concordo com um novo mapa.
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Roberto Nicolau Jeha, coordenador do Grupo Permanente de Política Industrial da Fiesp, lembra que há 14 anos os empresários são induzidos a não investir e a aplicar seus recursos no mercado financeiro. «Agora, juros de longo prazo, sem a TR, são compatíveis com a capacidade da indústria de investir, além de acabar com a indexação», afirma.
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Das Galinheiras para Alenquer Três homens, de 18, 24 e 25 anos, residentes no Bairro das Galinheiras, em Lisboa, foram detidos no domingo por elementos da GNR de Alenquer, na sequência de um furto no interior de uma residência da região. Os agentes, segundo um responsável da Brigada Territorial 2, apreenderam aos três assaltantes 0,8 gramas de cocaína e uma pistola de calibre 6.35 milímetros adaptada, em situação ilegal.
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Com um custo aproximado de meio milhão de contos, o orçamento não engloba ainda o dinheiro que a câmara terá de despender para realojar algumas das estruturas que terão que abandonar o local. Manuel Amaro, o autarca de Ceide, disponibilizou já o salão da freguesia para alojar a sede da junta «e o que for preciso». Quanto ao parque desportivo, «há muito terreno na freguesia para se construir noutro lugar», simplifica ainda o autarca. Mais complicado parecer ser o derrube da casa destinada à habitação do pároco. Embora o padre Gabriel Lopes resida na freguesia de São Paio de Ceide, onde também é pároco, a população não parece disposta a deixar «vir a baixo uma casa que é de todos». Uma questão, entre outros, que será necessário resolver antes do projecto de Siza Vieira ser implantado. «É preciso vontade política para levar as coisas em frente», avisa, desde já, Manuel Amaro.
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- Futebol: o FC Porto vence o Sporting, no Estádio das Antas, no Porto, por duas bolas a zero, em jogo a contar para a 27ª jornada do Campeonato Nacional da I Divisão. Quarta-feira, 4 - O líder da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro israelita, Yitzhak Rabin, assinam, no Cairo, o Acordo de Autonomia para Gaza e Jericó.
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É proibido fazer rir «Limpeza» na TV eslovaca John Mastrini* O novo presidente da televisão da Eslováquia chama-se Jozef Darmo e afirma que a sua missão é proceder a uma limpeza nas emissões do Estado. Para começar, acabou com os animados e populares caricaturistas. A ocupar este posto desde Dezembro, Darmo já cortou um dos espectáculos mais populares protagonizado por Milan Markovic, um ex-professor com 51 anos que se especializou no caricaturar do primeiro-ministro, Vladimir Meciar. Dois outros programas satíricos muito populares já desapareceram também.
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Grupo 1º. Ato estréia coreografia de Sonia Mota no Teatro Municipal ANA FRANCISCA PONZIO Especial para a Folha Sonia Mota é a autora do espetáculo «Tigarigari», que o Grupo de Dança 1º Ato, de Belo Horizonte, estréia amanhã no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Uma das melhores expressões da dança contemporânea brasileira, Sonia mudou-se para a Alemanha em janeiro de 1989.
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Assembleia da República elevou quatro vilas e 29 aldeias Alcobaça e Cartaxo passam a cidades Alcobaça, no distrito de Leiria, e Cartaxo, no distrito de Santarém, já podem considerar-se cidades. A promoção destas duas povoações foi ontem aprovada pela Assembleia da República, juntamente com a de duas outras vilas do distrito do Porto: Lixa, no concelho de Felgueiras, e Rio Tinto, no concelho de Gondomar.
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Alternativa a Havel RICHARD SACHER, ex-ministro do Interior, está disposto a candidatar-se a Presidente da Checoslováquia no caso de Vaclav Havel não ser reeleito nas duas primeiras voltas da votação parlamentar agendada para o início de Julho. Sacher sublinhou, em declarações à agência CSTK, que não quer opor a sua candidatura à do actual presidente. Havel, que confirmou domingo a sua recandidatura, precisa dos votos de três quintos da câmara na primeira volta ou de maioria simples na segunda. Face à oposição dos deputados nacionalistas eslovacos, existem dúvidas de que consiga atingir tais votações. Menos nuclear
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Coimbra Ponte Europa desencalha A apresentação formal do projecto da Ponte Europa, que ligará as duas margens do Mondego entre a Estrada Nacional n.º 1 e a zona da Boavista, na cidade de Coimbra, deverá ocorrer ao longo da próxima semana. A cerimónia -- insistentemente reclamada pela oposição à autarquia local -- está apenas dependente dos acertos relativos à implantação exacta da ponte e dos nós de acesso às estruturas rodoviárias existentes no local.
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Personagens numa Paisagem numa Igreja em Paris. Rui Sanches e Pedro Calapez repetem uma experiência realizada no arruinado Convento de S. Francisco, em Beja. A igreja seiscentista de S. Louis de la Salpétrière, em Paris, em parte desafectada do culto, serve um hospital psiquiátrico onde ensinaram Charcot e Freud. Aqui têm tido lugar importantes exposições internacionais. O desafio foi agora vencido com duas soluções autónomas e simétricas. Calapez negou a verticalidade arquitectónica do lugar e ensaiou, raso ao chão e sobre um tapete de tijolos, a figuração dos sinais esquemáticos e primordiais de paisagem e construção comuns ao seu vocabulário. Sanches enfrentou os elementos caracterizadores do lugar (pintura e estatuária incluídas), povoando o espaço com uma articulação de volumes geométricos e orgânicos em contraplacado, aprofundando assim a estratégia de cruzamento de linguagens que desenvolve. Até 3 de Abril.
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O certo é que o parceiro de Kelly Flinn também saiu melhor que a encomenda e, soube-se depois, não só não andava nada a divorciar-se (mentiu-lhe a ela...) como resolveu revelar tudo, com pormenores, aos chefões da Força Aérea. E a tenente, acusada de ter mentido e de ter desobedecido (ter-lhe-ão eventualmente ordenado que não acamasse com mais ninguém sem prévia autorização superior...), foi demitida da tropa. Não foi por causa do «adultério», que ideia!, foi por ter mentido e, portanto, ter mostrado não ser merecedora de confiança. E uma piloto de B-52, bombardeiro que pode transportar armas nucleares, tem que ser pessoa acima de qualquer suspeita! Se vai para a cama com um homem casado, do que é não será capaz com um B-52 na mão!... Imagine-se, agora, que «tenente Flinn» era nome de homem. E que esse «tenente Flinn» tinha relações sexuais com outra mulher. Casada. E que os seus colegas e superiores descobriam. Que sucedia? Diziam-lhe que parasse? Admoestavam-no? Expulsavam-no da tropa? Ou, pelo contrário, não faltava quem lhe desse brejeiras palmadas nas costas, «com que então, seu malandreco!, andas a `comer' aquela `gaja' e não dizias nada à malta?, grande sortudo, tens de nos contar!», ou coisa no género? E quantas mais mulheres tivesse, mais festejado seria nas conversas da caserna. Aliás, quantos daqueles másculos «Buff' s» arriscarão dizer que, de cama, só conhecem a que têm lá em casa? Quase apostava!...
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Igualmente complicada é a série da Ovarense: Paok Salónica (Grécia) e Galatasaray (Turquia) são de grande nível, enquanto os suecos do Sodertalje serão os menos fortes deste Grupo M. A Ovarense abre (21h) com os suecos e terá de superar o momento menos feliz que atravessa -- é oitava na Liga. Chris Tower, um dos melhores elementos da equipa, está limitado por uma lesão. «Esta é uma boa oportunidade de dar a volta a esta fase», disse o técnico Carlos Gouveia. O Esgueira foi quem mais sorte teve, uma vez que Dijon (França), Oberelchingen (Alemanha) e BC Houthalen (Bélgica) não são de «outro mundo». Hoje (20h), o Esgueira actua na Bélgica, no primeiro jogo do Grupo P. Carlos Cabral, um dos elementos da equipa técnica, já afirmou que «o Esgueira tem consciência das qualidades do básquete belga, mas está moralizado e vai jogar de igual para igual e não para aprender». Mário Barros
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Foi de alguma maneira sensível à novela mediático-melodramática Toni-Artur Jorge? Não tenho televisão. Consegue mergulhar numa piscina sem pensar em todo o tipo de doenças a que está sujeito? Não sei nadar.
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Iniciou-se em competição em 1985 e, três épocas volvidas, já era recordista dos 200 metros, com 24,05 s. Em 1989 igualou essa marca e, em 1990, aos 19 anos, deu um enorme passo em frente, tornando-se a primeira portuguesa a fazer menos de 24 segundos no duplo hectómetro e atingindo 23,26 s, marca que lhe deu o terceiro lugar nos «Mundiais» para juniores de Plovdiv. Nesse certame, e de forma mais surpreendente, também foi terceira no hectómetro e com 11,52 bateu o recorde absoluto de Virgínia Gomes. Portugal encontrava, finalmente, a primeira velocista de classe internacional, com um largo futuro à sua frente.
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Depois da sua adopção, o texto ficará de qualquer modo à disposição, na sede da ONU, em Nova Iorque, dos que quiserem entretanto assiná-lo, pressionados pela opinião pública, que num estudo da Gallup International se mostrou, em 1996, absolutamente contrária aos engenhos, e pelas organizações internacionais que paralelamente vão fazer um trabalho de sensibilização nesse sentido. Por exemplo, junto dos norte-americanos. Contrariamente a países como a Alemanha, França, Grã-Bretanha e África do Sul, quatro dos grandes produtores de minas antipessoal, os Estados Unidos encontram-se entre os cerca de trinta que rejeitam o tratado, argumentando com questões de segurança. A Turquia é outro.
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Este pedido, feito por um dos políticos europeus que atravessou e sobreviveu a mais crises políticas, é elucidativo da constatação de que mesmo os mais experientes, reconhecem a enorme dificuldade que consiste em gerir simultaneamente uma presidência da Comunidade e uma crise governamental. Mas o dinamarquês Poul Schlüter tem já uma longa experiência deste tipo de problemas, sem ter com isso manchado a imagem das presidências do seu país. De facto, quando o primeiro-ministro demissionário chegou ao poder, em Setembro de 1982, no seguimento de uma crise governamental, a Dinamarca encontrava-se em pleno exercício da presidência da Comunidade. Quando lhe coube de novo a vez, cinco anos depois, o mesmo Schlüter viu-se obrigado a convocar eleições antecipadas para ultrapassar uma nova crise interna. A memória colectiva não registou grandes sobressaltos na condução dos assuntos comunitários em qualquer das duas ocasiões.
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Foi o quinto jogo do Sporting, frente às equipas do Porto, sem ganhar. O Boavista confirmou a boa época, mostrando não possuir valores individuais inferiores, sendo, inclusivamente, quase sempre superior do ponto de vista táctico. Se é verdade que o jogo correu mal ao Sporting, sofrendo um primeiro golo esquisito e que só acontece aos de Alvalade, não o é menos que a maior parte dos jogadores chegou à altura decisiva da época muito fora de forma, o que custou a segunda derrrota consecutiva. Sem ser recheado de pormenores técnicos, antes pelo contrário, foi uma partida com emoção, quase sempre jogada no miolo. O Sporting, sem o proscrito Oceano, estreou Vidigal a titular no campeonato, deixando no banco Pedro Martins, que tinha servido para substituir o mesmo Oceano frente ao FC Porto, mas que já não serve para jogar no Bessa. De regresso esteve Sá Pinto, que retornou longe da forma que exibia antes da lesão. No Boavista, Rui Bento actuou no meio-campo, num lugar que sem lhe ser estranho, não o deixa completamente à-vontade. Na frente, jogava sozinho Artur, apoiado pelas entradas de Sanchez e Timofte.
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Caminhe apenas em trechos indicados por guias ou instrutores locais: a neve muitas vezes encobre rochas, fendas e declives que podem provocar acidentes. Não esqueça de colocar alguma proteção na cabeça: ao descer uma montanha, o esquiador enfrenta o vento frio. Também é recomendável usar óculos de sol e luvas. (DCM)
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No segundo, os agentes procuram o assassino que usa a Internet para atrair as suas vítimas. Mulder e Scully auxiliam um detective de Cleveland, Alain Cross, na investigação de um homicídio brutal em que o corpo de uma mulher apareceu totalmente decomposto e coberto por uma mucosidade que parece lodo, mas que é difícil de identificar. Mulder relaciona o caso com uma série de crimes idênticos nos quais as vítimas, todas elas mulheres, que responderam a anúncios pessoais nos jornais locais, morreram de forma semelhante. Quando a última vítima, Lauren Mackalvey, é identificada, Mulder localiza a sua companheira de quarto, Jennifer. Esta explica como Lauren marcou o seu encontro através da Internet, com um homem que aparece denominado «2shy». Entretanto, a autópsia que Scully realiza no corpo de Lauren revela que falta uma grande parte deste. Com David Duchovny e Gillian Anderson.
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A equipa espanhola, orientada por Francisco (Paco) Giner, ganhou a classificação colectiva, e foi uma grande animadora do pelotão da Volta deste ano. Praticamente não passou nenhuma etapa sem ter um homem seu envolvido numa fuga, num ciclismo de ataque, tipicamente espanhol. Mesmo perdendo a sua figura de cartaz, logo no início (Alberto Camargo), a Artiach acaba com três ciclistas nos dez primeiros, entre os quais os seus dois portugueses, Américo Silva e Orlando Rodrigues. Com Espinosa manteve ainda alguma luta pela obtenção da amarela, mas a penalização do colombiano foi um duro golpe, levando mesmo Giner, no calor dos acontecimentos, a afirmar que não voltará a correr em Portugal. Excepto se razões comerciais o impuserem à Artiach... Carlos Pinho Foi o rei da montanha da edição deste ano da Volta a Portugal, superando nomes como Espinosa, Diaz Reyes ou... Joaquim Gomes (mais interessado na amarelinha...) Formou com Vítor Gamito a dupla mais em destaque da Sicasal / Acral, em detrimento de nomes como os ex-vencedores da Volta Jorge Silva e Manuel Cunha. Salvando assim a equipa orientada por Marco Chagas do que parecia encaminhar-se para um desastre de repercussões desconhecidas. Subiu sempre com os primeiros, justificando assim a camisola azul que leva para casa, símbolo da líder na montanha. É um típico escalador, muito novo, para quem se adivinha um grande futuro. Chagas diz mesmo que é um «Van Impe». Salvas as devidas proporções. Quintino Rodrigues
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Desde «Lua de Mel de Assassinos» e «A Sangue-Frio» que nenhum filmes transmitia esta sensação de horror, a do crime transformado mais do que num acto de rotina (que são também os crimes de guerra) numa manifestação de tédio, num «hobby» sinistro. «Henry, A Sombra do Assassino» é o seu último exemplo. O último número da revista «Sight and Sound» aborda o fenómeno dos «serial killers» a propósito de «Henry, a Sombra do Assassino» e da estreia de «The Silence of the Lambs» (entre nós adiada para data incerta, apesar de ter sido um dos grandes êxitos comerciais nos EUA) e dá-nos números e notícias sobre a mórbida atracção que eles exercem, que terá a ver também com uma reacção de descarga emocional por parte do público, funcionando como um «escudo protector» perante situações de genocídio que lhe surgem como inexplicáveis (como é o caso, hoje em dia, da dramática situação do povo curdo).
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Há um homem curvo, de olhar agudo e «pull-over» vermelho com feno -- restos de cenário -- que se passeia no intervalo de dois planos. É o engenheiro de som de «Rosa Negra». O seu nome, Antoine Bonfanti, aparece nos genéricos de filmes de Godard, Alain Resnais e André Delvaux. Foi ele também quem fez as misturas sonoras de «Matar Saudades», de Fernando Lopes, «O Lugar do Morto», de António-Pedro de Vasconcelos e «Ana», de António Reis e Margarida Martins Cordeiro. Diz Margarida Gil: «ele foi o mestre» dos engenheiros de som portugueses, de pessoas como Joaquim Pinto ou Gita Cerveira («A Divina Comédia») que Bonfanti conheceu em Angola. «Começámos em 1975 a formar os jovens angolanos», recorda Bonfanti, «e depois passámos por Moçambique e Portugal para transmitir a nossa experiência» -- «conhecimento», remata, «é uma palavra demasiado grande». «Tentamos que esses jovens se descubram a eles próprios e não copiem ninguém. É como o jovem pintor que estuda com o seu mestre: não deve copiá-lo se não nunca será pintor».
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Investidores de fora Os investidores germânicos estiveram ontem de fora, em virtude dos feriados de Londres e Nova Iorque. As acções cotadas na Bolsa de Frankfurt fecharam em baixa após uma sessão marcada pela fraqueza do dólar e o anúncio da Allianz AG Holding de que irá aumentar o seu capital. O DAX perdeu 10,46 pontos para fechar nos 2067,41 pontos.
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Nova chamada. Por telefonistas e serviços, lá fui parar a quem me podia esclarecer: tinha passado a Via Verde sem pagar os 240 escudos e estava agora sujeito a uma multa que ia dos 5 aos 15 mil escudos. Dei então a morada de Lisboa, para onde a BRISA me enviou uma segunda via da intimação, também em correio registado. Recebida a carta, justifiquei-me por missiva, dizendo ser utilizador habitual da Via Verde, na Ponte 25 de Abril, onde nunca tivera problemas. Tinha testemunhas da passagem em Sacavém segundo as regras recomendadas para essa forma de pagamento e sugeria que o mecanismo de leitura estaria defeituoso nesse fatídico 1 de Novembro.
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A sua obra, o seu humanismo clarividente e objectivo, a sua fé inquebrantável, a sua dedicação aos trabalhadores e aos mais carenciados e excluídos, o seu apoio aos militantes e dirigentes sociais cristãos -- quer do sector operário, quer do universitário --, a transmissão do saber, a imprescindível necessidade de organização, de prestação de serviço e de constante formação na acção junto de jovens e adultos constituíram sempre preocupações e metas em Abel Varzim. Ele soube transmitir ao longo da sua vida que a libertação ou é feita e alcançada pelos próprios trabalhadores ou não se alcançará. Sofreu na carne e no espírito as perseguições do poder político instalado e os silêncios e as rasteiras no interior da Igreja. Manifestações de ódio e de rancor estiveram sempre afastadas dos seus escritos, dos seus conselhos e das suas palestras.
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«Para mais a busca é bastante perigosa porque está tudo repleto de combustível e fomos obrigados a fazer regressar as lanchas pneumáticas devido ao perigo de incêndio», disse. «As equipas têm de descer de helicóptero para poder actuar. Encontrámos um número indeterminado de cadáveres mas nenhum sobrevivente». Cerca de 200 elementos participam nas buscas. Contudo a maior parte não se consegue chegar a mais do que 300 metros do local da queda. Os mergulhadores estão com bastante dificuldades. Para além do fuel e dos jacarés, o facto de se tratar de água pantanosa faz com que visibilidade seja praticamente nula, sendo que a lama remexida dificulta substancialmente as buscas. Pode acontecer que nunca se recupere a «caixa negra» do DC-9. As equipas de salvamento estão planear construir uma estrada com buldozeres para criar uma via de acesso. Mais de 24 horas após o acidente, as autoridades ainda não sabiam ao certo qual a melhor opção para colocar no local o equipamento necessário para proceder às buscas e à investigação. Uma das hipóteses é drenar aquela parte de pântano. «Vai um longo e demorado processo».
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Passada a febre do Bairro Alto da década de 80, na qual o Frágil e a sua versatilidade foram principal ponto de ancorajem, explode agora de iniciativa a nova frente: a 24 de Julho, de Alcântara ao Cais do Sodré. Não sou um noctívago. Mas num levantamento sumário de uma única noite, é possível propor novos pontos de ancorajem para o deambular nocturno, nesta frente ribeirinha (a que só falta o rio). Três sugestões
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«Há duas possibilidades: ou o jogador viaja de livre vontade ou teremos de vendê-lo», disse ao PÚBLICO Dirk Kaipar, director-geral do Duisburgo. Só que o Sporting persiste na vontade de não negociar com os alemães. Diz que defende princípios e que, como considera a ligação de Amunike ao Duisburgo inválida, nunca comprará o nigeriano por essa via. E, além do mais, José Manuel Roseiro, vice-presidente do Sporting, entende que o clube alemão apenas pretende inflacionar o preço do jogador. «Agora, nunca pedirão menos de dois ou três milhões de dólares», alega Roseiro, considerando que o Sporting é o único clube que tem um acordo com o Zamalek para a compra do nigeriano. Esse, contudo, não parece ser o entendimento da FIFA, que ordenou por «fax» à federação egípcia que enviasse o passe internacional de Amunike. Andreas Herren, porta-voz da federação internacional, confirmou ontem ao PÚBLICO que «ainda não há nada de novo ou que justifique uma mudança de parecer». Por sua vez, David Will, o escocês que preside à Comissão do Estatuto do Jogador, afirmou ainda não estar em condições para falar do caso. «O `dossier' é muito complexo e só quando chegar a Zurique o estudarei a fundo», disse, revelando que viajaria hoje para a Suíça.
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Os portugueses Cadete em alta Dos internacionais portugueses no estrangeiro, Cadete é um dos que tem mais razões para estar contente. Com 16 golos, comanda a classificação dos marcadores na liga escocesa e, nos últimos jogos, nunca ficou em branco. Cadete ganha, neste momento, a luta particular com Gascoigne (13 golos) na corrida dos melhores realizadores. No sábado, no Celtic-Hibernian (4-1), jogou durante 90 minutos e foi o autor do quarto golo da sua equipa.
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José Soeiro, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho «O IVV tem de melhorar a sua eficácia» José Soeiro foi o nome escolhido pelo Ministério da Agricultura para avançar com a reestruturação do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). Depois de o cargo ter sido ocupado por homens da confiança política, no passado mês de Fevereiro chegou a vez de o instituto ser liderado por um técnico com conhecimento profundo do sector. É a mesma estratégia, aliás, que o Governo seguiu em relação ao Instituto do Vinho do Porto. José Soeiro trouxe para o sector um discurso novo, que passa menos pela necessidade de gerir conjunturas e mais pelo esforço de mudar radicalmente a orgânica do IVV e o seu papel estratégico no sector. Por isso, uma das sua primeiras prioridades é denunciar o deficiente funcionamento do organismo que dirige, embora alerte que há no sector uma forte margem de «esperança».
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Claro. É muito difícil, às vezes, quase depressivo, viver num panorama assim. E para além da cena musical e editorial ser triste, a crítica jornalística também não é muito diferente, com algumas excepções. Como a realidade é uma construção mediática -- «por trás de uma notícia está sempre outra notícia», como dizem, com muita razão, os Negativland --, o trabalho dos «media» é decisivo na nossa percepção do mundo. Porque este trabalho criativo requer muita energia, que tem que vir de dentro de nós, porque não há os estímulos da editora empenhada, e as críticas superficiais de supostos líderes de opinião podem ser «chumbos» ineficazes. Por outro lado, olho à minha volta e vejo as pessoas que me são mais próximas, como o Jorge Ferraz e os God Spirou ou o Sei Miguel, que também não têm reconhecimento mediático nenhum, apesar de fazerem um trabalho extremamente válido e importante. Mas isso não o tem impedido de viver desafios como o trabalho que vem realizando a partir de obras de John Cage e avizinham-se, finalmente, edições das suas obras...
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Do lado do FC Porto, Reinaldo Teles, chefe do departamento de futebol, negou veementemente qualquer interesse do clube do saudita Obeid Al-Dossari, um avançado de 25 anos. A Reuters dizia ontem que o FC Porto fizera uma proposta a este membro da selecção da Arábia Saudita, mas os dirigentes portistas dizem que «é tudo mentira». Certo é que Miklos Feher foi convocado para a selecção da Hungria que, a 19 de Agosto, vai defrontar a Eslovénia, naquele que deve ser o último jogo dos húngaros antes de defrontarem Portugal.
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De acordo com Jean Pierre Vieux, gerente para a América do Sul, os modelos serão expostos no Salão do Automóvel, em outubro no Anhembi, em São Paulo. O Peugeot 605 teve os cantos arredondados, as formas mais «limpas», além de nova grade, lanternas, faróis e decoração.
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«Salvo em determinadas situações muito excepcionais», salientou Khayat, interrogado pela AFP, «nada justifica hoje que se limite o campo de aplicação desta prática terapêutica». A ideia de utilizar a quimioterapia como primeiro recurso, antes de se considerar qualquer outra intervenção, remonta ao início dos anos 80. Mas, como acontece com qualquer novo método, esta abordagem da quimioterapia -- chamada «neo-adjuvante» -- começou por ser aplicada a doentes que não respondiam aos outros tratamentos. E foi só quando os médicos se aperceberam de que ela utltrapassava os objectivos iniciais, permitindo obter remissões completas, que ela adquiriu o estatuto de tratamento de eleição e começou a ser utilizada não a título paliativo, mas a título curativo.
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«Indiana Jones e a Grande Cruzada» em venda directa Que o vídeo não é cinema tem-se como dado adquirido. No entanto, vezes há em que o facto de o ecrã televisivo ter uma escala de imagens inferior à da tela cinematográfica permite realçar certos aspectos da construção narrativa e da composição dos planos de um filme. O caso deste «Indiana Jones e a Última Cruzada» não deixa de ser curioso.
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Foi a terceira vez que isso aconteceu nas últimas duas semanas, mostrando que o Exército Republicano Irlandês (IRA) está a preparar, como todos os anos por esta altura, a sua «campanha de Natal». A polícia descobriu o veículo carregado com «Semtex», em Tottenham Court Road, depois de um telefonema -- feito pelo IRA -- ter alertado para a colocação de mais uma bomba no West End da capital. As autoridades afirmam que foi evitada uma enorme explosão que poderia ter causado muitos mortos e feridos. A rua é das mais movimentadas de Londres à noite, com muitos pubs e restaurantes. À hora para que a detonação estava preparada teria certamente havido um desastre.
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A carreira de Nuno Miguel e de Luís Patrício é inseparável da história do atendimento estatal aos toxicodepentes. Em 1973 foi criada a primeira consulta em Portugal para toxicodepentes no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Nuno Miguel integrou a equipa dois anos depois, e Luís Patrício em 1980. Em 1977 a presidência do conselho de ministros criou o Centro de Estudos para a Profilaxia da Droga, e só em 1990 é que foi criado o SPTT, que integrou os serviços como órgão nacional de tratamento da toxicodependência no âmbito da saúde. Foram os dois psiquiatras que fundaram o organismo.
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O estudo prévio determina um itinerário com partida em Ermesinde. O eléctrico seguirá a nova via em construção Ermesinde-Ardegães, onde está prevista a edificação de uma grande superfície comercial e de um centro de negócios. De Ardegães ao centro da Maia, passará por Alto Vilar, Rio, Pena, Requeixo, Real e Cegonheira, sempre pela Estrada Nacional (EN) 107. Depois, da Maia, passa por Godim, Guarda, Alto do Inácio e Padrão de Moreira, pela EN 13. Depois de Padrão da Moreira, os eléctricos seguem por uma via municipal, a Rua do Dr. Farinhote, até à via férrea Porto-Póvoa. O troço final é feito pela Rua da Cruz de Guardeiras, até Pedras Rubras, no Largo do Exército Libertador, onde o eléctrico faz a inversão. A instalação deste novo meio de transporte na Maia vai obrigar a algumas obras de vulto, já projectadas, como uma passagem inferior na linha férrea Porto-Trofa, no lugar de Godim, e uma outra, superior, na linha Porto-Póvoa, nas imediações da estação de Pedras Rubras. A nova linha de eléctrico interligar-se-á com várias vias rodo-ferroviárias do concelho e com as futuras linhas do metropolitano do superfície. João Queirós
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Michel Lavérie diz logo no início do seu relatório que um novo arranque de Superfénix deverá ser acompanhado de um «conjunto de limitações e de precauções». É ainda mais directo quando, no preâmbulo, se dirige ao seu ministro de tutela, Dominique Strauss-Kahn, afirmando que «este reactor apresenta, ainda do ponto de vista da segurança, determinadas fraquezas ou incertezas que não permitem propor o seu arranque sem reservas». Um claro aviso às autoridades a quem caberá a responsabilidade de tomar a decisão: existe um risco de acidentes graves, ligado a novas falhas do reactor. Os argumentos a favor do Superfénix, Michel Lavérie consegue reuni-los todos numa só página, onde fala das melhorias verificadas nas instalações com vista à nova entrada em funcionamento do reactor. Mas, logo a seguir, dedica três páginas ao inventário das razões pelas quais o super-gerador não deveria voltar a funcionar. Em primeiro lugar, os incidentes sucessivos, que não são um bom presságio. Baseando-se no seu significado estatístico, Lavérie afirma que «é provável a ocorrência de novas falhas, num futuro próximo». E aproveita a ocasião para lembrar que, em dois casos pelo menos, os incidentes só foram detectados e correctamente controlados passadas várias semanas. Protótipo sem descendência
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Lucan não estava lá para se defender. Desde a noite do crime que desapareceu. Deixou cartas a declarar a sua inocência e a dizer que se ia esconder. «Penso que vou... ficar escondido e imóvel até o perigo passar», escreveu para o seu cunhado Bill Shand-Kydd. Começou assim um dos mais complicados mistérios da Grã-Bretanha. Onde estava Lord Lucan? Tinha sido ele o assassino da ama Rivett?
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Participação de 79 por cento será alienada por concurso público Soponata abandona Solisnor Rute Sousa Vasco A Soponata decidiu, ontem, alienar a totalidade da participação que detém na Solisnor. A Lisnave mantém-se na primeira fila dos interessados que terão de negociar através de concurso público. A Soponata planeia entretanto a diversificação das suas actividades, começando pela candidatura ao fornecimento da logística do projecto Ford/VW.
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Sindicatos contestam negociações do Ministério da Educação com a FNE As negociações entre o Ministério da Educação e a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) relativas à portaria 1218 -- que introduz alterações na estrutura da carreira docente -- estão a suscitar a maior polémica entre os restantes sindicatos e federações sindicais.
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Strauss no São Carlos O TEATRO Nacional de São Carlos abriu ontem as suas portas para mostrar a «Ópera do Morcego», de Johann Strauss, em fase adiantada de ensaios e com estreia marcada para 1 de Janeiro de 1992. É esta produção que marcará a 3 de Janeiro, em noite de gala, a abertura oficial da Presidência Portuguesa das Comunidades Europeias durante o primeiro semestre de 1992. Inserida na tradição da comédia vienense, esta obra de Strauss é tradicionalmente apresentada nos teatros europeus em noite de passagem de ano. No São Carlos, contará com a participação de 42 músicos da Régie Cooperativa Sinfonia/ Orquestra do Porto e com mais duas dezenas de estrangeiros contratados para o efeito, sob a direcção dos maestros Daniel Nazareth e Jan Latham. Ao lado dos portugueses Jorge Vaz de Carvalho e Marina Ferreira estarão os cantores Werner Wollweg e Gertrud Ottenthal. Raul Solnado interpretará o papel cómico do carcereiro Frosh, personagem dominante no terceiro acto da ópera.
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Campanha da Benetton chega em Outubro a Portugal O sexo dos cavalos A última campanha publicitária da Benetton, que já provocou fortes reacções na Bélgica, vai chegar a Portugal no próximo Outubro (de 10 a 23), segundo adiantou ontem ao PÚBLICO Xana Abecasis, responsável, em Portugal, pela publicidade e relações públicas da marca italiana.
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Viúva de Salupeto Pena recusa entrar no GURN angolano Programa mínimo aprovado A Vorgan (Voz da Resistência do Galo Negro) revelou ontem que um encontro entre o Presidente angolano José Eduardo dos Santos e o líder da UNITA, Jonas Savimbi, poderá acontecer «nos próximos dias». Falta «apenas» acertar a data e o local do encontro, enquanto em Luanda as delegações da UNITA e do Governo do MPLA concluíram ontem a discussão do programa mínimo do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN).
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CGTP quer redução no selo dos salários A CGTP propôs, em reunião com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, a alteração do quociente conjugal (para dois) para contribuintes casados e uma redução de dois por cento no Imposto de Selo nos recibos dos salários. Estas medidas deverão ser adoptadas já no Orçamento de 1997. Para Maria do Carmo Tavares, membro da CGTP presente no encontro, António Carlos dos Santos afirmou «simpatizar» com a proposta de que as deduções sejam indexadas ao salário mínimo nacional, sem, no entanto, querer avançar com números concretos. A CGTP pretendia que as deduções no rendimento do trabalho passassem a representar um limite máximo de 75 por cento do valor anual do salário mínimo nacional.
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Concelhos como o de Espinho foram particularmente teimosos na cultura deste falso engodo. «Raínha da Costa Verde», diziam garbosos os senhores da terra, como se estivéssemos ainda no glorioso tempo do turismo espanhol ou na época das invasões beirãs que ali desaguavam através da (então activíssima) linha férrea do Vouguinha. Os tempos mudaram, mas o tempo não. E a actual equipa autárquica, liderada por José Mota, parece ter percebido esta nova realidade. Daí a aposta numa nova filosofia de captação turística, mais voltada para o lazer banhado pelas ondas. Estimularam-se as esplanadas na areia (ainda no consulado de Romeu Vitó), o voleibol de praia, o «surf» e o «body-board». Mas exagerou-se na dose e o feitiço ameaça voltar-se contra o feiticeiro: as praias do centro espinhense tornaram-se insuportáveis, já não pelos caprichos da meteorologia, mas pela sucessão de espectáculos barulhentos que torram a paciência mesmo ao mais divertido dos veraneantes. Aquilo já não é uma praia; é uma enorme feira popular onde o sol, o mar e a areia se tornaram, estranhamente, os parceiros indesejados. Luís Costa
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A intriga do folhetim que se segue é, assim, de recorte eminentemente político, e tem como referência central a questão jugoslava e os problemas dos novos Estados independentes, ou em vias disso, particularmente a Eslovénia. Porque com a Eslovénia tem Handke -- e isto talvez seja novidade para o leitor português -- relações muito especiais, que talvez só Freud possa ajudar a explicar. É delas que trata esta história. Uma história que, embora à superfície pareça política, se passa realmente nos terrenos desde sempre habitados por Peter Handke: os campos míticos da bela aparência estética, à volta da torre, os únicos por onde o ex-eremita afinal se tem passeado. Vendo bem, não houve, por isso, propriamente saída da torre, apenas a passagem de uma para outra, da de marfim para a de uma névoa artificial com que Handke envolve as suas origens e a sua nostalgia de uma Eslovénia que já não existe. Mas para entender tudo isto teremos que remontar um pouco atrás, às origens biográficas deste escritor que se diz austríaco «malgré lui et tout», publica na maior casa editora da Alemanha, vive em Paris e podia ter nascido esloveno se a História, que ele diz odiar, não tivesse intervindo para evitar tal desgraça. Porque então -- e digo-o sem cinismo -- teríamos perdido alguns grandes livros da literatura contemporânea. Primeiro episódio: as Mães
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São também as mais caras. Pesquisas internacionais mostram que pessoas com mais de 60 anos consomem três vezes mais recursos em saúde. No Brasil, onde os investimentos nesta área estão bem abaixo da média latino-americana, a situação será crítica. Veras dirige a Universidade Aberta da Terceira Idade da Uerj e publicou recentemente o livro «País Jovem com Cabelos Brancos». «Se nada for feito, o problema vai explodir», ele prevê.
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«Queriam saber quem cantava o rap do Borel», disse Duda, que, como o colega, foi revistado várias vezes, mas não foram detidos. Dizem que fugiram da favela por medo de tortura. «Acho que houve um mal entendido. Nosso negócio é cantar e trabalhar no teatro», disse William, que atua com Duda na peça «Mãe de Pedra», encenada segunda-feira na boate Resumo da Ópera, em promoção do movimento Viva Rio, destinado ao resgate da cidadania na cidade.
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A Câmara de Vila Franca de Xira e a imobiliária Eurocapital assinam hoje um protocolo que fixa as condições de conclusão, num prazo máximo de dois anos, da urbanização do Vale de Arcena, na freguesia de Alverca. Horas antes da assinatura, uma reunião alargada entre autarquia, empresa, delegação do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa e comissão de moradores de Arcena, vai discutir o destino das 40 a 70 famílias que ocupam ilegalmente vários fogos inacabados e procurar soluções que evitem novos despejos violentos. Com alvará desde 1974, a urbanização do Vale de Arcena previa a construção de 93 edifícios de habitação colectiva, num total de 791 fogos. Todavia, só nos anos 80 se deu início à construção, suspensa algum tempo depois por litígio entre os sócios da construtora. O processo arrastou-se por vários anos, enquanto quase 200 fogos inacabados eram ocupados -- e, por vezes, até negociados -- essencialmente por famílias de imigrantes africanos.
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Mas essas baías são pequenos oásis na paisagem desértica de Banda Bou, zona onde as antigas casas, «landhuizen», dos senhores de escravos perdidas entre cactos e colinas se misturam a umas poucas aldeias de pescadores para formar a característica principal daquele lado da ilha. Por toda a parte podem ver-se centenas de grandes cactos erguidos no calor opressivo do dia, as famosas árvores «divi-divi» contorcidas pelo vento constante, rocha vulcânica e terra poeirenta de cor vermelha, sendo por isso difícil imaginar ali qualquer coisa a que se possa dar o nome de plantações, como lhes chamavam os antigos colonos, se não incluirmos nessa categoria as grandes salinas em que trabalhavam os escravos de outrora.
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Lisboa é injustamente privilegiada. Com governos obcecados com o vistoso, é a capital que recebe quase tudo. Há, no Norte, muita gente que pensa ser necessário moderar os ímpetos do Governo, pouco dado a olhar, com justiça, para «o resto» do país. E têm razão. O investimento público, a atenção das autoridades e as «inércias» do sistema e do mercado têm favorecido Lisboa. Nada disso justifica a chantagem que Fernando Gomes acaba de exibir. Até porque o Porto tem também os seus privilégios. É talvez hoje a região com menor taxa de desemprego, muito menor do que Lisboa e Vale do Tejo. O que não impede que, apesar de economicamente poderoso, o Porto seja politicamente um anão. Por causa de Lisboa e do Governo, evidentemente. Mas também por culpa do Porto. As suas classes dirigentes não conseguem deixar de se ver como minoria e região. Querem mais poder, com certeza. Querem a descentralização, sem dúvida. Mas não são capazes de se assumirem nacionalmente. Fazem lembrar os comunistas, no antigo regime, sinceramente preocupados com as liberdades, mas as deles.
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